Cold World's Legend escrita por Teud


Capítulo 2
Pecado Original?


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo... Desculpa pelo atraso, mas eu andei com problemas no PC, e outras coisas mais. Sem mais delongas, o capítulo...



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Após preparar a fogueira no centro da cozinha, enchi uma caneca de leite com água da pia e a coloquei em cima da grelha. Esperei por algum tempo até a água esquentar, e então tirei da grelha. Coloquei a caneca ainda pegando fogo na pia e mergulhei panos nela. Depois de por uma boa quantidade, levei tudo até o quarto onde a menina estava e deixei no chão. Corri até o banheiro e peguei uma toalha de banho. Voltei ao quarto. Encarei a garota desacordada. Engoli em seco.

"Eu preciso fazer isso... É para o bem dela.", pensei, tentando tranquilizar a mim mesmo. Contudo era impossível. Eu estava prestes a fazer algo muito pervertido.

Hesitantemente comecei a tirar o casaco dela. Com cautela, tirei-o, com certa dificuldade com as costas e mangas. Depois tirei as blusas com cuidado para ela não acordar. Os seios dela eram mais grandes do que imaginei. Fiquei os fitando por alguns segundos, entretanto despertei ao ouvir um gemido de dor devido ao frio dela. Franzi o cenho tirei a calça dela. Depois disso, corri até a caneca, peguei-a pela alça e comecei a passar os panos umedecidos e mornos sobre o corpo dela, aquecendo-a. O rosto dela relaxou, mas logo se contorceu novamente. Estranhei, entretanto logo entendi o que acontecia. Meu serviço estava incompleto.

Engoli em seco mais fortemente, e com a respiração fatigada pela excitação, comecei a tirar o sutiã dela. A tentação subia o meu corpo, fazendo-me querer fazer todo o tipo de coisas com ela. Espantei os desejos carnais balançando o rosto. Ela precisava de minha ajuda senão morreria. Tirei a peça íntima com certa dificuldade, pois ela, além de estar encharcada e semi-congelada, era complicadíssima de se soltar. "Como as mulheres conseguem colocar e tirar isso?!", pensei irritado.

Não conseguindo tirar a peça, recorri a ajuda de uma faca que estava presa em uma bainha pendurada em um cinto. Cortei o tecido coberto por uma fina camada de gelo meticulosamente para não cortar as costas dela. Tirei a peça e a taquei na lixeira que estava próxima. Guardei a faca. Desci um pouco e encarei o púbis dela. Aquilo já era demais. Eu tinha que despi-la, mas... como controlar os instintos masculinos de reprodução?

Coloquei um dedo em cada extremidade do quadril dela, puxando a calcinha devagar. Minha pulsação deu um salto de velocidade. Eu estava suando, o que não acontecia desde três meses atrás, quando fugi de um louco canibal. A tentação de devorá-la sexualmente estava praticamente dominando minha mente, entretanto minha vontade lutava contra isso. Olhei para o rosto sofrido depois de uma intensa batalha interna. Não podia continuar sonhando. Tinha que ajudá-la.

Puxei a calcinha rapidamente. Em uma parte das pernas ela obviamente "emperra", pois não estão suspensas. Cuidei desse problema e removi a peça. Peguei as roupas que estavam espalhadas pela cama e pendurei-as em um varal dentro do banheiro. Olhei ela completamente nua, e uma tremedeira louca surgiu. A razão que queria protegê-la lutava contra minha luxúria, que estava perto de me dominar. Engoli em seco, contudo a tremedeira não passava.

"Então... esse é o pecado original?", questionei-me mentalmente.

Depois de me convencer de que ela morreria se eu continuasse com aquilo, prossegui os cuidados, passando os panos em seu corpo. Eles estavam esfriando rapidamente. Assim sendo, tive que me apressar. Assim que terminei de aquecê-la, sequei a água que sobrou com a toalha e a cobri, sentando-a na cama. Corri até o guarda-roupa e peguei roupas velhas de minha irmã falecida. Vesti a menina com várias peças e dois casacos e a deitei com três cobertores. Ela estava bem aquecida agora. Suspirei ao ver meu trabalho completo.

