O Despertar De Mewtwo escrita por 365fanfics


Capítulo 13
Mudança


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo você confere mais um ponto de vista de Small Lady.



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Depois de sairmos de Lavender todos mudaram de ideia quanto a ir a Pallet, sendo assim, ficamos hospedados na mansão de Lance. Cynthia e eu dormíamos juntas, mas eu ouvia meu estômago grunhi. Olhei para o relógio que já marcava 2h30, decidi descer até a cozinha.

Aquela mansão era tão grande que demorei a encontrar a cozinha que tinha estilo de industrial. Não entendia como alguém que provavelmente não sabia fritar um ovo sequer precisava de uma cozinha tão grande e luxuosa.

Aliás, não entendia por que Lance precisava morar numa casa como aquela.

Sem pensar duas vezes, abri a geladeira em busca de comida, mas somente encontrei bolos, que aparentemente pareciam deliciosos.

– Foi sua avó quem fez. – ouvi a voz de Lance a alguns metros de onde eu estava.

Me virei e ele começou a andar em meu encontro.

– Por favor sente-se, eu te sirvo.

– Não precisa. – continuava chateada com tudo que Lance havia me dito.

– Mas eu faço questão, até porque também quero comer. – ele sorriu para mim e logo em seguida puxou a cadeira do balcão – Sente-se.

Sem dizer uma palavra, sentei na cadeira enquanto ele me servia.

Permanecemos calados durante o tempo inteiro, até ele começar a puxar assunto. Notei que ele me olhava de uma forma tão... diferente e isso voltou a despertar em mim aquele desejo ardente e incontrolável.

Eu queria que ele me beijasse, mas não queria dar o primeiro passo, eu queria retribuir seus beijos.

Como se lesse meus pensamentos, ele se aproximou de mim e começou a acariciar meus cabelos e depois meu pescoço.

Levantei meus olhos para os deles, que ficavam cada vez mais escuros, mas também notei que havia um ar de duvida em seu olhar.

Eu mexia com ele?

Seus lábios se aproximaram de mim calmamente, e não me afastei, pelo contrário, esperei.

Até que ele me beijou suavemente, e eu como havia dito, retribui. Tinha gosto de chocolate. O beijo não foi demorado, mas seu tempo foi o bastante para me deixar com falta de ar.

Ele parou e continuou a me observar, seus olhos eram tão escuros que eu poderia me perder apenas por olhar para eles.

Seus lábios se aproximaram, me beijando mais uma vez, com mais força. E, como uma tola, retribuí na mesma intensidade.

Suas mãos puxaram minha cintura e acabei sentando no balcão. Ele segurou meus joelhos contra sua cintura e me apertou contra seu corpo. Não sei por quanto tempo ficamos ali. Eu o beijei várias vezes, não querendo pensar no que estava fazendo. Era como se nada ao nosso redor existisse.

As mãos dele seguraram os meus ombros e começaram a me forçar para trás.

– Não... – falei com um pouco de consciência que ainda tinha.

– É... vo-você tem razão... – ele parecia um pouco perdido pela forma como me olhava. - Vamos para o meu quarto...

– Na-nada de quarto Lance... isso acaba aqui. - O que passou pela minha cabeça para chegar a esse ponto com ele? Como pude retribuir seus beijos depois de tudo que ele me disse?

Perguntas e mais perguntas explodiam em minha cabeça, me fazendo voltar à realidade.

O empurrei e pulei do balcão, e andei rapidamente em direção ao quarto que Cynthia se encontrava.

– Small... – ouvi sua voz, mas a ignorei.

Coloquei a mão da cabeça inconformada com o que tinha acontecido. Quando cheguei ao corredor dos quartos, notei que tudo continuava na perfeita paz de quando saí.

Me aproximei do quarto onde Cynthia dormia, mas antes que pudesse entrar ele me puxou pela cintura e me beijou de novo.

Como posso ser tão fraca quando se trata dele?

Ele me levantou no colo, começou a me carregar em direção a seu quarto e me deitou na sua cama.

– Lance eu não... – antes que eu pudesse me levantar, ele se deitou em cima de mim e voltou a me beijar.

Depois de um tempo nesse ritmo, ele se afastou um pouco e colocou a palma de suas mãos entre minhas coxas e voltou a se deitar, dessa vez entre minhas pernas.

