Our Love Story - Brittana escrita por kordeibeYo


Capítulo 4
Escola e acidente


Notas iniciais do capítulo

Primeiro quero pedir mil desculpas pela demora!
Segundo, eu fiz uma correção no ultimo capitulo porque eu coloquei que a filha de Tike como filha do Finn.
Esse capitulo está curtinho porque eu queria muito atualizar mas to sem ideias.
Boa leitura (:



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Era a primeira segunda feira de janeiro, e isso queria dizer que era dia de voltar as aulas. Minha mãe tinha me acordado cedo para me preparar para a escola e a mãe da Britt passou aqui para busca-la antes que eu estivesse acordada e isso me deixou um pouco triste. Eu conhecia aquela menina a uma semana mas ela já tinha se tornado minha amiga e eu gostava de passar um tempo com ela, aquele jeito bobão dela era engraçado.

Na escola não tinha absolutamente nada de novo, Noah com uma bola em baixo do braço arremessando ela para Finn em qualquer lugar que conseguissem um espaço e Artie jogando seu vídeo game portátil sem olhar para mim sem corar. Eu estava sentada no parquinho assistindo os meninos arremessarem a bola, e dessa vez eles pareciam interessados em ensinar ao Artie também, até que ouvi uma voz conhecida que chamou totalmente minha atenção.

“Qualquer coisa você pode pedir para o diretor me ligar, tente fazer amigos e não ficar só colada na Santana e cuidado para não se machucar. Nos vemos a noite querida.” Virei a cabeça e vi Susan Pierce abaixada na frente de uma menininha loira e não pude deixar de sorrir, eu teria uma amiga ali que não ficasse jogando algum jogo idiota ou um esporte estúpido.

Brittany deu um beijo na mãe e virou de costas para a mãe parando para analisar a entrada da escola que era uma porta e um parquinho na lateral, ela olhou para o parquinho e acenei para ela.

“San!” Brittany pulou no meu pescoço e eu a abracei, quando nos separamos pude ver a mochila rosa nas costas dela e uma lancheira sobre seus ombros. Ela usava uma calça jeans e uma blusa branca por baixo do casaco com unicórnios rosa e aquela era a primeira vez que eu não via o Sir Chifrinho, seu fiel escudeiro, junto com ela.

“o que você esta fazendo aqui?”

“Eu vou estudar aqui San. Não é incrível?” Ela abriu um sorriso enorme e eu sorri junto com ela assentindo porque aquilo realmente era incrível.

“Você se lembra dos meninos do parquinho?” Perguntei apontando para meus amigos com a cabeça.

“Sim.” Ela virou para eles sorrindo e acenando. “Finn, Noah e Artie. Certo?”

Os meninos assentiram e ela sorriu sentando-se ao meu lado. Eles voltaram a jogar a bola e começaram a fazer perguntar para a menina loira sobre como era a vida dela antes do McKinley e porque ela tinha ido estudar lá, sobre a família e tudo mais. Ela falava contente sobre tudo, mas eu percebi que ela não estava muito confortável falando da separação dos pais.

O sinal tocou e todos entramos para a aula, só tinha uma turma pequena então eu e meus amigos ficamos o dia todo juntos. Brittany não era uma menina muito inteligente, assim como Finn mas ela gostava de responder as perguntas dos professores mesmo que as respostas fossem bizarras e isso rendeu algumas piadas dos nossos colegas e algumas lagrimas nos olhos da minha amiga.

“Britt, deixa esses bobocas pra lá.” Eu estava sentada do lado de fora de uma cabine enquanto Brittany chorava do lado de dentro. “Você nem os conhece, e nem precisa. Eles não são legais como eu e os meninos.”

“Eu não gosto que me chamem de idiota San. Era assim no Carmel também, todos riam de mim porque eu não entendia as perguntas.”

“Você é um gênio Brittany, as pessoas só não entendem a sua inteligência por isso te acham burras.”

O banheiro ficou em silencio e logo depois ela abriu a porta da cabine me olhando confusa e eu sorri para ela.

“Você é um gênio, mas precisa ser muito inteligente para entender o que você fala. Eu, Artie e Noah somos. Finn nem tanto, mas ele tenta.” Ela me olhou seria e parou para pensar por um instante e depois começou a rir.

