O Despertar De Mewtwo escrita por 365fanfics


Capítulo 10
Solitária e Abandonada


Notas iniciais do capítulo

Aí está mais um capítulo contado por Small Lady. Essa é uma parte da história que eu diria ser uma transição entre as suspeitas de Mewtwo ser um inimigo e as concretizações dos fatos. Provavelmente estamos caminhando para o fim. Boa leitura.



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Sabe Small, eu queria muito dançar com a Cynthia, que tal se trocarmos os casais? – Steven me propôs algo que jamais podia esperar dele.

Depois de ver Lance de novo e ainda ouvir as palavras de Steven, não queria saber de mais nada.

Para dizer a verdade eu queria...

Queria ficar sozinha.

Small, o que houve? – ouvi uma voz capaz de acalmar meu coração e minha mente.

Olá Bill, não houve nada – menti – só estou um pouco cansada, você sabe que eu nunca gostei de festas.

Eu sei, essa festa foi mais pela sua avó do que pra você – ele sentou-se em um banco e eu fiz o mesmo – nós somos o mesmo tipo de pessoa Small, e eu sempre entenderei suas razões. – sorri com suas palavras.

#####

Bill sempre fora um amigo muito especial para mim, principalmente na época em que vivia em Kanto. Nossa amizade começou antes mesmo da minha jornada.

Lembro-me como se fosse ontem quando minha avó o levou em Lavender.

Querida, eu trouxe um amigo para você brincar – Bill se escondia timidamente enquanto minha avó o apresentava para mim. – o nome dele é Bill, ele é neto de um grande amigo meu e vai passar essa tarde com a gente.

Depois daquele dia, não nos desgrudamos mais. Chegamos a acampar e até dormir juntos.

Mas depois que fiz dez anos, começamos a nos distanciar. Não sabia exatamente o motivo, talvez fosse por causa da minha jornada.

#######

Você tem razão, como sempre.

Small, eu tenho uma noticia muito boa para te contar... minha tese de doutorado foi aceita no Instituto Tecnológico Pokemon de Sinnoh. – ele não podia falar sério, esse era um dos institutos mais respeitados no ramo da ciência. – E o mais incrível é que eles ficaram tão interessados que me convidaram para ser professor da universidade também – seus olhos brilhavam – nada mal para um sujeito que sempre estudou nas universidades das regiões de Kanto e Johto.

Isso é incrível Bill, eu fico muito feliz por você.

Essa é uma chance única, e eu não posso desperdiçar.

Quando você pretende ir a Sinnoh?

Provavelmente no inicio do próximo ano. – ele se aproximou mais e segurou a minha mão – Mas eu quero que você vá comigo.

Tudo a minha volta parou, minha mente parou, se não estivesse sentada, provavelmente já teria ido ao chão.

Ma-mas Bill, por quê?

Seus olhos se levantaram para mim, e ele apertou um pouco mais a minha mão.

É um plano que tenho há muitos anos... Só queria antes ser alguém respeitado no ramo da ciência... Estar a sua altura.

Segurei minha respiração, aquilo devia ser brincadeira...

Só podia ser brincadeira.

Eu não estou entenden...

Eu amo você – suas palavras saíram como se nada fosse capaz de impedi-las.

Perdi o fôlego por um momento.

– Eu amo você... há tanto tempo... – dessa vez suas palavras saíram doloridas.

Eu gostava demais do Bill, mas não dessa forma. Eu não podia ser dele... Eu não era mulher para ele, já pertencia a Proton. E ouvi-lo dizer aquilo... abalou meu mundo, porque, eu não era mais pura para ele.

Me afastei um pouco e ergui minha mão em direção ao seu rosto.

Bill eu não...

– Eu te amo há tanto tempo Small... Desculpe por nunca te dizer isso... – ele fitou o chão por um tempo.

Está tudo bem Bill.

Ele parecia tão triste, era como se soubesse que eu não podia corresponder seus sentimentos.

Sabia que... – ele voltou a falar num tom baixo, e eu apertei sua mão gentilmente – que se não fosse pelo seu pai... nós seríamos comprometidos? – seus olhos se voltaram rapidamente para mim.