Notei que uma de suas mãos tomou um caminho diferente e começou a subir em direção ao meu seio. Já a outra puxava lentamente a minha camisola para cima do quadril.

E logo senti uma pressão maior sobre o meio das minhas pernas... a-aquilo não era legal, não era nada legal.

Ele não estava pensando naquilo...

Ou estava?

Ele se mexeu em cima de mim, fazendo mais pressão ainda, o que me deu vontade de gemer, mas mordi meus lábios.

– Small... – ele gemeu meu nome enquanto beijava meu pescoço, e seus lábios se aproximaram de meu queixo – Eu quero transar com você. – seus olhos me fitavam com tanto desejo, que me impedia de respirar.

– Não... – coloquei minhas mãos contra seu peito na tentativa de empurrá-lo e sair dali – Eu não quero isso... não com você.

Seus olhos ficaram tristes por um instante, mas logo voltaram a parecer famintos.

Voltei a empurrá-lo e finalmente consegui me soltar dele, mas antes que eu pudesse ao menos me distanciar um pouco, senti suas mãos me puxarem de novo.

– Me solta Lance! – minha voz saiu alta, fiquei com receio de acordar alguém.

– Eu deixo você ficar por cima...

– EU DISSE NÃO! – abri os olhos e não vi mais Lance, nem seu quarto, apenas vi Cynthia e a claridade do amanhecer.

Então, aquilo que acontecera era mais um sonho... outro sonho com ele.

– Small, está tudo bem? – corei com a pergunta de Cynthia.

– A-acho que sim... – tentei disfarçar, embora fosse em vão.

– Você estava sonhando com o Lance não é? – não havia ironia na sua pergunta, era visível que Cynthia só queria me ajudar.

– Eu falei algo enquanto dormia? – perguntei. Cynthia já era a segunda pessoa que me ouvia chamar pelo Lance durante o sono.

– Você pediu para ele te soltar... Small não minta para mim, você gosta do Lance?

– Eu não sinto nada por ele. – respondi e logo já me levantei e comecei a me vestir.

– Somos amigas ou não? Eu prometo guardar segredo caso você se incomode, mas acredite, guardar as coisas para si é algo horrível e eu sei que você está angustiada. – realmente, éramos amigas, embora nossa amizade não tivesse nascido de imediato, Cynthia é alguém que eu confio cegamente.

– Eu sonho com ele há muito tempo, não sei exatamente o motivo... – ela me olhava atentamente, mas seus olhos não eram de curiosidade, e sim de zelo e preocupação. – Sabe Cynthia... eu não sei o que acontece, ele é a ultima pessoa por quem eu gostaria de ter algum tipo de relação...

– O que você sente por ele é atração sexual apenas? – embora não tivesse certeza da resposta, assenti. – Isso é normal, e não se sinta culpada, mas antes você deve colocar as coisas numa balança e ficar do lado que pender entende? – pisquei confusa com a explicação da Cynthia.

– Onde você quer chegar?

– Antes de mais nada você deve ser coerente, e lembrar que existe alguém de quem você gosta muito. – Cynthia queria que eu colocasse Lance e Proton em uma balança para ver qual lado penderia.

Eu sinto tanta falta do Proton... Tanta, mas tanta...

– Gosta do Proton mais do que tudo não é?

– Uhum – respondi, era impossível não gostar de Proton e do seu jeito gentil e carinhoso comigo.

– Então não tem que ter dúvidas... principalmente agora. – permaneci calada, sentia tanta falta de Proton – O que há com você?

– O que será que Proton está fazendo agora? – perguntei, desviando os meus olhos para a janela.

– O que?

– Lá deve ser noite, porque aqui a gente acabou de acordar. – voltei a olhá-la, ela parecia cheia de dúvidas.

– Mas Small...

– Será que o meu querido Proton está realmente se saindo bem nos estudos? – coloquei as duas mãos sobre o coração e senti as lágrimas quererem escapar dos meus olhos – Só espero que ele não tenha ficado doente.

– Você não tem falado com o Proton? – ela me perguntou bem baixinho e apenas confirmei. – Desde quando?

– Desde que ele foi embora. – voltei a esconder as lágrimas.

