O Imprinting de Jacob Black e Leah Clear escrita por Ninah Alves


Capítulo 26
Capítulo 24 - Novidades a caminho (parte III)


Notas iniciais do capítulo

N/a >> Mais um capítulo! Espero que gostem! Obrigada pelos comentários do capítulo anterior! Desculpem a demora!



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Vigésimo quarto capítulo – Novidades a caminho (parte III)

 

Pov Leah

 

Alice correu tanto que logo chegamos a Sealtte, arrumou um lugar para estacionar e rumamos para a entrevista de emprego. É eu disse rumamos! Alice não se contentou só em me levar a Sealtte não, ela teve que entrar comigo no prédio da Ferro & Venézia Assessoria Jurídica S/A.

- Alice você não precisa ficar aqui! – disse para dispensá-la. Eu já não me sentia bem, meu estômago embrulhava toda vez que pensava na entrevista e aquele olhar alegre dela só me deixava mais apreensiva.

- Ah Leah eu sou louca para assistir a uma entrevista de emprego! – revirei os olhos. Eu não podia acreditar que estava escutando aquilo!

- Alice! – disse entre dentes e sorrindo forçado para as outras pessoas que passavam pela gente. – Veja uma entrevista de emprego pela televisão, mas a minha...

- Ah Leah você tá chata hoje! – ralhou.

- Eu sou chata sempre! – retruquei.

- Não, eu sempre te achei EMO para falar a verdade é só se colocar no seu lugar, ser largada pelo homem que julga amar, vê que ele teve um imprinting com outra... Ufa... Não deve ser legal – eu fiquei atônita com aquela confissão dela. – Eu sempre te entendi Leah, mas chata você está sendo agora – brigou comigo como se eu fosse uma criança de sete anos.

- Alice eu não quero me estressar – aleguei.

- Ora, e não deve – me lançou um sorriso. Ah sabe, a Alice é irritante quando quer!

Ignorei-a e me dirigi até a mesa, onde estava uma linda recepcionista loira e de olhos verdes. Fitei a mulher e fiz disse:

- Bom dia – fiz o meu o cumprimento sair o mais caloroso possível.

- Bom dia – a loira retribuiu no mesmo tom.

- Sou Leah Clearwater e hoje mais cedo à senhora Anne Green me ligou e me informou que tinha uma vaga de emprego na Ferro & Venézia Assessoria Jurídica S/A – comecei a falar sentindo o meu coração trombar a cada batida. – Estou aqui para uma entrevista – disse por fim.

A mulher apenas sorriu para mim, se levantou e falou:

- Pode me acompanhar, por favor – pediu graciosamente. Alice ao meu lado era toda sorrisos. Nossa... Aquele sorriso dela estava me estressando. – A senhora vai fazer a entrevista também? – inquiriu para a Alice.

- Não – apressei-me em dizer. – Ela só me acompanha – completei.

- Então a senhora não pode entrar – vi Alice fazer uma careta contrariada e me segurei para não rir na frente da mulher. – Siga-me, por favor – pediu a loira e até que eu fiquei com peninha da carinha que a Alice fez.

Ela me fez se entrar em uma linda sala e me acomodar em um grande sofá preto. Eu apenas a obedeci, ela saiu alegando que iria chamar a tal de Anne e eu fiquei aguardando.

Bom... Aguardar seria dez ou vinte minutos, mas não uma hora! Eu já suava entre as mãos e tinha medo de estar com o meu cabelo todo cheio de fios para o alto, já que estava mega nervosa com a entrevista. Queria aquele emprego mais que tudo, pagava bem, o horário era acessível e acho que me sentiria bem trabalhando naquela empresa.

