O Despertar De Mewtwo escrita por 365fanfics


Capítulo 12
A batalha na Pokémon Tower


Notas iniciais do capítulo

Conforme o prometido, em menos de uma semana e uma nova atualização. o/
Nesse capítulo você confere mais um ponto de vista do Steven, embora não seja uma continuação exata de onde o ultimo parou.
Boa leitura.



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Seguimos até a cidade de Lavender, a cidade natal de Small Lady e conhecida principalmente pelo enorme cemitério de pokémons, a Pokémon Tower, porém confesso que me impressionei quando chegamos.

Assim que paramos o carro todos saíram rapidamente.

– Isso só pode ser piada! – minha voz soou mais alta do que previa. Lance e Cynthia me olharam sem entender a minha reação – A Equipe Rocket vai se dar ao trabalho de invadir isso? – olhei em volta da cidade, que além de pequena era sombria, misteriosa e com ar de abandonada.

Lavender era diferente de todas as cidades por onde já passei, ela tinha um ar de esquecida. Era literalmente uma cidade fantasma. Eu me negava a acreditar que minha melhor amiga havia nascido e vivido numa cidade tão bizarra como aquela.

Somente agora entendia o motivo de alguns livros de geologia se referir a Lavender como “A Cidade Proibida de Kanto”. Mas em fotos a cidade parecia muito mais tranquila e amigável.

– Se a Ariana disse para irmos até a Pokémon Tower, então devemos investigar. E sim, essa é a cidade de Lavender, e eu te garanto que dentro da Pokémon Tower é mil vezes pior. – como se lesse meus pensamentos, Lance respondeu as minhas duvidas.

Não conseguia imaginar algo pior do que a cidade em si. Mal tínhamos colocado os pés em Lavender e já me sentia sufocado, com uma sensação ruim que percorria pela minha pele. Era como se eu nunca mais pudesse ser feliz.

– Bem, acho melhor irmos até o Centro Pokémon, porque precisamos de um plano e temos que investigar se foi visto algum rocket nas ultimas semanas e depois vamos até a Pokémon Tower, que com certeza será a parte mais demorada e que mais exigirá foco de todos nós – Lance explicava quais seriam seus passos.

Não conhecia a cidade, tampouco seus problemas, então claro, primeiro teríamos que estudá-la, nem que fosse apenas um pouco.

– Se Small Lady estivesse com a gente, já estaríamos na Pokémon Tower resolvendo os problemas. – Will se aproximou de nós.

– Mas e se nós chamarmos a Agatha? – sugeriu Bruno, tentando evitar mais um conflito entre os dois. – Ela conhece a Pokémon Tower tão bem quanto a neta.

– Agatha levaria horas para chegar aqui e daqui a pouco vai anoitecer definitivamente. – Lance respondeu e todos nós fitamos o céu, a cidade era escura mesmo durante o dia – Eu conheço a Pokémon Tower por alto, e acredito que melhor que a Equipe Rocket.

– Você só pode ter enlouquecido... Você sabia que podemos ficar preso lá e nunca mais achar a saída? – a conversa entre Will e Lance me dava arrepios, só de pensar em entrar naquele lugar todo o meu entusiasmo de mestre pokémon evaporava.

– Sim, mas é por isso que você está aqui. – Will o fitou confuso – Todos nós vamos procurar juntos e qualquer coisa, você nos teletransporta para fora.

– Não nos separaremos mesmo? – perguntei. Queria sair daquela cidade o quanto antes.

– Não, trabalharemos em equipe, porque é o que somos. – ele sorriu.

Fomos até o Centro Pokémon da cidade, todos ficaram na sala de estar observando o movimento. Aquele lugar tinha a impressão de ser sempre vazio. Avisei que iria ao banheiro e Lance avisou que logo partiria a Pokémon Tower.

Ao sair do banheiro e seguir em direção a saída encontrei uma jovem bastante angustiada, ela andava de um lado para o outro. Tomei a liberdade de perguntar o motivo de tanta aflição, talvez pudesse ser uma pista.

– Existem pessoas estranhas na Pokémon Tower e que estão incomodando os pokémons que vivem lá. – ela dizia com visível tom de preocupação.

