I Never Gave Up On You escrita por Ginnie


Capítulo 10
Stop the world


Notas iniciais do capítulo

OI GENTEEEEEEEEEEEE
EU TO SUPER HIPER MEGA BLASTER FELIZ PULANDO E SALTITANTE. DRAMA IS BAAAAAAAAAAAAACK, UHUL, TUTZ TUTZ.
E por outras razões que prefiro não dizer aqui. MAS ESTOU TÃO FELIZ QUE ESSE CAPÍTULO, QUE ANTES TERIA UMA DESGRAÇA, NÃO VAI TER MAIS.
I'M IN LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOVE
Enfim, eu demorei um pouco, mas eu estou ensaiando pra um monte de coisas, e a escola começou a apertar, blergh. MAS AQUI ESTOU EU, SEM PREVISÃO DE VOLTA, MAS FODA-SE.
Nos vemos lá em baixo.



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We can’t stop the world, but there’s so much more thing we could do

P. O. V Demi

Suspiro forte enquanto aperto Nico entre meus braços. Não é exatamente aquela fofurinha que todas as adolescentes iludidas sonham. Eu não sou uma princesa, isso não é um conto fadas. E essa história não tem um final feliz, se é que tem um final. Talvez a vida seja apenas uma repetição de contos aleatórios sem um fim determinado e eterno.

Definitivamente, estou passando muito tempo com Annabeth.

Depois do que parecem eras, nos soltamos. E olhamos fixamente um para o outro, e nesse momento eu o sinto mais do que jamais tive consciência de senti-lo. Uma minúscula cicatriz escondida na palidez da bochecha. O cabelo possuía tantos tons que seria impossível conta-los, mudando infinitamente ou algo próximo disso, da raiz até a franja, que quase chegava a cobrir os olhos. Ah, seus olhos... Poderia passar décadas, séculos, vidas, todas as formas de tempo que existem, fitando-os. Eram negros como se todo o petróleo existente nesse minúsculo ponto chamado Terra tivesse sido comprimido em dois glóbulos oculares, e o seu dono era tão profundo, raro e misterioso como esse mesmo liquido. Eram perfeitos, e não somente seus olhos, e sim tudo nele. Até mesmo os pequenos erros nele não destoavam sua sublime aparência, pelo contrário, o deixavam ainda mais divino. O corpo magro e musculoso, as mãos longas, finas e com as unhas roídas, o queixo com um formato entre triangular e quadricular, aqueles braços que me dão a sensação de ser enlaçada por um anjo, o sorriso troncho digno de Botticelli, o nariz pequeno e plano, as sobrancelhas arqueadas e medianas, o fato que ele é só alguns centímetros mais alto que eu, as orelhas quase escondidas pelo cabelo liso, e seus lábios. Ainda não existe uma palavra boa para descrever como eles eram e tudo que eu sentia por eles.

Estou passando tempo demais com Annabeth E com as filhas de Afrodite.

Dou um sorriso inclinado, tentando quebrar esse clima de hipnose romântica, e falho. Não sei o que ele está pensando, não sei nem o que eu mesma estou pensando. Ele acaricia meu rosto e pela primeira vez desde manhã, não afasto discretamente sua tentativa de aproximação amorosa. Animado com isso, Di Angelo penteia meu cabelo com os dedos delicados, passa as mãos pela minha nuca, causando-me arrepios, e ousa até contornar meus lábios. Nesse momento vejo que chegaremos longe de mais, e afasto-me. Parecendo decepcionado, vira-se de costas, o que me dá a oportunidade perfeita para estabelecer um tom de amizade e pular em suas costas como uma macaca. Seu corpo estremece com o peso surpresa.

–Me solta, macaquinha.

–Não. – respondo fazendo um bico, mesmo que ele não possa ver.

–Você vai quebrar as minhas costas.

–I DON’T CARE, I LOVE IT. – Canto alto, soltando seu pescoço para fazer uma dancinha ridícula. Nico aproveita desse momento para soltar minhas pernas de sua cintura. Eu caio no chão e ele ri. Nojento.

