Nah, She Didn't escrita por Carter James


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

What's up, munchkins?
Eu, Carter, peço mil perdões pela minha ausência, mas ela foi necessária para colocar minhas ideias em dia. Eu passei três semanas sem tocar no word do meu pc (porém escrevi drabbles no meu caderninho, rs). Foram férias ótimas e eu não sei se elas vão continuar, tudo depende da minha imaginação.
Eu espero que gostem dessa one-shot, ela é dedicada a Jenn (@pprongs) que fez aniversário essa semana (dia 21) e eu sou uma pessoa irresponsável que não conseguiu terminar essa one.
Boa leitura :D



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Capítulo Único

“How come she married him? She hated him!” “Nah, she didn’t”

Você sempre tentou chamar atenção dela. Não importava o quanto isso custasse sua reputação. Não importava que fosse para brigar. Que fosse para discutir. Você apenas queria a atenção dela.

- Hey, Evans! – você a chamava. E se você tivesse sorte, ela iria virar e te responder.

- O que, Potter? – você prendia a respiração ao ver o quão bonita ela estava.

Você sorria.

- Nada. – você sorria ainda mais quando ela ficava vermelha de irritação e tentava não dizer nada ruim para você. Porque ela era uma pessoa boa.

(Todas as vezes que você azarara Snape foram apenas para que ela o notasse).

***

Você não odiava o amigo estranho dela apenas porque ele era estranho. Você o odiava porque ele conseguia ficar perto dela. E você não.

- C’mon, Evans! Não foi tão ruim! – você tentava se explicar.

- Você pintou o cabelo dele de verde, idiota! – dizia ela.

- Mas é a cor da casa dele, não é?

Ela bufava e saia de sua vista, para que não brigasse mais com você. Porque ela não gostava de discutir.

(Agora você sabe que não precisava ter ciúmes, é só olhar o rumo que as coisas tomaram em relação a você e ela).

***

Você era – quero dizer, é – um maroto. E marotos não cresciam por causa de uma garota. Ou cresciam por qualquer motivo. Se você pudesse, seria aquela criança com hormônios demais para sempre. Até ela aparecer em sua vida.

- Prongs, você quer pregar alguma peça naqueles primeiranistas? – perguntava Sirius.

- Nope. – você negava.

- Mas, mas... Ah, é por causa da Evans, não é? – ele sorria. Seu amigo sempre quisera que você e ela se resolvessem.

Você apenas assentia com um olhar sonhador, enquanto ela passava na sua frente pelo Salão Comunal.

(Você sabe que não precisava ter crescido por ela. Você tinha uma escolha de continuar sendo aquele garoto pentelho para sempre).

***

Você nunca dera ouvido quando as pessoas diziam para você deixar de ser babaca e parar de correr atrás dela. Porque ela o odiava. Mas você sabia que não era verdade.

- James, você tem que seguir em frente, cara. – pedia Remus. Ele se preocupava muito com você. – Isso é bobagem. Você vai sair machucado.

- Não importa, Moony. Não importa. – você balançava a cabeça.

E você continuava correndo atrás dela. Você nunca se cansaria.

(Todos, tirando Sirius que apoiava avidamente seu relacionamento com ela, não acreditavam que você e ela teriam algo).

***

Você nunca conseguia pensar em outra coisa senão ela. Você não conseguia parar de pensar nela, todo santo dia, toda maldita hora. Nos seus cabelos ruivos, olhos verdes. Você não conseguia prestar atenção nas aulas, no que seus amigos falavam.

- James. – nenhuma resposta sua. – James. James. JAMES!

- E-Evans? – você se virava atordoado. Seus amigos riam de sua cara. Remus lhe dava palmadinhas no ombro falando para que você prestasse atenção no que estavam fazendo com o mapa.

Mesmo com sua cabeça lá, você e seu coração estavam com ela.

(Suas desatenções renderam muitas detenções. Não que você ligasse).

***

Você queria que ela acreditasse que tudo aquilo – tudo aquilo que você sentia por ela – era real. Não era um mero desafio. Você realmente gostava dela. Você estava apaixonado por ela. Que você a amava.

- Por que você nunca aceita que eu gosto de você? – você murmurava quando ela lhe dava as costas.

- Porque, James Potter, eu sei que você não gosta. – ela respondia, ainda de costas.

- Eu posso provar! – mas ela já estava andando.

Seu coração se quebrava em mil pedaços, mas você sabia, sabia, que com mais um pouco de insistência ela iria acreditar.