Levantei e me olhei em um espelho em forma de quadro que tinha acima de mim. Eu estava bonita e põe bonita nisso. Pensei em Jake, ah ele não saia da minha cabeça, isso era um fato, pensei em Alice do lado de fora com cara de desolada por não assistir a entrevista e ri sozinha. Pensei na minha mãe e em Charlie e bufei. Tá, ela estava feliz e eu tinha que aceita-lo na minha vida, assim como ela aceitou o meu imprinting com o Jake. Pensei na minha independência e seria muito bom começar a trabalhar e me sentir mais livre do que já era. Porque como diz a minha mãe: “Leah você parece uma cavalo selvagem. O que eu fiz para merecer isso?”

Ri novamente com essa lembrança e ouvi, em fim, a porta da sala se abrir. Virei para ver quem era e quase babei, literalmente, pelo homem lindo a minha frente. Tudo bem... Eu amo o Jake e não o trocaria por nada nesse mundo, mas eu não sou cega. Ah vai dá um desconto?!

Ele era lindo, alto, loiro, forte, cabelos arrepiados e tinha um olhar intenso e azul. Lentamente ele vinha na minha direção com um sorriso nos lábios. Perdi-me naquele sorrio e vi que estava com cara de babaca já. Desviei o olhar como se estivesse pegando algo na minha bolsa, foi quando ele falou e eu paralisei. Se o cara era lindo, imaginem a voz?

- Boa tarde senhorita Clearwater! – me cumprimentou olhando o relógio para ver se já tínhamos passado do horário da manhã.

- Boa tarde – respondi.

- Eu sou Hugo – disse após apertar a minha a mão e se sentando no sofá.

Eu o segui fazendo o mesmo e esperei que ele prosseguisse.

- Sou Hugo Ferro Filho, uns dos filhos do dono da Ferro & Venézia Assessoria Jurídica S/A. Hoje mais cedo a senhorita falou com a minha secretária Anne Green e como ela está no horário de almoço eu farei a entrevista – nem preciso falar que gelei na hora. Se já estava nervosa e suando horrores por debaixo do terno por conta da entrevista, o que seria de mim agora que estou falando com um dos donos da empresa?

 

Pov Jacob

 

- Hey Jake! – Nivia chamou a minha atenção.

- Nivia – consegui falar, eu não acreditava que aquela era a minha prima. Ela estava tão bonita e parecida com a sua falecia mãe – minha tia – Hilary. – Nivia você tá...

- Linda, eu sei... – completou a minha frase.

- Diferente – disse e ela fez um bico como se estivesse chateada. – É você está muito mudada.

- E você também primo – me lançou um sorriso. – Anda tomando anabolizantes? Não, porque você tá grande e alto demais – eu tive que gargalhar com a conclusão dela. – Tá rindo de quê?

- Eu não tomo anabolizantes Nih – disparei. – É tudo natural! – ela segurou uma risada. – Tô falando sério... é natural!

- Ah, Jake conta outra vai? – não acredito que ele estava pensando que eu tomava anabolizantes?!

 

Pov Leah

 

- Então Leah como foi? – Alice me abordou assim que sai da sala de entrevistas.

- Foi bem – respondi.

- Bem?! Mas bem como? – inquiriu curiosa.

- Alice se você sabe o que rolou lá dentro, por que a pergunta? – retruquei-a.

- Porque é mais emocionante sabe... ouvir das pessoas e eu não sei se você aceitou – alegou. – Minhas visões são subjetivas Leah! – irritou-se.

- Você é uma “coisa” Alice! – disse fazendo aspas na palavra ‘coisa’. – Onde já se viu uma vampira, que é vidente ser tão... Curiosa? – disparei.

- Eu curiosa? – levou as mãos ao peito com se estivesse ressentida. – Anda, fala logo? – implorou.

- Deixa de ser voyeur Alice! – pedi. – Vou comer algo porque tenho que voltar – disse.

- Então quer dizer que você aceitou a proposta? – ela não ia desistir, não é? Sério?! O que eu fiz para merecer Alice Cullen como encosto?

- Se eu te contar você promete que cala a boca? – ah não deu para segurar, tive que falar. Alice já estava me deixando com os ouvidos doloridos de tanto tagarelar. Ela só balançou a cabeça como uma criança ressentida, e, eu comecei a contá-la sobre a entrevista.

