I Never Gave Up On You escrita por Ginnie


Capítulo 11
Blow me one last kiss


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM, DESCULPEM, DESCULPEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEM-ME A DEMORA, MINHA CASA ESTÁ REFORMANDO E A WI-FI DO FLAT É CU. TAMBÉM ESTAVA SEM INSPIRAÇÃO (e sendo sincera, saco) PRA ESCREVER, FORA O TEMPO DO NYAH OFFLINE E A ESCOLA. MAS NÃO TEM DESCULPA PRA ISSO. PEÇO PERDÃO À VOCÊS.
O capítulo tá curtinho, mas ta aí. É tudo que eu consegui espremer do meu cérebro. Fora a preguiça dominante em meu ser.
Nos vemos lá em baixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/395684/chapter/11

Blow Me (One Last Kiss)

POV DEMI

Não sei como, mas de algum jeito acabamos parando no banco traseiro do carro. Ambos com cabelos bagunçados, lábios inchados e borrados sutilmente de batom, roupas amassadas, braços enlaçando as cinturas estreitas do próximo, pernas uma por cima da outra, testas coladas, olhos repletos de luxúria e desejo se encarando fixamente. Este era apenas uma curta pausa para recuperar o oxigênio nos pulmões. Se bem que eu precisava daqueles lábios macios e cheios prensados aos meus incomparavelmente mais do que fôlego.

Com esse pensamento, avanço de novo para ele, que me puxa para perto, me prensando a ele de forma que nossos corpos poderiam se fundir como dois siameses. E foda-se, também. Quem se importa com coisas supérfluas como estado do corpo em relação ao outro e o nível de oxigênio que abastece os pulmões quando se tem Nico Di Angelo beijando seus lábios como se fosse o último momento gratificante da vida, e nada valesse mais a pena que o contato com seu corpo?

Há uma teoria interessante na física, que dois corpos animados não podem compartilhar o mesmo espaço. Se você encostar dois dedos, eles não estão se encostando, em proporções milimétricas, apenas trocando cargas elétricas. E o mesmo vale para um beijo ou qualquer toque entre seres vivos não existe realmente, e as sensações que estes causam são apenas uma reação aos elétrons positivos e negativos viajando por correntes. É fascinante, por um lado, mas pensar muito nisso é perturbador. A ignorância é realmente uma benção, mas só percebemos isso quando perdemos essa dádiva para o em geral inutilizável conhecimento. Estou pensando muito rápido e cientificamente. Isso é mal.

Saindo do devaneio, percebo que estou sendo imprensada entre o banco e Nico. E realmente não me incomodo, nem mesmo com o amiguinho muito animado junto a minha perna. Arranho seu pescoço levemente enquanto ele beija o meu em retribuição. Repouso minhas mãos em seus braços musculosos, sentindo-os contrair sob meu toque, mesmo através daquela ridícula jaqueta. Dispo-o dela, por fim podendo tocar verdadeiramente sua carne. De tão colados que estávamos um do outro, sinto seu abdômen ficar tenso, e um sorriso excitado escapa dos meus lábios. Ele tira a minha jaqueta com um pouco mais de dificuldade, entre beijos e sussurros ininteligíveis. De repente, ele para, e me encara fixamente.

–O que foi? – digo ofegante (maldita necessidade de oxigênio). Ele não responde então me apoio em um cotovelo e puxo sua nuca até nossos lábios encostarem novamente. Provavelmente possuído por algum desejo sensual inegável, ele se senta e me puxa pelos quadris, fazendo-me sentar em seu colo, sentindo sua ereção por baixo dos panos. Mordo seu lábio superior com leveza e estico, enquanto ele comprime nossas caixas torácicas. Enlaço suas costas definidas com minhas pernas e sua nuca com as mãos, enquanto ele me segura pela cintura e pelo pescoço, reduzindo o espaço entre nós para quase nada. As cargas elétricas trocadas estão a mil por hora, com certeza.

Separo nossas bocas por alguns centímetros, o suficiente para podermos respirar sofregamente. Sinto-me como se tivesse corrido uma maratona embaixo da água, mas ao mesmo tempo como se tivesse fôlego para uma.

–Wow. – digo, dando-o um selinho no queixo.

–Wow. – ele repete, porém dando-me um selinho nos meus lábios.

–Isso é o que as pessoas chamam de... Química? – pergunto retoricamente, sorrindo. Ele suga meu lábio e coloca uma mecha do meu cabelo loiro atrás da orelha.

–Não, Demi. Não é química. Eles chamam de outra coisa.

–Bom o que é então? Pegada? Destino? Prática? Experiência? Por favor, me diga que não é nenhum desses dois últimos.

–Deixa que eu diga ok? – assinto com a cabeça. Ele suspira muito sério, oposto ao meu sorriso aberto. Porém, pelo que parece uma eternidade, ele não responde. Apenas me encara. Então eu encaro de volta. Olhos claros fincados em escuros e vice-versa. Olhos de pessoas que já passaram tanta coisa, muito mais que dois jovens de 16 anos já deveriam ter passado, sempre juntos. E eu sei exatamente quem eu sou quando olho nestes olhos que parecem opalas negras. Porque estes mesmos imutáveis olhos acompanharam, conhecem ou participaram dos momentos mais importantes da minha vida. Sempre juntos, me protegendo e me irritando. Por mais destruída que eu esteja, se eu olhar para eles, tudo fará sentido e reconstruíra das cinzas. E sei que é um processo duplo. Eu pertenço ao Nico. Ele pertence a mim. Simples. A vida e o acaso que fizeram isto ser complexo. Mas sempre podemos facilitar. E agora eu me pergunto como fui tão burra? Por que quase deixei minha necessidade básica escapar? Por que não simplifiquei de uma vez?

