Você Merece Ser Feliz escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 11
Descobrindo parte-2


Notas iniciais do capítulo

oieeeee, amei as reviews, como o cap ficou grande o dividi, espero que curtam e comentem, preparem o lenço, momento tenso, bjos



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Descobrindo - parte 2


Pov Bella


Eu estava consciente, quase acordada. Parecia que tinha uma tonelada em cima de mim. Estava com dores por todo corpo e só em pensar em me mexer, tudo já doía antecipadamente.

Mesmo assim sentia uma paz, um relaxamento que me deixava presa àquele lugar. Então, como num passe de mágica, minha mente foi invadida pelo motivo pelo qual eu me encontrava nesse estado.

Abri os olhos imediatamente.

Pensei que a luz do dia estivesse iluminando o quarto mas ele estava quase na penunbra. A cortina estava fechada e a pouca luminosidade vinha de um abajur ao lado. Sentei-me na cama, agora mais ciente das dores.

Olhei para os lados e não o vi em canto algum. Estava sozinha no quarto. Ainda estava muito escuro.


“Será que ainda não tinha amanhecido?”


Um relógio digital do lado do abajur marcava 18:02 pm.

– Não é possível!- arregalei os olhos pulando da cama – Não pode ser.

Andava de um lado para o outro a procura de minhas roupas, ignorando as fisgadas horríveis pelo corpo. Droga o que eu falaria para ele?

“...é, pois é Edward, eu sou virgem, tenho uma filha, mas sou virgem.”

– Droga, droga, droga!- não achava as minhas roupas em lugar algum.


Quando encontra-lo do jeito que ele é mandão, iria exigir muitas respostas; respostas que não poderiam ser respondidas.

Porque não parei quando podia? Não evitei toda essa situação?

A resposta era simples; havia entregue meu coração para ele.

Estava apaixonada por Edward.


Tropecei em algo e dei de cara numa porta que se materializou em minha frente. Era um banheiro. Minha roupa estava pendurada num aparadouro. Me vesti o mais rapido possível enquanto minha consciência berrava em alto e bom som comigo.

“Como pode entregar o coração desse jeito? Agora não teria forças para deixá-lo.”

“ Mas se ele soubesse o que aconteceu, iria me querer?”

“Talvez ele nem tenha percebido que você era virgem.”

“Está mesmo louca. Como ele não percebeu, se ele até perguntou?”

– Haaaaa...cale-se! - briguei falando sozinha.


Precisava agora de uma solução, de tempo para raciocinar. Um jeito de sair do apartamento sem ser vista e ai sim por o pensamento em ordem.


Me apoiei na pia. Abri a torneira jogando bastante água no rosto. Tinha que tirar as lembranças daquele beijo da minha cabeça. Do toque certo dele em cada parte do meu corpo, de cada caricia. E tudo isso parecia humanamente impossível.


Olhei-me no espelho e vi como estava acabada. Devia ter envelhecido uns 10 anos e ainda assim me sentia plena, realizada. Será que o sexo sempre era assim?

Meu cabelo apontava em todas as direções, meus lábios muito inchados e vermelhos e também estava com olheiras pelo tempo que dormi.

Precisava no minimo de um banho para tentar por ordem ao caos. Mergulhei minha cabeça embaixo da agua gelada. Era bom para acostumar; não imaginava onde estava o casaco de Alice e lá fora a temperatura devia continuar congelante. Enrolei uma toalha no cabelo e enquanto secava um pouco peguei um creme dental e passei nos dedos escovando os dentes de qualquer maneira.

Não tinha pente então passei a ponta dos dedos nos fios desembaraçando-os.

– Desisto.- disse para mim mesma quando percebi que não daria jeito.

Ia calçar as botas que estavam atrás da porta do banheiro, mas lembrei que os saltos poderiam fazer barulho no piso de madeira. Levei-as nas mãos, não queria encontrá-lo tão cedo.

Fui caminhando na ponta dos pés; com muita sorte conseguiria sair ilesa e invisível da casa.

Caminhei pelo curto corredor até chegar a sala. Dei uma rapida olhada e nenhum sinal dele. A porta já estava a minha frente com a chave na fechadura. Ergui minhas mãos para rodar a maçaneta.


–Não esqueceu nada?


“ Ah meu Deus, que susto!”


Sua voz grossa surgiu atrás de mim e por pouco não levei a mão no peito com o coração quase saindo aos pulos.

Tentei me recuperar do susto passando a mão na mecha de cabelo. Lentamente me virei para olha-lo.

Ele segurava minha bolsa balançando a alça nos dedos.Como já imaginava sua postura era fria, dura, quase de fúria. Ainda assim haviam resquícios de algo terno que não consegui identificar.


– Obrigada.- disse caminhando em sua direção para pegar a bolsa. Usei toda a concentração para que minha voz saisse o mais indiferente possível.

– O café já está pronto. – ele ao invés de me entregar a bolsa colocou-a no alto da estante.

“Como se isso fosse me impedir de pegá-la.”

Bem de leve tocou minhas costas me levando a outra porta.

Era a cozinha.

Lembrava um grande tabuleiro de xadrez. Azulejos brancos intercalando com os pretos. Armários suspensos nas paredes com fogão e geladeira inox. Era como um apartamento de um homem solteiro só que tudo com muito bom gosto.

Mas o que me chamou a atenção foi a enorme bancada com dois bancos onde uma variedade de comida estava posta.

Pães, frutas, geleias, torradas, leite, café, sucos e meu estomago concordou quando soltou um barulho estrondoso.

“Com certeza ele ouviu o barulho.”


Me dei conta que já faziam quase 20 horas sem me alimentar. Estava morrendo de fome.

