Você Merece Ser Feliz escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 13
Não desistirei de você!


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee
voltei e estou morrendo de saudades. Muito obrigada pelas maravilhosas reviews, bjokas.



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–Me diga Emmet, quem fez isso com ela? -o sangue pulsava em minhas veias de vontade de matar o infeliz.



Não era possível, era minha Isabella. Estava muito machucada. Na minha profissão já tinha visto de tudo um pouco atendendo chamados nas mais diversas localidades e situação; era obvio que aqueles ferimentos eram de espancamento; mas quem faria essa monstruosidade com ela? Um, pai, o marido? De uma coisa tinha certeza, precisava só do nome. Um único nome para achar o futuro defunto e trucidá-lo com minhas próprias mãos.


– Quanto a isso eu não tenho certeza.

– Como você não tem certeza Emmet. Que porra de policial você é?- gritei irritado.

– Calma Edward. Escute que você vai entender.- pediu Alice. Fiquei imaginando o quanto ela sofreu, em cada soco, cada tapa. Isso não ia ficar assim, era uma promessa que fazia pra mim mesmo.

– Como estas fotos estão circulando na internet?

– Fui eu que as encontrei. – disse Antonny- Buscava pelo nome de Isabella através da minha senha de paramédico; tenho acesso aos hospitais americanos e achei que pudesse tê-la conhecido de algum atendimento. Não tive sorte com o nome dela; só apareceu depois de várias buscas citado como uma provável irmã desaparecida de Rebeca Uley, a então esposa falecida de Sam Uley.


– Foi ai que me chamou a atenção. - era a voz de Emmet -Sam Uley era chefe de polícia na cidade de Phoenix quando comecei a investigar o caso de Denalli na cidade de Jacksonville.


– Porra Emmet, não entendo o que isso tem a ver com Isabella.


– Vou chegar lá. Foi nesse mesmo caso há quase quatro anos atrás, que sofri uma emboscada. Minha equipe já tinha reunido todas as provas, só faltava o cheque mate. Íamos falar com o informante na cidade de Aiken, sobre um cd que teriam as provas finais para colocar o então vereador Denalli atrás das grades. Coincidentemente minha equipe foi alvejada pela policia de Phoenix, que não deveria nem estar ali. Segundo soube mais tarde, ordens diretas de Sam Uley.


Com o tiro que levei fiquei afastado e quando retornei fui encaminhado para a cidade de Forks. - lembro desse dia. Minha mãe teve que ser internada as pressas quando viu Emmet todo entubado no hospital.- O FBI assumiu então o caso e disse se tratar de um mal entendido os disparos da equipe de Sam. Claro que eu não engoli essa. Continuei as investigações por minha conta própria. Cedo ou tarde aquele xerife de merda pisaria em falso. Mas isso não aconteceu, logo depois ele passou a chefe de polícia de Jacksonville. E curioso que Denalli virou prefeito da cidade. Ele é suspeito de ligação com o tráfico, lavagem de dinheiro, falsificação com notas frias, além de prostituição de menores.


–Pois então prenda logo esse desgraçado Emmet. Não, espere, deixe que eu mesmo cuide dele.



– Isso não é tão fácil como parece. Denalli tem as costas largas, protege pessoas influentes que tem o rabo preso e com Sam controlando a polícia local, é mais fácil fugir do cerco. Você ficaria surpreso com a quantidade de pessoas que se vendem por tão pouco. Com minhas investigações descobri que nossa informante era Rebeca Uley, a esposa de Sam. Algum tempo depois soube que Rebeca e a família foram encontrados mortos. Segundo vizinhos havia outra filha, a irmã de Rebeca, mas seu corpo não foi encontrado no local.



–Acha que o tal de Sam está atrás dela?-perguntou Antonny.



–Tenho certeza. Assim como Sam, acho que talvez saiba onde está o tal cd da irmã.Com certeza nesse cd estão as provas para colocá-lo atrás das grades.


–Onde você está querendo chegar? Esteja certo de que eu mesmo vou atrás de Sam Uley para fazê-lo pagar por isso.