(Você brigara tanto, discutira tanto, tentara tanto fazê-la acreditar em seus sentimentos).

***

Você sempre fora persistente. Persistência é uma de suas características mais marcantes. Até ela devia confessar que você, James Potter, era a pessoa mais persistente de todas.

- James, James. Quando você vai desistir? – resmungava Peter.

- Caro amigo, nunca. Nunca vou desistir de Lily Evans.  – você falava decidido.

Seus amigos bufavam. As pessoas que escutavam a conversa bufavam. E você suspirava pensando nela.

(Você viu que tudo valia a pena, afinal, olha onde os dois estão agora).

***

Você a notara desde sempre. Desde a primeira vez que os cabelos vermelhos dela passaram por sua vista. Antes a achava bem irritante, para dizer a verdade. Com toda aquela inteligência superior. Poucos anos foram suficientes para que você mudasse de ideia.

- Hey, ginger! – você dizia aos onze anos.

- E-v-a-n-s. Chame-me de EVANS! – ela rolava os olhos ao apelido.

Você adorava quando ela soletrava o nome dela para você.

(Algumas vezes, ela fazia o erro de dizer: Evans, Potter! Você amava quando isso acontecia).

***

Um dos dias mais incríveis de sua vida fora quando ela o chamara pelo primeiro nome pela primeira vez. Você e ela estavam amigos, e você estava satisfeito. Não tanto quanto como se ela estivesse saindo com você, mas enfim.

- James, me passa o sal. – disse ela naturalmente.

Você saltou do seu lugar da mesa e pensou não ter ouvido direito. Era com você que ela estava falando mesmo?

(Todos riram da sua cara quando isso aconteceu. Belos amigos).

***

Você tem certeza que o segundo dia mais feliz da sua vida foi quando ela finalmente disse sim para um de seus pedidos para sair. Você se lembra de ter ficado tão assustado que ficou sem falar por cinco minutos, apenas a encarando.

- James! – você não ainda não acreditava que ela o chamava pelo primeiro nome.

- Ah, oi, Lily. – você ama falar o nome dela.

- Você quer, hm, sair comigo um dia desses? – você não sabia o que dizer. E ela o esperou falar alguma coisa.

Você saiu de seu estupor e tentou se manter calmo ao dizer: “claro, por que não?”

(Ok, você admite que ela que deu o primeiro passo. Mas foi tudo por causa de sua maldita insistência).

***

Quando você e ela começaram a namorar, o pessoal de Hogwarts ainda estava anestesiado pela novidade. Eles não podiam acreditar que Lily Evans e você, James Potter, estavam saindo juntos.

- Aqueles são James Potter e Lily Evans de mão dadas? – cochichava uma garota.

- Evans e Potter se beijando? – perguntava um garoto.

Você e ela apenas se divertiam com a situação e mandavam acenos animados para os fofoqueiros.

(Você adorava o fato de todos aqueles urubus – digo, caras – sabiam que Lily Evans estava com você e apenas com você).

***

Você e ela continuavam a brigar. Discutir. Como sempre. Mas é que vocês não seriam vocês se não brigassem de vez em quando.

- Está me dizendo que olhou para a bunda dela? – ela te fuzilava com os olhos.

- Eu nunca olharia para outra mulher que não fosse você, Lily. Não seja boba. – você se defendia.

- Está me chamando de boba agora, Potter?

Você adorava a briga de vocês porque terminavam em ótimas tréguas.

(Um fato interessante, é que de vez em quando vocês ainda usam os sobrenomes para se dirigir a um ou a outro, principalmente em brigas e discussões. Velhos hábitos são difíceis de largar).

***

Você a pedira em casamento logo depois que terminaram Hogwarts. Não podia ser diferente, podia? Em meio a uma guerra, você não aguentaria ficar pensando onde o amor de sua vida estaria.

- Por que está tão nervoso, James? – ela começava a ficar desconfiada.

- Hm, eu, hm, não estou nervoso. – você tentava.

Ela revirou os olhos e colocou as mãos na cintura.

- Diga logo.

- Ok, hm, eu, hm, você, hm. – você ensaiara aquilo tantas vezes! Não podia dar errado. – Você quer, hm, casar comigo?

Ela te olhava incrédula. Você pensou que era o fim.

- Está brincando? – era o fim. – Você precisava mesmo perguntar mesmo sabendo a resposta?

- Que seria...? – você estava totalmente lerdo naquele dia.

- Sim, Merlin, como você é lerdo!

Até que você tinha se saído muito bem no pedido.

