As Crônicas De Nárnia - A Filha De Aslam escrita por ChaniMoon


Capítulo 21
Problemas com Tontópodes na Ilha de Coriakin


Notas iniciais do capítulo

Hey leitores! Aqui vai mais um! Apesar de eu estar com preguiça e com sono, eu prometi que ia postar um agora... E é nesse capítulo que vai acontecer o tão esperado cosplay de Mione e Malfoy rsrsrsrsrs entendedores entenderão ;)

Boa leitura!



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Eles passaram mais alguns dias navegando naquele mar desconhecido. Esperavam encontrar outro lorde na próxima ilha. Kalene passava muito tempo com Lúcia, conversando e fazendo consertos nas roupas. Mas também tinha tempo para ficar com Eddie. Edmundo estava dividindo seu tempo entre polir a espada mágica e ficar com Kanes. Eustáquio, como sempre, estava emburrado. Em seu diário, ele falava mal de tudo e de todos. Falava que estavam loucos, que Edmundo estava ficando paranoico com aquela espada, que não tinha como Kalene ser realmente filha de Aslam, e acima de tudo, reclamava das atitudes de Ripchip.

Em seus escritos, ele dizia:

Até agora, cada um que conheci nesse lugar esquisito sofre de delírios incríveis. Ir atrás de névoas verdes e procurar fidalgos perdidos, só pode ser resultado da má alimentação. Ou então, enlouqueceram de vez. Primo Edmundo não é exceção. Ele passa cada segundo livre, ou polindo aquela espada, ou namorando aquela garota maluca. Ela diz ser filha de alguém chamado Aslam. Só que, segundo Lúcia, é um leão! Por que alguém diria ser filho de um leão ridículo? Os delírios dela são iguais aos daquele roedor irritante!

Uma tarde, Eustáquio esquecera de guardar o diário em sua meia e acabou esbarrando em Kalene, deixando cair o diário.

–Você é cega? Não sabe olhar por onde anda? - Perguntou Eustáquio.

–Me desculpe, eu só... - Ela notou o diário caído no chão. - O que é isso? - Ela pegou o diário antes de Eustáquio e começou a lê-lo.

Segundos depois, uma expressão de raiva se formou no rosto dela. Eustáquio fingiu não estar com medo, e se esforçar para achá-la patética, mas no fundo estava com medo.

–Então eu sou maluca? Sou imaginária? Tudo bem, diga o que quiser de mim. Mas nunca mais insulte o meu pai! - Disse Kalene, furiosa.

Em um ato de fúria, Kalene jogou o diário na cara de Eustáquio, que quando foi tirar, a primeira coisa que viu foi o punho da Princesa vindo em sua direção. O soco foi tão forte que chegou a jogar Eustáquio no chão. De longe, Caspian e Edmundo viram a cena, mas nem se incomodaram em impedir. Afinal, Eustáquio estava merecendo um soco na fuça.

–Nunca pensei que diria isso, mas Kalene é minha heroína. - Disse Caspian, em meio a risos.

–Pra ela ter batido nele, ou ele passou dos limites, ou ela chegou nos limites dela. - Disse Edmundo. - Vou ver o que aconteceu.

Ele foi em direção à Kanes, mas ela parecia atordoada com alguma coisa.

–O que meu primo fez agora? - Perguntou Edmundo.

–Eu até suporto que me insultem. Mas insultar o meu pai, aí já está comprando briga comigo! - Respondeu Kalene, ainda irritada.

–Vem aqui. - Disse Edmundo, pegando a mão dela e a trazendo para perto, abraçando-a. - Ele é assim mesmo, não vai mudar nunca. Lá em casa, ele também dizia coisas horríveis pra Lúcia e eu sobre nossos irmãos e pais.

Depois desse dia, Eustáquio nunca mais chegou perto de Kalene. Mas além daquilo, ele também iria arrumar briga com Ripchip. Pois, teve um dia em que Eustáquio tentou pegar uma laranja escondido e Rip viu. Então, Eustáquio tomou uma decisão tão idiota quanto insultar Aslam: ele puxou a cauda de Ripchip. Aquela cauda tinha sido um presente de Aslam para Ripchip, no dia da Segunda Batalha do Beruna. Obviamente, Ripchip ficou furioso e quis duelar com Eustáquio.

Acabou que foi uma das coisas mais hilárias para a tripulação. Depois de ter levado um soco bem no meio da cara, de uma garota, agora estava perdendo um duelo para um rato. No fim, Rip jogou Eustáquio no chão, mas antes ele esbarrou num balde que acabou revelando aquela garotinha de 8 anos das Ilhas Solitárias, que se chamava Gael. Ela foi bem aceita no navio e acolhida por Lúcia e Kanes, que a trataram como uma irmãzinha.