–Ok super-homem -Alice usou todo o sarcasmo possível -Só me diga uma coisa, quando levar uma bala no meio do peito de aço quem vai protegê-la? Sim por que quando você estiver no outro mundo, cantando num lindo coral de anjos, quem ajudará Bella e Nessie? -As palavras de Alice surtiram o efeito desejado. Sabia que ela estava certa. Eu nunca havia ficado tão nervoso em toda a minha vida. Imaginar que Isabella poderia estar correndo qualquer tipo de risco me deixava simplesmente maluco.




–Isabella não fala nada. Já tentei de todos as formas, todos os modos, mas ela não se abre.- coloquei-me de pé passando a mão pelos cabelos, tamanho meu desespero- E muito menos deixarei que a leve a alguma delegacia para prestar depoimento. Se você mesmo disse que se vendem tão fácil, quem garante que ele já não tenha subornado seus homens?





–Sei o que disse, mas nem todos são corruptos. Escolherei a dedo a equipe que trabalhará nesse caso. E além do quê pretendo eu mesmo colher esse depoimento. Com ele, já levarei Isabella para um lugar seguro. Ficará sob proteção constante.




–Você está louco!?Isabella não vai se expor em porra nenhuma de delegacia. eu simplesmente não raciocinava direito, meu corpo todo tremia.



–Edward vamos lhe ajudar, nunca abandonaremos nem você ou Isabella, mas se contarmos com a ajuda da polícia será melhor. - disse Antonny


– Eu não vou expor Isabella!


– Você ainda tem aquele aparelho de escuta que lhe dei? - pergntou Emmet.



– Você deu um pra cada um de nós no natal passado.- Alice que respondeu.



– Sim; nunca usei aquilo. - falei inconformado.



– Então chegou a hora. Use na sua conversa com Bella.


– O que?! Você só pode estar brincando. - estava muito alterado. - Como vou gravar isso. Trair a confiança de Bella, sem falar se ela me contar algo.



– Então terá que usar psicologia reversa.- agora era outra voz que surgia. Não era possível! O que aquele psicodoidão fazia ali? Será que alguém no raio de um km não estaria metido nessa conversa?




–O que Jasper feaz nessa ligação?



–Eu que pedi. Eu disse que era uma conferência.



–Desculpa Edward. Assim que vocês saíram, vim para casa e Alice me ligou pedindo que ajudasse, não se preocupe que meu telefone é seguro.



–É pela segurança dela cara; com isso já consigo abrir o caso e tomar as medidas de segurança. Ela vai ficar num lugar protegida, sob minha própria supervisão.



–Porra Emmet. Se isso der erado. - gemi frustrado, - Se Isabella não me perdoar.



–Ela vai. Jasper vai falar com você.



–Já que da forma amável não funcionou, você terá que agir diferente com ela, pressioná-la como se já soubesse de tudo mas que quer ouvir da própria boca dela. Terá que fingir, encenar, fazer ameaças. Pacientes que passaram por um trauma grande assim, seja o que a tenha acontecido, tendem a se resguardar mais quando se depara com nova ameaça ou afronta, fogem ou enfrentam. Vamos torcer para que enfrente.


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Acabei demorando um pouco mais na rua do que desejava. Tive que fazer algumas ligações para agilizar a licença no quartel. Em 12 anos de serviço era a segunda vez que me ausentava. A primeira foi no incêndio no apartamento de Bella.


Num momento como este jamais teria cabeça para o trabalho, com Bella e Nessie precisando de mim. Provavelmente já devia estar acordada. Lucyl estava guardando a louça. Coloquei as chaves em cima a bancada com o envelope.


– Boa tarde Lucyl. Desculpe por ter demorado.


– Não tem problema; sua noiva ainda não acordou- disse.

– Ainda?

– Sim. Eu até pensei que estava com vergonha ou passando mal e quando fui ao quarto levar um copo de suco ainda continuava dormindo.

– Eu irei vê-la. Muito obrigado por ficar aqui com ela.

– Sempre que precisar; tem almoço quentinho ali no forno, quer que eu sirva?

– Não. No momento estou sem fome. – na verdade estava faminto, mas queria primeiro ver como ela estava.