***

Passou-se três dias, e nada da loura acordar. Já estava começando a achar que ela estava morta, mas quando preparei meu almoço e comecei a comer ao lado dela, a tal despertou lentamente. Primeiramente a garota estranhou a cama, e ao me ver, gritou histericamente e engatinhou para trás e final da cama.

– O-o-o-o-o-o-o-o-o q-q-q-q-q-que você fez comigo?! - ela gaguejou.

Sorri, colocando o almoço na cômoda ao meu lado.

– Te salvei da chuva e do frio. Deveria agradecer.

– Por quê?! - a loura inquiriu - Eu não pedi por isso!

Suspirei.

– Enfim, qual é o seu nome? - questionei, mudando de assunto.

– Bia.

– Só Bia? Seu nome não é Beatriz?

– N-não... - ela tremeu de leve, pois um vento gelado passou por ela - É só "Bia" mesmo. Com "i" no meio.

O nome era realmente estranho, mas eu não podia afirmar isso.

– E o seu, meu grande salvador? - Bia ironizou.

– Siegfried. Bem, meu nome é mais estranho que o seu...

Ela arregalou os olhos por um momento, mas logo disfarçou, declarando:

– Realmente, ha ha ha... Bem, posso te chamar de Sieg?

– Tudo bem - assenti.

Ela sorriu. Bia era linda, e eu sentia uma vontade irracional de protegê-la. Mesmo ela sendo praticamente da minha idade, ainda parecia frágil, ao mesmo tempo que saber de algo grande. Eu estava tenso acerca desses assuntos, contudo resolvi deixar para depois, questionando:

– Quantos anos você tem, Bia?

– Eu? - ela pausou, pensando um pouco - Quinze, mas logo farei dezesseis... E você?

Bia estava meio adiantada para sua idade em questão fisiológica, se é que me entendem...

– Tenho dezessete. Agora que acordou, quer comer?

– Claro! Mas você tem comida suficiente?

– Óbvio! Se estou oferecendo!

– Você é bem mal-educado, hein?

– E você, mal-agradecida.

Ficamos no encarando por um tempo, entretanto não queria ficar discutindo com uma garota tão linda quanto Bia, então bufei e fui para a cozinha.

– Já volto.

– OK...

Preparei um almoço para a loura e levei o prato até ela.

– Isso é... só macarrão! - ela reclamou ao pegar o prato e colocá-lo no colo, franzindo todo o rosto.

Ri muito com a reação dela. Ela franziu ainda mais o cenho e questionou irritada:

– Do que está rindo?

– Você está no fim do mundo, quase morreu de frio e agora quer escolher a refeição? Come logo isso, é a única coisa que eu tenho pra te dar.

– Eu...

– Se não comer, vai morrer de fome.

– Tsc!

Relutantemente Bia comeu o macarrão instantâneo. Terminei o meu almoço junto com ela e levei os dois pratos para a cozinha. Lavei-os e depois sequei-os para não congelar, guardando-os em seguida. Depois disso voltei para o quarto. Quando eu cheguei perto dela, a tal revelou:

– Eu sei de muitas coisas.

Ergui uma sobrancelha. Bia continuou:

– Inclusive que este mundo foi criado por deusas, e que o pecado original, na verdade... é o homem.

Fiquei apavorado, pois o tom dela mudou de repente quando ela pronunciou as palavras destacadas. Engoli em seco e inquiri:

– T-tudo bem... Você ouviu o... meu pensamento?!

Bia riu baixinho, e após um pequeno suspense, respondeu:

– Eu apenas deduzi o que você pensou enquanto trocava minha roupa.


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Notas finais do capítulo

Originalmente nenhum personagem no sonho tinha nome. Todos os nomes foram inventados para esta obra.