– Mas ele foi para Unova há cinco anos, por que não contou para nós? – eu podia notar que Cynthia estava tão triste quanto eu.

– Não queria preocupar vocês, mas assim que tudo terminar eu vou partir para Unova, já me decidi. – andei em direção a porta e notei que aquela não era a mansão luxuosa de Lance e sim a humilde casa do Professor Carvalho.

Ao abrir a porta vi Lance dormindo no sofá da sala e Steven já acordado dobrando o saco de dormir que Professor Carvalho lhe emprestara na noite passada.

– Bom dia meninas. – sorri para ele, e Cynthia logo o abraçou e depois, tentou acordar Lance.

– Lance acorda, já são 8 horas. – ela começou a puxar sua coberta – O que ficou fazendo ontem?

– Você não faz ideia. – ele respondeu ainda sonolento e puxou a coberta de volta.

– Ele ficou com insônia a noite inteira quase, ainda propus que trocasse o sofá pelo saco de dormir, mas ele não quis... Imagino que tinha conseguido pegar no sono agora a pouco. – explicava Steven. – Acho melhor irmos até o laboratório encontrar Bruno e Will, tomar café da manhã e deixá-lo dormir mais um pouco.

Todos foram até o laboratório. Bruno e Will já estavam acordados e sem nenhum sinal de sono. Bruno tomava café da manhã tranquilamente enquanto Will acessava seu computador em busca de informações sobre Professor Fuji.

– Will você tem certeza que não quer minha companhia para conversar com Professor Fuji? – ele apenas fez que não com a cabeça, sem nem sequer desviar os olhos do computador.

Aquela atitude do Will me deixou indignada. Eu sempre fui a parceira dele, sempre o ajudei a construir as teorias e os fatos sobre Mew, por que queria me descartar?

– Por que você não me quer lá? Eu não sou boa o suficiente para você, é isso?! – no laboratório Cynthia, Steven e Bruno conversavam enquanto lanchavam, mas depois desta pergunta, os três ficaram em silêncio e Will levantou os olhos para mim.

– Não é isso Small Lady... é que o assunto em relação ao Professor Fuji é algo muito delicado, e eu não quero colocar tudo a perder, o seu jeito pratico e rápido de resolver as coisas só atrapalharia.

– Mas por quê? O assunto é simples, Professor Fuji é o cientista da Equipe Rocket que idealizou o projeto que deu origem a clonagem do Mew, o Mewtwo. – o que tinha de delicado nisso? Professor Fuji era só mais um cientista mau caráter.

– O Professor Fuji era só um cientista normal e honesto, até a filha dele falecer e sua vida mudar drasticamente.

– Como assim? – Professor Fuji levava uma vida honesta e tinha filhos?

– Depois que a filha morreu nada mais fez sentido para ele a não ser arrumar uma maneira de trazê-la de volta, e a clonagem foi a saída que ele encontrou... Esse homem passou boa parte da vida estudando clonagem. Em meio a tudo isso, sua mulher o abandonou, mas mesmo assim ele não perdia as esperanças. Embora não conseguisse ter grandes progressos, devido a falta de recursos ideais para realizar a clonagem.

Eu prestava atenção em cada palavra de Will, e logo percebi o motivo de ele não querer que eu me aproximasse do Professor Fuji. Eu não conseguiria conversar com ele.

– Mas um dia a sorte do Professor Fuji mudou, Giovanni o procurou e disse que pagaria o projeto de clonagem dele, não importava quanto custasse, mas com uma condição, clonar o Mew. Small Lady, você está chorando?

– Hã? – passei as mãos pelo rosto e notei minhas lagrimas. No fim das contas, todos lutam para não ficarem sozinhos neste mundo, se eu estivesse no lugar do Professor Fuji, acho que faria o mesmo. Não precisaria ir tão longe, eu faria qualquer coisa para ver meu pai pela ultima vez. – Continue a história Will. – rapidamente limpei as lágrimas.

– Bom, o resto você já sabe... inicialmente ele tentou cloná-lo sem a amostra do DNA, o que foi um fracasso, mas depois de um ano, conseguiu descobrir a equação do DNA do Mew e a usou para criar Mewtwo. Giovanni queria o pokémon mais forte do mundo então o Professor Fuji apenas introduziu naquela essência do Mew em formação tudo aquilo que julgava necessário para se criar o pokémon que Giovanni tanto queria.