Assim que Lucyl foi embora, tive chance de pensar no que fazer. O tempo que ela estava dormindo, agora sim explicado.Quantas noites ela havia ficado sem dormir? Ela se sentia segura ali e eu teria que fazer o possível para mantê-la assim. Tentei me concentrar em algo especifico, no que dizer para que ela se abrisse.


Meu subconsciente me falava que não importaria o que eu dissesse, poderia afastá-la definitivamente. Sem perceber minha mão foi parar em seu cabelo e muito levemente toquei sua cabeça e seus fios macios passaram por meu dedos. Ela então suspirou profundamente ainda inconsciente.


Ficar ali ao lado dela me tirava toda a concentração. Não sabia como poderia lidar com aquilo. Ela havia confiado em mim, se entregue e eu não poderia agir como um canalha.

Tudo era para a segurança dela e de Nessie.

Abri a porta do closet e tirei do fundo, lá no alto, uma caixinha cinza; o aparelho de escuta de Emmet.

Ela me perdoaria? Será que tudo ficaria realmente bem depois disso?”

Prendi o aparelho no corpo e acendi a luminária ao lado da cama.

Voltei para a cozinha e comi um pouco do que Lucyl havia preparado. A bancada ainda estava posta desde de manhã. Fiz um novo café e só me restava esperar. Emmet havia me ligado informando que já estava na estrada a caminho de Seatle.

Fui até a sala e pela janela vi o anoitecer colorindo o céu de azul escuro. A noite estava muito fria.

Não saberia estimar por quanto tempo fiquei ali, até que ouvi um barulho.


Só podia ser ela.”



Demorou alguns minutos, que para mim pareceram uma eternidade, até que ela apareceu. Andava na ponta dos pés, como se tentasse não chamar a atenção para si. Senti-me imediatamente tenso, nervoso por tê-la ali acordada e tão próxima a mim, queria falar com ela, beijá-la mas teria ao mesmo tempo que seguir com o plano.



É pela segurança dela”!–Tentava convencer a mim mesmo.



Tamanha era a sua concentração que sequer notou minha presença. Percebi então o que ela tentava fazer, iria embora sem falar comigo, estava tentando fugir. Peguei sua bolsa, esquecida no sofá e segurei em meus dedos.Engoli em seco e tentei manter minha respiração constante.



– Não esqueceu nada?- ela parou repentinamente e juro que pareceu dar um pequeno pulo.



teria asssutado?”



Parecia que estava em camera lenta, passou as mãos pelo cabelo e se virou para mim. Foi o tempo necessário para endurecer meu rosto numa mascara de frieza. Ela me olhou e parecia surpresa.


A olhei por algum tempo e seu rosto delicado me encheu ainda mais de raiva de acabar com o infeliz que a machucou daquele jeito.


– Obrigada. - respondeu caminhando em minha direção. Guardei a bolsa no alto da estante para dificultar, caso ela quisesse fugir de novo. Lembrei que já estava a um tempo considerável sem se alimentar e a levei para a cozinha, tentando ao máximo não tocar nela ou tudo iria por água abaixo, louco de vontade que estava para abraçá-la e beijá-la.



– O café já está pronto. – seu estômago roncou e ela corou vermelho intenso.



Linda!”



Me chutei por tê-la deixado tanto tempo sem comer.



– Por que não me acordou?- Ela parecia querer brigar mas sua voz não passou de uma birra para mim.



– Eu tentei mas você parecia exausta. - embora tivesse com algumas marcas expostas pela noite que tivemos, ela tinha um ar muito fofo de gata selvagem perdida com aquele cabelo cheio meio arrepiado.


Senti minhas mãos ganharem vida migrando para eles, fazendo um tour naquele corpo quentinho e macio que ela tinha. Tentei disfarçar enchendo um copo de suco para ela.

– Não sei como, mas preciso concluir o relatório em menos de cinco hora.- Nem fudendo que falaria com Carlisle sem eu estar presente.


– Já esta pronto.- apontei para o banco para que se sentasse.


– Quê? - perguntou parecendo alarmada.

Expliquei para ela que já havia ido a sua casa e mandado os tais papeis para o “chefinho”.

Bella parecia relutante com tudo o que eu dizia até que por fim aceitou se sentar e tomar o café. Procurei deixá-la a vontade absorvendo a confusão em minha mente sobre o que seria dali pra frente.

