Você Merece Ser Feliz escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 12
Eu não mereço ser feliz


Notas iniciais do capítulo

oláááááá fofys
mas um capitulo, mas antes peguem um lençol, porque um lenço é pouco rsrsrsrsrs
bjkas



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Cenas do capitulo anterior




– Ou você me conta o que aconteceu ou sairá daqui com a policia.- ameaçou.



– Não acredito!- arquejei - Você está me ameaçando?



– Se esse é o único jeito.- não creditava no que estava acontecendo, esse homem na minha frente não lembrava em nada o herói que nos salvou.



– Eu me enganei com você...- disse abaixando os olhos. Juntei as mãos no rosto procurando forças, tentando em vão por fim as lágrimas que não paravam de sair.




Eu não mereço ser feliz




Pov Bella



Minhas mãos em meu rosto tremiam. Tentei organizar minha cabeça e encontrar uma saída, uma solução. Minha boca estava seca e nenhuma palavra mais saia dela.


Ele não dizia nada mas sei que continuava me olhando daquele jeito que me fazia sentir a mais miserável das criaturas.

Queria ter forças para sair dali, para ter raiva, socá-lo. Estava tão cansada, toda aquela exaustão, o peso nas minhas costas pareciam ter voltado. Todas as pessoas, minha família...


Respirei fundo puxando todo ar que podia para que meus pulmões inflassem a ponto de empurrar as palavras para fora.


Eu então o olhei e ele me encarava de volta sem desculpas. Era um olhar duro e sem contradições.

Voltei abaixar meus olhos e mais uma vez permiti ser invadida pelo tempo, tempo que queria deixar para sempre no passado mas que sempre voltava na forma fantasmagórica para me assustar.


– Vivíamos na Carolina do Sul, na cidade de Aiken. – comecei - É uma cidade, pequena, e o calor que fazia lá não era tão intenso como na capital mas da mesma forma era tão... acolhedor. Tínhamos muitos amigos e por ser uma cidade bem pequena todos se conheciam e sabiam da vida um dos outros, claro.



“Rebeca, minha irmã, era oito anos mais velha que eu e pra mim era como um referencial. Sempre que saia me levava junto; passeios, andar de bicicleta, piqueniques, cinemas, tudo; sempre estava comigo. Era muito bonita, inteligente e tão cheia de vida que por onde passava, atraia olhares dos rapazes, embora nenhum fosse bom o bastante para ela.



“ Ela não estava satisfeita com apenas aquilo, queria mais, queria conhecer o mundo, conquistar novas coisas e ali não seria possível. Lembro-me que as brigas com nossos pais eram sempre por esse motivo: ir embora.



“ Ela já tinha dezoito anos e eu dez quando me disse que iria sair de casa. Que estava cansada da mesmice e foi nessa época que chegou à cidade, Riley. Ele de cara atraiu os olhares das jovens. Por ser um rapaz de fora, era a novidade da cidade e não foi diferente com Rebeca. O interesse dos dois foi mutuo. Logo começaram a namorar, mesmo nossos pais sendo contra por não o conhecerem, ela foi morar com ele. Ele veio até nossa casa falar com meus pais, mas não queriam ouvi-lo, estavam muito magoados com o que Rebeca havia feito. Riley sempre me tratava bem e gostava dele, mesmo saindo com ele, Rebeca ainda me mantinha por perto, embora com a diferença de idade, éramos muito amigas.



“ Tudo o que Rebeca queria ele dava a ela. Roupas, sapatos, bolsas e até um carro ele comprou pra ela. Toda a cidade comentava e eu já tinha quinze anos quando comecei também a perceber.



“ Ele não trabalhava, estava sempre em casa ou com Rebeca então como conseguia dinheiro para comprar tudo, como se mantinha? Meus pais sempre estavam preocupados com ela. Perdi a conta de quantas vezes acordei e peguei minha mãe chorando preocupada com o que eles estavam envolvidos.



“Não queria vê-la sofrer desnecessariamente, como tinha livre acesso a casa deles passei a frequentar mais vezes e então descobri seu trabalho. Riley falsificava documentações. Passaportes, identidades, diplomas, tudo. Uma serie de documentos. Descobri que ele podia matar e fazer nascer uma pessoa quantas vezes quisesse.Tudo sem pegar uma arma, apenas com papeis e carimbos. Bastava ter dinheiro para isso.



“Não tive coragem de contar a meus pais porque mesmo assim, Rebeca e Riley eram felizes e naquela cidade, o que de ruim poderia acontecer a eles? Como eu estava enganada.



“Foi nessa época que os clientes de Riley passaram a frequentar sua casa mais vezes, agora eram carros luxuosos, homens engravatados e lembro que uma vez até um helicóptero pousou ali perto, trazendo clientes para ele.



“Também foi nessa época que me ausentei por seis meses. Estava adiantada nos estudos e teria que fazer um curso avaliativo para pular dois anos na escola. Minha mãe me enviou para um curso avançado e foi ai que conheci Alice. Quando voltei, as coisas estavam diferentes, Rebeca já não era mais como antes.