– Poderia me dizer como são essas pessoas? – perguntei calmo, queria passar confiança a garota, que trajava um vestido azul e usava ainda marias-chiquinhas nos cabelos.

– Não sei, mas os pokémons precisam descansar em paz, essas pessoas estão aborrecendo-os.

– Mas como assim? Você se refere aos pokémons do tipo fantasma?

– Não moço, me refiro as almas que descansam lá. Você acredita em fantasmas?

– Em pokémons do tipo fantasma sim, mas desses que você se refere não. – aquela menina já começava a me assustar.

– É, você tem razão... – ela sorriu como se estivesse constrangida. – Essa mão sobre o seu ombro deve ser fruto da minha imaginação. – imediatamente me virei assustado para ver o que havia atrás de mim, mas tudo continuava vazio, apenas eu e a garota habitávamos aquela área do Centro Pokémon.

– Isso não tem graça... – voltei a olhar para a menina, mas ela não estava mais ali.

– Steven? Por que está parado aí feito um idiota? – Lance surgiu alguns metros atrás de mim – Você está branco, o que aconteceu? – ele correu em minha direção.

– Lance, só diga que uma menina de vestido azul e cabelo rosa amarrados em marias-chiquinhas passou por você.

– Ninguém passou por mim, assim como também não vi ninguém entrar no Centro Pokémon desde que você foi ao banheiro.

Olhei para cima, como se procurasse uma resposta, o pânico já tomava conta de mim.

– Lance, eu conversei como uma menina. Ela me disse que pessoas estranhas têm irritado os espíritos que vivem na Pokémon Tower. Vamos embora daqui.

– Somos homens e temos que enfrentar os nossos medos e além do mais Will pode nos teletransportar. – ele começou a me empurrar – Agora vamos, não podemos perder tempo com pirralhas que querem nos assustar.

A Pokémon Tower não era muito longe do Centro Pokémon. Era o maior lugar da cidade, que diferente de Saffron, não havia edifícios, apenas casas pequenas.

O céu tinha eternamente aquele aspecto escuro e sem vida, não entendia como alguém poderia ser feliz vivendo numa cidade assim.

Senti Cynthia apertar a minha mão e trazer de volta a realidade.

– Não se preocupe, estamos juntos nessa. – ela estava bem mais tranquila e confiante do que eu. Assenti para ela e sorri.

Logo a nossa frente estava Lance, Will e Bruno, que já adentravam no pavoroso cemitério.

Sem ter muito para onde correr, preferi ficar ao lado de Lance. Cynthia ficava o tempo inteiro atrás de mim e todos nós tínhamos uma lanterna em mãos.

O lugar era bem escuro e mesmo com as lanternas nossa visão era limitada. Lance andava como se soubesse o caminho que estava fazendo e de fato sabia. Todos o seguiam, Lance conhecia a Pokémon Tower melhor que todos nós.

Depois de andar em meio a tantas lápides, o impressionante cemitério parecia interminável e seu silêncio, ensurdecedor. Nunca torci tanto para a Equipe Rocket aparecer logo e lutar contra a gente, assim tudo terminaria e voltariamos felizes para Viridian.

De longe pude avistar uma escada e notei que Lance andava rumo a ela. Sem contestar, todos subiram para o primeiro andar. Só era possível ouvir o barulho dos nossos passos.

Lance continuou seguindo em frente, sério e calado. Os outros faziam o mesmo. Até que notei Lance indo em direção a uma lápide que era um pouco maior que as outras. Imagino que ela ficava bem no centro do andar, pois não havia lápides vizinhas.

Ele se abaixou e começou a limpá-la. Todos nós trocamos olhares confusos, sem entender quais eram os planos de Lance. Abaixei os olhos para o túmulo mal tratado pela poeira de anos e sem muitas informações, embora naquele caso não fosse preciso.

Aqui jaz o guardião da Pokémon Tower...

E o melhor pai o mundo.

– Small Lady não passou por aqui hoje, nem ontem e nenhuma vez desde que voltou para Kanto. – sussurrou Lance. – Ela não está aqui como previa.

– Eu to achando tudo aqui tranquilo demais, será que a Ariana não blefou? – Bruno interrompeu os pensamentos de Lance e de todos que fitavam a lápide.

