The Ruller And The Killer escrita por Haunted House, Angel of Silence


Capítulo 3
Lilian Turner


Notas iniciais do capítulo

Aparência: Georgie Henley:
http://mundohenley.files.wordpress.com/2013/01/46336_589891747694771_1754374319_n111.jpg

Usando: http://www.polyvore.com/untitled/set?id=75240465



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-Lilian Turner!

A voz masculina anunciou o nome do palco e eu podia sentir as cabeças se virando na minha direção. Sabia que deveria ir até lá. Um olhar para o rosto apavorado de meu irmão mostrava que sim, Amadeus, o enviado da Capital especialmente para a colheita havia retirado meu nome entre os milhares de papéis.

Mas ao mesmo tempo não parecia ser eu. Não era para ser eu. Minha vez chegaria logo. Mas eu ainda deveria ter um último ano antes de ser jogada na Arena em busca do símbolo da revolução que só precisava de um rosto para começar, mas que era orquestrada desde a primeira edição dos Jogos Vorazes.

Minhas pernas me conduziram automaticamente pela multidão de crianças que abria espaço a minha frente, as meninas agora um pouco menos tensas. A conversa que tivera pela manhã com meu pai voltou a minha mente:

“Por que você está tão nervoso papai? Esse ano ainda não sou eu.”

“Ainda não. Mas ano que vem será.”

“Você sabe disso, eu sei disso e de que adianta ficar remoendo tudo? Talvez eu nem precise ir. Quem sabe o rosto da rebelião não está em casa agora mesmo, prestes a ser sorteado?”

  Mas me senti mal por pensar assim, se essa pessoa estivesse justamente nessa edição dos Jogos, significaria um agente a menos. Especificamente o Talbot, que era meu amigo no distrito 13. Porém seria ruim de qualquer jeito. Todo ano 23 pessoas morriam.

“Eu conheço você, não é por isso que está tão aflito pai.”

 “Falando assim você parece a sua mãe. Não é nada Lilian. Só um pressentimento ruim.”

                “Para com isso. O pior que vai acontecer hoje é ver um desconhecido inocente ir para a Arena.”

                “Poderia ser você, o fato de não ser enviada em missão não descarta a possibilidade de que seja sorteada filha.”

                “Fala sério, só estou inscrita 5 vezes.”

                Ele suspirou

                “Você esquece, que se o 13 tem poder para manipular o sorteio, a Capital tem um poder 2 vezes maior. Eles podem colocar você lá, nem que seja só para se vingar do seu irmão.”

                “Se vingar do que? A vitória do Alex, graças aos céus foi bem sem graça. Para os padrões da Capital, quero dizer. Ele basicamente foi esperto e fugiu, e depois deixou o último participante morrer de infecção.”

                “Exato. Ele basicamente disse que seus Jogos eram tão estúpidos que nem precisava lutar de verdade para vencer. Foi bem impopular entre a população.”

                “Ótimo, eles nos odeiam, vamos?”

                Depois disso caminhamos até o Edifício da justiça, com Alex. O dia estava bonito, sem nuvens, mas meio frio. Chegamos cedo. Alex foi para o palco, sentar ao lado de Beetee e Wiress, nossos vizinhos, também vitoriosos. Eu fui para a parte destinada às garotas com 16 anos e meu pai ficou com os outros pais que se espalhavam pela calçada. No 3, não tínhamos uma praça como nos outros distritos, era mais uma avenida enorme e larga, onde ficavam o comércio, a prefeitura, a escola e as melhores casas. A Vila dos vitoriosos, onde eu morava, era na verdade uma rua adjacente a essa avenida. Em outra rua assim, começavam as casas dos operários, a parte mais pobre e onde a maior parte do povo vivia, esse “bairro” se entendia paralelamente a avenida, e envolta disso ficavam as fábricas. O telão, o palco e a área dedicada aos jovens candidatos a tributo estavam numa ponta da Avenida, em frente ao palácio da Justiça. E o resto espalhava-se atrás e nas calçadas.

                E agora eu parada na frente do bizarro homem da Capital, que pintara o rosto e o corpo de dourado, e usava um terno verde, coberto de penas. Enquanto ele anunciava o nome do tributo masculino: Caleb Malesk, um menino mais novo, loiro, que eu não conhecia, mas que parecia prestes a chorar.

                Dizem que as mães tem um sexto sentido, talvez a minha tenha passado um pouco disso para o marido antes de morrer. Ele, para variar estava certíssimo. Tudo se tratava de vingança. E estava só começando.

                


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