(Você nunca admitiria que havia fracassado no seu pedido de casamento. Mas é, você fracassou e novamente ela dera o primeiro passo. Não que você se importasse, de fato).

***

O dia mais feliz de sua vida, foi quando você e ela subiram ao altar. Não fora uma cerimônia muito grande – claro, vocês estavam em meio a uma guerra -, mas todos os seus amigos estavam presentes. E sim, você ainda considerava Peter seu amigo.

- James Charlus Potter... – começara o padre.

- Você poderia apressar isso, por favor? – seu nervosismo não era palpável. Imagine.

Sirius assobiou: - Querendo passar para as núpcias, não é, Prongs?

- Cale a boca, Black! – você cochichou em resposta. Você encarou sua noiva e viu que ela sorria maliciosamente.

- Quer saber, seu padre, eu concordo. Você poderia apressar isso, por favor? – ela piscou para você.

Você estava em um local sagrado, mas seus pensamentos eram totalmente impuros.

(Vocês tiveram a melhor noite de suas vidas. Não que você fosse contar isso a Sirius ou Remus).

***

Quando seu filho nasceu, você o pegou no colo com todo o cuidado do mundo. Você estava mais assustado do que quando pediu ela em casamento. Você estava completamente sem palavras e sentia que iria vomitar.

- James, qual é o problema? – ela se preocupou.

Você engoliu em seco e sua cara estava pálida.

- Ele não é ruivo. – fora a única coisa que você conseguira falar.

(Lily te bateu de alívio. Ela estava extremamente insegura pela sua reação. Você ficou lisonjeado quando ela te contou isso).

***

Vocês e seu filho costumavam brincar todos os dias. Mas você estava totalmente inquieto. Dumbledore dissera que vocês não podiam sair de casa por causa de uma maldita profecia que se aplicava a sua família. Mesmo querendo sair de qualquer jeito, era da sua família que você estava falando. Você nunca deixaria que alguma coisa acontecesse com eles.

- Diz papai. – você estava virando um pai coruja. E você nem sabia o significado dessa expressão.

- P-ap. – o pequeno Harry ainda não estava preparado para tal palavra. Mas você não ia desistir.

- Pa-pai. Diz, Harry.

- Ele não vai dizer só porque você quer, James. – ela implicava com você.

Em tom de desafio, você a encarou.

- Quer apostar?

(E afinal, ele falara “papa” antes de “mama”, o que o deixara dormindo no sofá por três dias).

***

Você preparara uma pequena festa para seu filho. Convidara seus melhores amigos, e aos poucos eles traziam novidades e presentes para seu pimpolho. E você não acreditava que estava usando essa expressão para se referir a Harry.

- Padfoot! – seu filho aprendera uma nova palavra aquele dia. – Moony! – e outra também.

- Sim, Mini-Prongs, seu padrinho foda chegou! – Sirius estava se sentindo aquele dia. – E o tio chato, também.

Ela bateu na cabeça de seu amigo, logo que ele adentrou a casa.

- Sem palavreado chulo na frente do meu filho, Black!

Sirius fez uma continência. Remus balançava a cabeça, sem acreditar.

- Yes, m’am.

(Para um primeiro aniversário, não fora tão ruim. Tirando quando Sirius tropeçou e caiu de cara no bolo. E também pelo fato de que não percebera o quanto Peter estava estranho).

***

Você tinha planos para aquele Halloween. Pela primeira vez, iria levar seu pequeno para pedir doces pela vizinhança. Ou pelo menos tentar, já que ela disse que você não podia sair. Regras de Dumbledore. Você achava que seria apenas um dia normal. Seu feriado preferido. Nada poderia estragar aquilo. Nada.

Você ouviu um barulho na porta. Você e ela não estavam esperando ninguém. O que só podia significar uma coisa.

- Lily, pegue Harry e vá! – você entregou seu filho a ela. Vocês estavam brincando antes, como sempre faziam.

Ela era uma mulher forte. Mas você podia ver lágrimas caindo dos olhos verdes dela.

- Vá, eu o seguro! – você tinha que ser forte.

Você tinha que ser forte por todos eles. Porque ela e seu filho iriam sobreviver.

Não dera tempo para que vocês se despedissem. Você nunca mais a veria. Nunca mais. Não era nem o fato de que você iria morrer que te desesperava.

O que te desesperava era o fato que você ficaria longe dela. Porque ela viveria. E você não.

Quem sabe você poderia escapar. Quem sabe você poderia lutar. Você era um dos melhores de seu ano em duelos. Você poderia escapar.