– Talvez, mas ainda temos dois andares para... – a voz do Lance foi sumindo e ouvimos um rosnado, e algo com os olhos vermelhos nos fitando com muita raiva. – Puta que pariu...

A criatura avançou em nossa direção como um raio, porém atacou apenas Lance. Eu havia fechado os olhos com medo daquilo, mas ao abri vi que era um Umbreon. Sempre soube que Umbreons selvagens são extremamente raros. Talvez eu estivesse sendo otimista demais, mas aquele poderia ser o Umbreon de Small Lady.

E se esse fosse mesmo o caso, ela estaria ali.

Pelo menos em questão de força, era muito parecido, ele atacava Lance de todas as maneiras possíveis e isso incluía até arranhões e mordidas.

Não demorou muito para uma das pokébolas de Lance romper e Dragonite começar a defender seu mestre.

O mais intrigante era que o conflito entre Umbreon e Dragonite era idêntico aos de Small Lady e Lance.

Sem dúvidas Small Lady estava em algum lugar da Pokémon Tower.

– Lance chame o Dragonite de volta, o Umbreon pode nos levar até Small Lady. – Will o aconselhava, embora fosse em vão. Não que Lance o ignorasse, ele não conseguia chamar seu pokémon de volta.

Lance consegue chamá-lo de volta quando ambos os pokémons começam a cansar, embora estivessem longe de desistirem.

– Umbreon sou eu Will, onde está Small Lady? – o psíquico se aproximou do pequeno pokémon, que agora tinha um olhar de tristeza, preocupação e medo.

Ele começou a uivar e correr em direção ao norte, e logo já foi possível avistar uma nova escada, escondida em meio de tantas lápides.

No próximo andar ele continuou a correr, olhava de um lado para o outro e todos nós sem exceção já começava a sentir falta de ar.

– Essa não... – Lance aumentou a velocidade, ultrapassando até mesmo Umbreon. Alguns segundos depois consegui entender o motivo.

Small Lady estava desmaiada no chão. Todos nós nos aproximamos, apesar do susto percebemos que estava viva.

– Small Lady acorda, por favor. – Lance a chacoalhava de leve, mas não havia resposta.

– Abra os olhos Small... – minha voz foi diminuindo ao sentir um frio na espinha.

Aqui está tão frio. Socorro.

– Acorda! – sem que notasse o meu medo, Cynthia deu uma tapa no rosto de Small Lady, que continuou imóvel.

Lance a envolveu em seus braços e começou a sussurrar algo em seu ouvido. Já a Pokémon Tower começava a ficar cada vez mais fria, cruel, e macabra.

– Vamos levá-la daqui, está ficando tarde e a temperatura está abaixando. – sugeriu Bruno. – A gente volta amanhã, com Small Lady acordada, já que ela conhece esse lugar melhor que a gente. – ele fez um sinal para Will e o psíquico assentiu.

A decisão foi sábia e me tranquilizou. Todos nós demos as mãos e deixamos nossas mentes serem manipuladas por Will, mas ao abrimos os olhos e notamos que ainda estávamos no mesmo lugar.

– O que aconteceu? – perguntei. O rosto de Will estava branco e seu olhar era desesperador.

– E-eu... perdi meus poderes – sua voz saiu num sussurro.

– Essa não... – o vento e o frio começaram a nos envolver ainda mais, era como se deixassem todas as janelas abertas, mas era impossível avistar uma janela ou ao menos perceber em que direção o vento vinha.

Pode parecer loucura da minha mente, mas aquilo estava muito longe de ser um simples vento. Aquele lugar era o inferno na Terra.

Will cobria seu rosto com as mãos, acho que pela primeira vez, ele não sabia o que fazer.

Lance e Cynthia estavam mais preocupados em tentar acordar Small Lady, enquanto Bruno e eu estávamos em choque.

– A gente tem que sair daqui, a pulsação dela está abaixando rápido! – gritou Cynthia.

– Umbreon, eu sei que você me odeia, e eu sei que sua mestre me odeia, vocês tem motivos de sobra para isso, mas por favor, precisamos sair o mais rápido possível desse lugar. – o pokémon noturno olhava para Lance atentamente, e por fim começou a correr.

