Meu Amor É Um Nerd escrita por rodriguesrubia


Capítulo 6
Capítulo 6 - Especial Verônica Smith


Notas iniciais do capítulo

Heeeey! Bom, hoje temos um capítulo diferente, ele é narrado pela Veh, ok? Obrigado e boa leitura.



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Veh -

 

Acordei num susto só. Meu pai batia na porta do meu quarto com toda a força e gritava que eu iria me atrasar. Me levantei e fui até a janela do meu quarto para abri-la e deixar o sol entrar. Gritei para o papai que eu já havia me levantado e fui até o banheiro. No caminho liguei o IPod que estava conectado ao radio e deixei a musica Moments do One Direction tocar. Lembrei de quando eu e Harry dançamos essa musica juntos na ultima festa e sorri. Havia momentos que ele era a melhor pessoa que eu já conheci, por mais que ele não parecesse, ele era incrível É claro que ele as vezes extrapolava, mas ele tinha um bom coração. Depois de um rápido banho fui até meu closet. Agora tocava Mistletoe do Justin Bieber e eu simplesmente vesti uma roupa bem confortável -> http://www.polyvore.com/cgi/set?id=92655090&.locale=pt-br <- . Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo alto, desliguei o rádio e cacei minha carteira na bolsa. Peguei minha mochila, meu celular e os fones de ouvido. Coloquei-os e botei a tocar Last First Kiss da 1D e corri para pegar carona com meu pai já que meu carro estava na oficina. 

 

Fui até o colégio com os fones e sem trocar uma só palavra com papai. Ele não parecia muito bem hoje então preferi não incomodar. Chegando na escola, fui direto ao meu armário e peguei meus livros de literatura para correr para a aula. Quando estava no caminho da sala, olhei para o lado para ver que a Srª Teresa estava xingando dois alunos que tinham chegado atrasados e esses milésimos que eu perdi olhando para o lado bastou para alguém esbarrar muito forte comigo. Meus livros voaram e eu cai de bunda no chão. A pessoa que esbarrou comigo também caiu e quando levantei a cabeça e olhei para frente vi que era Ed quem havia me derrubado. Dei uma risada e me levantei. Estendi a mão para ele que ainda estava sentado no chão com uma péssima cara.

 

— Você ta bem? -Perguntei.

 

— To sim. Me desculpa, eu não te vi. - Ele falou se levantando.

 

— A culpa foi minha também. - Eu me agachei para pegar meus livros e ele ajudou. 

 

— Desculpa mesmo, ta? - Ele estava com uma cara péssima, parecia que tinha acontecido algo muito ruim. 

 

— Você ta bem mesmo? Ta com uma cara péssima. Aconteceu algo com seu pai? - Lembrei que o pai dele estava no hospital.

 

— Não, nada. É que eu passei a noite no hospital. Não consegui dormir. - Ele respondeu com um sorriso triste. 

 

— Mas ele ta melhor, né? - 

 

— Sim, sim. Sai do hospital ainda essa semana. - 

 

— Que bom, Ed. Espero que ele se recupere bem rápido. - Fui sincera.

 

— Obrigado,Veh, de verdade. - 

 

Aquele silencio constrangedor tomou conta do ambiente e percebi que Ed não usava seus óculos fundo de garrafa hoje. Era a primeira vez desde a oitava série que eu não o via sem óculos. Olhei bem no fundo dos seus olhos e sorri. 

 

— Er, eu tenho que ir pra aula. - Ele acabou interrompendo meus pensamentos que a essa altura já deveriam estar quase que em marte.

 

— Ah, sim. Eu também. Nos vemos no almoço. Até. - Respondi e andei até a minha sala. Ouvi ele falar um “Até” baixo e continuar seu caminho. Sr. Pouch estava parado na frente da classe e eu bati duas vezes na porta e a abri.

 

— Entre, Srta. Smith. - Entrei e me sentei no único acento livre que tinha. Era atrás do de Antony Miller, que era um dos garotos mais cool do colégio. Ele era bem simpático e era filho do vice diretor. Me sentei e abri o livro na pag. 96 que estava marcada no quadro.

