No dia seguinte, me levantei, coloquei uma roupa, e fui tomar café.

Mione não estava lá. O que eu achei estranho. De repente, as corujas entraram, trazendo o correio.

Uma carta diferente caiu na minha frente.

- Essa não...

- Há! O Malfoy recebeu um berrador!

Todos os alunos me olharam, rindo e debochando de mim, com um eco: ABRE!

Só pensei em uma coisa: fugir de lá. E foi o que eu fiz. Deixei meu café quase que intocado na mesa, peguei a carta e sai correndo. 

Fui até o banheiro do segundo andar, onde não tem ninguém, e abri o berrador.

Meu sangue pulsava, e sentia que a minha pressão estava caindo de tanto medo.

- Draco Malfoy! - Rugiu a carta - Como ousa se apaixonar por alguém que eu odeio?! Estou lhe avisando, seja quem essa pessoa for, quando eu souber quem ela é, você e essa garota vão virar comida de trasgo! Me entendeu?! Me encontre na sala precisa hoje à noite! E pode ter certeza... É melhor rezar para eu não te matar garoto!

E então, depois de todos esse escândalo, o berrador  se rasgou. E eu fiquei parado, suando frio.

A porta de uma das cabines do banheiro se abriu.

- Malfoy... Você, apaixonado? 

Essa não... 

- Her-Hermione?! - Tive que me apoiar em uma das pias, antes que eu caísse de cara no chão.

- Oi... Isso é sério, tudo o que o berrador disse?

Fiquei em silêncio, tentando colocar meus pensamentos em ordem

- Olha, me desculpe... Não pretendia ouvir... Mas, acabei ouvindo

- Tudo bem... E, sim... É tudo verdade..

Mione arqueou a sobrancelha, como se não conseguisse acreditar no que eu havia dito.

- Então... Esta bem, eu vou indo... Tenho que tomar café...

Eu a interrompi

- Mione!

Ela me olhou.

- Pensou? - E sorri de lado

Ela também pareceu sorrir, olhou para baixo, e então seu olhar voltou para mim

- Desculpe, ainda não... Mas receio que você tem grandes chances...

Posso jurar que ela deu uma piscada para mim, e saiu do banheiro. Ou será que foram meus olhos que não paravam de piscar com a minha surpresa? Hermione, estar pensando em aceitar meu convite? Só poderia ser um sonho muito, MUITO bom mesmo...

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Depois das aulas, passei no "Três Vassouras", antes de ir até a floresta.

Tentei escrever algo, como um discurso para meu pai. Tentando explicar tudo de uma vez só. Mas não consegui. Estava nervoso demais.

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A floresta estava horripilante. Mas não chegava nem perto do quanto horripilante meu pai poderia (e com certeza ia ficar) quando descobrisse tudo.

"Calma Malfoy, vai ficar tudo bem...", pensei. "Vai não... Você sabe".

Cheguei até a pequena clareira em que sempre nos encontrávamos. Ele estava lá, de costas para mim, batendo o pé no chão, nervoso.

- Pai? 

Ele se virou abruptamente para mim, com a varinha em mãos. Engoli em seco.

- Quem é a garota? - Ele berrou

- Pai... Só me prometa que não vai machu...

- Quem é?! 

- He... Hermione... Hermione Granger

A raiva nos olhos de meu pai era iminente... Esse era o meu fim.

CONTINUA....