–Você tá bem? – Ele pergunta, entre uma gargalhada e outra.

–Não graças a você, idiota. – mostro a língua, o que faz Nico rir ainda mais. Me pega no colo como se estivesse machucada e me leva para o carro, num acordo silencioso que diz para irmos embora. Bom, já está tarde mesmo.

Durante todo o percurso até o veículo, tentei não sentir os braços que me carregavam como um bebê como os de Nico Di Angelo, e sim como os de um estranho. Aninhava-me em seu peito, como a criança que eu internamente sempre seria sentindo o calor de seu corpo. Quando finalmente chegamos ao carro, ele fez menção de me soltar, e agarrei seu pescoço com ainda mais força, o que o faz suspirar levemente e me colocar no banco com delicadeza. Eu sorrio timidamente e ele sorri de volta. Num gesto rápido, beija minha testa, fazendo-me fechar os olhos. Não sei como, mas acabo adormecendo aconchegada no banco de couro como minha jaqueta e resistente por fora, porém frágil em seu interior. Assim como eu mesma era.

. . .

Horas depois, acordo com leves toques em minha perna. Costumava ter vergonha dela. Tão fina como ossos, e molengas. Hoje aprendi a não ter vergonha disso. São assim e pronto, não adianta choramingar pensando nas imperfeições.

–Demi. Acorda.

–Hm... Já chegamos? – falo com a voz bêbada de sono, o que o faz sorrir. Viro-me pra ele, uma péssima decisão. O sol batia na minha cara.

–Na verdade não, Bela Adormecida.

–Então por que me acordou?

–Não queria que perdesse isso. – Nesse momento minha visão se adapta ao lugar e vejo o pôr de sol mais belo que existe. Em tantos tons alaranjados, vermelhos e indescritivelmente lindos, fazendo contraste com dois morros repletos de flores coloridas, que me faziam lembrar uma doce primavera, um abraço em família caloroso (ao qual, claro, eu nunca participara), e me causava um efeito melhor que a mais bem preparada ambrosia.

Num impulso interno, desço do carro como uma louca bamba e saio correndo. Quando já corri uns 7 metros, Nico chega do meu lado.

–O que está – pausa pra ele respirar. – fazendo, garota?

–Corre Nico. Vamos reerguer o sol. – eu digo, acelerando. Ele sorri como um idiota e vai atrás de mim.

Não faço a mínima ideia de quanto tempo passamos correndo, só sei que quando finalmente caímos exaustos no chão, o sol já tinha ido há tempo suficiente para que essa ideia juvenil (mas tão agradável) fosse esquecida.

Ofegamos por um longo período e eu comecei a rastejar lentamente na direção dele. Quando me vê, faz o mesmo, até que nossos rostos estejam muito próximos. Nesse momento deitamos cabeça encostada em cabeça, mas não nos olhamos mais.

–Olhe aquilo. – comento depois do que pareciam séculos de quietude.

–O que, Demi? – maldito. Por que sua voz tinha que ser rouca e sexy nos meus ouvidos? Antes de responder essa pergunta, tento disfarçar o arrepio e o tremor de meu corpo, incluindo a voz.

–As estrelas. Tão distantes e tão brilhantes. De nosso ponto de vista parecem próximas, mas estão a milhares de quilômetros umas das outras. E a maioria está morta e não se dá conta. Uma boa metáfora sobre a sociedade.

–Me explique essa metáfora, John Green. –Soco seu braço levemente.

–Idiota. – Suspiro longamente, um vicio antigo que cometo antes de explicar alguma coisa. –As estrelas são as pessoas, e brilhamos intensamente porque cada um de nós cumpre seu papel, porém somos infinitamente ricos e preciosos, mesmo que estejamos em abundância. E por essa enorme quantidade, esquecemos o quanto somos valiosos.

–Estrelas não têm sentimentos.

