I Never Gave Up On You escrita por Ginnie


Capítulo 6
Criminal


Notas iniciais do capítulo

OI PESSOAAAAAAAAAAAAR
TENHO NOVIDADES
DAQUI A 6 DIAS EU ESTOU DE FÉRIAAAAAAAAAAAAAAAAAS
Infelizmente, viajo no dia 11 e volto mais ou menos dia 25.
MAS QUANDO EU ESTIVER DE FÉRIAS VOU POSTAR UM CAPÍTULO POR DIA
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEY
Bom, mais ou menos isso
Nos vemos lá embaixo.



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O que preciso é de uma boa defesa, porque estou me sentindo uma criminosa.

Assim que chego ao chalé, a primeira coisa que faço é cair no chão. Pois é. Palmas, palmas para mim. Mas não pensem que eu sou uma descoordenada imbecil e sem sal, como a Anastásia Steele (sim, eu já tive horrível oportunidade de ler o primeiro capítulo de 50 tons de cinza). Eu tropecei em alguma coisa. Suspiro e me levanto do chão, que parece molhado. Viro-me e encontro no que tropecei.

Um rádio e um vaso de flores. O admirador secreto. Até consigo imaginar o Luís, professor de técnicas de sobrevivência, dizendo "Quando há um elemento estranho no ambiente, existem várias formas de captá-lo. No caso da flor, seria o cheiro. Pague 10 polichinelos, Adamantino!" e torceria os bigodes, estranhamente desenvolvido para alguém de uns 20 e poucos anos, enquanto eu o fuzilo com o olhar.

Mas o que eu poderia fazer? O chalé 4 sempre tem cheiro de flores e terra. E por que eu estou divagando tanto?

Pego as flores, enterrando-as na terra. Graças aos meus poderes (agora mais desenvolvidos), as raízes se criam de novo. Depois de alguns momentos de indecisão, a curiosidade vence e ligo o rádio. Rapidamente o som se propaga pelo cômodo e reconheço a música. I´m a believer, do Smash Mouth, uma das músicas que eu mais ouvia quando era mais jovem. E tudo a ver comigo e com o Nico. Mas isso era impossível, certo? Ele esteve comigo a tarde toda. E as flores foram capturadas recentemente, ou já teriam murchado. Fora isso, Di Angelo só fora do chalé 13 ao refeitório e de lá para as aulas. Enquanto penso, noto que a música acaba.

Subitamente, tenho uma ideia. O ASM (Admirador Secreto Musical) sempre grava músicas com mensagens. Por que eu não poderia fazer o mesmo?

Pego o rádio e guardo o bilhete grampeado no bolso. Tiro meu violão da capa e começo a pensar na música.

Hm, vejamos... Já sei. Toco a música rapidamente para ver se ainda sei toda, o que confirmo. Clico na opção gravar do rádio e começo a tocar e cantar Criminal, da Fiona Apple.

Tenho sido má, uma garota má.

Fui descuidada com um homem delicado

E é um triste, triste mundo.

Quando uma garota magoará um garoto

Só porque ela pode

Não me diga para negar isso

Fiz mal e quero sofrer por meus pecados

Vim para você porque preciso de orientação para ser verdadeira

E eu simplesmente não sei por onde posso começar

O que eu preciso é de uma boa defesa

Porque estou me sentindo como uma criminosa

E eu preciso me redimir

Com aquele contra quem eu pequei

Porque ele é tudo o que jamais conheci de amor

Que o céu me ajude por causa do que sou

Salve-me dessas más tentações

Antes que eu as cometa

Eu sei que o amanhã traz a consequência à mão

Mas eu continuo vivendo esse dia

Como se o próximo nunca fosse chegar

Oh, me ajude, mas não me fale para negar isso.

Eu tenho que me limpar

De todos esses pensamentos até que eu seja boa o suficiente para ele

Eu tenho muito a perder e estou apostando alto

Então estou implorando a você antes que acabe

Só me diga por onde começar

O que eu preciso é de uma boa defesa

Porque estou me sentindo como uma criminosa

E eu preciso me redimir

Com aquele contra quem eu pequei

Porque ele é tudo o que jamais conheci de amor

Deixe-me conhecer o caminho

Antes que haja inferno para pagar

Dê-me espaço para pôr a lei e me deixe ir

Eu tenho que criar um jogo

Para fazer meu amante ficar

Então o que diria um anjo?

O diabo quer saber

O que eu preciso é de uma boa defesa

Porque estou me sentindo como uma criminosa

E eu preciso me redimir

Com aquele contra quem eu pequei

Porque ele é tudo o que jamais conheci de amor

Desligo o rádio e tiro o bilhete do bolso. Só agora percebo quão grande é. Desenrolo da fita e leio, na letra escrita pelo computador:

“Querida Demi,

O que posso dizer. Tenho de admitir que comunicação verbal nunca foi o meu forte. Deve estar me achando um completo covarde por essa abordação anônima. Mas quem garante que haveria a probabilidade de me olhar romanticamente se soubesse quem sou.

Pode descobrir mais sobre mim. Deixe o rádio e, se quiser, um bilhete junto, atrás da terceira moita do lado direito da varanda. A partir de hoje deixarei meus recados no local indicado, para não força-la a ler (sei o que a curiosidade pode nos obrigar a fazer) nem correr o risco de ter nossas mensagens violadas por bisbilhoteiros.

