The Firelink escrita por Cryser


Capítulo 3
Capítulo 3 – Uma era de cavaleiros e dragões?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/395654/chapter/3

Após horas dormindo, finalmente o garoto acordava. Sentia-se mais forte, conseguia sentir novamente sua pele e carne, então sentindo-se forte, levantava-se e olhava em volta. Estava numa espécie de bancada, ao seu lado, um cara estava sentado alimentando uma fogueira no centro do local com lenha fresca.

– Onde estou? – Perguntou ao garoto, primeira coisa que fez após se sentar num dos bancos ali.


– Você está no Santuário do Fogo. Aqui é onde você mais irá parar em sua aventura acabada de começar... Para estar aqui, concluo que tenha escapado do Demônio do Asilo, correto? – O garoto respondeu com outra pergunta para Oberon.


– Então aquela criatura tinha nome? E como sabe que eu vim diretamente daquele “Asilo”? – Respondeu também com uma pergunta.

– Claro que sei, não é o primeiro vindo, nem acho que será o último, hahaha! Muitos aventureiros já tentaram atravessar as terras deste maravilhoso lugar! Mas todos faleceram na primeira tentativa. Olhe bem a sua volta, verá cadáveres de todos estes aventureiros. – Seu tom de ironia e rindo da desgraça dava raiva ao garoto, mas não deixava de escutar.

Olhou em volta como o cavaleiro a seu lado aconselhava, realmente, mortos estavam pendurados em todos os cantos. Na verdade, o garoto estava sentado numa espécie de arena teatral dos gregos, mas em tamanho bem menor e toda destruída. Em um de seus lados, uma árvore sem qualquer folhagem, seca, era de lá que o cavaleiro tirava a madeira. No mesmo lado desta árvore, uma escada que levava para andares inferiores, não parecia ter algum teto lá também. A direita do garoto, tinha um poço com um corpo pendurado neste. Atrás do mesmo, uma entrada para um andar superior, ainda não iria explorar.



– Eu vim logo atrás de uma moça loira. Viu ela por ai? – Oberon não perdeu tempo com perguntas, se este garoto a sua frente já havia avistado muita gente, com certeza havia avistado a ela também.


– Uma garota loira? Assim como eu? – Após falar, o cavaleiro retirou o elmo e mostrou sua face. Cabelos médios e loiros, olhos azuis claros, também pele pálida. – Isso faz lembrar minha mãe, Ciaran, uma das grandes Cavaleiras de Gwyn, infelizmente, já falecida... – Completou enquanto olhava para baixo, parecia um tanto triste.


– Sua mãe? Ciaran? Elas têm o mesmo nome, mas acho que estamos equivocados na pessoa... Obrigado mesmo assim. – Levantou-se após falar, estava chateado, queria terminar seu trabalho e voltar para casa, se essa fosse a única saída, o faria.

Ao chegar perto da fogueira, seu corpo parecia ficar mais forte. Algo negro saía de seu corpo e ia em direção à fogueira e simplesmente queimava ali, aumentando ainda mais a chama do fogo. Ao mesmo tempo em que isso acontecia, o corpo do garoto retomava mais ainda ao seu estado habitual, sem ter certeza de quanto tempo isso duraria. Sem se preocupar com mais nada, começou a caminhar na direção do poço ao seu lado direito. Ali mais a frente, conseguia ver uma ponte bem mais alto do nível onde o garoto estava, mas tinha também uma escada encostada a colina, tirando o foto de que um passo em falso o garoto cairia num abismo, tudo estava certo até agora.

– Vai sem uma arma? Mas você é corajoso mesmo. – Novamente, o Loiro chamava Oberon com um tom de riso e também com um sorriso em sua face, estaria ele zoando com o garoto? – Atrás de mim tem uma passagem, lá tem outro cavaleiro, mas não fale com ele, ele é um traidor. Para o lado esquerdo, tem um local alagado, mas novamente a esquerda, uma entrada. Num dos cadáveres por esse cemitério que fica ai, deixei uma lança em forma de asa, pode usá-la se a encontrar.