–Quem garante? – contraponho. –Eu estou tentando ser poética, não me atrapalhe. De qualquer maneira... Todos acham que estamos realmente próximos, mas existe uma grande distância entre nós, que pode representar o egoísmo e todos os outros defeitos que nos impedem de ver um ao outro claramente. E sobre o fato de estarmos mortos, acho que representam quando nos permitimos virar nossos defeitos e inseguranças. Mas a diferença entre nós e as estrelas nesse quesito, é que sempre podemos voltar a viver.

Um longo silêncio se segue depois de terminar. Ele provavelmente está processando tudo o que eu disse.

Sinto leves toques na minha mão direita. Nico a segura com tanta ternura como se fosse apenas um fantasma quente e um pouco físico. Ele sussurra roucamente no meu ouvido, o que me faz arrepiar dos pés a cabeça.

–Não sei se isso está certo, não sei se na realidade estamos à milhas de distância. E quem sabe na verdade. Talvez não exista uma metáfora correta para a vida, e sejamos únicos e inexplicáveis. A única coisa que me tira da completa ignorância é a certeza de que não me sinto nem um pouco distante de você. Muito menos agora.

Olho para o lado e vejo seu sorriso aberto, e é impossível não sorrir de volta. Sinto nossas respirações se misturando cada vez mais. Só que agora não consigo ver um motivo para repelir isso.

Dois centímetros antes de nossos lábios se encontrarem, ele hesita. Reviro os olhos e puxo-o até essa distância acabar, e o beijo finalmente acontecer.

Eu não sei por que

Eu não sei por que

Estou com tanto medo (com tanto medo)

E eu não sei como

Eu não sei como

Consertar essa dor (essa dor)

Nós estamos vivendo em uma mentira

Vivendo uma mentira

Nós só precisamos mudar (precisamos mudar)

Não temos mais tempo

Não temos mais tempo

E não mudamos

Não podemos parar o mundo

Mas há tantas coisas que podemos fazer

Você não pode impedir que essa garota

Se apaixone mais por você

Você disse que ninguém tem que saber

Dê tempo para crescermos

E ir devagar

Mas eu pararia o mundo

Se isso finalmente nos deixasse em paz

Deixasse-nos em paz

Estou ouvindo o barulho

Ouvindo o barulho

De tudo em volta (tudo em volta)

Eu estou à beira

Eu estou à beira

De desmoronar (de desmoronar)

Igual Bonnie e Clide

Vamos dar uma volta

E tomar essa cidade

Para mantê-la viva

Mantê-la viva

Não faça som algum

Não podemos parar o mundo

Mas há tantas coisas que podemos fazer

Você não pode impedir que essa garota

Se apaixone mais por você

Você disse que ninguém tem que saber

Dê tempo para crescermos

E ir devagar

Mas eu pararia o mundo

Se isso finalmente nos deixasse em paz

Deixasse-nos em paz

Eu nunca quero que você

Dê-me aquele último olhar

Vou virar outra página

Eu não vou fechar o livro

Não podemos parar o mundo

Mas há tantas coisas que podemos fazer

Você não pode impedir que essa garota

Se apaixone mais por você

Você disse que ninguém tem que saber

Dê tempo para crescermos

E ir devagar

Mas eu pararia o mundo

Se isso finalmente nos deixasse em paz

Deixasse-nos em paz (nos deixasse em paz)


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Notas finais do capítulo

E AÍ? TÁ LEGAL? BONITINHO? EU GOSTEEEEEEEEEEEEI.
Comentem. Recomendem. Colem o link na testa. BRINCADEEEEEEEEEIRA.
Enfim, eu estou me mudando e não sei quando posso voltar a postar. MAS I'LL COME BACK WHEN YOU CALL ME, NO NEED TO SAY GOODBYE.
Queria também divulgar uma cantora foda chamada Celeste Buckingham. ESCUTEM ELA. A VOZ É PERFEITA.
XoXo Bri.