O Despertar De Mewtwo escrita por 365fanfics


Capítulo 16
Temos que proteger Mewtwo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :)
Trago para vocês hoje um capítulo diferente e com o ponto de vista de ninguém menos que Ash Ketchum - o personagem mais amado e ao mesmo tempo mais odiado - em todo o anime pokémon.
Espero que vocês gostem e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/395117/chapter/16

Merda, tanta coisa pra nada. Vamos voltar para Pallet. – Lance se afastou de Small Lady depois do fim da leitura do diário.

Espere, talvez sirva para alguma coisa. – ela tentava fazê-lo parar.

Sirva para alguma coisa? O Giovanni está deitando e rolando sobre a gente nas ultimas semanas, enquanto nós só sabemos andar em círculos. – em meio a toda essa espionagem, sorri ao ter certeza que Mewtwo ainda estava seguro, longe dos planos malignos de Small Lady.

Mas está todo mundo fazendo aquilo que pode... – mas minha comemoração não durou muito. Ela era muito mais esperta do que parecia, e percebeu que eu estava ali.

Antes que ela pudesse me ver, me escondi atrás da parede. Meu medo era ela vir atrás de mim.

O que houve? – perguntou Lance.

Ouvi um silêncio por algum tempo, aquilo me congelou.

E se eu fosse descoberto, o que ela faria comigo?

Vamos sair daqui. – respirei aliviado quando escutei essas palavras.

Depois disso esperei um pouco para sair e não correr o risco de ser visto, mas infelizmente os perdi.

Até esperar um barco e voltar à Pallet levei o restante da tarde. Quando cheguei Tracey me avisou que a Equipe Rocket tinha invadido o laboratório do Professor Carvalho e sequestrado Cynthia e Agatha. Fiquei desapontado por não ter feito algo para impedi-los.

Ontem, um dia após a invasão, o Professor Carvalho se recusava a tocar no assunto. E ficava muito nervoso quando alguém lembrava o que aconteceu.

Também não vi mais nenhum mestre pokémon circulando por Pallet. Fiquei preocupado porque sabia que eles bolavam algo contra Mewtwo, precisava impedi-los.

Fiquei durante a noite deitado na minha cama pensando o motivo de tanto ódio com Mewtwo. Eu podia estar enganado, mas Small Lady não era diferente dos membros da Equipe Rocket ou de qualquer outra organização criminosa.

E mesmo sendo obvio, todos acreditavam que ela estava certa, até o Professor Carvalho. Até a autorização de Lance ela tinha, ou seja, podia fazer tudo aquilo que quisesse nas regiões de Kanto e Johto.

Não entendia o motivo de todos levá-la tão a sério. Eu assisti ao vídeo da batalha dela contra o Lance pela a liderança da Elite 4 e ela era uma péssima treinadora. Se eu a enfrentasse numa final ganharia usando só o Pikachu e o Charizard.

Entretanto ela foi bem durona com aquele homem da Equipe Rocket em Celadon. Provavelmente suas habilidades melhoraram depois do vexame que deu. Além de ter poderes...

Mas e se ela fosse uma versão mais má e perversa da Sabrina e quisesse me transformar em boneco para realizar suas ambições????

Ela me colocaria numa caixa de brinquedos por toda a eternidade!!

Pikachu me cutucou e lançou um olhar que dizia “não pira” e eu assenti, porém sabia que no dia seguinte tudo seria diferente.

Vou acordar bem cedo e colocarei um ponto final nesta história.

Meus olhos ficaram pesados e eu comecei a correr. Corri para um lugar estranho, choroso e frio. O céu estava completamente cinza, provavelmente já tinha amanhecido. Continuei correndo e percebi que havia um desfiladeiro não muito grande.

Observei de cima e vi Small Lady amarrando uma âncora enferrujada em volta do corpo já sem vida de Mewtwo. A alguns metros depois, havia uma represa abandonada e completamente poluída.

Mesmo ocupada com algo tão sinistro, ela não se deixava abater. Seus olhos verdes cintilavam com a vitória.

– É tão típico de você, Lance. Sumir e me deixar fazer o trabalho sujo sozinha. – só então percebi Lance e Dragonite afastado há alguns metros enquanto Small Lady se concentrava nos nós em volta das pernas de Mewtwo.

– Do que você está falando? Foi o Dragonite quem o matou. – ele abaixou os olhos para Mewtwo e eu pude notar a dor na sua consciência. Ele nunca mais teria paz por ter concordado com o assassinato.