 

Pov Jacob

 

Enquanto Nivia tagarelava no meu ouvido contando as peripécias dela na escola e qual faculdade pretendia fazer, eu só me preocupava mais. A menina agora ao meu lado que dizia que andava de Skate, pulava de Bung Jump e fazia escalas, não me lembrava em nada à menina frágil e medrosa que eu conhecia.

- Ah não te falei, não é?! – perguntou sem esperar resposta. Mas resposta de quê? Eu te pergunto! Porque até agora não consegui falar nada! – Quando eu fui à Califórnia com as minhas amigas eu peguei várias ondas – nós já tínhamos chegado, eu estacionei o carro e a encarei.

- Mentira?! – disparei.

- Ah é sério! – disse risonha.

- Não é não! – retruquei. – Cadê a minha prima, cheia de medo? – inquiri pensando nos problemas que ela podia me trazer com esse espírito aventureiro dela.

- Não existe mais Jake! – me respondeu e eu franzi o cenho.

- Oks! Quando eu achá-la eu volto a falar com essa estranha! – brinquei saindo do carro e pegando suas malas.

- Como sempre brincalhão, nisso você não mudou, mas no físico – me fitou de cima a baixo novamente. – Ainda acho que toma anabolizante escondido – bufei e revirei os olhos.

- E eu acho que você não sabe nada andar de Skate, nem pulou de Bung Jump e muito menos surfou! – retruquei.

- Você acha que sabe tudo não é Black?

- E você Madson? – a chamei pelo sobrenome. Sempre que discutíamos quando éramos menores os sobrenomes prevaleciam.

- Não uso mais o Madson! – alegou.

- Ah é... Porque não? – coloquei suas malas no chão da varanda para abrir a porta.

- Porque o Madson é a minha mãe e...

Nivia perdeu a fala e eu vi que dei a maior mancada, porque era o sobrenome da tia Hilary – mãe de Nívea -, já o Black era do tio Geoffrey, e Nivia sempre o evitou porque achava sem graça.

- Então agora você é uma Black? – mudei de assunto entrando com as malas e rumando para o quarto vago de Rachel.

- Eu sempre fui uma Black, ora essa! – cruzou os braços no limiar da porta e encostou o corpo nesta.

- Você nunca gostou do sobrenome Black, Nih! – argumentei.

- É, mas agora eu já me acostumei – comentou dando de ombros.

- Esse é o quarto que você vai ficar – informei olhando ao redor do quarto. - Era da Rachel e como ela está na faculdade você pode fazer dele seu quarto e usar a roupa de cama que tem no guarda - roupa enquanto estiver aqui – conclui.

- Obrigada Jake! – agradeceu diminuindo o espaço entre nós. – Obrigada por me deixar ficar aqui...porque ficar em um hotel em Port Angeles sozinha...

- Hey... – a interrompi e seguei seu queixo a fazendo me fitar. Eu tinha me esquecido como os olhos azuis de Nivia eram tão lindos, e agora com o passar dos anos parece que eles ficaram maiores, mais incisivos, mais decididos... -... Você é minha prima, sobrinha do meu pai e acima de tudo é a nossa família – aleguei. – Por que não a deixaria ficar? – perguntei sem entender.

Nivia pensou por um tempo me deixando intrigado com o motivo pelo qual ela estava agradecendo uma coisa óbvia e normal. Ela era a minha prima e se hospedaria na minha casa, mesmo eu a achando muito diferente e temendo problemas futuros com esta.

- Não sei... – respondeu incerta. – Vai que você não me queria aqui! – a face dela se entristeceu.

- Meu pai me pediu para buscá-la e eu fui – confidenciei. – Nossa casa não é um hotel cinco estrelas e na verdade ele nem tem estrela – ri. – Mas eu confesso que fiquei receoso de encontrar uma patricinha, chata e mimada. Sabe como é? – alarguei mais o sorriso. – Temi pela minha sanidade! – agora ela que gargalhou.