Nós o seguimos, Cynthia e Will um pouco mais a frente de Lance que carregava Small Lady e por fim Bruno e eu escoltando principalmente os dois.

Apesar de limitada nossas visões, enxergamos a saída do cemitério, porém ao se aproximar, aquele maldito vento fechou a porta e a trancou pelo lado de fora. Todos ficaram em pânico, pois sabiam que não era coincidência.

– Machamp, Lucario, Hitmonlee e Hitmonchan, vamos derrubar aquela porta. – ordenou Bruno partindo para o ataque.

Os cinco começaram a tentar derrubar a porta através da força física, mas ela não cedia de maneira alguma. Até que para piorar a situação o lugar começou a incendiar.

Lance voltou a colocar Small Lady no chão e liberou seu Gyarados Vermelho, e Cynthia liberou Milotic, enquanto eu usei meu companheiro Armaldo.

– Gyarados use a hidro bomba.

– Milotic você também.

– Armaldo ajude-os com seu jato de água.

Apesar dos esforços dos pokémons as chamas pareciam não se abalarem. Comecei a pensar que morreríamos queimados, que todos os nossos sacrifícios tinham sido em vão.

– Slowbro ataque psíquico! – Will também começou a atacar, e o fogo desapareceu.

– O fogo era uma ilusão, por isso os ataques aquáticos não eram efetivos... – Cynthia concluía.

Sabia que tudo isso era apenas a ponta do iceberg e que as coisas piorariam. Os fantasmas não nos queriam ali, mas também não queriam que fôssemos embora.

– O que vamos fazer agora? – perguntava Lance.

– Tudo isso é só uma ilusão dos fantasmas, eles querem nos dizer algo. – explicava Will.

– Eu concordo, mas como podemos compreender o que eles querem nos passar? E como vamos aju... – antes que Bruno concluísse o pensamento, o chão abaixo dos meus pés cedeu e eu fiquei prestes a ser enterrado vivo.

– Steven! – antes que eu pudesse cair de vez no covil, Cynthia segurou a minha mão. – Steven, ultimamente você tem comido muitas coisas doces. – a mão dela estava se desprendendo da minha.

– Você nunca reclama quando ficamos a sós. – consegui com esforço me pendurar em um pedaço de lápide.

Os fantasmas finalmente se revelaram, mas não tinham formas, eram vultos cor de púrpura. Eles começaram a atacar Lance, Will e Bruno, e embora os três tentassem revidar, era sem sucesso. E não demorou muito para os três serem arremessados contra as paredes do cemitério.

– Matem-os. – ouvi uma voz vinda atrás de mim, e a expressão de Lance, que agora estava preso entre os fantasmas, mudar de pânico para raiva.

– Seu doente, você vai me pagar. – as palavras de Lance, de certa forma me tranquilizaram afinal agora tínhamos um inimigo humano.

Mas a tranquilidade não durou muito, a lápide em que me segurava cedeu e novamente a minha vida estava nas mãos de Cynthia. E um dos fantasmas havia envolvido o corpo de Lance e o torturava. E assim como Small Lady, Will e Bruno estavam inconscientes.

– Mais fácil que tirar doce de criança... Ariana é uma incompetente mesmo... – ele começou a andar em direção a Small Lady.

– Você nem pense em tocar nela. – a voz de Lance soou grave, embora ele ainda estivesse sob o domínio daqueles fantasmas. – Deixe-a em paz! – o homem apenas deu uma alta gargalhada.

Senti a mão de Cynthia estremecer e quase me deixar cair.

– Ah não... – ela sussurrou. Cynthia se sentia dividida entre garantir minha vida ou salvar a amiga.

– Seu desgraçado! – gritei, não importava quem fosse, era alguém muito cretino.

Embora todas as nossas esperanças tivessem ido por água abaixo, Small Lady reagiu quando o homem tentou atacá-la. Vi um imenso raio de luz púrpura iluminar todo o andar da Pokémon Tower e essa mesma luz nos envolver.

A minha única pergunta era de onde vinha aquela energia tão cálida, vinha dela não era? Essa luz me levou para terra firme, e então pude enxergar a real situação. Small Lady usava seus poderes psíquicos contra o Rocket de cabelos roxos e mais velho.