–Eles, assim como eu, chamam isso de amor. – e a resposta bate bem na minha cara, como uma brisa de inverno, quebrando o pouco calor que se formou internamente. É por isso que eu não simplifico. Porque amor... Simplesmente é inconcebível para mim.

–Você acabou de foder tudo. Parabéns, Niquito. – dito isso, desço do seu colo e pego minha jaqueta no chão.

–Mas o que? – ele pergunta confuso.

–Amor! Fala sério! Isso é ridículo! – grito, me esticando para pegar minha bolsa na frente. Coloco-a o ombro e viro para ele. – Absurdamente ridículo. Uma merda. Duas pessoas se pegando em um carro é clichê. Não amor. Porque eu não te amo... Desse jeito, entende? Que porra. Você acabou de foder tudo! – nesse momento, desço do carro. Ele aparece na janela.

–O que caralhos você está fazendo?

–Indo pra casa, obviamente.

–Mas estamos na porra do meio do nada!

–Que se foda. Alguma hora eu chego lá. - começo a caminhar e coloco fones de ouvido, para ignorar o que quer que ele fale. E pela primeira vez, a música está ao meu favor.

Punhos cerrados e palmas suadas de tanto segurar firme

Dentes cerrados, eu tenho outra dor de cabeça de novo esta noite.

Olhos em fogo, olhos em fogo e a queimadura das lágrimas todas.

Tenho chorado, tenho chorado, tenho morrido por você.

Dê um nó na corda, tentando segurar, tentando segurar.

Mas não há nada para pegar, então solto.

Acho que finalmente já tive o bastante

Acho que talvez eu pense demais

Acho que acabou para nós (sopre-me um último beijo)

Você me acha séria demais, eu acho você um merda.

Minha cabeça está girando então (sopre-me um último beijo)

Bem quando não pode piorar, tenho um dia de merda (não!).

Você teve um dia de merda (não), tivemos um dia de merda (não!).

Acho que a vida é curta demais para isto

Quero de volta minha ignorância e felicidade

Acho que já tive o bastante disto (sopre-me um último beijo)

Não sentirei falta das brigas que sempre tínhamos

Engula, quando digo que não sobrou nada é isso que quero dizer.

Chega de bebedeira, chega de batalhas para mim.

Você vai chamar uma prostituta porque não vai mais dormir

Vou me vestir bem, meu visual vai ficar legal, vou dançar sozinha.

Vou dar risada, vou ficar bêbada, vou levar alguém para casa·.

Acho que finalmente já tive o bastante

Acho que talvez eu pense demais

Acho que acabou para nós (sopre-me um último beijo)

Você me acha séria demais, eu acho você um merda.

Minha cabeça está girando então (sopre-me um último beijo)

Bem quando não pode piorar, tenho um dia de merda (não!).

Você teve um dia de merda (não), tivemos um dia de merda (não!).

Acho que a vida é curta demais para isto

Quero de volta minha ignorância e felicidade

Acho que já tive o bastante disto (sopre-me um último beijo)

Sopre-me um último beijo

Sopre-me um último beijo


Vou fazer o que me apetece, qualquer coisa que eu queira.

Vou respirar, não vou respirar.

Não me preocuparei de jeito nenhum

Você pagará pelos seus pecados, você vai lamentar meu querido.

Todas as mentiras, toda a esperteza, ficarão claríssimas.


Acho que finalmente já tive o bastante

Acho que talvez eu pense demais

Acho que acabou para nós (sopre-me um último beijo)

Você me acha séria demais, eu acho você um merda.

Minha cabeça está girando então (sopre-me um último beijo)


Bem quando não pode piorar, tenho um dia de merda (não!).

Você teve um dia de merda (não), tivemos um dia de merda (não!).

Acho que a vida é curta demais para isto

Quero de volta minha ignorância e felicidade

Acho que já tive o bastante disto (sopre-me um último beijo)

Sopre-me um último beijo


Sopre-me um último beijo

Bem quando não pode piorar, tenho um dia de merda (não!).

Você teve um dia de merda (não), tivemos um dia de merda (não!).

Acho que a vida é curta demais para isto

Quero de volta minha ignorância e felicidade

Acho que já tive o bastante disto (sopre-me um último beijo)

Bom, mais ou menos. O suficiente para eu me identificar e ignorar a dor nos pés e o fato de estar perdida. Mas nas notas finais, o desespero vem à tona. Merda, merda, merda, sua garota imprudente, burra e inconsequente. O que vai fazer agora?

Involuntariamente, a minha mão para no meu celular e o abre. Eu não deveria usá-lo, mas foda-se. Disco o número e levo ao ouvido, já mantendo a flor em forma de arma.

–Alô? – a voz masculina e rouca atende. Suspiro de alívio, mas mantenho a guarda.

–Rodrick? Estou no meio do nada. Pode vir aqui me buscar?

–Claro. Adoro socorrer pessoas abandonadas no meio do nada, que podem receber ataques a qualquer momento. Meu hobbie. O veículo sagrado de São Rodrick já está chegando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Não tenho previsão de volta, mas acho que logo voltarei pra casa definitivamente. Enquanto isso, apreciem o exercício de paciência.
XoXo Bri



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Never Gave Up On You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.