O Despertar De Mewtwo escrita por 365fanfics


Capítulo 11
De volta a Saffron


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de me desculpar pela demora, mas agora prometo que postarei pelo menos duas vezes por semana. Este é mais um capítulo contado por ninguém menos que Steven Stone, mestre pokémon de Hoenn.



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Cynthia e eu estávamos no nosso quarto do hotel em Viridian nos beijando apaixonadamente. Minhas mãos já estavam em lugares que não deveriam e eu estava visivelmente excitado.

Eu a deitei na cama e fiquei por cima dela, estávamos prontos para começar mais um ato de amor, quando o meu pokefone toca.

Por um momento, pensei em jogá-lo pela janela, mas Cynthia insistiu para que eu ao menos olhasse quem era, pois poderia ser urgente. A ligação era de Will.

Por que me ligar justo agora?

– Fala Will.

– Oi Steven, você falou com Small Lady?

– Sobre? – perguntei confuso.

– Não consigo falar com ela, seu pokefone está desligado e eu estou preocupado. Ela não te procurou hoje?

– Falei com Small Lady ontem na festa. Ela deve estar estudando e preferiu desligar o pokefone.

– Não Steven, a última vez que falei com ela, foi há algumas horas, ela estava chorando e muito abalada.

– Mas abalada pelo que? – olhei para Cynthia, ela prestava atenção na conversa.

– Isso acho melhor você perguntar para o seu amigo – ele disse ironicamente – já que foi ele quem a deixou assim.

Will só podia se referir ao Lance, mas como assim ele era culpado?

– Will, me explica melhor essa situação e me diz o que quer que eu faça... – comecei a me vestir enquanto falava. O meu momento e o de Cynthia tinham acabado... pelo menos até encontrar Small Lady.

– Resumidamente, o Lance foi até a casa dela e a chamou de prostituta e também disse que não a queria envolvida mais nas nossas investigações. – coloquei a mão na testa. Onde o Lance estava com a cabeça e por que fez isso em um momento decisivo como esse? – E como se não bastasse, também disse que ela passou para o Giovanni a equação do DNA do Mew porque eles têm um caso.

Não Will, ele não disse isso. – eu me negava a acreditar que Lance tinha sido babaca a esse ponto.

– Pergunte para ele. Agora se ele vai ser homem para assumir não sei, mas foi homem suficiente para tirar Small Lady do sério.

­– E o que mais ela contou?

­– Mais nada, só disse que se sentia sozinha... ela se sentiu desprotegida, indefesa com o Lance a tratando dessa forma, ela queria o Proton ou ao menos um de nós para colocar o Lance no lugar dele... ela não disse com todas as letras, mas sei que ela sentiu isso.

– Olha Will, vou procurar Small Lady e obrigarei Lance a pedir desculpas. – era o mínimo que eu podia fazer por ela.

– Antes eu preciso de você aqui em Saffron, não temos tempo para procurar Small Lady agora. ­– o que? Mais problemas?

– Mas como assim Will?

– Estou com a Sabrina, e a Equipe Rocket invadiu a Silph Co.

– A Silph Co é um dos edifícios mais ricos de Saffron. Você sabe quantos Rockets são?

– Não sei, mas parece que estão usando o lugar como laboratório e fazendo experiências ilegais nos pokémons. Já liguei para o Bruno e ele deve estar chegando, você vem?

Você sabe que sim, e levarei Lance e Cynthia comigo, depois procuraremos Small Lady. – fiz um sinal para Cynthia e ela também começou a se vestir.

Fomos até a casa de Lance, mas ele não estava em casa e também não atendia as ligações.

– Acho melhor irmos logo até Saffron. – Cynthia tentou ligar várias vezes para Lance, mas sem sucesso.

– Mas o que vamos fazer quanto ao Lance? – querendo ou não, ele era o líder, e todos esses problemas eram responsabilidade dele.

– A gente continua tentando, uma hora ele vai ter que nos atender.

Com esse pensamento, fomos até Saffron, Will disse que nos esperaria no ginásio da cidade e de lá todos nós partiríamos para o Silph Co.

A cidade parecia normal, com aquele ar urbano e agitado. Nunca desconfiaria da Equipe Rocket por ali, mas as aparências enganam.

Quando estávamos quase na porta do ginásio, recebo um telefonema de Lance.

– Oi Steven. Você e a Cynthia me ligaram?

– Sim Cabeça de Fogo, onde você está? – meu tom de voz era ríspido, por culpa dele Small Lady estava desaparecida – Venha já para o Ginásio de Saffron, temos problemas.

