I Never Gave Up On You escrita por Ginnie


Capítulo 7
All out of love


Notas iniciais do capítulo

OI PESSOAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAR
CHE-GUEI.
Demorei, né? Então, meus pais estão fazendo uma força gigante pra eu me socializar, e então eu tô meio sem tempo.
Vou escrever mais hoje e programar os capítulos pra quando eu estiver viajando, ok? Pelo menos um a cada cinco dias, eu acho.
Nos vemos all the way down.



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Eu estou completamente sem amor, estou tão perdido sem você.

P. O. V Nico

Calma. Respira. Fica, Nico. Não mate ele. Matar as pessoas é errado. AH, QUEM EU ESTOU TENTANDO ENGANAR? EU VOU ESFREGAR ESSE FILHO DA PUTA NO ASFALTO QUENTE DO ALABAMA.

–VOCÊ FEZ O QUÊ?- Grito novamente, recebendo um revirar de olhos em resposta.

–Vou repetir MAIS UMA VEZ. –Rodrick diz, girando o cigarro ainda apagado entre os dedos. –Eu te ajudei com a Demi, porque você estava muito ocupado sendo amiguinho dela, uma coisa que é completamente inútil. Na real, amizade com garotas só atrapalha. Em vários sentidos.

Espere. Deixe-me recapitular. Eu tinha acabado de tomar um banho muito tranquilo e refrescante (que adjetivo gay) e estava pronto para dormir até a hora do jantar, mas lá estava ele, com um cigarro na mão e um maço no bolso, mexendo nas minhas coisas.

–Ah, aí está você, Perseu Jackson. –ele diz quando nota minha presença. –Você passa mais tempo no banho que minha ex-namorada. Quer um cigarro?

–Rodrick, My Little Pony, qual foi a merda que você fez agora? –respondo no mesmo tom casual e levemente sarcástico.

–Merda? Pelo contrário. –ele diz, terminando o cigarro aceso dele. –Eu avancei sua relação com a Demi.

–Ah, sério? Eu também fiz isso.

–Como? Sendo amiguinho dela? –Ele dá um riso irônico e rouco de fumaça. –Por favor. Eu deixei um rádio e uma carta. Anônimos, é claro.

–VOCÊ ENLOUQUECEU? POR QUE FEZ ISSO? –exclamo. Ele dá de ombros, indiferente. –ISSO É EXTREMAMENTE ANTIGO. E IDIOTA.

–Nico, lembra o que suas irmãs e Silena disseram? –ele afina a voz. –Confie no Rodrick, ele sabe o que está fazendo. Ele sabe conquistar as pessoas. –depois dessa péssima imitação, ele dá outros motivos para defender sua ideia estupidamente clichê, aos quais não presto atenção até ele me olhar irritado, com um novo cigarro na mão a cada repetição.

Sobre cigarro e porque tanta gente fuma: A maior parte dos semideuses morre cedo. Por que morrer estúpida e heroicamente sentindo dor se pode morrer aproximadamente na mesma idade fazendo uma coisa prazerosa? É o pensamento de gente como eu e Rodrick. Pessoas que não tem muito a perder, e nem tem valores morais elevados. Mas a maioria das pessoas não fuma constantemente, só em ocasiões como festas. E há os que não fumam nunca, os certos, tão zoados. Esquecemos que já fomos um deles, uma criança nervosa querendo se inserir no mundo grande.

–Nico? –ele, pelo que parece a centésima vez somente hoje, chama minha atenção. –Deixou o estado da sua alma e sua aparência cadavérica contaminar o resto do seu corpo?

–Vá à merda. –respondo, revirando os olhos. Uma besteira típica de Rodrick.

–Então, só queria dizer o meu argumento final e mais importante: você não pode fazer nada para mudar isso. –Infelizmente, nesse quesito ele estava certo. Mas eu jamais admitiria isso pra ele. Visto uma jaqueta e me dirijo ao chalé de Deméter. É extremamente fácil pular para a varanda, qualquer um conseguiria fazer isso. Junto com a minha prática, eu subo de costas e sem fazer som com facilidade. Com concentração, eu poderia subir com uma mão nas mesmas condições, mas eu não queria me exibir dessa vez. Normalmente, quando tentava provar que era melhor que alguém em alguma coisa, eu fazia tudo errado.

