Meu Amor É Um Nerd escrita por rodriguesrubia


Capítulo 4
Capítulo 4 - Aulas de biologia NÃO são um saco


Notas iniciais do capítulo

ooi, muito obrigado e tenha uma boa leitura.



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Quando desliguei o telefone corri para o quarto de Eric e gritei-o para se arrumar e desci para tirar o Fiat da garagem. Eric não perguntou nada, só fez o que eu disse e em menos de 15 minutos já estávamos no hospital. Durante o caminho expliquei para ele o que Matt havia me explicado e quando chegamos lá mamãe estava sentada em uma poltrona na sala de espera com a cabeça baixa entre as mãos e uma cara muito triste. Corri até ela e a abracei, ela chorou um pouco e me explicou que papai havia levado um golpe de seu contador e havia perdido muito dinheiro. E quando recebeu um aviso do banco dizendo que ele estava devendo 20 mil dólares, ele teve um infarto. Mas graças a Deus eles têm uma conta em um banco estrangeiro com todo o dinheiro da herança do vovô, e esse dinheiro pode ajudar na divida. Mamãe também disse que ela pode hipotecar a casa, e isso pode ajudar a consegui o resto do dinheiro. Mas na verdade eu estava preocupado com papai. Como ele estava o que estava sentindo, quando ia pra casa, quando ia poder voltar ao dia-a-dia normal? Ficamos mais algumas horas no hospital com papai depois eu e os garotos fomos para casa, por causa da aula/trabalho no outro dia pela manha. 

Quando cheguei fui direto dormir, e tive uma ótima noite de sono. Quando me acordei pela manha, tomei um banho e me arrumei rápido, fiz um café para mim e para Eric e tirei o Fiat. Ao contrario de mim, Eric estava um caco. Pelo jeito não havia dormido bem essa noite e para piorar tava com um mau humor. Não dei muita bola e tomei meu café. Acabei não esperando ele. Seu mau humor me irritou e me atrasou. E faltavam 20 minutos para começar a aula e ele nem havia se arrumado. Quando cheguei ao colégio, demorei para achar um estacionamento para o Fiat e isso me atrasou para a aula de Biologia avançada com a Bruxa da Teresa. 

Quando cheguei na sala ela já estava lá. Me olhou de cima a baixo e eu arrumei meu óculos. 

- Ótimo ter você junto conosco Sr. Hoyle. Entre. - Seu tom era de ironia. Bruxa.

Não falei nada, apenas entrei e vi que a sala estava quase toda ocupada. Havia um lugar ao lado de Louise Fanning, uma garota emo e estranha que não tem nenhum amigo, outro ao lado de Jeff Rodriguez, um cara que veio do México e quase não fala a nossa língua, e um ao lado de Veh. Eu não ia me sentar ao lado dela até que ela se virou para mim, sorriu e me chamou para sentar ao seu lado. Olhei para trás para ver se não havia alguém ali, mas não. Ela estava me chamando.

Me aproximei e sente-me. Coloquei meus livros em cima da mesa e virei para cumprimentá-La. 

- Oi. - Eu disse com um sorriso meio envergonhado. 

- Oi. - Respondeu. - Fiquei sabendo o que ouve com seu pai. Espero que ele se recupere logo. - Ela sorriu. Peraí, como ela sabia? 

- Obrigado. Mas como você ficou sabendo? -

- Eric contou para Sally e ela me contou hoje pela manha... - Ta explicado.

- Oh. - Soltei todo o ar de dentro dos meus pulmões e encarei a parede. Percebi o quão ruim estava a qualidade da nossa sala de aula. As paredes além de rachadas estavam mofadas, as mesas e cadeiras estavam sendo comidas pelos cupins e a lousa já estava tão velha que não adiantava que mais passar o apagador, porque não fazia quase efeito.

Teresa explicou algumas coisas sobre a biologia humana e pediu para que nós testássemos os batimentos cardíacos de cada colega. Quando olhei para Veh, ela colocou o braço em cima da nossa classe esperando que eu concluísse a atividade, mas só de pensar na possibilidade de a tocar eu já estava quase tendo um infarto.

Teresa parou na frente da nossa classe e ficou me encarando como se eu a devesse algo. Então eu toquei o pulso de Veh tentando achar o local onde eu conseguisse sentir algo, mas os meus batimentos cardíacos estavam muito mais perceptíveis que os dela. 

- Não sinto nada. - reclamei.

- Você está pegando no lugar errado. - sorriu Veh. Ela pegou a minha mão e colocou no lugar exato onde eu deveria ter colocado antes, e após fazer uma leve pressão em cima de sua veia, conseguir sentir os leves batimentos cardíacos. Porem eu sou homem, não me culpem. Passaram-se várias cenas na minha mente e uma frese ecoava dentro da minha cabeça: “Gostaria de sentir os batimentos cardíacos dela mais fortes junto ao meu peito.” 

Quando me liguei do que eu estava pensando larguei subitamente seu pulso. Veh franziu as sobrancelhas com um ar de curiosidade e eu virei para frente instantaneamente. Peguei uma folha de papel do meu caderno e copiei o que estava no quadro e respondi.

Nome do aluno: Verônica Smith                          

Idade: 17 anos                                                     

Batimentos cardíacos do momento(per min): 110.  

- Me dá seu pulso, Ed. - Disse Veh. 

Larguei o braço em cima da classe e logo Veh pegou meu pulso pressionado o dedo a uns 5 cm do fim da minha mão. Ela ficou paralisada olhando para minha meu braço durante uns 10 segundo. Então levantou a cabeça e me olhou com um sorriso. Suas mãos geladas largaram meu pulso.

- 130 per min. Você esta nervoso, Ed? - 

- Er, não. Claro que não. - Abaixei a cabeça e voltei a escrever no papel.

Nome do aluno: Edward Hoyle

Idade: 17 anos

Batimentos cardíacos do momento(per min): 130.

- Já disseram que se nome é bonito? - ela apoiava o queixo na mão e olhava para frente.

- Nunca. - respondi cabisbaixo.

- Mais é. Edward Taylor James Hoyle. - confirmou no papel. - É legal... - ela riu. - o fato de você ter o nome de dois personagens e de um ator do crepúsculo. -

Baixei a cabeça mais ainda e ri um pouco. - Mas pensa só, eu nasci antes disso tudo, isso significa que eles me plagiaram.  - 

- Realmente, processe-os - Disse séria. - Com certeza você ganha. - Sorriu.

- Acho que captei um tom sarcástico aí. -

- Em mim?  - fingiu magoada. - Assim você me ofende, Sr. Hoyle! -

- Me desculpe Srª. Smith, não tive esta intenção. - Ri.

- Tudo bem. Dessa vez deixarei passar. - 

Caímos na gargalhada. Ela tinha um sorriso muito bonito e por alguns minutos esqueci alguns de meus problemas.

- Você vai poder ir no canil hoje? -Ela perguntou se ajeitando na cadeira.

- Não posso. Vou para o hospital ver meu pai. - Respondi.

- Ah sim. Entendo. Deixamos pra próxima então?- que sorriso mais belo que essa garota tinha. 

- Pra próxima. - Sorri.


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Notas finais do capítulo

Então, espero que tenham gostado, se sim, deixe uma review. Beijooos *-*



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