– O que aconteceu?

– Não há tempos para explicações, só venha para o ginásio da cidade. – encerrei a chamada.

Cynthia e eu entramos no ginásio e logo vimos Bruno e Will.

– Finalmente vocês chegaram – Will veio em nossa direção, já impaciente – e o Lance onde está?

– Ele já deve estar chegando Will. – Cynthia sorriu para ele, como se quisesse amenizar a tensão.

– E aí, vocês têm alguma pista sobre a Equipe Rocket e a Silph Co? – antes de qualquer coisa nós tínhamos que ter um plano.

– Sabrina disse que o diretor da Silph Co tem aparecido pouquíssimas vezes de uns dias para cá e não é só isso, ela investigou por conta própria e descobriu que lá fizeram um laboratório clandestino.

– Desculpem a demora, eu estava em Blackthorn meditando. – a porta do ginásio se abriu e Lance apareceu – Se isso é tudo que você tem a dizer Will, então é melhor nós irmos o quanto antes. – ah vá.

Antes que algum de nós pudéssemos responder, Lance foi embora sentido a Silph Co. Ele nem sequer notou que Small Lady não estava presente. Eu me arrependi de tê-lo ajudado, me sentia culpado pelo sofrimento da minha melhor amiga.

Entramos na Silph Co e Lance devastava com seus dragões todos os rockets que apareciam na sua frente, assim como os cientistas picaretas. Quanto aos pokémons, ele libertava-os por conta própria.

– Quando o assunto é batalhar contra a Equipe Rocket, é melhor deixar comigo. – ele sorriu para nós quatro.

– E tratar mulher feito lixo também né? – provocou Will.

– Hã? Do que você está falando Will? – ele realmente parecia não entender a acusação do psíquico.

– Você não percebeu que está faltando alguém entre nós? Alguém que por sinal o Professor Carvalho ordenou que trabalhasse com você? – Will estava nitidamente irritado com a situação.

– Pergunte isso para o seu amigo Bill, ela com certeza está na cama dele agora enquanto todos nós estamos aqui, nos ferrando para salvar o mundo.

– Lance as coisas não são tão simples assim, Small Lady sumiu. – tomei iniciativa, as coisas não podiam continuar assim.

– Ela entendeu meu recado, eu sou o líder da Elite 4 e me dei conta de que ela mais nos atrapalhava do que ajudava...

– Mais atrapalhava do que ajudava? Você está nos levando pro buraco. – Will estava muito puto com Lance, o que me deixou bem perdido.

Will e Small Lady podiam qualquer hora formarem uma aliança contra Lance, e os dois eram meus amigos, mas Lance era meu melhor amigo. Por que era tão complicado todos eles vivessem em paz?

– Quem você pensa que é pra falar assim comigo? Eu sou o mestre pokémon mais forte de Kanto e Johto.

– Se fosse a metade do mestre que Small Lady é...

– Sou dez vezes o que aquela vadia é.

– Escuta aqui Lance! – minha voz saiu mais alta do que previa – Eu sou falar bem sério com você – Cynthia começou a me segurar pelas costas, por algum motivo, ela achava que iríamos sair na porrada – nunca mais, eu disse NUNCA MAIS chame Small Lady disso.

– Aí, eu não quero interromper, mas vocês não acham que já têm inimigos demais? – Bruno pela primeira vez se manifestou em meio da discussão.

– Só queria entender, de verdade por que você me odeia tanto? É por causa do seu amor frustrado pela Liza? – Lance novamente virou-se para Will.

– Lance na boa, acho melhor você segurar a língua dessa vez. – Bruno estava logo atrás de Will. Desde o inicio da trégua, eles tinham se aproximado bastante.

Assim que Bruno terminou de falar, Lance meio que ficou paralisado. De imediato não entendi o motivo, mas logo percebi que era Will quem fazia isso.

– E agora? Onde está todo o seu poder senhor Mestre dos Dragões?

– Will, por favor, chega. – definitivamente Bruno estava cansado disso. E eu e Cynthia também.

Logo já percebi o corpo de Lance relaxar e ele voltar ao normal.

– Você tem razão Bruno... não vale a pena brigar com o Lance. – ele voltou a olhar para o ruivo – Parabéns cara, você consegue valer menos que a Equipe Rocket inteira. – e seguiu para o próximo andar do edifício.