– Tudo isso eu já sei, quero saber se ele conseguiu clonar a filha. – perguntei ansiosa, até Will se surpreendeu com minha ansiedade.

– Parece que não foi bem sucedida, a menina morreu antes de “nascer”... depois disso ele ainda tentou um terceiro clone e até onde se sabe, estava indo bem, mas esse clone, assim como quaisquer fragmentos de DNA da garota foram destruídos quando Mewtwo despertou e arrasou com o laboratório de New Island.

– Isso, é tão triste...

– Agora entende o motivo de eu querer ficar sozinho com ele? O Professor Fuji não é como os demais cientistas da Equipe Rocket, ele tinha uma causa. – eu assenti.

A causa do Professor Fuji era nobre. Infelizmente nem todos conseguem superar a dor de perder um ente querido.

– Boa sorte Will, espero que você consiga conversar com ele.

– Boa sorte para você também. – ele sorriu.

Assim que terminamos o café acordamos Lance, e para nossa surpresa não foi tão difícil como previsto.

E então cada um seguiu seu destino. Bruno e Will foram atrás do Professor Fuji, Steven e Cynthia continuaram no laboratório enquanto Lance se disfarçava.

– Um monte de gente da Equipe Rocket já sabe que estamos atrás deles, e daqui a pouco vamos pisar no território do inimigo... para todo o caso, seremos apenas turistas felizes e encantados com a beleza da ilha. – ele me explicava o plano.

– Ta, mas... eu não tenho roupas que você chama de “turista”. – ele vestia uma camisa verde florida, uma bermuda bege, óculos escuros e um chapéu que escondia seus cabelos vermelhos.

Ele parou por um momento, pensando em uma solução.

– Bom se é assim, podemos ir até o Centro Pokémon da ilha, a Joy com certeza vai ao menos indicar uma loja de roupas e de lá você sai transformada.

– Então vamos...

– Não! Algo me diz que antes você deve mudar pelo menos um pouco. – ele começou a me observar criticamente – Talvez o seu cabelo... Isso! Seu cabelo! – suas ultimas palavras saíram bem mais empolgadas.

– O que tem meu cabelo? – perguntei confusa.

– Seu cabelo é chama muito a atenção, é como o da Cynthia, vamos até o laboratório e pintá-lo.

Pintar meu cabelo? Ele ficou maluco?

– Nunca. – a cor do meu cabelo era a coisa que Proton mais gostava em mim, não podia me desfazer disso.

– Small Lady, eu não quero brigar com você, mas, por favor, você prefere continuar loira e colocar tudo a perder ou pintar o cabelo e ter uma chance? – não havia ironia em seu tom de voz, pelo contrário, Lance falava bem sério – Depois que isso terminar você volta para o loiro.

Comecei a lembrar de Proton, ele sempre costumava me elogiar de todas as formas, mas o meu cabelo era algo especial para ele.

– Eu amo você Small Lady e amo principalmente o quão linda você fica com seus cabelos longos e loiros... É assim que quero te ver, sempre. – lembro-me de suas palavras como se fosse nesse exato momento. Isso foi um pouco antes dele ganhar a bolsa na Universidade de Unova.

– Small Lady? Eu falei alguma coisa que você não gostou? – a voz de Lance me fez voltar à realidade.

Eu estava tão feliz, e fiquei feliz quando ele teve a oportunidade de estudar num lugar como aquele, mas eu queria que ele estivesse comigo.

– Está tudo bem Lance.

– E aí? Posso descer até o laboratório e pegar a tinta?

Por mais que não devesse confiar no meu rival, sabia que meus cabelos era algo que marcava minha verdadeira identidade. Se eu quisesse passar despercebida, deveria camuflar o meu verdadeiro eu o quanto antes.

– Prepare a tintura.

O tipo de tinta que Lance usou era para pokémons. O Professor Carvalho a usava de vez em quando em algum experimento. Teoricamente era para eu ficar com os cabelos roxos, mas ficou rosa.

A boa notícia era que em pokémons a tinta saía com água e sabão, em humanos o processo deveria ser igual.