- Pode deixar Jake que não vou te importunar com roupas, modas e coisas parecidas... – me disse revirando os olhos.

- Então não tenho com o que me preocupar! – aleguei rindo.

- Seu bobo! – Nivia começou a rir junto comigo e me deu um soco fraco no ombro.

 

 

Pov Leah

 

- Vamos parar pára comer! – quando Alice disse isso eu estaquei.

- Você não come projeto! – disparei rindo.

- Projeto? Por que projeto?! – enrugou a testa me encarando.

- Porque você é um projeto de gente, foi transformada antes de crescer – gargalhei.

- Hum...sem graça! – disse. – Só porque agora está trabalhado! – torceu o nariz.

- Ah desculpa Alice!

- Não! – fez bico.

- Alice eu estou brincando! – argumentei. - E olha se não fosse por você eu não teria conseguido essa vaga de emprego – ao ouvir isso Alice me lançou um sorriso fora do comum, como se fosse uma criança que tivesse ganhado um presente de natal.

- Vamos comer! – me puxou para dentro de um restaurante, que eu preferi não ver o nome, para não ficar com remorso de comer à custa dela, e pediu uma mesa para dois. – O que você vai querer comer? Dizem que aqui tem ótimas massas! – eu pude ver o brilho de satisfação no olhar dela por estar me levando ali, mesmo que eu não tenha pedido. E aquilo só me fez retrair a minha próxima fala, encarar o cardápio e escolher o que iria comer.

- Vou experimentar esse Ravióli de Cordeiro – Alice apenas riu e chamou o garçom. Depois de pedir a minha comida, ela fez um pedido para ela, só para que ninguém estranhasse e perguntou:

- Como está você e o Jake?

- Estamos bem! – respondi negando o vinho que ela ia colocar no meu copo. – Não bebo – informei.

- Que pena eu queria tanto saber o sabor, na minha época as moças de família não podiam tomar bebidas alcoólicas! – alegou chateada.

- Te garanto que você não perde nada! – ri e ela riu junto comigo.

- Sério?! – inquiriu.

- Sério – confirmei.

- Dizem que é bom, na TV! – eu segurei a gargalhada que soltaria, afinal estávamos em um restaurante fino e eu tinha que ter postura.

- A TV diz tanta coisa...

Não terminei a frase porque na hora Alice saiu de foco e isso me assustou. Só espero que não seja nenhuma visão ruim e nem seja sobre mim. Porque ultimamente, vou te contar!

- Alice você está bem? – indaguei mudando de cadeira para sentar ao lado dela.

- Sim, estou! – me respondeu ainda abitolada.

- Você e Jake estão bem?

- Sim, nós estamos! – afirmei com mais veemência. – Por quê?

- Leah você sabe que muitas das vezes os ciúmes destroem uma relação – percebi que ela queria me falar algo, mas estava escolhendo as palavras a qual usar.

- Eu sei Alice! Mas o que isso tem a ver comigo? Você teve uma visão comigo e com o Jake? – eu não merecia, merecia?

- Não vou mentir Leah, eu tive sim! – quando ela disse isso eu senti um frio descomunal percorrer todo o meu corpo.

- É algo sobre o Jake?

- Leah é difícil dizer, as minhas visões são subjetivas. Não há precisão nelas!

- Alice você está me deixando nervosa com essa conversa – aleguei sorvendo toda a água que tinha no meu copo, eu já tremia.

- Leah, não há com o que se preocupar! Como eu disse...

- Suas visões são subjetivas – completei a frase por ela revirando os olhos.

- Sim – me encarou com um sorriso, mas isto não me convenceu. Então, do nada, ela começou outro assunto para me fazer esquecer a súbita visão que teve. Aquilo me soou como um mal pressagio e me deu medo!

 


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Notas finais do capítulo

N/a: Não deixem de comentar! A minha inspiração tá falhado p/essa Fic...não só pra essa...mas COMENTEM OKS?! Beijos e agradeço a todas que comentaram o cap anterior!