“Faltava aquele brilho, a jovialidade; algo de errado tinha acontecido. Nas vezes em que fui vê-la, ela nunca me atendia, falava pela porta, dizia não estar se sentindo bem e quando procurava por Riley ele sempre estava viajando. Nos afastamos. Foi um choque quando ligaram do hospital dizendo que ela tinha dado a luz uma menina.


“Quando chegamos Riley estava desesperado. Disse que não sabia que ela estava grávida. Ela havia abandonado à filha no hospital. Foi então que Riley nos contou, Rebeca havia ido embora com um dos seus clientes, disse que ele era muito importante e que queria casar com ela. Que ele sim teria condições de dar o mundo que ela tanto queria. Em nenhum momento Riley falou mal dela, pelo contrário disse que a culpa era dele.


“Ele não sabia quem era o tal homem, o havia visto apenas duas vezes e mesmo assim com muitos seguranças. Não tinha muito a ser feito, rebeca era maior de idade. Riley embora arrasado pediu que meus pais ficassem com Nessie, ele a registrou e se mudou para uma cidade vizinha. Sempre que podia ia visitar a filha, trazia presentes e dinheiro para as despesas dela. Voltou a namorar e para meus pais Rebeca havia morrido.


“ Foi numa noite chuvosa, Nessie estava com dois anos. Meus pais haviam ido ao culto e por causa da chuva me deixaram com Nessie em casa. Eu estudava para uma prova no dia seguinte e Renesme dormia no sofá ao meu lado. Ouvi batidas fortes na porta. Fui atender e... era ela. Mais magra, abatida com manchas roxas por todo o braço e rosto.

– Rebeca, o que aconteceu com você? – perguntei

Me ajude, vai nascer...vai nascer.... – só então percebi. Ela estava grávida, de novo. Estava muito machucada e seus joelhos cederam. Por pouco não caiu no chão. A apoiei e com dificuldade a arrastei para a sala. Eu fiquei muito nervosa, não sabia se ligava para a emergência ou para meus pais. Quando coloquei o fone no ouvido, descobri que estava mudo. Sei que em menos de dois minutos a criança nasceu. Ela não chorava.


“Rebeca me olhou pela ultima vez, e então seus olhos se fecharam. No chão havia uma poça de sangue. Ela estava com hemorragia. Deitei a criança em sua barriga e quando me levantei para pegar Nessie e pedir ajuda, a porta foi empurrada. Dois homens invadiram a casa enquanto um terceiro permaneceu na porta bloqueando a saída. Gritei pedindo para saírem, perguntei quem eram ou o que queriam mas não adiantou. Um deles perambulou pela casa deixando destruição por onde passava. O Outro foi até Rebeca e disse ao que bloqueava a porta que ela já estava morta. Eu gritava, pedia por socorro, mas ninguém apareceu.


Nessie chorava muito, eu estava acuada... Ele então caminhou até ela e apontou a arma disparando duas vezes contra seu peito. Tentei correr para fora mas fui pega. Tamparam minha boca e com a outra mão puxou meu cabelo com força. Por pouco Renesme não caiu. O terceiro homem pegou Nessie dos meus braços.

– Essa menina é dele?– Perguntou mas eu não sabia do que ele falava. Como não respondi, sua mão acertou em cheio meu rosto. Senti minha cabeça bater contra a parede. Quando cai no chão levei vários chutes, então um deles sentou em cima de mim com algo pontiagudo no meu pescoço. Puxou minha cabeça para trás para que olhasse para o... acho que o líder. Ele então se aproximou no mesmo instante que o outro veio e disse:

– Não encontrei nada aqui. – o outro homem tirou o óculos e passou o dedo em meu rosto.

– Ouça boneca, você só tem que me levar até Riley. Assim que encontrá-lo, você e a nenê estarão livres.

Os faróis de um carro iluminaram a sala. Eram meus pais que haviam voltado. Eles tamparam minha boca. Somente o choro de Nessie e o barulho da chuva eram ouvidos.


hhhhmpppffff- gritei abafado.


Não deu nem tempo deles chegarem em casa. Armas com silenciadores. Arrastaram seus corpos para o interior da casa. Senti o cheiro de gasolina mas nada mais fazia sentido, ouvia um zumbido e minha cabeça foi pesando, mas antes de desmaiar ou entrar em choque, vi nossa casa sendo consumida pelas labaredas.

“Acordei pouco depois numa ambulância. Estava deitada numa maca e tinha um imobilizador de pescoço. Lembro de Antonny ao meu lado. Ele disse:

Sra Uley, não se preocupe. Vai ficar tudo bem. A senhora se lembra do que aconteceu?

Meu nome...meu nome é...- tentei falar mas minha boca inchada não se movia.

Por favor, senhor, já disse que minha esposa sofreu muito com esse tombo. - a voz surgiu do outro lado. Ele então se debruçou sobre mim chorando. – Nossa família está muito preocupada, principalmente nossa filhinha.- sabia que ele falava de Renesmee. Se eu não fizesse o que ele queria poderia matá-la. Chorei, chorei muito. Não podia fazer nada, ela dependia de mim.

Sinto muito, Sr... – pediu.

