P.s.: Eu Te Amo escrita por Dreamy


Capítulo 16
Distrações


Notas iniciais do capítulo

Oi... Tem alguém ai?
Será que vocês podem, por favorzinho, me perdoar por não ter postado antes???
Por favor, por favor... *-*
Como prova da minha redenção eu prometo de dedo mindinho postar a cada dois dias - dependendo do comentário de vocês - O que acham?
Estou perdoada???



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Capitulo 16 – Distração

A menina/ mulher na minha frente me encarava com o rosto banhado em lágrimas e eu a olhava incrédula. Abri a boca para falar alguma coisa, mas fechei logo em seguida. O que eu podia falar? Eu só tinha certeza de uma coisa... essa Olívia precisa urgente de um psiquiatra.

A profissão trouxa que cuidava de pessoas loucas, por que essa menina só podia estar louca. Completa e definitivamente louca.

–Hãn... – eu comecei a ficar com raiva, já não basta ela ter James agora ela quer me fazer de idiota. – Ah para com isso garota. Pra cima de mim? Você quer o que? Não, deixa que eu adivinho: você veio pedir para eu me afastar do James porque você esta gravida e a beira da morte.

Comecei a rir. A gargalhar na verdade.

–Não Hestia...

Não dei chance dela falar, ria tanto que minha barriga doía, tive que me dobrar e apoiar as mãos da barriga de tanto que ria. Quando já não conseguia mais parar em pé sentei no sofá da sala e me encolhi, sentindo meu corpo sacudir em convulsões sem conseguir parar de rir.

–Não seja estupida sua idiota. Eu não tenho nada com o seu James... – de repente senti meu rosto molhado, não sabia quando tinha começado chorar de rir.

–Hestia me escuta... – ela começou.

–Não. – respondi, na verdade gritei com ela. – Vá embora da minha casa agora! – mandei me levantando.

–Não antes de você me escutar. – ela respondeu incisiva.

–Fora... fora daqui. Fora da minha casa sua... – eu calei sem conseguir achar um adjetivo pejorativo o bastante. – Sai da minha casa.

–Não. – ela repetiu.

Eu agarrei o braço dela para forçar sua saída, mas apesar do tamanho insignificante ela era forte o suficiente para saltar o próprio braço do meu aperto. Ou talvez eu é que fosse uma molenga quando não estava usando a varinha.

A varinha... me lembrei então que eu era bruxa. Peguei a varinha que estava no cós da minha calça e apontei para a trouxa na minha frente.

–Agora saia, antes que eu perca a cabeça. – falei calma.

–Não. – ela insistiu. –Não vou sair antes de você me ouvir e você não vai fazer nada comigo.

–Ah não vou? – ela tinha mexido com fogo.

Não fiz nada para machucá-la, mas um feitiço de levitação foi o suficiente para afasta-la de mim e coloca-la fora da minha casa sem machucá-la. Eu não precisava de James no meu pé por que machuquei a noiva dele.

–Hestia, por favor, espera... – ela falou, mas eu já tinha fechado a porta.

Nos primeiros minutos ela ficou berrando do lado de fora, mas depois desistiu. Eu fui para o meu quarto respirando pesadamente. Tomei um banho e deitei na cama. “Garota idiota, estupida.”

Eu não consegui dormir. Não consegui relaxar meu cérebro o suficiente para isso. Não queria pensar em nada sobre o que Olívia tinha dito. Não queria pensar nela, nem no bebê e principalmente, não queria pensar em James.

Por que isso tinha que estar acontecendo comigo? Eu já estava acostumada com minha vida e de repente o passado bate na porta com acréscimos indesejáveis e fala: Voltei!

James já não fazia parte da minha vida há anos, mas agora a noiva dele me perseguia e inventava historias mirabolantes para me fazer ficar longe dele. Eu sinceramente não conseguia entender: primeiro ela me persegue, me trata como se fossemos velhas amigas, mesmo com meu comportamento, e agora vem com esse papo de “Vou morrer Hestia”.

Me remexi na cama inquieta tentando escutar a hora que Rose voltaria. Se ela voltasse. Eu tinha muita coisa para falar com ela e um dos tópicos com certeza era: NÃO DEIXE LOUCOS ENTRAREM EM CASA. Por que Olívia só podia ser louca.

