Amber

O plano estava indo bem, já estava hackeando o computador central, com ele fora de ar, seria fácil de entrar sem ninguém perceber…

- Já conseguiu? - Ouvi a voz de Richard no radio.

- Quase… Consegui! - Respondi terminando o trabalho.

De repente a porta se abre atrás de mim quando olho, vejo dois homens com armas apontadas para mim, eu me desesperei por um segundo. Mas então eu ouvi um tiro e a janela do porão se quebrando, e de repente um dos homens começou a sangrar no meio da cabeça, um tiro bem certeiro. O outro se desesperou e ia apertando o gatilho quando o mesmo aconteceu com ele.

- Não precisa agradecer - Ouvi Richard no radio de novo.

- Estou devendo muito para você… - Falei.

Felix

Recebi a mensagem de Amber, estava tudo certo, já poderíamos começar a parte dois da missão. Como planejado eu, Maria e Elizabeth iríamos neutralizar as ameaças possíveis que estivessem no caminho. Não achamos muitos, mas os que achamos foram fáceis de matar.

Estava indo tudo bem, bem até demais…

De repente enquanto estava andando no solo, ouvi um som atrás de mim e vi apenas um cabo de arma batendo na minha cabeça, e depois, perdi a consciência.

…

Eu acordei acorrentado de cabeça para baixo eu olhei ao redor, vi as garotas no mesmo estado.

- Certo, plano falho, o que fazemos agora - Perguntou Elizabeth quando me viu.

- Não faço ideia, porque você não quebra as correntes com seus dentes, ou com suas garras? - Sugeri.

- Ei, isso foi rude! - Reclamou.

- Foi só uma ideia…

Ficamos calados por algum tempo. Maria ainda estava incrivelmente inexpressiva.

- Tive um plano, mas vocês tem que me prometer que qualquer coisa que acontecer aqui vai ficar em segredo - Disse ela repentinamente.

- Certo - Concordamos, estavam confusos, mas tínhamos que confiar nela, afinal, éramos uma equipe.

- Tudo bem, não gritem - Disse ela. De repente as correntes ao redor do seu corpo quebraram, mas o que estavam embaixo delas não era o que esperávamos. De repente no lugar dos braço haviam pedaços escarlate de carne que o cobriam, ou algo do gênero, e garras no final dos mesmos. Ela então os usou para se agarrar na parede ao lado, então asas negras apareceram em suas costas e ela os usou para nos alcançar, então cortou nossas correntes e nos segurou, caindo no grande abismo que era a sala onde estávamos. Então caimos ilesos no chão. Ela nos soltou e nos afastamos instintivamente.

- Mas o que diabos É você? - Perguntou Elizabeth um sendo bastante indelicada.

- Eu sou um demônio, me desculpem não ter contado - Respondeu.

Os pedaços de carne que cobriam seu braço sumiram e as asas retraíram de volta.

- Por que não nos contou antes? - Perguntei.

- Talvez não confiassem em mim… Não poderia arriscar… - Respondeu. Ela continuava inexpressiva, e isso chegava a ser assutador, mas ela então pareceu um pouco curiosa sobre algo - Mas eu percebi algo bem estranho em vocês dois também… - Falou ela.

- E isso seria…? - Perguntou Elizabeth.

Maria se aproximou de nós e tocou nosas testas.

Elizabeth

De repente senti algo estranho nos meus braços, quando fui olhar eles estavam do mesmo jeito dos de Maria alguns momentos atrás, mas eles eram mais alaranjados.

- Mas o que diabos?! - Exclamei chocada.

Eu olhei para Felix, ele estava do mesmo jeito, mas os braços dele eram mais esverdeados.

- Então… vocês também são… - Disse Maria pensativa, mas ainda assustadoramente inexpressiva.

- Como assim? - Perguntei assutada, agora estava pirando mesmo.

- Maria… Eu sabia que Elizabeth era, mas eu…? -Perguntou Felix parecendo surpreso.

- ESPERA, VOCÊ SABIA?! - Perguntei gritando, estava misturada entre confusão e raiva. Porque ele não me contou? Como ele sabia?

- Eu esperava que você soubesse quem você era Felix… - Disse Maria.

- Parece que não… - Respondeu.

- Você é um descendente da família Oliveira, não sabia? - Perguntou ela.

Ele pareceu surpreso e chocado.

- Sério? - Perguntou.

- Sim, mas você também tem o sangue do Castellan, isso é curioso… - Continuou falando.

- Eu não fazia ideia… - Disse ele.

- Vem cá, vamos ficar discutindo isso ou vamos sair daqui?! - Exclamei já irritada, eu ia requisitar várias respostas deles depois, mas agora tínhamos que nos reagrupar.

- Certo… - Concordaram.