Saimos do banheiro e fomos até a sala buscar nossas mochilas para irmos embora. Os meninos já estavam na porta da escola esperando a mãe do Artie que sempre dava carona para todo mundo, mas Brittany fazia questão de me dar carona então quando a mãe do meu amigo chegou eu só acenei e fiquei observando o carro ir embora.

-XX-

Já faziam alguns meses que Brittany tinha ido estudar conosco no McKinley e tudo corria bem, nós todos nos divertíamos muito e o único problema eram as outras crianças chamando Britt-Britt de burra ou idiota. Depois de um tempo ela parou de chorar por causa disso mas nós víamos que isso magoava muito ela. Os Pierce tinham realmente se separado e ao contrario do que Brittany achava, o pai dela não amava outra pessoa, ele só não amava mais a mãe dela. Ele decidiu manter um apartamento em Lima para ficar perto da filha e Britt continuava morando com a mãe dela que ainda não conseguia se acostumar com o fim do casamento. Virou rotina a Sra. Pierce levar Britt para brincar lá em casa e ficar chorando na sala com a minha mãe, eu tentava de tudo para minha amiga não escutar mas eu via os olhos tristes dela e tinha certeza que ela sabia o motivo. Apesar do que as pessoas da escola diziam, ela não era burra. Na verdade ela era muito inteligente com animais e pessoas, a mãe dela ate comprou um filhote de gato para fazer companhia para elas.

Eu não gosto muito de gatos, prefiro muito mais os cachorros porque eles são fáceis de fazer carinho mas Brittany gosta de gatos. O gato dela não é um gato legal tipo o Garfield, mas ele é gordo igual. Ele deve ter uns 5 meses e já mal consegue andar, isso deve ser porque Brittany dá tudo que ela esta comendo para ele comer também. Ela chamou o gato de Lord Tubbington, e era engraçado porque nenhum de nós conseguíamos pronunciar isso de primeira, principalmente Finn que ficava gaguejando igual um idiota.

Eu tinha me apegado muito a Noah nesses últimos meses também porque o pai dele simplesmente sumiu no mundo, um dia ele colocou algumas malas no carro e realmente sumiu deixando a Sra. Puckerman criando Noah e Joan sozinha. A Sra. Puckerman era outra que ia para minha casa chorar no ouvido da minha mãe, e ela nunca parecia se encher disso o que para mim é estranho. Joan, irmãzinha do Noah era o brinquedo favorito de Brittany e ficávamos sempre os quatro brincando enquanto nossas mães se reuniam.

-XX-

“Eu lembro disso” Puck falou quando Santana parou de falar para procurar alguma coisa no livrinho que estava lendo.

“Como nós podemos ter nos afastado tanto? Nós mantivemos algumas amizades, mas nós éramos amigos de infância e simplesmente nos afastamos totalmente antes do Glee nos reunir de novo.” Finn falava apontando o dedo para Santana, Brittany, Puck e Artie. As meninas e Puck deram de ombros.

“A popularidade aconteceu Finn. Voces entraram para o time de futebol e eu não pude acompanhar vocês, as meninas se tornaram lideres de torcida e eu era só o menino de cadeira de rodas.” Artie respondeu tranquilo a pergunta mas os outros abaixaram a cabeça sentindo-se culpados por terem deixado Artie na mão no momento em que ele realmente precisou.

“Calem a boca, eu achei o que eu queria.” Santana apontou para o livro e todos se calaram para ouvir a narração da latina novamente.

-XX-

Era meio de junho e o verão em Lima castigava tanto como o inverno, nesse lugar quando era frio, era frio demais e quando era calor era um calor absurdo.

“Artie não deveria estar aqui?” Finn saiu da piscina para pegar a bola que Noah tinha arremessado para ele mas ele não tinha conseguido segurar.

“Eu liguei para a casa dele e ninguém atendeu.” Brittany deu de ombros e depois de alguns segundo arregalou os olhos em uma expressão de puro terror. “Talvez o chapeleiro tenha roubado o telefone deles e o levado para outra dimensão, por isso ninguém atende porque apesar de falar o Gato não tem mãos para segurar o telefone.” Brittany falava assustada e com as mãos na cabeça e os meninos começaram a rir.

