- Vamos, estou com fome... - disse manhosa e saimos do quarto, chaveando o mesmo...

Fomos até o balcão, onde se encontrava o recepcionista, peguntando para o mesmo se ele podia nos informar aonde havia um mercado ali perto. Ele nos disse que a três quadras dali tinha um pequeno mercado, mas que tinha as coisas que necessitávamos. Agradecemos e saímos do pequeno hotel, indo na direção indicada pelo recepcionista.

- O que vamos comprar? - perguntou Matheus.

- Comida?  - disse obviamente.

- Especificamente, madame - falou ele debochado.

- Não sei, mas temos que comprar para a janta e um lanche da tarde. Provavelmente amanhã nós vamos passar o dia fora, dai compramos alguns pães para fazer uns sanduíches. - eles concordaram.

Logo chegamos no mercado, que até era grande. Pegamos pão, queijo e mortadela para fazer o sanduíche amanhã, compramos alguns biscoitos e mais algumas coisas prontas para comer hoje de noite, já que no quarto não havia cozinha para cozinhar alguma coisa.

Pagamos tudo e com passos largos voltamos para o hotel, não queríamos nos encontrar com monstro ( o que não adiantaria muito, se eles quisessem nos atacar realmente, nos atacaria no hotel também, ele não se importavam com os mortais mesmo.. ).

Chegamos no hotel e fomos para nosso quarto.

- Finalmente posso comer - disse dramática, fazendo com que Matheus e Joel revirassem os olhos juntos. Cruiz! Parassem irmãos gêmeos, tirando a aparência, claro.

Fui até uma das sacolas que Joel estava carregando, e peguei um pacote de bolacha, um suco de caixinha e os copos plásticos que tínhamos comprado.

Sentei no chão mesmo e comecei a abrir as coisas e comer, eu estava realmente com fome.

- Calma aí, senão não sobra comida para nós - disse Matheus rindo. Mandei o mesmo calar a boca, ou pelo menos tentei, já que a minha boca estava cheia. - Depois fala que eu sou nojento - disse ele emburrado. Apenas ri.

Os meninos sentaram ao redor das coisas e começaram a comer também, conversa vai conversa vem, o sono me bateu, fazendo eu quase dormir sentada.

- Bruh, vai dormir na cama, daqui a pouco você bate a cabeça no chão - falou Joel rindo, mas me ajudou a levantar. Fui até minha mochila, pegando meu pijama e indo me trocar (quase me troquei na frente dos meninos de tão grogue que estava) no banheiro.

Voltei e me joguei na cama, que resmungou com um estralo.

- Já disse para não se jogar na cama - disse Joel. Assenti e me cobri, pegando no sono logo em seguida.

POV JOEL

Ajudei Brunna a levantar e a se trocar, já que nem em pé conseguia ficar direito. Aquela louca quase se trocou na nossa frente... A arrumei na cama e fui me sentar ao lado de Matheus novamente, tomei meu suco em ficamos em silêncio.

Matheus olhou para mim e do nada disse:

- Você gosta dela não é? - Com um sorriso maroto nos lábios. Queria responder a verdade para ele, eu realmente confiava nele, mesmo conhecendo-o a pouco tempo, mas nem eu mesmo sabia a certo.

- Eu não sei, sinto como se devesse protege-la e ajuda-la, sei que ela se faz de forte, mas na verdade é muito frágil. - disse olhando para minhas mãos.

- Sei como é isso, não claro do jeito que você está falando, mas ela é muito orgulhosa, não mostra seus sentimentos para os outros, apenas para os mais próximos. Foi difícil fazer ela se abrir completamente para mim e Duda. Me sinto responsável por ela, como se eu fosse o irmão mais velho, na verdade pelas duas, Duda tem a mesma idade que Brunna, mas tem a mentalidade de uma criança de 5 anos - rimos - Se você realmente gostar dela, eu apoio vocês dois juntos, mas não pense que as provocações vão ficar de lado.

- Eu realmente queria dizer o que eu sinto por ela para você, mas nem eu sei ao certo, acho que sou muito novo para dizer que eu realmente á amo. - ele concordou com a cabeça. - E você?

- O que tem eu? -  perguntou ele confuso.

- Gosta de quem?

- Eu não sei ao certo, sinto uma atração por Duda, mas não sei se a amo de verdade ou se é somente uma atração. Não quero ferir os sentimentos dela nem os meus, ainda mais que nós vivemos brigando.

- Cara, eu não sei o que te falar, sou péssimo em conselhos ou a qualquer coisa relacionada a meninas, elas são tão confusas! - Rimos. Matheus concordou.

Ficamos em silêncio novamente, já percebi que ele vai ser bem constante entre nós. Fiquei olhando ara a janela que estava aberta, deixando pequenos feixes de luz entrar e iluminar o rosto de Brunna, que dormia tranquilamente, podemos dizer até agora, pois do nada ela começou a se espernear e gritar "não". Eu e Joel levantamos num pulo indo até ela, tentamos acordar a mesma, mas ela apenas se debatia, tentei novamente e ela se sentou em um pulo. Seus olhos estavam cheios de lágrimas que começaram a cair, sentei ao seu lado e abracei a mesma em um modo protetor, ela se acomodou em meu colo, fazendo suas lágrimas grossas molharem minha camiseta. Esperamos um momento para que ela se acalmasse.

- Quer contar o que sonhou? Talvez isso ajude.. - disse ela calmamente. Ela negou com a cabeça eu entendi, apenas a abraçando mais forte, pois a mesma começou a chorar novamente. 

Me sentei mais confortável e coloquei sua cabeça e meu colo, fazendo cafuné na mesma. Depois de um tempo vi que sua respiração tinha se acalmado e que ela tinha dormido. Sai da maneira mais gentil possível, não queria acorda-la, e coloquei a mesma confortavelmente em seu travesseiro.

Matheus nos observava com um olhar preocupado, mas ao mesmo tempo malicioso. Levantei d cama de Brunna e me sentei no chão novamente "O que Brunna havia sonhado, que tinha sido tão assustador ao ponto de chorar?"

Matheus se aproximou e sentou ao meu lado, dizendo em simples palavras.

- Você realmente gosta dela...

Continua...