P.s.: Eu Te Amo escrita por Dreamy


Capítulo 18
Família


Notas iniciais do capítulo

Oláa amoras... Como estão?
Bem, como prometido estou postando regularmente e tenho quase, quase certeza que não vou mais me atrasar nas atualizações, isso por que a fic está praticamente completa. o/ o/ o/
Então é isso, obrigada as meninas que comentaram, quando eu tiver um tempinho a mais eu prometo que vou responder cada um dos comentários individualmente!!!
Agora, aproveitem o capítulo e comentem!



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Capitulo 18 – Família

Sabe aquela sensação de que você esta fazendo algo de errado? Que tem alguma coisa que você fez muito errado?

Pois é. É o que eu estou sentindo agora. Como se um peso estivesse comprimindo meu estômago me fazendo querer sumir. Só que eu não posso sumir.

Estou deitada na minha cama, que parece tão fria e tão grande, olho fixamente para a parede onde esta meu diploma em uma moldura nada discreta.

O vazio se apertou no meu peito e sem saber por que comecei a chorar.

Eu estava deitada na minha cama desde que Olivia tinha indo embora algumas horas atrás. Ela saiu em silêncio dizendo que não me procuraria mais e deixaria que eu mesma decidisse o que fazer. Ela tinha deixado o próprio endereço escrito em uma folha qualquer.

Eu não sabia o que pensar. Ainda não conseguia entender o que ela queria dizer com “cuidar do meu bebê”, não parecia algo real. Parecia mais um sonho louco.

As lágrimas ainda escorriam enquanto eu ainda olhava para meu tão sonhado diploma. Desde a adolescência que eu não chorava desse jeito. Era até estranho para falar a verdade. Quem pensaria que eu Hestia Sammer, uma mulher decidida e confiante poderia se comportar como uma menininha assustada?

Não sei em que parte dos meus devaneios eu apaguei, mas dormi por todo o sábado. Acordei domingo de manhã querendo fazer uma coisa estranha para mim. Muito estranha para falar a verdade.

Eu queria visitar meus pais.

Eu tinha acordado com uma vontade louca de vê-los. Já fazia muito tempo que eu não aparecia por lá, mas não achava que eles iriam se incomodar. Tomei um banho e tentei – em vão – disfarçar o rosto vermelho e inchado.

Vesti uma roupa confortável e sai de casa sem nem mesmo ver Rose. O que era muito bom, já que eu não queria falar com ninguém.

Desaparatei em frente à casa dos meus pais. A casa da minha infância. Não mais meu lar, mas certamente minha casa. Dava para escutar um pequeno movimento dentro de casa. Domingo, eles faziam um almoço com todo mundo. Eu tinha me esquecido desse detalhe.

Pensei em voltar, mas minha prima Nora, me viu e foi impossível fugir.

–Ora, ora quem é vivo sempre aparece não é mesmo? – ironizou Nora. Dei um sorriso um pouco forçado demais ate para mim e entrei em casa.

Foi como voltar de férias de Hogwarts. Os abraços seguidos pelos “como você esta diferente”, “que saudades”, “quanto tempo” e todas essas coisas que eu já estava acostumada a enfrentar quando vinha visitar meus pais.

Minha mãe logo percebeu que tinha alguma coisa de errado comigo. Ela sempre foi muito perceptiva, e isso às vezes era bem incomodo. Meu pai como sempre estava rindo de tudo e contando aquelas piadas que eu tinha escutado desde que nasci.

Meus avôs, minha tia, meu tio e minhas duas primas também estavam. Família completa e eu aqui no meio.

–Então o que te trás aqui Tia? – perguntou meu avô usando o apelido irritante de infância.

–Nada de mais vovô. – respondi – Só vim ver vocês.

–Ah lembrou que tem família? – rebateu ele. Meu avô era realmente difícil de lidar, muito difícil mesmo.

–Às vezes a gente tem que lembrar. – respondi.

Na primeira oportunidade que tive, subi para meu antigo quarto. Eu estava tão cansada, tão esgotada emocionalmente que por um segundo quis voltar a ser criança, para não ter responsabilidades nenhuma e poder chorar a vontade quando quisesse.

–Hestia querida, aconteceu alguma coisa? – perguntou minha mãe entrando no quarto.

–Por quê? – perguntei.

–Bem, primeiro você aparece assim do nada, sem ser aniversario de ninguém, nem nada. Depois você não deu atenção às provocações do vovô e agora vem aqui em cima. Aconteceu alguma coisa? – ela voltou a perguntar.

–Eu não sei o que fazer mãe. – desabafei e mesmo sem querer comecei a chorar. Me odiei por isso, eu odiava chorar e ainda mais na frente de quem quer que for.

–Oh meu amor – ela sentou na cama e me abraçou – Tudo bem Hestia, chorar faz bem querida.

