– Você pirou de vez? - indaguei totalmente assustada - com quem você vai se casar,Olívia?

–É mãe para você,mãe -ela falou furiosa

–Tá,MÃE,com quem você vai se casar?Não me diga que com um cara qualquer que mora na esquina?

–Ele não mora na esquina,para sua informação. - ela me corrigiu - ele mora num lugar bem legal e é um grande empresário.

–Como vai casar tão rápido?Que eu saiba você nem estava namorando...

–É porque você não sabe de nada,não me escuta ,só fica falando em como tudo esta horrível para você e esquece de mim.Você não me ama,eu sei que não me ama - ela por incrível que possa ser ela estava chorando.

–Mãe,o que foi?Porque tá chorando?

–Você não me ama,não me ama,nem me chama de mãe,só de Olívia.''Ah,Olívia já vou sair'',''Ah,Olívia estou com fome'',''Pare de ser tão chata,Olívia''.Olívia para lá e Olívia para cá.

–Sinto muito,Olí...quer dizer mãe,não foi minha intenção. - já estavámos sentada no sofá e eu acariciava os by Text-Enhance\">cabelos negros de minha mãe,o qual eu também herdei

–Você me chamou de mãe - ela gritou e me abraçou - diga de novo

–Mãe - falei

–Mas alto - pediu

–Mãe - gritei e ela começou a rir

–Eu amo você,minha lindinha - ela me abraçou

–Tá de TPM?

–Misturada com alegria,ansiedade e êxtase.E o resultado você tá vendo,uma mãe maluca e feliz

–Bem maluca,mesmo.- me soltei de seu abraço - mas me diz,quem é o cara?eu conheço?

–Eu não posso te dizer se você conhece,afinal não sei todo mundo que você conhece,e sobre quem ele é,não digo por nada.

–Você tá dizendo que eu só vou conhecer ele no altar?

–Eu não sou tão maluca assim..

–Na verdade é sim

–É,pode até ser mas o fato é que ele me chamou para morar com ele antes do casamento.

–É você como é super responsável disse o obvio,não.

–Eu não sou reponsável então,porque eu aceitei. - ela deu um gritinho

–Mas o que?

–Ah,querida - ela acariciou meu cabelo - já vamos morar lá mesmo,que diferença faz ir antes?

–Ainda vai demorar para você se casar,não é mesmo?

–Na verdade...nem tanto assim - ela sorriu - daqui a alguns meses,poucos na verdade.

–Pelo visto você esqueceu meu pai rápido - comentei,mas falei em voz alta.,o que não era o que eu queria

–Nunca vou esquecer seu pai,ele foi um dos melhores homens que eu já conheci e me deu você - ela mostrou um lindo sorriso - mas sei que seu pai iria querer que eu seguisse em frente e eu vou fazer isso,porque eu realmente amo o Scottt.

–Como pode amar tão rápido alguém?

–Não existe um tempo determinado,as pessoas amam ou não.Ás vezes as pessoas dizem que amam outras,mas são só palavras e palavras de nada valem,e eu estou falando o que estou sentido.

–Achei que as pessoa só apaixonam-se uma vez

–Não,elas se apaixonam várias vezes,até encontar a pessoa certa.

–Então meu pai não era a pessoa certa?

–Talvez sim,talvez não,eu só vou descobrir se tentar com mais alguém.Fique feliz por mim.

–Eu..eu..eu estou,eu acho,só preciso me acostumar

–E você vai,prometo

–Sem promessas.

–Certo,mas agora vai tomar um banho,sinto seu cheiro daqui - ela disse e apertou o nariz

–Que mentira,mas realmente eu preciso de um banho - então eu comecei a subir as escadas mas logo parei e voltei a olhar para ela,que ainda estava sentada no sofá. - Quando vamos embora daqui?

–Sebádo que vem

–Mas já? esta tão.... - eu vi que ela ficou com um olhar triste - vou começar a arrumar algumas coisas.

–Será melhor assim - e o sorriso voltou aos seus lábios rosados.

Subi para meu quarto e coloquei uma música bem alta tentando digerir o que estava acontecendo.Minha mãe vai se casar e vamos mesmo mudar pra casa do meu novo padrasto?Sim,Megan isso é real e esta acontecendo .Fechei meus olhos sentindo o som do solo de guitarra que estava a prenetrar em meus ouvindos,uma das únicas coisas que eram capaz de me acalmar,e então ao som de uma das minhas músicas favoritas,acabei dormindo.

[...]

Acordei com o barulho irritante de meu depertador.Assim que acabei de fazer minha higiene matinal,percebi que a primeiras coisas na cozinha estavam sendo empacotadas.Minha mãe não se encontarava mais na casa,sem dúvida já tinha saído para o trabalho.Minha mãe era dona de uma pequena livraria,que a qual eu amava ir,mas esses últimos dias nem ia tanto assim.O nome da livraria era ''Meu Cantinho''.Meu pai,minha mãe e eu que escolhemos.Ah,meu pai.O que estaria ele a achar de tudo isso?Será que minha mãe estava certa?Ou estava errada?Isso agora,não importava,ela estava feliz e isso sim importava para mim,sendo certo ou errado peguei uma fruta e fui encarar mais um dia de aula.

[...]

A samana se passou mais rápido do que eu gostaria.Amy nem me dirigia a palavra,o mesmo poderia falar de Peter,ele estava bastante estressado esta semana e eu não tava nem ai.Amy e eu cumpriamos o nosso castigo em paz,até agora .E a cada manha eu encontarava mais e mais caixas empacotas para a mudança.Eu não queria sair daquela casa,meu pai morou comigo por muito tempo ali,minha vida inteira praticamente, mas eu estava mais tranquila,porque minha mãe prometeu não vender a casa,ela disse que caso algo desse errado,era bom ter um porto seguro.Os dias me entediavam e as noites me torturavam,eu queria conhecer logo a casa do meu futuro padrasto e ao mesmo tempo não queria.Mas enfim,chegou o grande dia,o sabádo.