Como assim comprometidos? – ele me deixava cada vez mais confusa.

Nossas famílias foram amigas durante muitos anos, você sabe... mas aí quando você fez dez anos eu disse a meu pai que só me casaria se fosse com você. – meu coração voltou a acelerar – E por isso meu pai pediu ao seu para que você fosse minha futura esposa.

Esposa do Bill?

Como nunca soube disso?

– Porém... seu pai discordou completamente, disse que somente iria casar você com alguém que você realmente amasse. Ele queria que a filha fosse livre para tomar as próprias decisões. – não pude evitar de sorrir ao ouvir aquelas palavras.

Papai sempre fora tão gentil.

Que saudades dele.

Já meu pai ficou furioso e me proibiu de ser seu amigo, por isso me distanciei de você. Meu pai nunca aceitou não como resposta. – Bill estava com os olhos vazios e tristes – Fui obrigado a ignorar meus sentimentos por causa do orgulho do meu pai.

Ele me olhou de uma forma tão triste, mas tão triste, que eu não sabia como agir ou dizer.

Quando você partiu para Hoenn, tudo que eu mais queria era ir com você... – ele voltou a segurar minha mão – Quando você foi aceita na Universidade de Hoenn eu quis tanto, mas tanto estudar naquele lugar, mas meu pai não permitiu que eu fizesse. – novamente conseguia sentir sua tristeza – Naquela época, como não consegui ir para lá eu infernizei o Will de todas as maneiras possíveis para ele ir em meu lugar e poder sempre trazer noticias suas. – o Will sabia disso? – Ele tinha sido aceito nas Universidades de Hoenn e Sinnoh, mas estava tendencioso com Sinnoh porque queria estudar com Lucian, mestre dos pokemons psíquicos que hoje integra a Elite 4 da mesma região, mas depois de tanta insistência minha, ele optou por Hoenn.

Bill – não sabia o que dizer para ele, nunca achei que fosse tão importante assim para alguém que não fossem meus pokemons.

Aí depois eu insisti para ele ser seu amigo e o resto você já sabe.

Bill, eu não sou a pessoa certa pra você...

Só me diz o que foi que você viu no Lance – mas, do que ele está falando? – você não percebe que ele só vai te trazer tristeza e sofrimento? – ele começou a apertar as minhas mãos com força.

Você está me machucando Bill. – ele soltou as minhas mãos.

Não quero ver esses olhinhos cheios de lágrimas, ele não se importa com ninguém, só com ele mesmo.

Por que diz isso? Eu não entendo.

Semana passada, quando você voltou para Kanto, eu fui te visitar e sua avô não tinha voltado... aí uma tempestade começou e eu fiquei lá com você. – comecei a lembrar do acontecido, aquilo fora logo depois da primeira parceria com o Lance – Nós dormimos na mesma cama naquela noite... como fazíamos quando éramos crianças, mas somente você dormiu. Eu fiquei te observando durante horas... e enquanto dormia você chamava por ele.– ele franziu o cenho.

Naquela noite eu tinha sonhado com Lance e novamente foi um sonho hentai.

Não é o que você está pensando... não quero, nem nunca ficaria ao lado de alguém como ele. – meus olhos começaram a se encher de lágrimas. Tudo que eu mais queria era parar de ter esses sonhos, me sentia tão prisioneira dele.

É mesmo? – um sorriso se formou em seus lábios – Você não sabe o quanto essas palavras me deixam feliz. – retribuí o sorriso, e ele voltou a acariciar meu rosto. – Eu quero te fazer muito feliz, por isso esperei ser alguém a sua altura antes de dizer isso.

Ele se aproximou mais e mais de mim, e sua boca foi em direção aos meus lábios.

Bill – me afastei um pouco dele – não podemos... pode chegar alguém. – foi só o que consegui dizer, embora quisesse falar de Proton.

Acho que vou arriscar. – dessa vez, não houve tempo de me afastar. O beijo dele era... estranho, não ruim, só estranho. Era como se beijasse meu irmão.