–Mas não adianta nada ficar chorando. – respondi esfregando meu rosto e secando as lagrimas malditas – Eu estou completamente perdida mãe.

–Quer me contar o que é? – ela perguntou e eu neguei. Não queria contar o que era, por que não fazia sentindo nem para mim.

–Me pediram para fazer uma coisa, mas eu não sei se posso ou se consigo. – respondi – Não sei se quero, mas isso não sai da minha cabeça.

–Calma – ela pediu. – É alguma coisa no trabalho?

Eu neguei, encostando na cabeceira da cama.

–Então o que é? – ela insistiu.

–É só que... eu tenho que tomar uma decisão e não faço ideia do que fazer. – respondi – Não sei se é certo simplesmente virar as costas, mas não sei se vou querer fazer e enfrentar as coisas.

Minha mãe me olhou de um jeito estranho, não entendi o que aquele olhar quis dizer, mas em seguida ela recomeçou a falar.

–Você sabe que na segunda guerra bruxa eu estudava em Hogwarts não sabe? – ela disse me deixando perdida. O que isso tinha a ver com meus problemas?

–Sei. – respondi.

–Você sabia que eu tinha um namorado na época? – ela perguntou e eu dei de ombros. Não me interessava nada disso. – Eu tinha e eu o amava. O nome dele era Colin Creevey, ele era filho de trouxas e ele era muito corajoso. Eu o amei muito, de certa forma mais que amo seu pai, por que ele foi meu primeiro amor. Ele foi o homem da minha vida.

Ainda não tinha entendido aonde ela queria chegar, mas pelo menos as malditas lagrimas tinham cessado.

–Nós tínhamos 16 anos quando aconteceu a guerra e no dia da batalha de Hogwarts ele lutou. Eu... eu fui covarde Hestia. Em vez de lutar ao lado dele, eu me escondi nos dormitórios e fiquei lá enquanto o castelo estava em guerra. Enquanto o rapaz que eu dizia amar lutava lá fora, lutava e morria.

Eu olhei para minha mãe em choque. Nunca imaginei que ela tinha se escondido na luta.

–Eu, a grifinória, valente fui covarde e me escondi. E quando acabou tudo e eu sai do quarto e vi ele morto eu me odiei mais do que você pode imaginar. Me odiei por que eu podia ter escolhido lutar e talvez ele tivesse sobrevivido, mas não lutei e ele morreu.

–Não entendo o que isso tem a ver comigo. – respondi.

–Eu tinha duas opções Hestia. Eu podia enfrentar os obstáculos ou podia me esconder e deixar os outros resolverem as coisas por mim. Eu me escondi e me arrependo por isso. Filha é mais fácil, não menos complicado, nem menos doloroso, mas certamente é mais fácil você lidar com as consequências de algo que você fez do que ficar se remoendo imaginando o que podia ter acontecido se você não tivesse se omitido.

–Você esta dizendo para eu fazer o que me pediram? – perguntei sem entender.

–Não, estou falando para você pensar bem antes de tomar alguma decisão. Eu sei que você vai tomar a decisão certa querida. Mas... pense: se você estivesse na guerra o que você faria?

Mamãe me deu um beijo e saiu me deixando sozinha. O que eu faria se estivesse na guerra? O que eu faria? Ora, eu lutaria ao lado de James.

Ao lado dele. Como eu sou estupida. Tenho que lembrar dele mesmo agora. Estupida... estupida!

... ... ... ...

Quando cheguei em casa já estava escurecendo. Eu ainda não tinha decidido o que fazer, mas estava mais calma. Rose estava lá. Tinha dias que eu não a via mesmo morando na mesma casa. Assim que entrei ela pulou em mim, me abraçando.

–Ah Hestia! – ela gritou.

–Hei Rose menos ok? – disse com ela ainda me abraçando.

Ela me soltou em seguida e colocou a mão na minha frente.

–Adivinha só? – ela disse. Eu encarei a mão dela ate ver a que ela se referia. Brilhando no dedo anelar na mão direita estava um anel.

–Não...

–Sim. – ela disse sorrindo de orelha a orelha. – Vou casar Hestia!

Naquela noite dormi bem. Acordei com a decisão sobre o que fazer já tomada. Me senti leve e ate feliz por isso. “Uma coisa de cada vez.” Disse a mim mesma, primeiro eu iria trabalhar, depois eu iria cuidar do resto.

Cheguei ao St.Mungus com tempo de sobra e subi para tomar um chá. Terminei de tomar o chá e me levantei para começar a ronda, mas antes que eu desse um passo alguém me abraçou por trás e a voz de Clay soou no meu ouvido.

–Bom dia querida. – ele beijou meu pescoço e eu me amaldiçoei.

Droga! Eu tinha esquecido completamente de Clay Jensen.


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Notas finais do capítulo

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