– Matar além de ser a melhor parte é a mais fácil. – ela envolveu a corda em volta do peito e amarrou bem debaixo dos braços – O trabalho sujo é se livrar do corpo.

– Anda logo – Lance grunhiu enjoado pelo obvio prazer que Small Lady sentia pela morte de Mewtwo.

– A não ser que façamos isso do meu jeito, a pressão da água e da poluição vai fazer de tudo para levá-lo até a superfície. – ela respondeu e ele cruzou os braços e olhou para trás completamente infeliz com aquela situação.

– Você não leva a vida dos pokémons a sério... – depois de um tempo ele retrucou.

– Levo tanto quanto você. – ela levantou o corpo de Mewtwo e o colocou atrás das costas – Me ajude a jogá-lo o mais longe que puder. – ele se aproximou e segurou o corpo de Mewtwo – Quando eu chegar no três a gente joga. Um... Dois... Tr

– Aaaaah – senti o choque do Pikachu e vi que já eram 12h30 – por que não me acordou mais cedo Pikachu?

Pika... – ele cruzou os braços e fechou os olhos.

Troquei de roupa e fui até o laboratório atrás do Professor Carvalho, desta vez eu colocaria ele contra a parede. Aquele pesadelo foi bem claro que se eu não tomasse uma atitude, Mewtwo terminaria daquela maneira.

Mas o meu plano foi por água abaixo, o Professor Carvalho não estava.

O Professor saiu já faz algumas horas. – Tracey me dizia.

Mas para onde ele foi? – perguntei.

É segredo de Estado. – hã? Como assim segredo de Estado? Só deve ter ligação com aquela maluca da Small Lady.

Você vai me contar... por favor Tracey! – comecei a insistir mas ele só negou com a cabeça. – Eles vão matar um pokémon friamente, você vai deixar isso acontecer? – ele me olhou surpreso.

Mas do que você está falando Ash?

Não tenho tempo para explicar, onde foi o Professor Carvalho?

Deve haver algum engano Ash, porque a Equipe Rocket ameaçou o Professor Carvalho e os membros da Elite 4 de Kanto e Johto...

Não, isso é só um lado da história, eles vão matar um pokémon. – interrompi. Aquele pesadelo não podia se transformar em realidade.

Tracey ficou pensativo, mas no fim concordou, disse que o Professor Carvalho foi encontrar os membros da Elite 4 no Planalto Índigo.

Fui até lá. Tinha uns seguranças que não me deixavam passar, mas sem que eles me notassem entrei de fininho. Minha preocupação era que até passar por aquela caverna gigantesca eles já tivessem ido para outro lugar, mas quando cheguei percebi que eles ainda estavam lá.

Cheguei até o hall principal que dava caminho a uma sala com um monte de estátuas de dragões, provavelmente era a sala de Lance. Era bem maior e mais sofisticada que as outras salas e com uma porta maior também. O que ajudava a me esconder.

Do lado tecnológico eu tenho ótimas noticias. – vi um homem de cabelo verde e umas roupas sociais meio bregas falando com os mestres. Ele me parecia familiar, eu tinha certeza que o conhecia.

Na sala estava o Professor Carvalho, Agatha, Small Lady, Lance, Bruno e Will, de um lado enquanto o homem falava.

Do outro lado da sala era possível ver Steven, Cynthia, Wallace e Sidney. Nunca passou pela minha cabeça que mestres pokémons de regiões distantes também estivessem interessados em matar Mewtwo.

Chega de enrolar e diga o que conseguiu Bill. – Lance me fez lembrar de onde eu conhecia aquele cara.

Bill é um dos pesquisadores pokémon da nova geração, ele mora em um farol e seu trabalho é descobrir novos pokémons. Ele também é muito amigo do Professor Carvalho.

Mas pelo visto, ele agora era mais um aliado a acabar com Mewtwo.

– A programação do rastreador foi um sucesso. Agora vocês terão como chegar até Mewtwo quando entrarem na base certa da Equipe Rocket. – Bill comemorava.

– Mas você tem certeza que o rastreador captará somente ondas psíquicas? – perguntava Will.

– Sim, fiz vários testes e garanto que não haverá erros. – ele mostrou um aparelho similar a uma Pokedex, apenas um pouco maior e com mais botões.

– Mas e quanto a base da Equipe Rocket? – Small Lady se manifestava.