No final daquela tarde, eles se depararam com uma ilha, que parecia desabitada. Como as Ilhas Solitárias também estavam assim, Caspian suspeitou que tivesse alguma coisa ali, tanto um lorde quanto outra coisa. Eles resolveram passar aquela noite na praia. Mas, no meio da noite, seu acampamento foi invadido por estranhas criaturas invisíveis.

–Parece que trouxeram um porco. - Disse uma das criaturas, se referindo aos roncos de Eustáquio.

–Essas aqui são fêmeas. - Disse outra criatura, próxima de onde Lúcia e Kalene dormiam. (Não, a Kanes ainda não dormiu com o Ed. Tão ligados que eu falei "dormir" do tipo: roncar e ter sonhinhos e não outra coisa, né?)

–Essa aqui também. - Disse outra criatura, próxima de Gael.

–Essa aqui sabe ler. - Disse a criatura que estava ao lado de Lúcia e notou o livro no chão.

–Vamos levar ela! - Disse outra criatura, carregando Lúcia, que acordou sendo carregada até o meio da floresta.

Ninguém viu nem ouviu Lúcia sendo carregada para fora da praia. As criaturas lhe fizeram entrar na casa de um certo Opressor para ler um feitiço que torna o oculto visível. Esse feitiço iria tornar as criaturas e a casa visíveis.

De manhã, na praia, quando todos acordaram, Kalene notou que estava sozinha.

–Onde está a Lúcia? - Perguntou Kalene, levantando.

Caspian já estava de pé e acordou Edmundo.

–Edmundo, acorda! Olhe isso! - Chamou Caspian, se referindo aos pés gigantes no chão.

–Cadê a Lúcia? - Perguntou Edmundo.

–Não sei, ela estava do meu lado! Mas quando acordei, estava sozinha! - Respondeu Kalene, nervosa.

–Lúcia? - Chamou Edmundo.

–Vamos procurá-la, ela não pode ter ido longe. - Disse Kalene.

Todos os marinheiros acordaram e saíram a procura de Lúcia, que neste momento, estava em uma mansão lendo um livro de feitiços. Em uma das páginas, Lúcia leu um encantamento que a fez ficar idêntica à irmã, Susana. O motivo era simples, aquele feitiço te fazia ficar como a pessoa que você acha mais linda no mundo. Mas, quando Lúcia se olhou em um espelho normal, se viu igual como era antes. Então, ela arrancou a página que continha o feitiço e a guardou no bolso, contudo, antes disso, ela ouviu a voz de Aslam em sua cabeça, assim como Kalene também costumava ouvir. Enfim, ela achou o feitiço que torna o oculto visível.

Na floresta, em uma clareira, Caspian, Kalene, Edmundo e os outros marinheiros foram atacados pelas criaturas invisíveis que raptaram Lúcia no meio da noite. Bem na hora em que Lúcia havia terminado de ler o feitiço.

–Que tipo de criaturas são vocês? - Perguntou Caspian.

–Enormes. Com cabeças de tigre e corpo de.... - A criatura ficou sem ideias para terminar a mentira.

–De um tigre diferente. - Completou outra criatura.

–Isso mesmo, é melhor não mexer com a gente! - Disse uma terceira criatura.

–Se não? - Perguntou Edmundo, desafiando-os.

Bem nessa hora, as criaturas foram reveladas, sendo quase normais. Só que tinham barrigas enormes e apenas um pé gigante. Fora isso, eram inofensivos.

–Retalhamos vocês com as garras! - Disse uma criatura.

–Atravessamos vocês com as nossas presas! - Disse outra criatura.

–Rasgamos vocês com os dentes! - Disse outra criatura.

–E mordemos com os caninos! - Disse uma última criatura.

Caspian, Edmundo e Kalene olhavam para aquilo e se seguravam para não caírem na risada.

–Quer dizer, que nos esmagam com esses barrigões? - Ironizou Edmundo.

–Vão pisar em cima de nós? - Ironizou Kalene.

–Vão fazer cócegas com os pés? - Ironizou Caspian.

Uma das criaturas caiu no chão e Edmundo ameaçou-a com a espada.

–O que fizeram com minha irmã, seus pestinhas? - Perguntou Edmundo.

–Ora, calminha. - Disse a criatura ameaçada.

–Onde ela está? - Perguntou Edmundo, agora com raiva.

–Na mansão. - Respondeu a criatura.

–Mas que mansão? - Perguntou Edmundo, enquanto a mansão se tornava visível. - Ah, aquela mansão.