Flashback on.

Este era provavelmente o meu primeiro ano no acampamento. As pessoas eram simpáticas e legais, e tentavam me agradar, pois eles achavam que eu estava apreensivo pela Bianca estar em uma missão perigosa. Honestamente, eu estava, mas não muito. Uma das poucas características que eu manti nas minhas mudanças, era que eu não me angustiava demais por coisas que eu não consigo controlar.

De qualquer modo, eu estava caminhando com a Demi pelo acampamento quando chegamos ao chalé dela. A sacada nos parecia extremamente alta, perigosa e desafiadora. Perfeita para brincarmos. Ela me dá um sorriso descontraído, os olhos brilhando pela travessura.

–Oh meus deuses, Nico. –Demi diz, dando pulinhos. –Essa varanda é perfeita. Podemos fazer tudo ali.

–Isso é incrível. –É a única coisa que consigo balbuciar, enquanto monto mentalmente aquela varanda ao meu estilo. Brinquedos, um telescópio, cartas de mitomagia e histórias interessantes. Além de Bianca e Demi ao meu lado, brincando comigo. Mal sabia eu que isso nunca aconteceria.

Enquanto estava decidindo o estilo do telescópio, vejo Demi lá em cima.

–Isso é muito legal, Nico! –ela grita, jogando os braços para cima. –Sobe!

–Vou subir, mas vou subir do jeito maneiro. –digo. Seguro as bordas da varandinha e me impulsiono para cima. Como já até consigo ver seu rosto, dou um sorriso triunfante e exclamo. –Consegue fazer isso, menininha?

–Nico... –ela murmura com uma expressão indecifrável no rosto. Percebo tarde demais o que aconteceu.

O chão ruiu e nós dois caímos com tudo na grama. Demi estava com arranhões na perna e o cabelo bagunçado, mas ria como se fosse uma louca. Apesar da dor (além de ter pegado o pior dos cortes, ela está em cima de mim.) gargalho junto com ela, até meu diafragma comprimido pelo seu cotovelo chegar a um nível crítico de dor. Levantamos e avaliamos a bagunça. O que fazemos? Adotamos uma estratégia clássica: fugir e culpar os filhos de Hermes.

Flashback off

A memória se conclui com uma pontada de nostalgia ao peito. Demi. Minha Demi. Sem a maquiagem pesada e as roupas escuras. O cabelo preso e dourado, a roupa larga, tênis e sempre um sorriso no rosto. Forço-me a voltar para a realidade. Procuro e encontro a merda do rádio, com um bilhete preso. Decido lê-lo na privacidade do chalé e desço, escondendo o rádio (tão pequeno, quase do tamanho de um bolso frontal) e começo a me esgueirar, quando ouço sons estridentes de briga. Vou atrás destes, intrigado. Perco algum tempo me desvencilhando de uma pequena multidão, até ver Demi com cara de culpada, Quíron irado e vários filhos de Ares seminus.

–Muito bem, Demi. Realmente achei que tinha melhorado. Amadurecido. Mas o crescimento foi apenas externo, pelo visto. Não vou perder tempo dando um longo sermão por falta de responsabilidade, coisa que já ouviu suficientemente. Sua punição: você será instrutora de crianças recém-chegadas no acampamento por dois meses. Segunda aos sábados, das 14h00min às 17h00min e nos domingos e feriados de 12h00min até as 15h00min. E quem quer que esteja cúmplice com você.

–Não, Quíron. Eu estou sozinha nessa. –ela exclama. Percebo minha chance e saio da multidão.

–Eu a ajudei, Quíron. –digo, a mão levantada casualmente. Demi me olha e tenta baixá-la, mas eu sou mais alto e forte o suficiente para ela não conseguir.