– Acho que consegui descobrir onde pode ser. – respondeu Cynthia.

Me aproximei um pouco mais da porta entreaberta sem que alguém me notasse e prestei atenção nos movimentos de Cynthia. Ela provavelmente tinha descoberto o lugar onde Mewtwo estava, e era para aquele lugar que eu iria assim que eles partissem.

Eu apenas lamentava as atitudes da Cynthia em ficar ao lado de pessoas como essas depois de tudo que vivemos juntos. Depois de salvar os pokémons das mãos da Equipe Galactic.

Sinto muito Cynthia, mas desta vez vamos trabalhar em lados opostos.

– É um lugar muito estranho, e nunca imaginei que aquilo pudesse ser uma base. Eles foram muito mais espertos que quaisquer outras organizações criminosas que já lutei contra...

– Ela está localizada no meio do nada? – Lance a interrompeu.

– Quase isso, fica numa rota atrás da floresta, por isso não sabia onde era, mas depois de pesquisar bastante percebi que aquilo não era bem uma floresta, e sim a rota que liga a cidade de Vermilion a um rio que fica entre a ponte que liga Lavender a Fuschia. – Cynthia explicou e eu vibrei, agora tinha para onde correr.

– Conheço bem essa ponte ao sul de Lavender... – comentou Small Lady. E eu quebrava a cabeça para lembrar como chegar nesta ponte, não conseguia lembrar quando passei por ela.

– Não sei como chegar lá, como sabem foi o Gengar quem nos salvou e não sei a localização exata do lugar. Ficaríamos dias andando pela rota à toa. – Cynthia explicava.

– Sim, a gente precisa ir exatamente ao lugar. Senão vamos levantar suspeitas e eles teriam vantagem por conhecer o lugar melhor que nós. – concordou Lance.

– E como vamos fazer? Ficar parado não vai adiantar. – Bruno se manifestou pela primeira vez desde quando cheguei.

– Acho que encontrei a base. – Bill voltou a falar enquanto mexia em seu notebook.

– O queeeeee? – Lance parecia indignado e ao mesmo tempo frustrado com a agilidade do pesquisador.

– Como é no meio do nada, eu procurei saber quais computadores ligados à internet tem por ali... Claro que a maior parte apontou para Vermelion, mas uma pequena parte apontou para lá, ou seja, há civilização, mas como se é no meio do nada? – foi a vez de Bill explicar.

– São os computadores da Equipe Rocket. – concluiu Small Lady.

– Sim, e o rastreador que entreguei para vocês também funciona como GPS. Se eu passar os dados para ele, vocês chegarão lá tranquilamente.

Eles tinham conseguido encontrar o lugar que Mewtwo provavelmente estava, e isso significaria o fim e a concretização daquele pesadelo. Pois como Small Lady nos explicou em Celadon, ele estaria dormindo e não teria como se defender dos ataques deles.

Ela é muito covarde! Tenho que deter todos aqueles que estão ao lado dela.

– Steven meu caro, viemos aqui justamente para saber se você precisa da nossa ajuda. – Wallace conversava com Steven enquanto todos estavam concentrados no trabalho de Bill.

– Sidney, Wallace, eu ficaria muito mais tranquilo se vocês cuidassem da Elite 4 de Hoenn no meu lugar, sério mesmo, já fazem muito. – eu não conseguia me conformar que Steven, filho do senhor Stone pudesse ser má pessoa. – Mas se algo der errado e eu não entrar em contato com vocês nos próximos dias, venham para cá e tragam os outros. E venham com Lucian os demais membros da Elite 4 de Sinnoh.

– Lutaremos com todos os nossos pokémons Steven. Convocarei até a Elite 4 de Unova se preciso. – respondeu Wallace.

Sem dúvidas eu tinha que fazer algo rápido e resolver tudo, senão as Elites 4 de Hoenn, Sinnoh, e Unova, viriam aqui com o único objetivo de matar Mewtwo.

– Está tudo pronto, quando pretendem ir até lá? – perguntou Bill.

– Amanhã mesmo, vamos colocar um fim neste pesadelo. – respondeu Small Lady.

Ela é um monstro, como tem a capacidade de chamar Mewtwo de pesadelo? Ela e seus planos sim são pesadelos. Ninguém tem o direito de matar um pokémon, seja ele nascido ou criado.

– Eu desejo a todos vocês boa sorte, mas primeiro planejam os disfarces e sejam rápidos. Sabem que tem meu apoio para o que for preciso. – as palavras do Professor Carvalho foram um soco no meu estômago.