[...]

–Querida,vamos de uma vez - minha mãe gritava do carro.

–Estou indo - gritei de dentro da casa.Eu sabia que tinha uma chance de minha mãe realmente amar aquele cara,e eu tinha que me despedir daquela casa.Olhei cada canto,me lembrando de cada momento que passei ali e não pude segurar uma lágrima,mas logo limpei aquele fujona e fui pro carro,onde a minha mãe não parava de gritar.

–Finalmente - falou quando entrei no carro

–Você esta apressada demais - comentei e ela ligou o carro

–Normal

–Agora me conte mais sobre ele - falei

–Ah,deixe me ver - ela pensou por alguns segundos enquanto ao mesmo tempo dirigia atentamente - Ele tem uma empresa bem famosa,tem 39 anos,adora cachorros...

–Cachorros?conversaram sobre isso?

–O que que tem?Sabe que eu amo canhorros. - ela me olhou por alguns segundos e depois voltou a atenção para a rua novamente - continuando,ele adora passear,tem cabelos grisalhos.ohos azuis e tem um filho.

–Ah,não me disse isso.

–Não disse?Acho que esqueci

–Como se esqueceu?

–As pessoas não sabem como se esquecem,apenas se esquecem.

–Tá qual é o nome dele?

–Você que pergunte,não falarei tudo.

–Ta,então...como se conheceram?

–Ele foi na livraria e começamos a conversar e aconteceu.

–Aconteceu....?

–Aconteceu que acabamos de chegar.

Eu estava tão distraída com nosso papo que não percebi que tinhamos parado na frente da garagem de uma mansão.

Minha boca estava aberta,aquela mansão era imprecionante.Era branca e com vários tipos de flores ao redor.Tinha um estilo antigo e fascinante.

– Fecha a boca,se não vai entrar mosca - ela disse e fechou minha boca.

–Meu Deus,a casa dele é linda

–Agora é a nossa casa também.

Ela buzinou algumas vezes e um homem com cabelos brancos abriu a garagem para ela.

–Olá senhor Franklin. - ela disse assim que passou pelo homem e parou o carro a seu lado.

–Olá sra Williams.Esta é sua filha? - ele me olhou.

–Sim,esta é Megan - ela falou, também me olhando.

–Olá Megan,seja bem vinda.

–Obrigada,senhor Franklin.

–De nada,criança.Ah,senhora Williams...

–Sim? - ela disse

–O senhor Miller,esta a sua espera

– Estou indo,até mais,Franklin.

–Até mais - ele disse e minha mãe acelerou o carro novamente agora parando na frente da mansão,na direção das escadas

–Mãe,o sobrenome do seu futuro marido,é Miller? - aquele sobrenome me lembrou o único Miller que eu conhecia,Peter Miller.

–Qual o problema com o sobrenome Miller?Ah,vários Miller por ai,sabia?

–É,deve ter razão.

–Razão do que?

–Vamos entrar logo - eu sai do carro e fui acompanhada por minha mãe que ficou do meu lado.

–Aqui esta a chave do carro,Devon - ela entregou a chave para um adolescente,que acho que teria uns 19 anos,no máximo. - e obrigado

–Não tem de que senhora,é meu trabalho. - Devon falou e saiu com o carro depois,provavelmente para a garagem.

Minha mãe e eu,começamos a subir as longas escadas rumo a grande mansão e eu sussurrei para ela

–Ele faz tudo com empregados?

–Nem chagamos e já esta reclamando?

–Não to reclamano,eu só....

–Está reclamando,mas não importa - subimos o último degrau - você vai amar ela assim como eu também.

–Não do mesmo jeito.

–Vamos logo,palhaça -ela abriu lentamente a grande porta de madeira polida a nossa frente e fomos direto a um grande sala,onde um homem de cabelos grisalhos estava sentado em uma das poltronas.de costas para nós

–Scott,querido - minha mãe disse e o homem se virou.

–Meu amor,que bom que chegou,estava ansioso.

Eles se braçaram e se beijaram e eu queria vomitar mas me contive.

–Ah esta deve ser a famosa Megan,como vai querida? - ele se virou para mim earaçou de lado minha mãe.

–Ah - minha mãe me olhou como fala-alguma-besteira-e-prepara-teu-caixão - É tudo bem novo

–Imagino. - ele me disse e minha mãe sorriu

–E cadê seu filho,meu amor? - minha mãe perguntou

–Ah,sim - ele se soltou de minha mãe - ele estava falando com a mãe no celular lá em cima,acho que já terminou. - ele foi até o pé da escada e chamou - Peter,venha aqui,Olívia e sua filha já chegaram.

Calma ai,Peter?Não podia ser,era impossível ser verdade.Eu devia estar enganada,afinal deveria existir muitos Peter Miller na cidade,qual a chance....

–Estou indo,pai - ele gritou e eu reconheci a voz.Eu suava frio e assim que eu o vi,descendo as escadas meu coração quase pulou.Ele estava até bonitinho com seus cabelos negros bagunçados e molhados e quando nossos olhares se encontraram eu vi que ele também se assustou.

–Megan,o que faz aqui? - ele perguntou quando ficou ao lado do pai e me olhou fixamente

–Eu poderia falar o mesmo -disse

–Vocês se conhecem? - minha mãe perguntou

–Mais do que eu gostaria - falei cruzando os braços