–Ele está mentindo, Quíron. –Apenas com a informação dela, o centauro se vira, me encarando. Por pouco ainda sustento seu olhar antigo e sábio.

–Acredito no Sr. Di Angelo. Ele não teria vantagem, apenas adição ao caráter, de se confessar. –ele se vira para mim. –Mesmas condições para você, Nico.

–Mas... Mas... Quíron! –Ela tenta chamar sua atenção, mas ele continua caminhada lenta e precisa. Ela se torna pra mim, aparentemente furiosa. –Por que fez isso?

Suspiro fundo, tentando pensar em algo decente. Em geral as respostas eram variação de “Eu preciso proteger você”, o que era completamente gay. Fiquei com uma resposta simples.

–Não achei justo. Tem mais gente que fez a pegadinha junto com você, e não foram punidos. E não gosto de injustiça. –Ao fim do comentário, ela dá um sorriso de canto.

–Sabe, isso pode não ser tão insuportável.

–Quem sabe? Podem ser dias incríveis. Você de cabelo preso, suando, a blusa colada, uma espada na mão... Eu poderia estar pior.

–Cale a boca, Nico. –Ela dá um sorriso decente e aperta minha mão. Estamos quase saindo quando começa a tocar uma música, do pavilhão da fogueira. Sem motivo, sem um rádio, sem ninguém tocando, simplesmente a música. Quase pensei que era imaginação, até Demi me puxar para lá, uma expressão intrigada no rosto. Quando chegamos, os sons se tornam claro.

Estou deitado sozinho com minha cabeça ao telefone

Pensando em você até doer

Eu sei que você também está magoada

Mas o que mais podemos fazer?

Atormentado e separado

Eu gostaria de poder carregar seu sorriso no meu coração

Pelos momentos quando minha vida parece tão ruim

Isto me faria acreditar no que o amanhã poderia reservar

Quando o hoje (presente) realmente não sabe

Realmente não sabe

Eu estou completamente sem amor

Estou tão perdido sem você

Eu sei que você estava certa ao acreditar por tanto tempo

Eu estou completamente sem amor

O que sou eu sem você?

Eu não posso estar tão atrasado

Pra dizer que estava muito errado

Eu quero que você volte e leve-me pra casa

Longe destas noites longas e solitárias

Procuro por você, e você está sentindo isto também?

O sentimento parece, oh, tão certo?

E o que você diria se eu te chamasse agora?

E dissesse que não posso esperar

Não há um jeito fácil, torna-se mais difícil a cada dia.

Por favor, ame-me ou eu morrerei, morrerei



Oh, o que você está pensando?

O que você está pensando?

Oh, o que você está pensando?

O que você está pensando?

Eu estou completamente sem amor.

Estou tão perdido sem você.

Eu sei que você estava certa ao acreditar por tanto tempo.

Eu estou completamente sem amor.

O que sou eu sem você?

Eu não posso estar tão atrasado.

Pra dizer que estava muito errado.

All out of love. Uma música tão cafona, romântica e legal quanto diz o nome. Enquanto tocava, Demi balançava a cabeça no ritmo, uma expressão de concentração e, ao mesmo tempo, paixão. No fim, ela soltou minha mão e encarou-me.

–Foi você? –Ela pergunta, com um olhar que faria qualquer filho confessar seus segredos para a mãe, de fumar maconha a assassinar o gato da tia.

–Não. –E acho que, quase pela primeira vez no dia, eu não estava mentindo em algo que se referia a Demi. E ela sabe que estou sendo honesto. Não consigo mentir com o Olhar dela, ainda mais com a maquiagem escura, que não só a deixa sexy, como perigosa e enigmática.

–Ah, esse garoto. –ela diz, revirando os olhos, deixando um suspiro afetado sair. –Te vejo no jantar, Nico. –Ela beija minha bochecha e se vai, como o som, mas deixando vestígios.


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Notas finais do capítulo

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO, SWEETIES, OU EU VOU DAR UNS TAPAS EM VOCÊS.
Mentira, todos podem ter opinião, eu não sou uma carrasca, nem nada.
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