– Sam, Sam Uley– Foi a primeira vez que ouvi o nome dele.

“Fiquei no hospital alguns dias, costelas quebradas, lesões na cabeça e rosto mas nenhuma dor se igualava a que sentia na alma.

“ Momentos antes de sair, e um dos pouco em que não era vigiada Antonny entrou no quarto.

Sra. Uley, tudo bem? Preciso tirar umas fotos. É para arquivar no hospital. Seus ferimentos foram muito sérios, não são normais para uma queda de escada. – falou serio. -Só quero que saiba, se algum dia quiser falar e precisar de alguém, Anttony Masen é meu nome.

“Estava muito amedrontada e mesmo que fosse dizer algo um dos bandidos entrou no quarto. Foi surpreendente quando vi Antonny na fazenda!


“Quando sai do hospital, uma limousine já aguardava. Sam e Renesmee estavam dentro do veiculo. Ela estava bem e ao vê-la depois de tudo o que aconteceu era a primeira vez que me sentia viva. De lá fomos direto para New Ellenton, cidade onde Riley morava. Não queria levá-los até lá, mas também não poderia por Nessie em perigo. Até onde sabia ele estaria morando com a namorada e cuidava dos negócios em um apatamento alugado, num outro bairro. Contava então apenas com a sorte. Esperava que pela hora ele já não estivesse mais lá. Quando namorava Rebeca, Riley me ensinou algumas coisas. Dentre elas a falsificar certidões.


Vasculhem todo o local. – Sam ordenou -Tenho que encontrar o cd ainda hoje.

Quando chegamos ao apartamento, Riley não estava lá, graças a Deus.

Eles reviraram tudo procurando o tal cd. Sabia que achando ou não o que queriam, cedo ou tarde iriam nos matar.

Fiquem quietinhas.– disse – Vamos procura-lo nas ruas e reze para que eu o encontre.


“Ele então saiu deixando nós duas no apartamento. Com certeza tinha um segurança na porta. Eu precisava ser rápida. Peguei uma certidão falsa e coloquei meu nome e o de Renesmee. Coloquei os devidos carimbos e selos. Peguei também um diploma em branco, já carimbado. Não teria tempo pra mais nada. Havia um pouco de dinheiro numa gaveta e joguei numa mochila que estava em cima de um dos móveis. Foi tudo o que peguei.


“ Com a mochila nas costas e Nessie no colo, pulei a janela do banheiro que dava para a floresta. Mesmo ainda debilitada, corri. Corri o máximo que podia, me sentia tonta, minhas pernas tremiam, fora as dores na costela enfaixada. Estava difícil de respirar, mas precisava encontrar uma forma de sair desse pesadelo. Nessie parecia ter engordado uns dez quilos com o tempo que eu a carregava. Seu peso tinha aumentado e isso dificultava minha respiração. Mas continuava a avançar. Precisava continuar em movimento.

“Corri e corri e já estava de noite quando finalmente avistei uma estrada. Pedi carona para dois carros, o segundo parou. Com o dinheiro nos hospedamos num hotel por três dias. Foi o tempo para pensar, criar um plano para que Sam Uley não me encontrasse. Ficamos na estrada por quase um mês, de hotel em hotel. Coloquei um currículo na internet e quando a empresa de Carlisle me chamou foi perfeito. Era bem longe, pequeno e poderia criar Nessie em segurança.


–Não sei o que aconteceu com Riley, mas todos os dias me sinto culpada. Se eles o encontraram... a culpa foi minha. Toda minha. – mais lagrimas brotaram de meus olhos.- Eu sei que agi como uma covarde, não deveria tê-los levado até ele. Mas o medo... tive medo por Nessie, que fizessem mal a ela, acredite em mim... se fosse apenas eu, teria enfrentado a morte mas Nessie não merecia isso, ela é tão pura, meiga, merece toda a felicidade do mundo. Se alguem tem que pagar por isso, sou eu. Eu não mereço ser feliz! - Edward então me abraçou com tanta força que se não estivesse me segurando forte, eu teria caído do banco. Parecia que tinha voltado a ser o meu bombeiro.



– Meu amor, não existe ninguém mais altruísta e mais digna de felicidade do que você. – ele passava os dedos por meu rosto secando as lágrimas. – Me perdoe... me perdoe.- abriu a camisa.- Chega, eu não aguento mais! - uma pequena caixa preta com fios estava presa ao seu corpo.



– Você estava gravando a conversa?



– Bella, não é o que parece.- ouvimos batidas fortes na porta.



– Coronel Edward Masen, abra a porta, é a policia!



– Você me entregou?



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Notas finais do capítulo

Nossa bellota, minha filha, mas tu sofreu heim. O que será que edinho pensou durante toda essa revelação de bella? Saberemos no próximo. Os momentos mais tristes foram esses, os próximos serão de muita ação e alegria pra eles, se ela perdoá-lo afinal gravar segredo ninguem merece e querem saber porque ela não denunciou Sam? Só no próximo....
Agradeço a todas fofoletes que dão um tempinho na leitura e nos coments e nos vemos no próximo. Um cheiro e um beijo. Intééééé...