–Porque não me acordou?- tentei iniciar o diálogo.

– Eu tentei mas você parecia exausta.- sua voz tinha o tom frio e seco. Esperava que tocasse no assunto, mas para minha surpresa apenas pegou um copo e o encheu de suco depositando na minha frente.


“Vá embora enquanto pode.” – a musiquinha martelava na minha cabeça.

Me esforcei para esquecer o buraco no estomago e ir embora.

– Não sei como, mas preciso concluir o relatório em menos de 5 horas.

– Já está pronto. – falou apontando o banco para que eu sentasse.

– Quê?

– O relatório. Eu já enviei os dados para seu chefe.- pegou agora uma xicara e virou a cafeteira enchendo-a com café - Açúcar?

Olhei para ele assimilando o que me dizia. As botas caíram de minha mão e nem lembrava que elas estavam ali o tempo todo.


– Como...

– Suas chaves.- disse arqueando uma sobrancelha como se fosse obvio -Você estava dormindo profundamente e como seu celular não parava de tocar atendi. Seu chefe então me instruiu no que fazer. Fui a sua casa e mandei os dados da empresa para ele. Simples assim.


O olhei chocada.


– Por falar nisso, sua senha é facílima de descobrir.


“Eu não acredito no que estava ouvindo!”


– Você mexeu nas minhas coisas, me deixou sozinha, entrou na minha casa... – o que eu estou dizendo?

– Sai mas não se preocupe, tomo todas as medidas para evitar incêndios e além do quê você ficou com minha empregada o tempo todo. -Sem esperar pela minha resposta, cortou uma fatia de bolo e pôs num prato. Discretamente empurrou o prato para mim.


Tudo estava muito estranho, seu comportamento, sua frieza e embora esperasse por tudo isso, algo não se encaixava e eu não conseguia ver o que era.


Pegou o controle da TV e ligou o aparelho deixando num noticiário. A TV estava sem som e ele olhava fixamente para o aparelho mas algo me dizia que sua atenção estava toda em mim.


Peguei a xicara olhando de rabo de olho para ele. Ao menor sinal de que ele caísse em si me expulsando daqui já estaria correndo pra porta.

Comi a generosa fatia de bolo que ele cortou o mais rápido possível. Ainda estava com fome mas por enquanto meu estomago teria que aguentar.


Quando depositei o talher no pires, no exato momento em que terminei, Edward me olhou de novo.

– Não vai comer mais nada?


– Estou satisfeita. Obrigada. - Ele levantou indo de encontro à bancada lateral onde havia um envelope. Tirou algo de lá, depositando na minha frente. Senti todo o sangue sumir do meu rosto.

–Quem fez isso com você? –perguntou ríspido.


Peguei as fotos e olhei-as. Uma a uma. Eu mesma não me reconhecia. Toda aquela noite de horror que passamos veio em minha mente.

Queria eu mesma poder ter contado à ele, mas agora o que dizer se tudo estava ali, em sua frente?

– Como conseguiu isso?- passei os dedos por cima das fotografias. Era eu nas fotos só que totalmente desfigurada. Grandes hematomas ao redor dos olhos, cortes por toda a testa e na boca. As maçãs do rosto e pescoço vermelhos com marcas de dedo.

–Anttony conseguiu através de um dos hospitais em que trabalhou.- disse sem pacieência. Passei a costa da mão no rosto limpando as lagrimas. Edward continuava imóvel, mas apertava com força os punhos.


–É incrível como ele me reconheceu embaixo desse rosto monstruoso.- soltei um sorriso forçado.


Edward se levantou ficando de costas para mim. Com certeza estava enojado por ter uma pessoa como eu à sua frente, na sua casa.


–Eu vou embora. – disse afastando o banco. Ele se virou e seu rosto agora era de um homem que beirava a loucura. Seu olhar era assassino, escuro e imaginei que era voltado para mim.



– Você não vai à lugar algum!- gritou dando um murro na bancada, o que me fez pular de susto. Tentei me recuperar do choque e parecer indiferente.


– Eu vou sim. Tenho que pegar Nessie...


– Renesmee está bem. Minha mãe e Alice ficarão com ela por um tempo.

– O que quer dizer com isso? Renesmee é minha filha e você não tem o direito...

– Sua filha? Me explique melhor. – sorriu debochado- Você a adotou, fez inseminação ou a roubou?

Não percebi que Edward estava tão próximo até que minha mão alcançou seu rosto. O som do tapa ecoou por toda a cozinha. Ele fechou os olhos por um instante mas quando os abriu vi uma determinação férrea ali. Sentia tanta raiva que o pouco de arrependimento que senti sumiu no momento seguinte.

– Ou você me conta o que aconteceu ou sairá daqui com a policia.- ameaçou.


– Não acredito!- arquejei - Você está me ameaçando?


– Se esse é o único jeito.- não creditava no que estava acontecendo, esse homem na minha frente não lembrava em nada o herói que nos salvou.


– Eu me enganei com você...- disse abaixando os olhos. Juntei as mãos no rosto procurando forças, tentando em vão por fim as lágrimas que não paravam de sair.



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Notas finais do capítulo

fofys, quanta saudade! Amei todas as reviews e dou boas vindas as leitoras novas, espero que curtam a fic de montão. E então o que acharam? Ed foi muito cruel com bellota? Mas levou um tapa que doeu até em mim. rsrsrsrs
Lembrem-se ...mente aberta. O nome da fofucha que descobriu um pouco do passado da bellota sairá no proximo cap, postado hoje a noite ou amanhã. um grande bjo e espero revê-las nos coments e no cap que vem, tchau.
ps.:Se quiserem recomendar, ficarei muito emocionada! ;p