LEIAM AS NOTAS FINAIS

- Todos de acordo - todos assentiram (falando assim até parece que é muita gente) - Então vamos? Quando mais cedo começarmos melhor.

Saímos do nosso quarto e chaveamos a porta, indo em direção á saída do hotel.

Começaríamos pela rua mais próxima do internato, a primeira que vimos que era um beco sem saída, sabia que ela era meio que impossível Beta estar lá, mas prevenção nunca é demais. Fomo até lá e começamos a procurar, nada, fomos nas ruas ao redor, na também.

-Achei que isso demoraria mais tempo, mas pelo visto não. Ainda nem é meio dia, podemos olhar a segunda rua sem saída e nas ruas ao redor. Como já temos nosso almoço não precisamos parar, depois continuamos pela a última rua que vimos. Acho que terminamos ainda hoje. - eles concordaram e seguimos para o segundo "beco".

Demoramos meia hora para chegar lá, tínhamos entrado em algumas ruas para ver se ela estava lá, mas nada. 

Entramos no "beco", ele era bem maior do que o primeiro que tínhamos visto, havia várias latas de lixo espalhadas por todo seu percurso, tinha dois daqueles entulhos que as pessoas colocam tudo que é coisa (é tipo aquelas lixeiras gigantes que eu não me lembro o nome), mas o que me incomodou não foi isso, e sim que não havia absolutamente nada dentro das lixeiras, elas estavam limpas, como se alguém pegasse todo o lixo e limpasse, ainda por cima, as lixeiras, pois elas estavam quase que brilhando. Nunca vi uma lixeira tão limpa em toda a minha vida.

- Estranho. Acho melhor saímos daqui antes que algum monstro apareça Bruh - disse Joel. Eu também queria sair dali o mais rápido possível, mas eu precisava procurar Beta, e se ela estivesse ali?

- Temos que procurar Beta, prometo que vai ser rapidinho. - andei entre as latas procurando algum sinal ou pista que me dissesse que Beta estivera ali. Não achei nada. - Vamos, não vi nada aqui que nos ajude. - eles concordaram rapidamente. Revirei os olhos. Medrosos.

Quando estávamos quase saindo do "beco" ouvimos um barulho ao longe. Nos viramos rapidamente, pegando nossas armas, prontos para o ataque. Vi, bem la no fundo, uma porta, ela estava aberta, sei que não deveria ficar entrando em qualquer porta aberta por ai, mas, de alguma maneira, sabia que Beta e Sam estavam ali em algum lugar, eu tinha certeza, podem me chamar de louca, mas eu vou até lá.

- Aonde você vai? - perguntou Matheus me olhando com os olhos esbugalhados - Você não pode ir até lá sozinha! Pode ter monstros lá dentro. - falou ele estérico.

- Então venha junto comigo - disse simplesmente e comecei a andar, logo ouvindo passos atrás de mim. Sorri vitoriosa. Eles me amam! Sqn.

- Se você vai se matar, não irá sozinha - disse Joel ao meu lado com um sorriso torto nos lábios.

- Obrigada, vocês são os melhores companheiros que eu poderia escolher - disse abraçando Joel e Matheus.  Sim, eu estava no meio, coloquei casa braço na cintura de cada um.

Me separei deles e toquei meu colar e meu bracelete, fazendo assim eu ficar com uma espada e um escudo.  Os meninos pegaram suas espadas. Estávamos prontos para atacar a qualquer momento.

Entrei primeiro, caminhando devagar para não tropeçar em nada. O que me surpreendeu foi que logo que você entrava tinha uma escada que levava para baixo, mas não conseguia enxergar seu final.

- Tem certeza que quer se arriscar descendo essas escadas? Pode ser muito perigoso - Falou Matheus. Queria aceitar sua oferta e sair fora daqui, mas eu sabia que as duas estavam ali em baixo, em algum lugar.

- Tenho. - disse firme, o que me assustou, achei que iria gaguejar. Ta bom, eu estava com um pouco de medo sim, quem eu quero enganar? Eu estava com muito medo, mas mesmo assim prossegui. - Algum de vocês tem lanterna? Não quero sair rolando escada a baixo.

- Espera um pouquinho, acho que eu trouxe. - disse Joel e começou a mexer em sua mochila. - Achei - disse ele e logo uma luz quase me cegou.

- Tira essa luz dos meus olhos porra! - (desculpe-me o palavrão aí!) disse colocando minhas mãos em cima de meus olhos.

- Já vai madame - disse o mesmo, colocando a lanterna em direção as escadas. Peguei a lanterna de sua mão e comecei a descer as escadas.

- Joel se segura em minha mochila e Matheus na do Joel. Assim ninguém se perde e se alguém cair cai todo mundo. - Falei e os mesmo fizeram.

Iluminei a escada e descemos.

[...]

Acho que já estávamos a uns 10 minutos descendo essas escadas, pareciam que nunca iam acabar, meus braços já estavam cansados de segurar a lanterna e minhas pernas já começavam a pesar. Estava quase desistindo, já iria me virar e começar a subir, mas ao longe pude ver o chão, pelo menos foi o que pareceu naquele instante.

- Gente, acho que a escada esta quase acabando - disse e iluminei aquela parte novamente, mas desta vez mostrando pra os meninos.

- Graças ao Deuses, achei que isso nunca acabaria - disse Matheus, como sempre, dramático.

Descemos mais alguns degraus e finalmente encontramos o chão. Minhas pernas estavam bambas de tanto descer a escada, mas logo elas voltaram ao normal.

Olhei para frente, me deparando com uma escuridão sem fim, apontei a lanterna para minha frente, clareando um pouco, mas ela começou a falhar e logo depois se apagou completamente.

- Joel, pelos Deuses, diz que você tem pilha reserva - disse tentando me acalmar.

- Desculpe - falou ele baixinho

O que vamos fazer agora? Estamos completamente na escuridão.

- Finquem juntos, não podemos nos perder - disse com a voz trêmula. O que nós íamos fazer agora? Não enxergamos nada! Até que uma ideia me veio a cabeça, mas não sabia se estava preparada para fazer isso, e se eu machucasse alguém? Mas era nossa única alternativa.

- Bruh, o que você esta fazendo? - disse Matheus vendo eu fechar os olhos.

- Fica em silêncio, preciso me concentrar - Falei.

Fechei meus olhos novamente, imaginando um maçarico, levantei minhas mãos e imaginei esse maçarico soltando pequenas fagulhas. De repente aquele frio na barriga começou a surgir e senti um calor reconfortante nas mão. Abri os olhos e sorri. Eu tinha conseguido.

- Uau! - disse Joel e Matheus Juntos

- Isso é demais - disse Joel.

- Obrigada meninos, mas vamos achar a saida. - falei e levantei mais um pouco uma das mãos, fazendo com que o fogo se intensificasse, iluminando o lugar. 

- O que é isso? - perguntou Matheus espantado.....

Continua.....

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