Seu corpo estava envolvido por toda aquela luz, já seus olhos de verdes estavam laranjas.

Notei que não apenas eu e Cynthia fomos contagiados por aquela energia. Bruno e Will tinham acordado e Lance estava livre dos fantasmas.

– Mas quem é você afinal? Socorro!! – o Rocket estava imóvel e bem assustado.

Outros rockets apareceram correndo para ajudar o homem, que provavelmente era o chefe, mas eles também foram atacados por ela.

Até que a luz começou a se apagar, assim como seus olhos, que logo se fecharam e ela voltou a cair no chão, inconsciente.

Lance foi em direção a ela enquanto eu, Bruno, Will e Cynthia cuidávamos dos rockets. Embora não fosse necessário, todos estavam assustados demais com as demonstrações psíquicas de Small Lady.

– Small Lady acorde! – deixei de prestar atenção nos rockets para observar os dois juntos.

Ela lentamente começou a reagir e por fim abrir os olhos.

– Lance? Por que está aqui? – seu tom de voz era calmo, porém confuso.

Ele a levantou delicadamente e procurou ignorar, pelo menos naquele momento a pergunta da rival.

– Você está bem? – ele perguntou. Seus olhos e até mesmo a expressão de seu rosto era muito diferente das que todos estavam acostumados.

Small Lady havia mudado Lance, e para melhor.

Ela lentamente assentiu.

– Você jura?

Ela novamente assentiu, dessa vez com um pequeno sorriso entre os lábios.

Sem pensar duas vezes ele a abraçou como se o mundo estivesse prestes a acabar. Ela sem saber o que fazer retribuiu o abraço. E então percebi que ela também gostava dele, apenas não admitia para si.

– Que bom, eu fiquei tão preocupado.

– Que bonitinho! Nada como dois rivaizinhos fazendo as pazes e lutando pelo seu “felizes para sempre”, você há pouco estava chamando por outro. – Small Lady levantou-se e lançou um olhar ameaçador sobre o rocket.

Ela fez um sinal com as mãos e eu voltei a sentir aquele frio, e os fantasmas de antes voltaram a aparecer.

– Jamais te perdoarei por ter interrompido a paz daqueles que já se foram. Ninguém invade a Pokémon Tower e sai sem punição. Como filha do guardião deste lugar vou punir você em nome da cidade de Lavender. – Small Lady foi com tudo sobre os rockets. Além dos fantasmas, seus pokémons também a ajudava a derrotá-los sem dificuldade.

Ela não era uma mestre pokémon qualquer, só um idiota para não aceitar isso. Era a luz de Lavender, a única que já existiu e existiria.

Não importa as diferenças, cada um de nós tem a sua versão de Small Lady.

A criança vítima; a irrepreensível, sentimental e ambiciosa adolescente; a cientista e conceituada; a protetora dos pokémons vítimas da ciência negligente; a mulher do trabalho bem feito.

Aquela que ama e detesta Kanto. A heroína e também anti-heroína; a boa amiga; a péssima rival. Aquela que luta pelos seus ideais.

Enfim, complexa demais para ser uma dama, mas ainda assim insubstituível e inigualável. A luz capaz de iluminar até a mais fria e impenetrável escuridão.

– Petrel, seu show acabou, você e seus capangas estão presos. – Lance se aproximava dos rockets.

– Você não tem poder para isso. – rocket falava em tom de arrogância.

– Cala a boca, você agora vai fazer companhia aos seus amigos. – Bruno mobilizava o homem e os demais rockets de forma rápida e precisa. Já os arrastando para a saída, que agora estava desbloqueada.

– Eu tenho pena de você... Porque você vai sofrer muito quando descobrir a verdade. – o rocket disse enquanto passava por Small Lady.

– Bruno, espere. – ela pediu e ele obedeceu. – Por que está dizendo isso?

– Porque é isso que vai acontecer... você é exatamente como me descreveram, uma completa idiota que acredita nas pessoas... – ela escutava atentamente as palavras do rocket de cabelos roxos.

– Bruno tire esse cara daqui. Se falar mais alguma coisa eu te quebro. – Lance se colocou entre o rocket e Small Lady.

O rocket não retrucou e foi levado para a delegacia da cidade.