Liguei a TV fingindo prestar atenção ao que passava. Não saberia dizer o que era transmitido já que toda minha atenção era voltada só para ela.


Busquei concentração, força e toda a ajuda divina para que Isabella se abrisse comigo para não ter que ir até uma delegacia com um monte de bandidos ao redor dela.


Desejei com toda força que aquilo acabasse e se preciso fosse, as defenderia com minha própria vida.

Assim qeu afastou a xícara tive que reclamar ao ver que ela não havia comido quase nada, mas como tinha muito mais coisa para me perturbar como ter que pressioná-la deixei pra lá.


Era chegada a hora.



Fui até a bancada trazendo o envelope. Tirei as fotos e joguei em sua frente.



Me perdoe minha vida, é para


seu bem.”

– Quem fez isso com você?- perguntei ainda com mais raiva por estar fazendo isso com ela.


Vi o choque em seus rosto e quase me chutei por fazer isso. Fiquei olhando seu rosto se modificar conforme cada sentimento que o atravessava, decepção, dor, angustia medo...



Me perdoe minha Isabella; eu vou fazer esse miserável pagar por isso”



Ela passou o dedo pelas fotos e indagou como Antonny havia a reconhecido com seu rosto desfigurado daquele jeito. Era muita dor. Muito sofrimento que ela passava e aquilo tudo me deixava ainda mais insano, louco de vontade de abraçá-la. Me levantei ficando de costas para ela, tentando ser forte.



–Eu vou embora. – disse se levantando. Nessa hora congelei. Ela não poderia sair da minha vida. Nunca, jamais.


Virei-me para ela com fortes dores no peito. Ela queria me deixar, não me perdoaria por aquilo. Meu olhar deve ter sido o de um lunático já que ela continuou parada me encarando.


– Você não vai à lugar algum!- gritei e não me importei de ser rispido. Era a mais pura verdade, eu não viveria num mundo sem que ela existisse.



– Eu vou sim. Tenho que pegar Nessie...



– Renesmee está bem. Minha mãe e Alice ficarão com ela por um tempo.


Droga. Tinha que continuar com o plano e essas perguntas desviavam minha atenção.”

– O que quer dizer com isso? Renesmee é minha filha e você não tem o direito...


– Sua filha? Me explique melhor. – sorri como um louco desesperado. - Você a adotou, fez inseminação ou a roubou?


Não vi apenas senti minha face arder com o tapa que mereci. Essa porra não estava dando certo, pelo contrário estava magoando cada vez mais Isabella.

E ela me odiaria para sempre.”

Fechei os olhos para que as lágrimas de desespero não derramassem.– Ou você me conta o que aconteceu ou sairá daqui com a polícia.

“Deus, não acredito que estava falando isso!”


– Não acredito!- Você está me ameaçando? - Isabella estava muito, muito magoada.



– Se esse é o único jeito.- eu havia me tornado um monstro.



– Eu me enganei com você...- ela disse e meu coração quebrou em mil pedaços, o que eu fiz. Perdi a mulher que amo. A mulher da minha vida. Ela abaixou os olhos e desisti, resolvi acabar com a farsa, ma então ela continuou.


Passo a passo,contou-me cada detalhe de sua vida.

Meus olhos arregalaram-se instintivamente.

A cada palavra sua voz se tornava cada vez mais estridente. Tentei respirar e conter a dor em meu peito por vê-la daquele jeito, tão injustiçada, frágil. Ela se sentia invalida, uma pessoa ruim por tudo que a vida lhe pusera a frente. Não imaginava que uma pessoa como ela se desmerecia tanto assim.


Eu não mereço ser feliz! - como ela podia dizer uma coisa dessa? Como que ela não merecia toda a felicidade do mundo. O meu amor, o meu anjo. Num ímpeto a abracei; tomei-a em meus braços e ela ficou paralisada. Sua expressão era de choque e até incredulidade. Passei os dedos em sua bochecha secando as lagrimas.



– Meu amor, não existe ninguém mais altruísta e mais digna de felicidade do que você. – Me perdoe... me perdoe.- ela precisava saber sobre nosso plano. Saber que aquele monstro estava com os dias contados na face da Terra. Abri a camisa e ela viu a escuta.- Chega, eu não aguento mais!