Mas mesmo assim correspondi. As palavras doces e meigas de Bill foi algo tão especial. Parte de mim queria receber esse carinho que ele estava me oferecendo, mas sabia que não era certo decepcioná-lo.

Eu amava Bill, mas não daquela forma.

E assim que nosso beijo terminasse, teria de falar a verdade.

Mas esse momento não veio e minha avó nos interrompeu. Não consegui entender o motivo da sua revolta. Quando finalmente ficamos sozinhas ela disse que eu deveria ser mais honesta comigo e com Bill.

O problema é que ela tinha razão.

Senti uma pancada de leve na minha cabeça e que me fez voltar à realidade.

Pelo menos fique olhando enquanto eu monto o rastreador que você projetou, ao invés de ficar sonhando acordada. – Will e eu estávamos no Planalto Índigo, mais precisamente em sua sala de treinamento.

Assim que acordei levei para ele o projeto do rastreador que nos ajudaria a ter pistas sobre Mewtwo, já que pokemons psíquicos se comunicam através de ondas, e esse rastreador captaria justamente ondas psíquicas.

Só tínhamos que tirar tudo aquilo que estava no papel e colocar em prática para já iniciarmos os testes.

Mas apenas Will fazia a montagem.

Não precisava ter me batido. – afaguei a cabeça para aliviar a dor da pancada.

Ele continuou focado na construção que estava quase pronta e então o ligou. A construção tinha sido um sucesso, só faltava programar.

Você sabe que eu não sou bom em programação, então vou terminar de fazer isso na casa do Bill, você vem comigo?

Tudo que eu não queria era encontrar Bill, não queria me explicar com ele agora e ainda na frente de Will. Fiz não com a cabeça.

Eu não estou muito legal, acho que vou para casa descansar – menti – obrigada por me ajudar a montar o rastreador.

Correção... eu montei o rastreador sozinho – ele cruzou os braços – e você me deve um obento por isso. – e saiu da sala com o nariz erguido.

Tudo bem, tudo bem, amanhã eu te trago um obento bem caprichado. – corri atrás dele e pude ver um sorriso enorme se formar em sua face, e seus olhos se iluminarem.

Ele começou a rir e eu também.

Corri em direção à saída do Planalto Índigo, teria a tarde cheia, pesquisaria mais coisas sobre Mewtwo, equacionaria de várias formas o DNA do Mew, pois uma delas seria a de Mewtwo.

Enquanto corria pelo jardim em direção a Victory Road, encontrei Lance acompanhado de quatro meninas, todas adolescentes e de uniforme do colegial.

Como se atreve a fazer isso em um momento de crise?

Ele é quem devia estar mais preocupado.

Em pensar que há dois dias ele quase me beijou...

E eu quase me permiti ser beijada...

Olha como ele está agora.

Com quatro garotas. QUATRO, e elas nem têm 18 anos.

Pedófilo.

Por que eu sempre tenho que sonhar com ele?

Ele tocou na cabeça de uma das meninas e a mesma se derreteu toda. Enquanto outra menina estava entrelaçada em seu braço.

Fechei os olhos, completamente tomada pela raiva. Era demais olhar aquilo.

Quantos corações ele já não devia ter partido desde quando entrou na Elite 4?

Que raiva eu sinto de você Lance!

Os olhos dele se desviaram das meninas e foram em minha direção e eu me desviei para atrás de uma arvore que estava próxima. Não queria que ele me visse.

Tudo que eu mais queria, era não vê-lo nunca mais.

Saí de lá rapidamente e fui para casa. Minha avó tinha ido ao laboratório do Professor Carvalho. E eu comecei a fazer o obento do Will, pois com certeza ele me cobraria depois.

Mas eu podia dizer que havia uma tristeza lá no fundo do meu coração, por ver Lance cercado de garotas, e sorrindo para elas daquele jeito.

Como pode meu coração bater de uma forma tão angustiante?

Bill tinha razão, Lance não prestava.

Balancei a cabeça e voltei a fazer o obento de Will. Precisava me concentrar para fazer algo bom e depois precisaria me concentrar ainda mais para estudar Mewtwo.