 

Confesso que fiz tudo menos prestar atenção na aula. As aulas do Sr. Pouch eram legais, mas eu estava muito ocupada pensando em muitas coisas, por exemplo, em como meu pai e o Sr. Julius - pai do Harry - estão planejando vários modos de continuar a parceria deles que não poderia ser apenas profissional, mas tinha que ser pessoal também. Sim, eu gosto do Harry, mas eu não planejo me casar com ele. Não quero pensar nisso agora. Tenho só 17 anos. Muito cedo pra pensar em casamento. E também, ultimamente tinha outra coisa que mexia com a minha mente. Eu não queria pensar nisso porque ele é só meu amigo. Mas confesso que noite passada eu sonhei com o Ed. Sim, eu não deveria. Ele me vê como uma amiga e é só isso que eu sou. Uma amiga. 

 

— Srta Smith? - Ouvi o meu nome, mas não tenho a mínima idéia do que o Sr. Pouch havia falado antes disso.

 

— Você poderia repetir a pergunta? - Pedi me ajeitando na cadeira.

 

— Qual é a clássica tragédia grega que fala sobre um filho que mata o próprio pai e casa-se com a mãe? - Ele arqueou as sobrancelhas e eu agradeci a Deus por ser uma pergunta fácil.

 

— Édipo Rei de Sófocles. - Respondi na lata. Boa Verônica.

 

— Isto. - Ele se virou e começou a descrever o livro.

 

Eu, pessoalmente, sempre tive uma paixão por tragédias gregas. Já li muitas destas e a minha favorita é Édipo Rei. Quando você pensa que tem problemas demais, é só ler esse livro que isso passa. Porque não há alguém mais azarado que o coitado do Édipo, que não tem a mínima idéia de quem ele matou era seu pai e que a mulher que dorme com ele todas as noites e que é a mãe dos seus filhos é também sua mãe. Chega a dar um alivio. 

 

Depois que chegou o final da aula de literatura, segui meu caminho até os armários e larguei meus livros. Quando me virei esbarrei em alguém. Quando virei pronta pra xingar a criatura que havia me batido, vi que era Ed novamente. Nós dois rimos.

 

— De novo? - Perguntei rindo.

 

— De novo! - Ele disse no meio da gargalhada.

 

— Meu Deus. Aula de que agora? - Perguntei me colocando ao seu lado enquanto caminhávamos pelo corredor em direção a algum lugar. 

 

— Sociologia. - Respondeu com cara feia. Eu sorri. - E você? - 

 

— Matemática avançada. - Estava me matando mentalmente por ter escolhido esse quadro de matérias. O que eu tinha na cabeça ano passado? Passar o resto do meu ano me matando de tanto estudar? 

 

— Poxa. Boa sorte. Ouvi dizer que a queridíssima da Cassandra está com um maravilhoso humor hoje. -

 

— Cite-me um dia que ela não está com um maravilhoso humor? - respondi.

 

— É, você me pegou agora. - Ele sorriu. - Pirralhinhos hoje? -

 

— Hoje não tem. Os pirralhinhos foram para um passeio no parque da rua Luzir. - 

 

— Ah, pena. - Ele disse. - Tenho que ir para aula. - Percebi agora que estávamos parados na frente da sala dele. - Você esta muito bonita hoje. - Ele olhava nos meus olhos e eu nos olhos dele. Por um momento eu senti como se todas as pessoas daquele corredor tivessem sumido. Então todos voltaram novamente, e com eles veio um rubor no meu rosto. Eu sorri e desviei o olhar meio que por culpa, ele era só meu amigo.Só. 

 

— Obrigado. -  Respondi olhando para a pequena manchinha que tinha na ponta da minha sapatilha, teria que limpar aquilo daqui a pouco. Quando levantei o rosto ele sorria, e então virou e entrou na sala. Ele balançou a cabeça como um sinal de despedida. Eu sorri em troca e peguei o rumo da minha sala.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Bom, eu costumo usar bastante o Polyvore, provavelmente toda a vez que eu quiser mostrar um look da Veh vai ser por lá tá? Gostou? deixe um Review.. Beijos e obrigado!



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