– Você estava gravando a conversa?


– Bella, não é o que parece.- alguém socava a porta. Emmet já devia ter chegado. Puxei-a do banco levando-a comigo.



Coronel Edward Masen, abra a porta, é a policia! Isabella estancou me puxando para trás.



– Você me entregou?



– Eu amo você, confie em mim- voltei a a puxá-la e ela continuou parada. Deixei-a ali e fui abrir a porta.



– Não precisa agir assim né Emmet? – mal abri a porta e quatro homens fardados e armados invadiram minha cobertura.


– Senhorita Isabella Swan? - já foram indo em direção a ela - Está presa por envolvimento com o tráfico e sequestro de incapaz.

– Mas eu... - Isabella teve os braços presos para trás do corpo enquanto um outro vinha algemando-a. Demorei um segundo para me refazer do choque. Meu corpo começou a se mover e sem que eu percebesse já tinha dado varios murros em dois policiais.

– Tirem as patas da minha mulher! - ordenei já socando um outro. Comecei a berrar palavrões e frases desconexas, irritado e frustrado pela situação em que a coloquei.


– Coronel Masen...- um outro tentou falar mas dei uma cotovelada estourando a boca do infeliz.


Minha mente foi inundada por imagens de Isabella sendo espancada por aquele desgraçado miserável.

Sendo espancada por ele.”

Sem ter ninguém para defendê-la, sem a minha presença.

Três já estavam no chão, só faltava um que ainda tinha as mãos em Isabella e agora uma arma apontada para mim.

– Coronel está infringindo a lei.

–Lei é o caralho! Solte minha Isabella ou vai se arrepender. Não sabe com quem está falando, apenas uma ligação e será rebaixado para o inferno. - ele começou a tremer.

– Co...co...coronel, estou apenas seguindo ordens. Tenho que levá-la. - nessa hora agradeci internamente pelo meu tamanho que era quase o dobro do infeliz. Que só ao me medir com os olhos, já borrava de medo. Isabella parecia confusa e incrédula, mais frágil que o normal.

– Mas o que está acontecendo aqui?- era Emmet que entrava no apartamento.

Não lhe dei ouvidos. Continuei caminhando em direção ao policial. Emmet que estava com o distintivo preso no peito andou mais depressa que eu segurando a arma do policial. - abaixe isso homem. Quem lhe mandou aqui?- perguntou

– Eu estou apenas seguindo ordens. - voltou a dizer – O xerife Willian mandou que viéssemos imediatamente até a casa do coronel prender Isabella Swan.

– E por acaso como sabia que ela estaria aqui? - perguntou cruzando os braços no peito.

– Eu não sei dizer senhor.

– Vocês tem um mandato?

– Não.Não senhor.

– Então creio que estão fazendo seu trabalho errado.- Emmet tirou as chaves do cinto do policial - acho melhor voltarem e eu mesmo vou falar com seu superior, já que a senhorita Isabella está sob minha responsabilidade. - abriu as algemas deem Isabella.

– Mas senhor... - Isabella andou meio tropega com o olhar perdido. Em passadas largas a abracei. Ela então começou a chorar e seu corpo tremia. Emmet devolveu-lhe as algemas e chaves

– Carregue seus colegas de volta pra delegacia que daqui a pouco vou pra lá. - ele ainda ia protelar e quando ia abrir a boca Emmet o impediu. – Algum problema cabo? - falou ainda mais grosso.

– Não senhor. – respondeu baixinho puxando um desacordado no chão enquanto os outros se apoiavam um no outro.

Puxei Isabella pro sofá me sentando com ela.

– Shhh...querida, está tudo bem – olhei para Emmet esperando que ele soubesse explicar aquilo.

– Eu não queria ver você envolvido nisso...não queria... - Isabella chorava.

– Está tudo bem meu amor. Eu é que fui um idiota me perdoe. - beijei sua testa-Nunca vou deixar ninguém lhe fazer mal, não se preocupe comigo. Eu sei me defender- Segurei seu rosto dando um beijo leve em seus lábios.

Coloquei sua cabeça em meu ombro passando as mãos por suas costas para de algum modo reconfortá-la. Emmet foi em direção a janela como se esperando por algo.

