Diana

Mais um dia sem a Jess ou o Logan aqui. Eles desapareceram mesmo do mapa e duvido que eles voltem. Não sei porque desapareceram ou para onde foram mas a Jess tem o móvel desligado por isso ainda deve andar desaparecida. Podem ter decidido ir embora mas era estranho porque o Logan andava à sua procura... Não sei. Talvez procure por eles amanhã, a ver se algum deles está aqui perto. Mesmo não os conhecendo muito bem eu preocupo-me sempre.

No dia seguinte encontrei-me com o James na sala de convívio como é habitual pela manhã. A sala era acolhedora, com TV, matraquilhos e jogos de tabuleiro mas estava sempre cheia. Era quase impossível ter algo para fazer porque havia sempre alguém que chegava primeiro e não podíamos jogar nada. Ele já me tinha desafiado para um jogo mas assim eu não podia dar-lhe uma abada... Vamos ter que esperar bastante para que isso aconteça.

- Pronta para mais um dia de aulas? - ele está feliz todas as manhãs. Deve estar mesmo a gostar do curso.

- sim, apesar de estar cheia de sono. E ainda por cima temos aulas com a bruxa hoje... Ugh - não gosto da professora de inglês desde o primeiro dia. Ela é apenas arrogante e tenho um alvo na cabeça da arte dela por isso cada vez que abro a boca ela manda-me calar. Vou ter problemas com ela este ano. E tem o habito de se armar em esperta comigo portanto estou mesmo a ver que qualquer dia mando-lhe uma resposta só mesmo para a calar.

- Ao menos hoje não temos a aula toda. - ele continuou a andar como se eu soubesse do que ele estava a falar. Eu não fazia a mínima ideia.

- Hm... como assim? Ela hoje vai a algum sitio e não nos da aula? Se isso fosse mencionado eu tinha ouvido de certeza.

- Não, nós estamos apenas dispensados. Uma professora quer falar connosco e a Bruxa já sabe portanto vai nos deixar sair.

- Ainda bem. Ao menos não temos o raio da aula. - ele riu com a minha celebração.

O pior de tudo é que o tempo da aula demorou mais já que estava ansiosa para sair dali. Parecia que a cadeira tinha picos e estava toda irrequieta. Ao tocar arrumei as minhas coisas rapidamente e sai dali. Ao sair pela porta senti uma mão no meu ombro e uma fúria cresceu no meu corpo. Se aquela gaja pensa mesmo que me vai parar está enganada. Virei-me para deixar a minha fúria sair mas vi um sorriso e uns olhos verdes a fitarem-me. Calma Di é apenas o James... Ele empurrou-me pelo corredor fora.

- Vá que já estamos a ficar atrasados, toca a andar.

- Calma calma James... Eu estou a ir .

Demos de caras com o pavilhão de música. Gostava de saber o porquê de estarmos aqui. Que professora de música quer falar connosco? Principalmente comigo... O que eu estou aqui a fazer? Não faz sentido. Ele entrou numa sala e eu fiquei a porta observando-o. A sala era grande e tinha todo o tipo de instrumentos no fundo. Ele pegou num piano elétrico e pos-lo de baixo do braço.

- O que vais fazer com isso?

- Tocar para teres música de fundo na tua audição. De nada. Agora vem.

Logan

Já perdi mesmo a esperança. Se ela estiver no campus está escondida num armário de certeza. Já procurei a pente fino e nada. Não está em absolutamente lado nenhum. Fiquei a andar pelos lados da universidade já sem destino. Admite Logan fizeste uma asneira e das grandes. Agora preciso de pensar. tenho de tirar tudo cá de dentro. O meio do bosque ao pé do campus é o melhor sitio porque é super calmo quando não estão a fazer competições de arco e flecha... Música e ar puro, é a vossa vez de fazer magia.

A barraca que reconstruí o ano passado ainda está aqui. Acho que preciso de ir lá para dentro novamente. Já foi um sítio de bastante reflexão... Para pensar ou estar sem o barulho por todo o lado eu vinha para aqui. Eu tinha-a descoberto por acaso mas ainda é importante para mim.

Abri a porta e estava tudo escuro lá dentro. A luz incidiu num corpo no fundo da barraca. Ao iluminar a sua cara o meu estômago encheu-se daquele friozinho e só me apetecia agarrá-la e abraçá-la com força. Mas ela parecia um anjinho a dormir no chão. Felizmente ela estava bem. Ao pé de si estava o seu telemóvel, um pacote de bolachas e a sua mala. Procurei por tanto lado e ela estava basicamente ao meu lado. Estava num sítio que eu próprio construí. Fechei a porta e sentei-me perto dela sem lhe tocar. Estávamos ambos novamente no escuro, sozinhos.