Fomos voando até Cinnabar, o que não foi muito legal, pois eu não gosto de voar, mas pelo menos o vôo foi rápido. Depois de aterrissar na ilha fomos até o Centro Pokémon e a Enfermeira Joy, gentil como sempre disse que traria para mim em dentro de alguns minutos uma roupa de turista.

Ficamos esperando na sala de estar e até trocávamos umas ideias legais. Era difícil admitir, mas, Lance era legal... Às vezes.

– Com licença, preciso ir ao banheiro. – ele do nada se afastou de mim. O problema era que o banheiro era no sentido oposto no qual ele partia.

– Lance o banheiro é por ali...

– Que surpresa Small, você por aqui – Bill surgiu atrás de mim, e toda a minha angustia voltou, afinal, essa era primeira vez que nos víamos desde o meu aniversário, há dois dias.

– O-oi Bill, eu é que pergunto, o que faz aqui? – eu estava tão nervosa com ele bem ali na minha frente.

– O Célio me ligou e pediu para eu encontrá-lo nas Ilhas Sevii porque o sistema de armazenamento de pokémons está fora do ar naquela região e ele não consegue solucionar o problema... Mas e você? O que faz aqui? Por que fez isso no cabelo?

– Ah... é que... vamos investigar a Mansão Pokémon que como sabemos, foi o antigo centro de pesquisa sobre o Mew... e achei seguro me disfarçar. – eu tinha dificuldade para conversar com o cara que já fora meu melhor amigo.

– Entendi... Small eu preciso falar com você...

– Olha Bill, agora realmente não dá, o Lance logo vai voltar e nós temos muito trabalho...

– Eu conversei com o Will ontem e ele me disse que você ainda tem sentimentos pelo rapaz que namorou no tempo em que cursava o doutorado. – ele me interrompeu – Sabe Small, tudo que eu disse era sério viu? Eu só queria que soubesse o quanto eu te amo. – as palavras de Bill saíram doloridas, embora ele sorrisse para mim.

– Desculpe – eu sabia que ele estava sofrendo, e eu também estava.

– Você não tem nada do que se desculpar... o amor que sinto por você é tão grande que eu só desejo a sua felicidade... com ou sem mim... eu torço para você reencontrar seu namorado... agora vem cá. – ele novamente se aproximou para me beijar, mas antes que fizesse, eu me afastei. Seus lábios tocaram minha face, e foi inevitável uma lágrima escapar dos meus olhos. – Gostaria de ter passado mais tempo com você, minha doce Small Lady.

– Ah Bill... – sussurrei seu nome, estava sem palavras perante a atitude dele.

– Mas caso você mude de ideia, eu estarei te esperando. – ele partiu em direção a saída e eu voltei a me sentar, não demorou 10 minutos e avistei Lance voltando algumas roupas.

– Problema resolvido.

Fui ao banheiro e rapidamente me troquei. Os trajes não tinham muitos detalhes, era um vestido longo laranja florido, um par de chinelos e uma coroa de flores postiças para usar na cabeça.

– Está ótimo, agora vamos, não temos tempo a perder. – Lance logo partiu rumo à saída do Centro Pokémon.

Nunca imaginei o quão abandonada estava a Mansão Pokémon. Um lugar repleto principalmente de Raticates, Koffings e Grimers, todos selvagens. A casa tinha escadas e mais escadas, além de paredes falsas.

Nas primeiras duas horas aproximadamente, andamos sem rumo pelo lugar, somente observando.

– Olha isso Small Lady – Lance me chamou e então o vi de frente a uma estátua de pedra de Mewtwo – esse lugar funcionou mesmo após a criação de Mewtwo, você já sabia disso? – neguei com a cabeça – Esta estátua é sinistra... – ele a tocou e imediatamente seus olhos acenderam. Nós pulamos assustados, mas então notei que aquela parede não estava mais lá.

– Lance, toque na estátua de novo. – ele obedeceu e pude notar que a parede tinha ligação com a estátua.

Continuamos andando pelo lugar, e nos deparamos com várias estátuas de Mewtwo. Apesar de o lugar estar abandonado, todas elas estavam em perfeito funcionamento.

Depois de muito andar, ligar e desligar estátuas, encontramos algo que poderia nos oferecer uma luz, o diário de pesquisas de Mew e Mewtwo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado, tentarei postar a continuação o mais rápido possível, embora imagine que ninguém esteja acompanhando a história =/.



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