Lance estava perplexo, sem reação alguma aparente. Fiquei durante alguns segundos observando junto com Cynthia. Uma parte de mim queria ajudá-lo, afinal ele era meu melhor amigo, mas outra parte dizia que o que ele tinha feito com Small Lady era mais importante que nossa amizade. Então segurei a mão de Cynthia e nos afastamos dele.

Will poderia até ter pego pesado, mas ainda continuou com a razão. Lance errou e feio com Small Lady, com Liza e com todas as outras mulheres com quem já tivera algum tipo de relacionamento.

– Não acredito que até o meu melhor amigo vai ficar contra mim. – ouvi sua voz enquanto me afastava.

– Agora não é hora para isso, mas quando tudo terminar vamos conversar seriamente – voltei a olhar para ele – assim quem sabe eu possa te desculpar. – e fomos embora para o próximo andar.

Descobrimos que vários cientistas íntegros tinham sido aprisionados e forçados a trabalhar nessas pesquisas absurdas. Dessa vez quem tomava frente era Bruno e Will.

A Silph Co por dentro era muito maior do que parecia por fora, e o pior é que não parava de chegar rockets querendo nos deter.

Todos, claro sem sucesso.

Quando chegamos ao ultimo andar, os deparamos com um senhor amarrado e com a boca tapada, era o presidente da Silph Co.

– Senhor Silph por que fizeram isso? – Lance foi em direção ao velho para soltá-lo.

Até que fim apareceu o grande Mestre dos Dragões. – ouvi uma voz feminina vindo de trás, me virei de imediato e me deparei com uma mulher de cabelos vermelhos e mais velha, e ao seu lado estava um rapaz bem mais novo. Embora eles não usassem os uniformes habituais da Equipe Rocket, sabíamos que eles estavam por trás de tudo isso – Olha só Archer o que temos aqui?

– Nossa, quanta gente importante. – a sarcasmo do Rocket usava me dava ânsia.

– Olá Ariana, há quanto tempo. – Lance tinha soltado o senhor Silph e se colocou em sua frente. – Lembro que da ultima vez que batalhamos você era mais magra, ou talvez seja a minha memória.

– Como se atreve? Você vai se arrepender amargamente de ter dito isso. – ela pegou duas pokebolas de uma só vez.

– Por que? Você vai me derrotar? Quem sabe na próxima vida. – ele também tirou duas pokebolas do bolso.

– Vamos ver até quanto que você e seus pokémons aguentam – o outro Rocket também liberou dois pokémon.

Eu também fui enfrentá-los. Mesmo Lance fazendo besteiras, não podia deixar de batalhar ao seu lado. Nós dois seríamos amigos até o fim.

Os pokémons de Ariana era Vileplume e Murkrow e os de Archer eram Weezing Houndoom. Contra Aggron, Armaldo, Charizard e Dragonite.

– Dragonite use a onda relâmpago e Charizard lança chamas.

– Weezing cortina de fumaça.

– Vileplume use o ácido.

Embora os níveis fossem inferiores, aqueles pokémons nos dariam um pouco de trabalho para serem derrotados.

Nenhum dos dois dragões conseguia acertar seus ataques devido a cortina de fumaça.

– Houndoom bola sombria.

– E Murkrow você também.

A bola sombria de ambos os pokémons se fundiram e acertaram Dragonite. Eu tinha que fazer alguma coisa.

– Armaldo jato de água.

– Dragonite onda relâmpago.

O jato de água de Armaldo atingiu Houndoom e a onda relâmpago, Murkrow. Ambos os pokémons ficaram em estado crítico.

– Weezing autodestruição. – qual o sentido dele usar autodestruição se eles estavam em desvantagem?

– Dragonite hiper raio.

– Aggron você também.

Antes que Weezing pudesse atacar, o hiper raio de ambos os pokémons o acertaram e o deixaram fora de combate.

– Charizard explosão de fogo.

– Vileplume use o ácido! – porém Charizard foi mais rápido. E a Explosão de fogo envolveu o pequeno pokémon de planta.

Agora restava apenas um pokémon de cada e mesmo assim, ambos em estado crítico.

– Houndoom raio de confusão.

– Dragonite ciclone.

Dragonite logo criou um forte ciclone que envolveu os dois pokémons restantes e eu então decidi ajudá-lo com o raio solar de Aggron. A junção dos ataques foi o suficiente para terminar de derrotá-los.

– Vamos dar o fora daqui – os dois correram em direção a saída, mas foram surpreendidos por Bruno e Will.

– Onde pensam que vão? O acerto de contas ainda não terminou. – Bruno se impôs na frente deles, e pela sua altura e porte, os rockets não tiveram como reagir.