– Não dê ouvidos a ele. – fui em direção a Small Lady e a abracei, ela permanecia sem palavras.

– Ele estava blefando. – Lance continuava junto de nós.

– Mas, a forma como ele falou...

– Ele só queria te assustar, estava com raiva. – Will a aconselhava.

– É, você colocou os planos dele por água abaixo. – Cynthia se aproximou dela e lhe depositou um beijo em seu rosto.

– Eu só não consigo entender o motivo dessa invasão... o que tem a ver com Mewtwo? – todos me olhavam com a mesma dúvida, exceto Small Lady.

– Mewtwo é um pokémon psíquico, e pokémons desse tipo tem dificuldade para lidar com tipos fantasmas ou noturnos, na Pokémon Tower existem esses dois tipos. Talvez Petrel e os outros estivessem atrás desses pokémons por ordens de Giovanni e seus cientistas com a finalidade de “consertar” esta “fraqueza” em Mewtwo. – ela explicava.

– Isso é loucura, mas é uma teoria que faz sentido. – concluía Will.

– Uma rebelião dos espíritos da Pokémon Tower, não derrotaria Mewtwo ou qualquer pokémon que a Equipe Rocket tenha em domínio, pois sabemos que se trata de um psíquico, mas lhe causaria danos e Giovanni não quer nada o atrapalhe em sua busca pelo poder.

– Não quero ser chato, mas vamos para fora? – sugeri e logo já recebi a aprovação de Lance e Cynthia.

– Esta cidade a noite consegue ser ainda mais escura. – comentei com Lance sem perceber que Small Lady estava logo atrás.

– Lavender está localizada numa região próxima às montanhas, e nesta época do ano qualquer região assim é mais escura que o natural... você como mestre em Geologia deveria saber disso. – ela brincou de forma irônica. – Acho que você tem convivido demais com o Lance.

– Falando nisso, acho que está na hora de vocês conversarem, não é Lance? – eu tinha prometido a mim mesmo que o faria pedir desculpas pelas coisas que havia dito.

Ele me olhou preocupado. Suas bochechas ficaram um pouco coradas.

– Cynthia, Will, eu acho que o Bruno precisa da nossa ajuda lá na delegacia...

– Não Steven! – ele segurou meu braço. – Desde que você chegou eu tenho sido imaturo e egoísta... – ele voltou a olhar para ela – mas... eu quero que você saiba que... não tenho nada contra você. Você se transformou numa grande mestre e... nós precisamos de você. Me desculpe se te disse aquelas coisas horríveis... será que podemos começar de novo?

Small inicialmente ficou em silêncio e evitando o contato visual, até que por fim ela me olhou e eu assenti.

– Sabe... eu pensei em investigar o lugar onde era o laboratório de pesquisa do Mew, fica na Ilha de Cinnabar. – embora não falasse se aceitaria as desculpas ou não, ficou obvio que ela aceitaria recomeçar.

– Vamos amanhã mesmo então. Sairemos cedo de Viridian e seguimos para Pallet, a não ser que você prefira ir por Fuschia...

– Eu prefiro ir por Pallet mesmo.

– Desculpe me intrometer, mas se querem ir por Pallet devem ficar por lá mesmo. Bruno e eu passaremos a noite por lá também porque o Professor Carvalho conseguiu localizar onde o Professor Fuji, responsável pela criação do Mewtwo. – explicou Will.

– Mas ele não está morto? – Will negou com a cabeça – Então todos nós devemos ir. – sugeriu Small Lady.

– Nem pensar, gente demais vai atrapalhar.

– Está bem. – eu podia notar a decepção de Small Lady com a resposta do psíquico.

– Eu já tinha conversado com Steven sobre irmos até Pallet estudar um pouco sobre engenharia genética e o Professor nos cedeu sem problemas o laboratório. – Cynthia se aproximava de Small Lady, que continuava decepcionada.

Avistamos Bruno voltando com um ar de satisfeito para a nossa roda e sorrindo para nós.

– Petrel e seus capangas já estão presos, pelo menos por enquanto.

– Então todos nós vamos para Pallet? – perguntei.

Todos assentiram, nós tínhamos chegado num acordo.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado, a história já está quase finalizada, então não ficarei muito tempo sem postar novo capítulos.



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