– Obrigado. – Oberon agradeceu e foi por onde o Cavaleiro o aconselhou.

Não demorou muito a encontrar aquela lança que o garoto dizia por entre os túmulos no cemitério, logo após, retomava o caminho as escadarias. Encontrava grupos de mortos-vivos, parece que aquele lugar também estava infestado daquilo. Os matava facilmente, bloqueando seus ataques com o escudo que ainda carregava e os matando facilmente a uma longa distância graças a lança, tirando o fato de que um deles atirava coquetel em sua direção. Após matar este grupo de monstros, adentrava um túnel com um cheiro insuportável, cheiro de esgoto, talvez em frente ele desse mesmo neste local. Mas não era como o garoto esperava, adentrando mais o túnel, a única saída era para uma entrada a esquerda, já que tinha um portão trancado em sua frente. Por surpresa do garoto, ao sair do túnel viu algo maior passar bem por cima de sua cabeça: “Um dragão?”. Sem tempo suficiente para avistar o que havia passado, subiu as escadas a sua frente e derrotou mais alguns grupos de monstros, logo estava num local mais aberto, após atravessar outra ponte menor que a anterior. Ali, não via mais criaturas algumas, o chão estava chamuscado e a madeira em volta estava ardendo, talvez ato do dragão que passara mais cedo. Subiu mais uma escada, tendo a sua esquerda uma torre que por dentro estava completamente destruída, e a sua direita, uma espécie de varanda onde podia ver bem de onde tinha vindo até onde estava agora, inclusive, via totalmente o pátio a sua frente. Por sua surpresa, bem por cima da cabeça do garoto, o dragão voava baixo, fazendo pressão com as asas, o suficiente para fazer o garoto se ajoelhar no chão, mas isto o salvou. Logo após o dragão passar por cima, ele pousou no pátio e lançou chamas em tudo que existia, mas o garoto estava protegido pelo muro onde se agachou acidentalmente. Antes de o dragão levantar voo novamente, conseguiu ver suas escamas em forma de espinhos, também sua cor vermelha e suas asas rasgadas de tão velho que o dragão devia ser. Levantou-se e correu na direção oposta para o dragão havia voado, talvez apavorado com o que vira. Seu caminho estava completamente livre, o dragão havia consumido tudo que existia no local. Ao chegar a outra torre, tinha uma escadaria completa e pronta a ser usada, um do lado, subia, enquanto que a sua frente, uma porta que o garoto abriu, com uma escadaria que descia. Aventurou-se por ali e ouviu os sussurros de alguém, uma voz grossa que falava em outra língua. Ao chegar ao andar inferior, avistou um guerreiro usando uma armadura pesada, um escudo pesado e uma grande espada em forma de cabeça de dragão: “Mas em que tempo eu vim parar mesmo?”. Sem tempo para pensar, não se atreveria a chatear daquele cavaleiro tão cedo, então seguiu rumo ao andar superior, onde foi dar a uma ponte descampada. Do lado esquerdo desta ponte estava quebrado, o que poderia fazer o garoto cair ali facilmente se algo maior aparecesse, seria uma maldição? Bem no momento que o garoto pensa numa queda iminente naquele local e o atravessa, um outro demônio do tamanho do que enfrentou no asilo aparece, mas a aparência deste era diferente, também a arma. Tendo no máximo um machado de cinco metros em sua mão, em sua cabeça possuía chifres, se assemelhando a um touro ou algo desta família. Com todo seu corpo cheio de pelugem. A criatura havia pulado de uma torre menor do outro lado da ponte e agora corria na direção do garoto, enquanto este já retrocedia também em direção a uma escada próxima a onde tinha entrado.

– Não acredito! De novo não! – Gritava enquanto corria a sete pés na direção da escada, subindo o mais rápido que conseguia.