Não aguentei ficar mais ali, era demais ouvir do Professor Carvalho aquelas palavras cruéis. Ele me deu o Pikachu e é amigo da minha família e agora está disposto a ajudar a matar Mewtwo?

Por acaso Mewtwo fez alguma coisa para eles? Ele era mais uma pobre vitima da Equipe Rocket.

Era com a Equipe Rocket que eles deveriam se preocupar.

Olhei para trás e o Planalto Índigo já começava a ficar distante.

– Eu vou segui-los, vou salvar Mewtwo e mostrar que ele não é uma ameaça.

Entrei na caverna e comecei a seguir de volta para Viridian, até que no caminho lembrei que teria mais chances de pará-los se tivesse com os meus amigos. Mas ao mesmo tempo, eu levaria dias para chegar a Pewter para falar com Brock e depois mais alguns dias para falar com Misty.

O que eu poderia fazer então? Ir sozinho e ter menos chances ou arrumar um jeito de ir até eles?

Decidi fazer o caminho de volta até Pallet para ver se Tracey me arrumava uma bicicleta, mas no meio da rota encontrei o meu velho amigo Pidgeot que me encheu de carinho com suas asas.

– Eu também estava com saudades, amigão. – até que lembrei que ele poderia me ajudar – Pidgeot, você poderia me levar até Pewter? – ele concordou e Pikachu e eu subimos nas costas dele.

Fomos até Pewter, mas descobri que o Brock tinha ido para Cerulean. Fiquei um pouco irritado por ter perdido tempo, mas por outro lado agora eu poderia falar com os dois ao mesmo tempo.

Cheguei até Cerulean e me dirigi ao ginásio e como imaginei Brock estava lá com Misty e suas irmãs.

– Oi Ash que surpresa você por aqui. – Misty se aproximou de mim e Brock veio logo atrás.

– Pessoal eu preciso da ajuda de vocês, o Professor Carvalho e todos os mestres pokémons da Elite 4 vão matar o Mewtwo amanhã? – fui direto ao ponto, precisava da ajuda deles.

– Mas Ash, a gente já conversou sobre isso e o Professor Carvalho jamais iria querer a morte de um pokémon – Misty se recusava a acreditar na minha história – e além do mais você se lembra do que Small Lady disse, Giovanni quer governar tudo.

– Mas...

– Isso é verdade. Nós, como lideres de ginásio seriamos afetados diretamente se a Equipe Rocket colocasse as mãos no governo de Kanto. – Brock me interrompeu.

– Vocês só pensam nos ginásios de vocês? – perguntei irritado. Nunca imaginei que pudesse ter amigos tão egoístas.

– Não é questão de pensar no ginásio, é questão que a minha família batalhou muito para sempre manter o nosso ginásio na qualidade ideal para ensinar as crianças a como respeitar os pokémons e instruir os treinadores iniciantes. – a Misty começou um assunto que não tinha nada a ver.

– Ash você conhece a maioria dos mestres pokémons envolvidos e sabe que todos respeitam os pokémons e amam o que fazem. Eles atingiriam Mewtwo apenas em ultimo caso e mesmo assim não o mataria. – nem Brock queria me levar a sério.

Se eles tivessem tido o pesadelo que tive com Mewtwo, divido que continuariam com a mesma opinião.

– Então vocês que se danem! Eu vou impedi-los sozinho! – me cansei dos dois, se eles não queriam ajudar, tudo bem, eu faria sozinho.

Comecei a andar para fora do ginásio com a certeza que eles viriam atrás e aí a gente salvaria o Mewtwo, afinal, eles não me deixariam fazer tudo sozinho.

– Ash! – eu sabia que eles não me abandonariam – A gente se vê depois de amanhã na festa de aniversário da cidade de Pallet, ta legal?

– O Mewtwo em apuros e você preocupada com comida Misty? Eu estou muito bem acompanhado com péssimos amigos como vocês!

Fui embora do Ginásio e para minha surpresa nenhum deles veio atrás de mim, nenhum. A minha situação era pior do que pensava, mas tudo bem.

Nada me impediria de proteger Mewtwo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom acho que já deu para perceber que a fanfic está caminhando para o final né?
Espero que vocês tenham gostado, deixem um comentário do que acharam, se possível = D.
Um grande abraço pra vocês e até a proxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Despertar De Mewtwo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.