Não podia perder tempo com bobagens como o nível de canalhice que Lance atingiu com o passar dos anos.

Terminei o obento e fui para sala pesquisar em meu computador informações sobre Mewtwo. Alguns dos presentes que havia ganhado na noite passada ainda estavam na sala. Minha concentração foi quebrada quando um dos Eevees que ganhei saíra da pokebola.

Era a Eevee que ganhei do Lance, era tão linda, tão perfeita. Pena que veio de alguém como ele.

Ela correu em direção da porta e começou a uivar. Logo em seguida a campainha tocou, fui atender e era Lance. Ele estava com os olhos sérios e frios.

Meu mundo caiu naquele momento. O que ele queria?

A Eevee pulou em seus braços e começou a lambê-lo.

Até pokemons fêmeas são vítimas dele.

Eu também estava com saudades de você Eevee. – ele sorria enquanto ela lambia seu rosto.

Peguei a pokebola e a chamei de volta.

Oi Lance, tudo bem? – não sabia o que falar, e ele voltou a me olhar sério.

Só vim aqui para dizer que a nossa parceria está acabada. – quanto mais suas palavras saiam, mais a raiva tomava conta de seus olhos.

Eu não entendo Lance. – fiquei em choque com suas palavras e a forma como elas saíram.

Eu não quero mais você cuidando disso, de agora em diante isso é assunto meu. – ele elevava a voz para mim.

Por que decidiu isso agora? – eu estava cada vez mais atônita com as palavras dele.

Porque uma das coisas que meu avô me ensinou é que não devo confiar em vadias como você. – ele ficava cada vez mais fora de si.

Não sabia o que dizer, não sabia como agir.

Por que ele veio aqui para me ofender?

O que eu fiz para ele?

Por que está me ofendendo?

Não se faça de sonsa, eu conheço perfeitamente esse tipo. – ele continuava elevando a voz para mim – Eu estive pesquisando sobre o projeto da criação do Mewtwo e para eles chegarem em sua criação foi porque tinham a equação do DNA do Mew. E o Professor Carvalho me disse há alguns dias que na época da criação do Mewtwo, você e Will eram as únicas pessoas do mundo que tinham acesso a fórmula exata o Mew. – ele andava em minha direção, como se quisesse me intimidar – Quando ele me disse isso, me recusei a acreditar no obvio.

Onde você quer chegar com isso?

Um de vocês dois passou a equação exata para a Equipe Rocket. Só que no Will, mesmo com as nossas diferenças, eu confio plenamente, já em você, por que eu confiaria?

Eu tenho dignidade e nunca trabalharia para a Equipe Rocket.

E por que eu acreditaria? Você não satisfeita em ser só a putinha do Steven, passou a ser a putinha do Bill também. Quem garante que você não presta seus serviços sexuais ao Giovanni e seus Rockets? Assuma que você passou a equação para eles e que você também é amante do Giovanni e por isso não chegamos a lugar algum até agora. – a voz dele soava por toda a sala.

Aquilo foi demais para mim, por que ele tinha que me ofender daquele jeito?

Parti para cima de Lance, e comecei a socá-lo com todas as minhas forças e ele caiu no chão. E minhas lágrimas também começavam a cair.

Você tem sorte de seu pai estar morto, assim ele não precisa ver no que a filha se transformou. Já sua mãe, não te quis porque já imaginava que a filha não prestava.

Não se atreva a falar o que você não sabe, eu odeio você, odeio!

Que coincidência Small Bitch, porque eu também te odeio. Só lamento pela Agatha, ela não merecia ter você como neta.

Meus braços já começavam a doer e o canto de sua boca já começava a sangrar, mas nada ali me faria parar, eu o odiava mais do que tudo.

Por que ele me faz sofrer de todas as formas possíveis?

Até que senti alguém me retirar de cima dele e implorar que eu parasse, era minha avó.

Alguém pode me explicar o que é isso? Nem quando crianças vocês eram assim. Por que estão se matando? – minha avó se colocou entre nós enquanto Lance se levantava.