Ela nunca tinha visto Alice no País das Maravilhas e agora estava totalmente obcecada pelo filme e por todas as coisas doidas que tinha dele, a resposta dela para qualquer pergunta era o chapeleiro. Era tudo sempre culpa do chapeleiro.

“Eu não acho que o chapeleiro tenha culpa dessa vez Britt-Britt.”

“Mas San, não tem outra alternativa. Nós precisamos avisar ao Artie assim que ele chegar que o telefone dele virou uma arma do chapeleiro.”

Brittany ainda estava seria e parecia realmente preocupada então que fiz uma cara séria também e assenti. Os meninos pararam de rir e voltaram a jogar a bola na piscina. Era assim que nós estamos funcionando ultimamente, ela falava alguma coisa engraçada e eles riam e depois eu fingia ver as coisas pelo lado dela para ela não ficar desapontada, os meninos pareciam entender também e fingiam que não era importante então voltavam a fazer o que estavam fazendo antes e Brittany ficava satisfeita por ter mostrado a razão a todos.

Depois de algumas horas brincando na piscina da casa dos Pierce, todos começamos a sentir fome e estranhamos a falta de lanches já que a mãe da Britt adorava cozinha e nos entupir de comida o tempo todo.

“Mãe, estamos com fome.” Brittany gritou da piscina e a mae dela saiu de dentro de casa com uma expressão de terror no rosto e o telefone na mão.

“Coloquem uma roupa, eu preciso levar vocês para casa.” Ela falou seria e saiu correndo para dentro de casa. Todos nos entreolhamos e Brittany franziu a testa confusa. Eu e Noah trocamos um olhar preocupado com o que pudesse estar acontecendo e Finn só parecia preocupado em reclamar por ter que sair de seu habitat natural.

Depois que estávamos vestidos e secos, todos entramos no carro da Sra. Pierce e ela nos levou primeiro para a casa dos Hudson e a mãe de Finn estava na porta nos esperando com a mesma expressão que a sra. Pierce tinha no rosto. Noah puxou o tecido da minha blusa para chamar minha atenção e eu vi que ele estava preocupado pelo jeito que ele estava juntando as sobrancelhas.

Finn saiu do carro e entrou em casa com a mãe, depois disso a Sra. Pierce dirigiu até Lima Hights e deixou Noah na nova casa dele, e a mãe dele não estava na porta o que foi um alivio para nós dois. Ele se despediu e entrou em casa, a mãe de Brittany desligou o carro e saiu.

“Venham meninas.” Ela abriu a porta de trás e Brittany saiu me puxando pela mão, eu não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo. “Seus pais estão na casa da sua avó Santana.” A mãe da Brittany finalmente nos deu alguma explicação e eu assenti, a casa da minha abuela não era longe da casa do Noah e nós gostávamos muito disso, passamos pela casa dos Berry e a filha deles estava cantando em uma palco improvisado na parte da frente do jardim para um monte de bonecas e para seus pais que estavam sentados em cadeirinhas rosas. Brittany e a mãe cumprimentaram eles e eu só sorri dando uma balançada de cabeça na direção deles porque apesar dos meus pais gostarem deles, minha abuela dizia que eles iriam para o inferno e levariam consigo todos que se aproximassem muito. Eu tinha medo pela Britt mas não conseguiria explicar para ela o que é o inferno e não queria envolver mais minha abuela em nenhuma confusão com o casal Berry.

Quando chegamos na frente da casa da abuela, meus pais estavam sentados na varanda também parecendo muito preocupados e conversando baixinho sobre alguma coisa. Minha mãe foi a primeira a nos ver e parou de falar na hora, veio correndo em nossa direção e me puxou contra seu corpo.

“Estoy sin aire madre, y ló necesito muchissimo.”

“Desculpe mi hija.” Ela me soltou e meu pai me pegou no colo dele, sem me apertar mas me envolvendo em uma bolha protetora com seus braços como ele faz quando eu tenho pesadelos.

“Sentem-se.” Meu pai indicou a cadeira da varanda com a cabeça para Brittany e sua mãe e elas se sentaram, meus pais sentaram na cadeira a frente delas e eu fiquei no colo do meu pai. “Nós temos que contar algo a vocês meninas.” Ele parecia preocupado e triste, Brittany levantou e pulou no colo dele junto comigo, segurou a mão dele e sorriu.

“Não fique triste Sr. Lopez.”