– Quais são os planos da Equipe Rocket Ariana? Por que vieram a Silph Co? – Lance novamente se aproximou da mulher.

– Por que não vai dar uma volta na Pokémon Tower para você mesmo descobrir? Isso se for capaz, já que sua inteligência não vai muito além do que você mostrou. – os olhos de Ariana eram dominados pelo ódio.

– Pokémon Tower... – logo já ouvimos o barulho da polícia – vamos, temos muito trabalho ainda. – Lance partiu rumo as escadas do local.

Os dois rockets foram presos, mas isso não resolveria nossos problemas. Para dizer a verdade, não fazia muita diferença. E além do mais, sabíamos que eles seriam libertados em breve.

Ao sairmos da Silph Co, Cynthia sugeriu que passássemos até o PokéMart para comprarmos alguns itens, pois pelo sim, pelo não, era melhor não arriscar.

Eu combinei com eles de esperá-los no carro com Lance, assim de certa forma teria um tempo para conversar com meu amigo.

– Então, agora estamos sozinhos... por que tratou Small Lady assim? – olhei de soslaio para ele, que parecia não saber o que responder.

– Eu estava com raiva, sei lá o que deu em mim. – ele colocou a mão na testa.

Depois de fazer aquela burrada e falar tudo àquilo para ela, essa era a única resposta que ele tinha?

– Eu não sei onde estava com a cabeça quando achei que você poderia fazer bem para ela...

– E eu onde estava com a cabeça quando achei que valia a pena me acertar com ela... – ele começou a olhar para o alto, como se estivesse angustiado, eu sabia que ele se sentia culpado pelo que fizera.

– Lance me diz uma coisa e não minta para mim, você só queria brincar com ela? – ele desviou os olhos para mim – Era somente sexo? – eu precisava saber a verdade e poupar Small Lady de mais sofrimento.

– Você pensa que eu sou o que??? – a pergunta soou por todo o carro. Ele tinha se ofendido.

– Eu só quero saber. Porque você está com ciúmes do Bill, está escrito na sua testa. Mas você não acha egoísmo demais sentir ciúmes de alguém para depois dispensá-la igual como você faz com a Liza e todas as outras mulheres que surgem no seu caminho? – sabia que num momento como aquele eu deveria ser firme com Lance, talvez esse tenha sido o meu erro quando conversamos sobre o assunto no aniversário dela.

Ele ficou pensativo por alguns minutos e com os olhos vidrados para frente.

– Não, antes fosse só isso. – ele voltou os olhos para mim.

– Então você preferia isso? De verdade, acho que nunca vou conseguir te entender. – coloquei minha mão na cabeça, não sabia como resolver isso e trazer Small Lady de volta.

– Cada vez que me lembro do beijo dos dois meu coração se parte em pedaços. – ele sussurrou – Tudo que eu mais queria era estar no lugar dele. – seus olhos eram tristes e o tom de voz, sério. – Desde que ela voltou, eu tenho lutado contra meus sentimentos, mesmo que eles me derrubem. – as palavras dele saiam de uma forma tão dolorida, vi Lance assim. – Eu sei que não tenho esse direito porque somos rivais, assim como também sei que ela vai achar esses sentimentos nojentos e me odiar mais do que já me odeia, mas é isso que eu sinto por ela.

– Lance...

– Sabe Steven, ela não precisa retribuir meus sentimentos, só queria que ela não me odiasse.

Não sabia o que dizer, só imaginei toda a coragem que Lance reuniu dentro de si para falar aquelas palavras. Ele sempre fora péssimos com sentimentos e nunca gostou de demonstrar esse lado mais “humanizado”. Durante todos esses anos de amizade, sempre precisei decifrar por trás de cada careta e frieza, os verdadeiros sentimentos de Lance.

Agora ele estava ali, frágil e sincero, relevando tudo o que sentia pela sua rival. Não pude deixar de sorrir e admirá-lo, mesmo que ele ainda continuasse errado pelas coisas horríveis que dissera para ela mais cedo.

– Se ela é importante pra você, pode contar comigo, mas antes vai ter que se desculpar por tudo que disse.

– Mas...

– O mais importante é a coragem com que fizer as coisas e não se preocupe com que ela possa dizer, haja assim quando estiver com ela. Porque você não é dessas pessoas que fica sem fazer absolutamente nada.

Ele sorriu e assentiu. Mesmo que as coisas não dessem certo, queria que ao menos tentassem.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, o próximo já vai ser na Pokémon Tower e garanto que deixará todos com os nervos a flor da pele.



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