Carinhosamente

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX”

Suspiro profundamente. Esse cara não vai me sair da cabeça tão cedo. Escrevo em resposta:

“Caro AMS (Que significa Admirador Musical Secreto),

Gosto de sua ideia e de seu tipo. Apesar de cafona, correspondência é uma forma romântica de se conhecer alguém como você, mesmo que esta seja modernizada por ser escrita através do computador. Mas entendo, acha que posso reconhecer sua letra. Parece-me quase impossível, pois raramente temos de escrever por aqui. Porém, se quiser, pode continuar desta forma.

De qualquer maneira, agradeço pelas flores. Estão plantadas. Sim, eu fiz crescer as raízes, não suportaria ver uma flor tão bela quanto o lírio selvagem (por mera coincidência ou por seu conhecimento, é a minha flor preferida) morrer.

Envio-lhe, junto com o bilhete, uma gravação. Espero que ouça e entenda.

Aguardando por mais uma carta.

Demi.”

Coloco o bilhete no mesmo lugar que o AMS grampeara, saio do chalé e pulo até a varanda, que é no segundo andar. Claro, eu poderia subir as escadas, mas esta forma é mais emocionante. Posiciono o rádio e desço.

Assim que chego ao chão, vejo os Stoll correndo até mim. Imediatamente fico feliz. Ficamos muito próximos depois de toda a confusão do falso namoro, mas eles continuam o mesmo desde que os conheço: alegres, simpáticos e brincalhões. Ao chegarem mais perto percebo e reconheço suas expressões: querem aprontar alguma coisa. Maravilhoso. Nada melhor para me distrair que uma boa pegadinha. Especialmente uma com o selo Stoll.

–O que vamos fazer?- pergunto assim que os dois param.

–Olá para você também, Flora. –Travis responde, depois de recuperar o fôlego da corrida.

–Não é por que eu disse o meu nome que tem que me chamar assim, desgraçado.

–Foda-se. -Connor responde. –Enfim, respondendo a pergunta, eu e Travis roubamos alguns fogos de artifício do estoque pro Quatro de julho.

–E...?- eu pergunto. Soltar fogos de artifício? Que merda.

–Dói na alma que uma prankster como você ainda não tenha percebido nossas intenções. -Travis diz. E de novo eu repito: desgraçado.

–Quais seriam? -falo por fim, cerrando os dentes.

– Acalme-se, Margarida. -Connor levanta e continua. –Enfim, a aula de luta, a preferida dos filhos de Ares, está acabando.

–E nada é melhor do que trollar eles. –Travis interrompe.

–Como eu estava dizendo- Connor complementa a fala- Todos vão imediatamente para os chuveiros públicos, que só eles vão.

–Pode parar. –Exclamo. –Já entendi. Vão colocar fogos nos chuveiros, e programar para estourarem quando o chuveiro for ligado. –Devem me achar idiota por dizer “programar”, mas os fogos daqui são assim. Faço minha melhor expressão de not bad. –Genial. Realmente genial. Mas não é meio perigoso?

–Que nada! –Connor se vangloria. –Esses daqui não queimam. Nós testamos. Só brilham e fazem barulho. Vai ser hilário!

–Completamente!- Acrescento mais calma depois de saber que não vai ter risco, só engraçado. Claro, podemos ter nossas cabeças esmagadas por filhos do deus da guerra furiosos, porém nós estaremos bem escondidos nas árvores de cima. Já fizemos pegadinhas nos banheiros antes, e lá é um dos únicos lugares que não podemos ser vistos (com precaução), mas podemos observar.

Para quem tiver curiosidade, nós colocamos tinta nos shampoos. Era bizarro e divertido ver todo mundo com cabelos de vários tons misturados.

...

Meia hora depois estávamos bem escondidos entre as folhagens. Tudo já estava preparado. Claro que estávamos filmando, a câmera escondida na fechadura extragrande. Só faltava esperar e lembrar-se de segurar o riso.

E era verdade. Foi hilário! Primeiro ouvíamos gritos altos e até finos, depois pessoas meio chamuscadas (mas não feridas) correndo para fora envolvidos em toalhas e roupões, alguns bem constrangedores. Tinha um cara envolvido com a própria cortina do boxe.

Foi aí que eles perceberam que tinham sido enganados, o que é sempre minha parte favorita. Eles berravam com fúria, socavam as paredes, lançavam pragas e ameaças ao vento. Quase não consegui controlar a risada e tremia com o esforço, assim como os gêmeos.

E foi aí que as coisas começaram a dar errado.

Um filho de Ares com roupão meio rasgado (assustador) começou a socar a árvore, que tremia. Nem um filho de Ares escaparia ileso, mas ele tinha tanta raiva que não notava a dor. Os Stoll se seguraram a tempo, mas eu não consegui fazer isso. E caí.

Quando todos me notaram, tive certeza que ia morrer agora. E provavelmente teria, se Quíron não estivesse passando.

–O que está acontecendo aqui?- Ele gritou. A pessoa menos raivosa explicou o que havia acontecido. Na sua narração, tudo parecia pior.

Quíron me fitou meio decepcionado e até meio com raiva.

–Você está encrencada, mocinha.


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Notas finais do capítulo

É isso aí. DEMI SE FUDEO.
Vídeo da música de I'm a believer pra quem não conhece/lembra: http://www.youtube.com/watch?v=0mYBSayCsH0
Não tenho muito tempo pra escrever agora, tô indo pro médico. Espero que tenham gostado do capítulo.
Só mais duas coisas: Tô escrevendo uma nova fic, também é Nico/Original, mas essa foca mais no Nico. O link tá aqui:http://fanfiction.com.br/historia/435555/Vienna/
Segunda: QUEM AÍ JÁ VIU EM CHAMAS?
MEU DEUS
É MUITO TOP
EU FIQUEI APAIXONADA
JOHANNA