– Temos que tirá-la daqui. - disse voltando-se para nós - Ele já sabe onde ela está.- Emmet encarou-me demoradamente.


– Eu não estou entendendo ...era você que gravava a conversa?- perguntou Bella.


– Era sim. Edward vai lhe explicar no caminho, agora temos que ganhar tempo.- Foi até a estante procurando algo – onde estão as chaves do carro?


Me levantei levando Isabella comigo. Fomos para a cozinha procurando as chaves. Ainda bem que pela manhã, já tinha posto gasolina nele.


–Para onde nós vamos?- perguntei. Isabella chegou a abrir a boca mas parecia insegura, com medo e por isso apenas ouvia o que falávamos.

– Aquele lugar não é mais seguro. Tenho que ir falar com o merdinha do xerife daqui e depois eu os encontro.

– Como ele soube que ela estava aqui?

– Não sei até que ponto ele sabe. Vá com seu carro a caminho de Westwood, é uma estrada bem longe da cidade; eu vou alcançá-los. Terei que dar uma palavrinha com ele. De lá seguimos para outro local.


Emmet saiu primeiro. E me ligaria da rua se notasse algo errado. Expliquei para Isabella sobre o plano de Emmet e que contávamos com todos para nos ajudar. Ela concordou que Nessie por enquanto ficaria melhor com minha mãe e assim que pudéssemos iriamos pegá-la.


– Quer comer alguma coisa?- perguntei pra Isabella. Ela havia parado de chorar mas estava num silencio que me matava a cada segundo parecendo ainda mais distante. - Minha vida, me perdoe. Emmet disse que assim poderia abrir o caso e por o infeliz do Sam atrás das grades.- segurei suas mãos que estavam frias. Friccionei-as com a minha para que se aquecessem.

Meu celular tocou . Era Emmet

– Tudo ok. Vou até a delegacia e já os encontro. Dirija com calma para não chamar a atenção para vocês

– Pode deixar. Terei cuidado.- desliguei. Isabella continuava com os olhos abaixados. - Eu já volto. - Ela pulou vindo atrás de mim.

Então era isso. Ela estava com medo. Passei meu braço em seus ombros e a trouxe pra mais perto. Quando eu pegasse Sam Uley, o faria amargar no inferno.

Levei dois casacos para Isabella numa mochila além de um pouco de comida e água caso ela sentisse fome. Ela já estava agasalhada com as luvas e sobretudo que Alice lhe emprestara e o carro devidamente aquecido. Já estávamos bem próximos da estrada que Emmet falara.

Ao contrário da noite anterior as ruas estavam bem mais desertas e conforme nos afastávamos ficavam ainda mais. Desde o apartamento estávamos em silencio.

Embora tenha tentado puxar assunto, distraí-la, Bella sempre me respondia com um aceno de cabeça positivo ou negativo ou um sorriso sem graça.

Inclinei-me para frente alcançando o aparelho de som no painel do carro. Talvez assim ela pudesse relaxar um pouco.

Ela parecia nervosa mas com o passar dos minutos parecia que a música a acalmava um pouco.

Toquei seus joelhos simplesmente porque sem o toque e agora sem o som de sua voz minha alma se corroía por dentro. Ela me olhou e sorriu um sorriso triste.

Depois de algum tempo cruzamos a estrada Westeood, haviam poucos carros na pista iluminada apenas por alguns postes. Reparei que um dos carros embora eu desse passagem continuava atrás da gente.

Olhei pelo retrovisor achando que fosse o carro de Emmet mas não o reconheci. Passei por outro carro e novamente dei passagem a ele. Olhei para trás e ele novamente não passou. Continuei encarando a estrada a frente e vezes ou outras pelo retrovisor.

– Merda! - sibilei baixinho.

– O que foi?- perguntou Isabella e só então percebi que havia falado alto demais. O que menos queria era deixá-la preocupada.


– Não é nada, não se preocupe.


– Edward você está a uns dez minutos olhando para tras. - e eu que pensei que ela não estava notando -O que há de errado?

– Acho que estamos sendo seguidos. – ela ofegou.