Sua neta é uma desequilibrada e não aguenta ouvir a verdade. – seu lábio continuava sangrando. – Só vim aqui deixar meu recado para ela. – e ele virou as costas e foi em direção a saída de casa.

Small Lady, você me deve explicações. – as lágrimas voltaram a cair dos meus olhos. Mais uma vez ele acabara com a minha vida e com a minha felicidade.

Minha única reação foi correr, corri o mais rápido que pude até parar na Viridian Florest. Não sei por quantas horas andei sem rumo pela densa mata quando o céu começou a escurecer.

E então notei que começava a chover, mas a chuva era bastante forte. E as minhas lágrimas faziam companhia a chuva gelada. Meu coração doía ao lembrar do Lance com aquelas garotas. E doía ainda mais quando lembrava de suas cruéis palavras.

Durante todos esses anos, Lance roubou minha inocência, destruiu os meus sonhos e finalizou roubando o amor da minha própria avó.

Limpei minhas lágrimas mais uma vez. Olhei para o céu e vi as gotas de chuva caindo como se fossem em câmera lenta.

Papai...

Eu estou fazendo tudo errado, me perdoe.

Senti mais lágrimas nos olhos.

Vi um raio iluminar o céu como resposta, e meu corpo inteiro estremeceu.

Kami-sama...

Por favor...

Hoje não...

Um estrondo forte soou, e eu comecei a correr quando vi outro brilho no céu.

Eu odeio trovões...

Fechei meus olhos, correndo o mais rápido possível.

O outro estrondo surgiu, e esse pelo menos dez vezes mais forte que os outros.

Meu corpo não aguentava mais correr, eu estava com frio, me sentindo solitária e abandonada. Comecei a chorar alto, dessa vez eu me rendia. Aquilo era muito mais do que eu podia suportar.

Até que outro estrondo surgiu e meus impulsos superaram minha mente, minhas energias psíquicas se manifestaram involuntariamente.

Abri meus olhos e tudo a minha volta tinha ganhado um leve tom roxo, a cor da minha áurea. Segundos depois essa mesma luz me levou para a Pokemon Tower.

Em Lavender não estava chovendo e tampouco havia trovões. Mas ainda assim eu me sentia sozinha, abandonada, sem ter alguém para me defender, lutar por mim.

Eu daria a minha vida só para ter Proton comigo de novo. Só para ele me defender das palavras horríveis de Lance.

Peguei meu pokefone e liguei para o número que já conhecia.

“Olá, aqui é Proton, no momento não posso atender, deixe seu recado que responderei assim que puder. Obrigado”.

Há quase cinco anos eu escutava a mesma mensagem.

Eu não quero ouvir sua voz, eu quero falar com você Proton. – as lágrimas voltavam a escorrer.

Meu pokefone começou a tocar, era Will, atendi e de imediato ele ouviu minha voz de choro. Eu estava tão cansada que contei tudo para ele e do quanto que me sentia sozinha.

Eu estou indo para aí.

Não, eu preciso ficar sozinha. – disse enquanto limpava as lágrimas insistentes.

Você promete que vai ficar bem?

Eu vou ficar bem, não se preocupe.

Qualquer coisa me ligue tudo bem? Eu sempre estarei disposto a te ajudar. – Will tentava de todas as formas fazer eu me sentir melhor, embora fosse em vão.

Muito obrigada Will. – encerrei a chamada.

Me abracei em mim mesma. Enquanto reparava nas lápides a minha volta. Tudo isso me fez pensar em Proton, na falta que ele fazia em minha vida.

Proton, eu me sinto tão sozinha sem você – voltei a soluçar – tão sozinha.

Você disse pro seu amigo no pokefone que ficaria bem, mas está chorando porque se sente só, você é estranha. – uma voz surgiu atrás de mim, me virei para ver quem era, mas era tarde demais.

Tudo ficou escuro ao meu redor.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, sei que muitos devem ter ficado com raiva do Lance, mas sinceramente, nunca passou pela minha cabeça transformá-lo no herói da história, Lance sempre foi o anti-heroi do mangá então preferi conservá-lo assim. Mas lembrem-se que anti-herói e vilão são coisas bem diferentes.



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