Uma risada sarcástica ecoou de sua boca. Mas é claro. Você tinha deixado sua varinha no chão da sala.

“Bem, então, é isso”, você pensou.

A criatura encapuzada ficou de frente a você. E ela levantou a varinha.

- Avada Kedavra! – Voldemort disse. Ao mesmo tempo em que você pensou: “Adeus, Lily. Adeus Harry. Eu amo vocês”.

Você não sentiu mais nada.

(Você percebeu que morrer não doía tanto quanto parecia. Morrer era apenas uma fase. Mais rápida do que cair no sono. É. Morrer não doeu. O que doeu foi sua solidão).

***

Você acordou em um lugar todo branco. O paraíso, você percebeu. Foi quando você se permitiu chorar. Porque você nunca mais a veria de novo. Nunca mais os veria. E isso machucava até o fundo de seu ser. Até que uma luz branca apareceu ao seu lado. E junto a ela, veio Lily.

- Lily... – você não podia acreditar. Você tinha certeza que ela sobreviveria!

- James! – ela estava chorando. E você correu para abraça-la.

Mesmo mortos, o cabelo dela ainda cheirava a baunilha.

- Harry...? – você tentou.

- Ele já deve estar vindo. – ela te assegurou.

Vocês esperaram. Mas ele não veio.

A realização de tal possibilidade deixou vocês completamente embasbacados.

- Ele... – ela começou.

- É. – você concordou.

Vocês se abraçaram mais uma vez e se beijaram. Você torcia para que isso fosse permitido no paraíso.

(Você ficou triste e feliz ao mesmo tempo. Feliz porque o amor de sua vida estava com você desse lado. Triste porque o outro amor da sua vida ficou para trás. Mas ele seria feliz, você tinha certeza).

***

Quando você descobriu que Peter havia colocado Sirius em Azkaban, você pensava nunca ter ficado tão bravo em toda sua vida. Ou morte.

- O quê?! ESSE SALAFRÁRIO COLOCOU PADFOOT NA CADEIA?! EU VOU MATÁ-LO! – você gritou ao presenciar a cena.

- JAMES! – esbravejou ela. – Não adianta! E pare de amaldiçoar aqui.

- Já bastava ele NOS trair, ainda teve que ferrar o Padfoot?! E DEIXAR MOONY SOZINHO COM SEU PROBLEMA PELUDO?!

Ela o abraçou.

- Você sabe que não adianta, James. Não podemos fazer nada para mudar isso.

(Você chorou de raiva aquele dia. E tentou manter sua cabeça livre de pensamentos maldosos, porque você estava no paraíso. Mas estava difícil).

***

Você tentou assombrar os Dursley várias vezes por maltratar seu filho. E por xingar você. Mas isso era o de menos.

- James. James, pare com isso! – ela pedia.

- Mas eles... Eles... Harry! – sua capacidade com as palavras não melhoraram nada.

Ela concordava com a cabeça.

- Eu sei, eu sei. Mas não podemos fazer nada.

(A vez que você ficou mais bravo, foi quando o deixaram sem comida – o que aconteceu mais de uma vez. Filho seu não passaria fome nem por cima de seu... Enfim, nada de piadas sobre morte).

***

Você e ela choraram ao ver o desejo de Harry no espelho de Ojesed. Família. Ele queria apenas uma família.

- A culpa é minha. – choramingava ela.

- Não, não! – você segurou o rosto dela com suas mãos. – Você fez tudo o que podia.

Ela balançou a cabeça em negação.

- Eu podia ter fugido. Mas eu não podia te deixar, James. – ela confessou.

Você suspirou.

- Não foi culpa sua, amor. Não foi. Ele ama você. – você afirmou.

- Ele nos ama, James. Mas isso não deixa de ser nossa culpa. Minha culpa.

Você sabia que era verdade.

(Você ficou meio atordoado quando ela confessou isso a você. Como o normal, já que as surpresas dela sempre te surpreendem).

***

Você ficou extremamente aliviado ao descobrir que Harry conheceria seus melhores amigos. Ficou aliviado ao saber que Remus estava se cuidando. E ficou ainda mais aliviado ao saber que Sirius finalmente havia escapado de Azkaban.

- É isso aí, Pads! – você comemorou.

Ela sorria ao ver sua felicidade.

- Se uma pessoa pudesse escapar de Azkaban, essa pessoa seria o Sirius. – ela concordou.

- Agora ele pode cuidar de Harry! E fazer sua irmã cara de cavalo parar de atormentá-lo! E fazê-lo feliz, Lily! Nosso Harry vai ser feliz! – você pulava, segurando as mãos dela.