– Oh meu Deus!. - ofegou - Por favor pare o carro.. deixe eu descer. É de mim que ele está atras. -ela puxou a direção fazendo o carro desviar da estrada. Apertei firme o volante colocando o carro na pista de novo. Endureci meu olhar.

– Nunca mais fale uma coisa dessas! Você tem que me prometer uma coisa, Isabella.- Voltei a olhar a estrada- Tem que me prometer que jamais falará isso. Eu não me perdoaria se algo acontecesse com você. Não se preocupe, você e Nessie não estão sozinhas nisso. São minha família. Está ouvindo Isabella prometa que jamais pensará isso de novo. Prometa!- gritei socando o volante e ela me olhou assustada, mas por fim afirmou com a cabeça.

– Pegue o celular no porta luvas e aperte rediscar. - ela fez que pedi - Coloque no viva voz.

Deram três toques e Emmet atendeu.

–Acho que estamos sendo seguidos.

– Já vi; estou três carros atrás dele.

– E quem é?

– A placa é da cidade de Aiken. Não pare o carro. Siga para o próximo desvio que vou cortar por ele. deixe o celular ligado. - peguei o celular das mãos de Bella e o coloquei em cima do painel.

A nossa frente tinha apenas uma ponte e logo depois era o desvio. Quando estavamos próximos da descida da ponte, inclinei a direção só que nessa hora o carro do infeliz ultrapassou os demais se jogando em cima da gente. Nosso carro rodopiou três vezes pela estreita estrada sendo ouvido o som dos pneus cantando. Ainda bem que estávamos de cinto ou nossos corpos teriam sido arremessados para fora do veículo. Ainda rodopiando senti um novo impacto, o maldito jogou nosso carro para fora da ponte. Soltei meu cinto e antes que pudesse soltar o de Isabella nosso carro bateu na água quebrando os vidros. A água rapidamente invadiu o veículo puxando meu corpo para fora. Ainda vi Isabella tentando puxar o cinto mas não conseguia soltá-lo. Ela então puxou o ar no pouco espaço ainda submerso e meu corpo foi erguido para fora das águas. Ouvia tiros sendo disparados pelo rio. Tomei novamente o ar mergulhando atrás de Isabella.

Ela estava com as bochechas inchadas pelo ar que prendia. Entrei pelo vidro quebrado tentando destravar o cinto que parecia emperrado.

Isabella se debatia muito tentando se soltar e a cada segundo que passava as águas ficavam mais escuras com a profundidade.

Vi então o resto do ar sair por sua boca. Aproximei nossos lábios jogando para ela o ar que prendia em minha boca.

Tive que voltar para a superfície para pegar mais ar e novamente mergulhei. Foi mais difícil encontrar o carro dessa vez estava ainda mais fundo. Isabella me olhou e balançou as mãos para que eu fosse embora.

Droga eu falei pra você parar com isso, eu nunca vou desistir de você!

De novo bolhas de ar saíram da boca dela e voltei a soprar um pouco do meu ar para dentro dela.


Não faça isso, não pode desistir sua idiota!”



Estava ficando sem ar, eu tinha que voltar a superfície mas tinha medo de que quando voltasse não conseguisse mais encontrar o carro.

 

 

 

 

 



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Notas finais do capítulo

Nossa.... e agora, como nosso bombeiro salvará bellinha? Coitada gente, acho que as notícias não são boas pra vocês. Se Bella não resistir vocês me perdoam?
Ei... uma pedra voou aqui na minha cabeça. Kkkkkkkkkkkk .
Calma gente, eu ainda não sei o que será dela mas vamos torcer pro padroeiro dos bombeiros dar uma forcinha para nosso herói, que hoje virou lutador de boxe(Viram que edinho ficou possesso quando colocaram as mãos na belinha, voou catiripapo pra todo lado, rsrsrsrsrssrs.), piloto de formula um e agora salva vidas.
Amei todas as reviews e sei que demorei nesse capitulo, em compensação espero que tenham gostado tanto do tamanho como dos acontecimentos.
Aguardo coments e amo de paixão cada um deles. Fico no aguardo e se quiserem me recomendar também ficarei muito feliz, tentarei postar durante a semana. Um grande beijo no coraçãode todas. Amo vocês. Tchau...