–Saibam que eu já estou cansado de me deixarem pra trás! - Exclamou Eustáquio, que tinha sido deixado dormindo na praia.

As criaturas o chamavam de porco, devido aos roncos dele na noite passada. Bem na hora que Lúcia voltou com o homem que as criaturas chamavam de "Opressor". Logo, as criaturas, assustadas, recuaram.

–Lúcia! - Disse Edmundo, feliz ao ver a irmã bem.

–Majestades. Alteza. - Disse o homem, se reverenciando para eles.

Como sempre, Kalene se sentiu incomodada, mas ela deixou só dessa vez.

–Caspian, Edmundo e Kalene. - Apresentou Lúcia. - Este é Coriakin, esta ilha é dele.

Mais uma vez, as criaturas começaram a chamar Coriakin de Opressor, e ele as enganou jogando algodão, fingindo que era mágica.

–Quem eram? - Perguntou Eustáquio.

–Tontópodes. - Respondeu Coriakin.

–Ah, claro. Bobeira a minha. - Retrucou Eustáquio, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

Coriakin chamou Caspian, Kalene, Lúcia, Edmundo e Drinian para entrarem na casa. Eustáquio foi junto, de penetra. Lá, ele os explicou que havia um mal por trás do nevoeiro. Ele desenrolou um pergaminho e este abriu, revelando ser um mapa gigante.

–Até que é bem bonito. - Disse Eustáquio, ganhando olhares de Lúcia e Edmundo.

Kalene quase olhou também, mas preferiu ignorar para evitar brigas desnecessárias.

–Pra um mapa de faz de conta de um mundo de faz de conta! - Disse Eustáquio, voltando a ser um chato.

–Por favor, alguém me segure antes que eu soque esse palhaço outra vez! - Disse Kalene, com os olhos fechados e o punho na testa.

–Ali está a fonte de seus problemas. - Disse Coriakin, apontando para uma ilha no mapa. - A Ilha Negra. O lugar onde o mal espreita. Ele pode tomar qualquer forma. Faz seus sonhos mais sombrios virarem realidade. Tenta corromper toda a bondade, para roubar a luz deste mundo.

–Como vencemos isso? - Perguntou Lúcia.

–Quebrando o feitiço. - Respondeu Coriakin.

–E como quebramos o feitiço? - Perguntou Kalene, fazendo Coriakin se virar para Eddie.

–A espada que carrega, existem outras seis. - Disse Coriakin.

–Já viu todas? - Perguntou Edmundo.

–Já. - Respondeu Coriakin.

–Os Seis Fidalgos. Passaram por aqui? - Perguntou Caspian.

–Sem dúvida. - Respondeu Coriakin.

–Pra onde eles iam? - Perguntou Caspian.

–Pra onde eu mandei. - Respondeu Coriakin, remexendo o mapa novamente. - Para quebrar o feitiço, você deve seguir a estrela azul até a Ilha de Ramandu. Lá, as sete espadas devem ser pousadas na Mesa de Aslam. Só então, o verdadeiro poder delas pode ser libertado.

Coriakin olhou diretamente nos olhos de Caspian, Edmundo, Kalene, Lúcia e Eustáquio.

–Mas cuidado. Todos vocês serão testados. - Advertiu Coriakin.

–Testados? - Perguntou Lúcia.

–Até pousarem as sete espadas, o mal estará com a vantagem. - Disse Coriakin. - E vai fazer de tudo, em seu poder, para tentar vocês.

–Mas podemos resistir, não podemos? - Perguntou Kalene.

–Para se resistir a um poder desses, é preciso ser muito forte. - Respondeu Coriakin. - Não caiam em tentação. Para derrotar as trevas, é preciso derrotarem as trevas dentro de vocês.

Com receio de caírem na tentação mencionada por Coriakin, eles voltaram ao Peregrino da Alvorada e continuaram a navegar em esperança de encontrarem a Estrela Azul.


Continua


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Notas finais do capítulo

Gostaram do soco??? Sinceramente, fora os momentos Kaled *-* essa foi uma das melhores cenas que eu já escrevi!! Eu tenho uma perguntinha pra vocês... Quando a Kanes fala, como vocês imaginam a voz dela? Tipo, vocês imaginam como a voz de vocês mesmas (meninas), ou como a de alguma dubladora? E aquele feitiço da Lúcia se parecer com a Susana, se a Kanes usasse, ela iria se parecer com a Lilliandil (no cap da Ilha de Ramandu vocês vão entender pq...). Quem vocês acham mais bonita: a Kalene ou a Lilliandil? (Podem ser sinceros.)

Kisses :3