A risada dela era música para seus ouvidos.

.

- Moony professor? Eu já imaginava. – você aprovou.

- Finalmente alguém que preste! Já bastava aquele infeliz no primeiro ano e aquele patético no segundo. – disse ela. – Ah, meu Merlin. Ele me ouviu... – ela engoliu em seco.

- Gritando. – você acariciou a bochecha dela. - É, mas já parou.

Ela assentiu.

- A única lembrança que ele tem de mim.

Você ficou triste.

- Ele não tem nenhuma de mim.

Ela te abraçou.

- Agora que Sirius e Remus estão de volta, ele vai ter. Você vai ver, James.

(Talvez ela tivesse razão. Mas Remus e Sirius nunca tiveram a chance de contar as múltiplas aventuras que eles passaram, ou alguma memória qualquer. A guerra não deixou).

***

Você não acreditava quando viu com os próprios olhos onde seu precioso mapa fora parar. Filch o havia confiscado em seu último ano em Hogwarts e você pensara que era o fim. O seu dever era o ter passado para Harry, como um legado, junto com sua capa. Mas acabou que ambos os pertences pararam na mão de seu filho, o que o deixou mais aliviado.

- Eu juro solenemente não fazer nada de bom – você murmurou junto.

- Quer dizer que ele conseguiu o mapa, então? – ela apareceu ao seu lado, segurando seu braço de leve.

Você sorriu, observando Harry ficar atônito com aquela relíquia.

- É uma pena que ele não saiba que somos nós.

- Ainda. – completou ela.

(Você tinha certeza que iria gostar daqueles gêmeos quando eles apareceram. Brilhantes, eles são).

***

Você estava nervoso. Não de uma forma boa, como se algo bom fosse acontecer. Você estava nervoso porque o traidor estava lá. Ele estava e você não podia impedi-lo de machucar seu filho e seus amigos.

- Wormtail – sua voz tremia de raiva.

- Nós conversamos sobre isso, James. Não podemos... – você não a deixou terminar.

- Fazer nada. É, eu sei. Mas você também não pode me impedir de querer mata-lo. É culpa dele de nós estarmos aqui. É culpa dele que não estamos... lá.

Ela o abraçou e apoiou o queixo em seu ombro. Aproximou a boca a sua orelha para murmurar palavras de encorajamento.

- Tudo vai melhorar, James. Você vai ver.

(Melhorou. Depois de algum tempo. Seu filho sofreu, mas também amou. E se houve amor, valeu a pena).

***

Você estava boquiaberto. Seu filho participando do torneio? Incrível! O que o deixou mais amargo era que você não estava lá para dar apoio. Era para você estar lá. Era para você dar dicas. Era seu dever estar ao lado de Harry.

- Pare. Isso está te fazendo mal – falou ela.

- Lily. Nós que devíamos... – ela colocou um dedo na sua boca para te calar.

- Shh. Sim. Nós devíamos. Mas o melhor agora é pararmos de nos culpar por tudo e vê-lo mudar o mundo.

(Ela estava certa. Como sempre).

***

Você deu um sorriso que não chegava aos olhos quando ele pensou que você e ela não se amavam. Que ela o odiava. Pff, como se isso fosse possível. Ok, talvez tivesse sido. E o pior é que você não pode mostrar que ele estava errado.

- Lily, você nunca me odiou, certo? – tentou fazer piada.

Ela soltou uma risada, como se a ideia fosse completamente idiota.

- Acho que é impossível te odiar, James. Mas não, talvez eu tenha apenas desgostado de você por algum momento na adolescência. Saiba que você mudou minha forma de pensar, de qualquer jeito.

(Você se orgulhou de Sirius quando ele explicou a verdade a Harry. Seu irmão nunca deixaria que você fosse difamado).

***

Você viu seu filho lutar. Você o viu mudar o mundo bruxo que você vivia. Você viu que morrer por ele não foi – e nunca terá sido – em vão. Porque Harry Potter é o menino que sobreviveu e você é o menino com o amor sem fim. Por qualquer um que valha a pena. E após todos esses problemas, tudo estava bem. Só te resta esperar para que seu filho se junte a vocês.

- Vocês vão ficar comigo? – você deu um sorriso.

- Sempre – Lily respondeu.

- Até o fim – você complementou.

(E é claro, rir de algumas coisas que acontecem na vida dele). 


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Notas finais do capítulo

Então, munchkins, o que vocês acharam?
Comentem e me façam feliz :DD
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Até a próxima, bye internet.