Chegando acima da mini torre, o demônio golpeava a mesma com o machado, fazendo esta ruir juntamente com Oberon em direção a criatura e por impulso, o garoto conseguia passar bem por debaixo das pernas do demônio que usava a mesma técnica que o outro no Asilo, tentar golpear de cima para baixo. Logo após, o garoto se segurou na pelugem do demônio e o escalou bem rapidamente, deixando seu escudo no chão para ter mais facilidade. Chegando perto da cabeça do demônio, se agachou no ombro deste mesmo, fincando a lança no pescoço, mas parecia nem ter efeito algum naquele monstro, ele simplesmente derrubou o garoto junto com a lança, o agarrando e jogando contra a fissura no meio da ponte. Por sorte, o moço havia conseguindo ficar a lança no chão bem antes de cair, se segurando e levantando rapidamente, correndo para de onde o demônio tinha vindo.

– Preciso de uma estratégia... Eu matei o último com grande sorte, este não se tratará apenas disto... Ou talvez sim! – Gritou enquanto teve uma ideia para derrotar seu inimigo.

Correu novamente para a fissura na ponte e chamou a atenção do monstro, atirando pedras neste e o provocando de várias formas, também agitando o corpo.

– Vem, cabeça de elefante e rinoceronte! Você não é nada!

Após este golpe baixo dar resultado, o touro demônio pulou na direção do garoto com o machado em mãos, golpeando o chão e quebrando a ponte em duas partes e fazendo ambas começarem a ruir. Não era este o plano do moço, mas não o impediria de correr para a torre mais próxima onde seria seguro. Para sua surpresa, após adentrar a torre, o monstro ainda permanecia de pé, mesmo após a ponte toda cair para o abismo, a criatura se agarrava a torre onde o garoto estava, a escalando por inteira, iria dar um jeito de derrubá-la com o garoto dentro.

– Preciso me apressar!

Olhou em volta e apercebeu-se numa escada ali escondida, ela daria para um andar inferior, talvez a ponte que conseguia ver antes. Seria melhor lutar com uma criatura daquelas numa ponte mais aberta. Já que com o demônio estremecendo toda construção, o garoto a abandonou a tempo, bem no segundo que este sai das escadas para uma ponte larga e grande, a torre cede e cai, talvez junto com o demônio.

– Ufa... Parece que consegui haha! – Festejou sozinho, agachando e recuperando o fôlego.

Este festejo não durou muito tempo, logo ouviu o respirar da criatura em seu ouvido. Arregalou os olhos e por impulso rolou para trás, passando sucessivamente por baixo das pernas desta, fincando a lança por trás do joelho esquerdo do monstro, o que talvez cortasse um de seus tendões, se ele tivesse algo do tipo. Por sua vez, parecia ter resultado, o demônio gritou com toda a força, chamando assim mais criaturas de longe, até mesmo aquele dragão de há pouco.
Enquanto isso, o garoto cortou também os tendões da outra perna e recuou para um lugar mais seguro, onde tinha um teto, por sorte, bem no momento que fez isto, o dragão de antes aparecesse e cospe fogo por toda a ponte.

– Isso vai finalmente matar aquele demônio? – Observou atentamente a criatura queimar ali.

Mas novamente era surpreendido. O monstro continuava ardendo e corria na direção do garoto, com esta corrida, o fogo havia apagado, mas também não tinha mais pelugem alguma, ou seja, sem qualquer defesa, apenas carne e osso. O garoto por si quis tentar a sorte, a criatura não corria de um lado para o outro, sempre em linha reta e também a distância era ainda de uns bons cinquenta metros, ela havia sido arremessada com o sopro do dragão. O garoto pegou a lança com a destra, preparando para um lançamento de dardo, este mesmo já havia praticado este desporto antes, mas o momento era diferente agora. Fez pontaria e rodou o corpo o suficiente para ter impulso e lançou a lança em direção a cabeça do monstro, o acertando bem no centro do crânio.
Mesmo após isto, a criatura continuou a correr na direção do garoto, mas após correr vinte e cinco metros, estava óbvio. O monstro caiu perante o garoto, sem vida. Pegou sua lança de volta e a segurou firme novamente, não queria correr o risco de perder uma boa arma naquela altura. Seguiu caminho até ao outro lado da ponte, onde parecia ter mais uma espécie de fogueira aguardando o moço.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Santuário do Fogo é a tradução do título da fanfic - The Firelink.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Firelink" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.