“Nós temos uma noticia triste a dar para vocês Brittany.” Minha mãe segurou a mão da menina loira ao meu lado e eu fiquei preocupada novamente.

“O que houve?” Eu perguntei ansiosa para acabar logo com aquilo. Eu não gostava de ver meus pais tristes ou preocupados e também não gostava de ver Brittany assim.

“Quando a Mary estava levando o Artie para a casa da Brittany, ela perdeu o controle do carro e eles foram atingidos por um caminhão.” Minha mãe começou a contar com calma e eu arregalava meus olhos a medida que ela ia falando. Entao era por isso que todos estavam tão misteriosos e preocupados? Será que Artie tinha morrido?

Brittany olhava para minha mãe esperando ela continuar sem entender que algo realmente grave estava acontecendo, eu queria perguntar se Artie estava vivo mas ao mesmo tempo tinha medo da resposta e não queria de maneira alguma que Brittany começasse a chorar.

“O carro capotou e por sorte o motorista do caminhão prestou socorro. Eles foram levados para o hospital e com a benção de Deus, está tudo bem com a Mary.” Minha mãe parou de falar mais uma vez e eu senti lagrimas enchendo meus olhos. Brittany apertava minha mão e a outra estava tampando a boca dela por finalmente ter entendido que nada estava bem.

Mary estava bem, mas isso quer dizer que Artie não estava. Eu estava vendo tudo rodar, minhas lagrimas caiam pelo meu rosto e eu tentava chorar em silencio para não causar mais descontrole, mas meu coração doía porque eu tinha certeza que algo muito ruim tinha acontecido. Eu tive essa certeza quando saímos da casa dos Pierce, e agora eu tinha a comprovação.

“E o Artie?” Eu consegui manter minha voz firme para fazer a pergunta que realmente interessava. Ele era um nerd, não conseguia olhar nos meus olhos de tanta vergonha que sentia, era magrelo e as piadas dele não eram tão engraçadas, mas ele era meu amigo e ele era parte do grupo. Ele protegia a Britt assim como todos nós, eu não queria imaginar que ele pudesse estar... morto.

“Ele está machucado.” Meu pai respondeu e nós duas olhamos para ele. Machucado é bom, pelo menos machucado não é morto. “Ele esta no hospital, provavelmente dormindo e vai precisar de apoio de vocês meninas. Ele vai precisar dos amigos dele porque a vida dele toda vai mudar depois desse acidente.”

“Porque?” Brittany tinha parado de chorar e agora estava confusa.

“Ele ficou preso entre as ferragens e ele não vai mais conseguir andar depois de hoje.”

“Como assim papai?”

“Ele perdeu os movimentos da cintura para baixo, isso quer dizer que ele não consegue mais controlar as pernas e não consegue mais faze-las funcionar.”

“Isso é horrível.” Brittany soltou um suspiro triste. Eu assenti e apertei a mão dela, meu pai nos abraçou com força e eu vi que minha mãe e a mãe da Britt estavam chorando.

“Voces querem ir ao hospital?” A Sra. Pierce perguntou e eu assenti novamente, não tinha muita vontade de falar, parecia que minha voz não existia mais e Brittany só balançou a cabeça também.

Todos nos levantamos e fomos em direção ao carro da mãe da Britt, eu e ela entramos na parte de trás e meu pai colocou o cinto apertado em nós duas. Ele e minha mãe foram no carro dele e chegamos lá juntos. Quando entramos no hospital, Finn e a mãe já estavam esperando na sala de espera junto com Noah. Os dois levantaram da cadeira e vieram em nossa direção, Finn puxou Brittany para um abraço e Noah fez o mesmo comigo depois nos juntamos os quatro em um abraço em grupo. Brittany soluçava baixinho e eu podia sentir as costas de Finn tremendo, Noah tinha algumas lagrimas nos olhos mas elas não estavam caindo pelo rosto dele como as minhas estavam.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que o acidente do Artie segundo a série aconteceu quando ele tinha 8 anos, mas aqui ele vai sofrer o acidente com 5.
Sim, eu parei nessa parte para deixar todo mundo puto mesmo. hahahahahaha
Não gostou? Deixa um review me xingando. Gostou? Deixa um review elogiando. Tem uma critica? Deixa um review.
Beijos, até o proximo capitulo!