Ou será que não?

Eu fechei os olhos com força, mas mesmo assim não impedi que a duvida se implantasse na minha mente. O que será que ela quis dizer com aquilo?

Uma parte de mim – uma parte bem pequena – mas muito curiosa, me repreendeu por não ter deixado Olivia falar. Eu gemi inconformada virei na cama em busca de uma posição confortável para dormir.

... ... ... ...

Eu estava correndo, tinha que chegar a algum lugar, mesmo sem saber que lugar era esse eu precisava chegar lá. Tinha alguma coisa muito importante lá. Percebi que estava nos corredores de Hogwarts. A escola estava deserta, mas eu tinha que chegar nesse lugar. Minhas pernas estavam pesadas e eu não conseguia correr, mas eu tinha que chegar lá... eu tinha que chegar no lugar...

O barulho era irritante, estava ficando mais alto... mais alto, eu tinha que chegar em algum lugar... o barulho era incomodo, então eu acordei. Desliguei o despertador e olhei no relógio. Cinco e meia da manhã.

Levantei meio grogue e fui para o banheiro fazer minha higiene matinal. Eu estava cansada e com olheiras, não tinha dormido nada a noite e essa noite tinha plantão.

... ... ...

Quando cheguei em casa na terça de manhã Rose estava lá, conversamos um pouco e sim, eu pedi desculpas por ter me exaltado. Tudo bem que não foi exatamente um pedido de desculpas oficial, mas ela aceitou. Também disse que não tinha que se meter e que só deixou Olívia entrar por que ela estava muito nervosa.

Depois disso e de alguns dias de clima tenso, tudo voltou ao normal. Isso ate sexta-feira de manhã.

–Hestia – entoou Ian me abraçando assim que abri a porta.

–Hei Ian – cumprimentei – Não precisa me sufocar.

Ele entrou na minha sala sem eu convidar, mas já estava acostumada com isso. Era sempre assim.

–O que vai fazer hoje a noite? – ele perguntou e eu já podia imaginar o que aconteceria.

–Trabalhar Ian. – respondi – Alguém tem que se sustentar aqui!

–Não seja burra Hestia. – ele disse pegando uma garrafa de cerveja amanteigada e abrindo sem permissão – Festa na minha casa hoje a noite e você não vai poder recusar. Nem que eu tenha que usar império em você , você vai.

–Larga de ser burro você. – respondi.

As festas de Ian eram legais, mas eu não estava com animo para sair.

–Se você não chegar na minha casa ate as dez eu venho te buscar aqui ou onde você estiver.

–Ian vai para o inferno – disse pegando minha bolsa e escoltando ele para fora da minha casa, Rose ainda estava no St. Mungus de plantão. – Eu tenho que trabalhar.

–Dez horas Hestia e a Amy vai também. – ele sorriu de um jeito que eu já conhecia e continuou – Reunião intima.

–Pervertido. – respondi rindo e em seguida desaparatei.

Passei o dia pensando se iria ou não nessa festa de Ian, e na hora do almoço decidi ir. Não por vontade própria, mas por que precisava me distrair de tudo.

Quando cheguei no ultimo andar do hospital para almoçar – lê-se: engolir alguma porcaria correndo e voltar para examinar algum louco cheio de ulceras por que pensou que tinha inventado a cura para varíola de Dragão – dei de cara com minha sobra. Nesse caso lê-se: Olivia.

Tinha conseguido evitar ela a semana inteira, mas ela era insistente. Sentei numa das mesas afastadas com meu almoço e comecei a comer ignorando o máximo possível ela. O que não foi possível, já que ela ficava na minha frente tagarelando sem parar sobre eu ter que acreditar nela e blá-blá-blá.

–Olivia eu não entendo o que você quer e na verdade nem quero entender. – resmunguei pela enésima vez.

–Hestia espera... – ela pediu e aquela voz insuportável na minha cabeça quis me forçar a ficar; não obedeci. “Cala a boca” mandei a mim mesma e foi ai que percebi que precisava de distração.

Eu estava mandando a mim mesma calar a boca. Oh Merlim! Se Amy escutasse diria que eu estava louca e, sinceramente, eu já nem duvidava mais que realmente estivesse.


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Notas finais do capítulo

Reviews???