It's Temporary? escrita por Hellie


Capítulo 10
O mistério da visão


Notas iniciais do capítulo

Alohaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa ♥ Oolá pessoas maravilhosas que existem nesse planeta que ainda amam fics!! Eu estou de volta, e JURO que dessa vez vou me manter firme aqui e não desanimar como a última vez.
Para especificar de verdade o porquê do sumiço: Eu tinha me desanimado. Quase não recebia comentários e favoritamentos, mas poderia ser explicado pela existência de muito tempo da fic e que as pessoas não viam mais esta aqui. Agora eu estou no 2 ano do ensino médio e tudo está mais difícil, mas eu vou tirar esse tempo pra amar novamente a arte de escrever e trazer minhas ideias para vocês, coisinhas maravilhosas! ♥ Eu não esqueci o desenvolvimento nem nada da história, mas como eu tive muito tempo (MUITO MESMO, HELLIE) para pensar, eu criei muitas outras coisas novas e mistérios, os capítulos serão mais longos e por cada um deles terá um fato gigante. O resto é surpresa! hahaha. Entãaaaao... Vamos lá! Obrigada pela compreensão! ♥ Boa leitura.



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— Você é muito impetuosa, de fato.

— Hmm?

— Eu sei que você está me ouvindo, Haylie - por mais que soasse com calma, suas palavras eram cheias do seu comportamento seco.

— Não posso te ouvir. Moscas não conseguem falar! - levantou-se rapidamente e começou a subir e descer as diversas escadas da biblioteca, gritando coisas aleatórias e batendo nos corrimões.

— Haylie! A gente vai ser...!

— O QUE DISSE?!

— Ei, vocês dois! - a moça atrás do balcão berrou pela última vez, se levantando e encarando Castiel com tanta fúria nos olhos que podia jurar a sua morte ali mesmo. - Essa foi a gota d'água. Saiam Já daqui!

— Hrrrgg, viu o que você fez, louca?! - o ruivo se levantou com pressa e agarrou o braço da menina sem muita força, mas com agilidade o suficiente para assustá-la.

— ... Me solte.

— Haylie, a gente tem que...

— Me solta agora, inseto ridículo!

— Por que você está assim? Por que você É assim?! 

Ele estava chorando. Era difícil ver uma pessoa tão forte e tão destemida como Castiel chorar daquela forma, e principalmente numa situação daquela. 

Secava as lágrimas com a blusa de mangas no antebraço e o segurava ali. Não queria que aquilo acontecesse, não queria que aquilo fosse visto. Não outra vez.

Haylie se aproximou novamente. 

— Castiel, me escute. 

Levantou o olhar lentamente; a frase viria outra vez.

— Não fala isso, não fala isso... - Haylie começou a abrir os lábios com aquele sorriso sarcástico de canto. A garganta ardia novamente. - Por favor, Haylie...

— A estar perto de você, eu prefiro morrer.

 

— Onde aquela cabeça loira lambida se meteu?!

Já era minha quinta volta naquela escola irritante. As pessoas saiam e entravam na sala gritando que nem uns animais, batiam nas paredes e batiam nas pessoas que passavam tentando ser discretas. Eu não era assim, né?

O garoto por quem eu procurava havia sumido de verdade. Ele disse que iria para a sala, mas eu invadi todas e não o vi mais. Devo ter possuído uns quinze corpos sem querer enquanto me espreitava pelos corredores, e sentia coisas ali que não eram muito confortáveis de se sentir.

Entrei na última sala do corredor mais longo da escola, e era apenas uma biblioteca tão antiga quanto minha vó. Entrei numa sessão qualquer e encostei-me em uma estante, admitindo derrota. Ele foi apenas uma ilusão? Castiel não tinha visto aquilo também?

— Eu achei que tinha pedido para você ir até sua sala.

Levantei num susto enorme e fiz a cara mais desprezível que conseguia naquele momento. Ali estava ele.

— Você não existe.

— Isso foi uma ofensa?

— Se você falasse isso pra mim não seria uma ofensa - retruquei.

— Ah, você é igualzinha ao senhor Castiel! Parece que se multiplicam... - arqueou as sobrancelhas e tirou um pequeno reloginho de bolso, olhando-o com tanta dúvida quanto eu o olhava.

— Eca! Não mesmo. - na verdade eu era mesmo. Que derrota horrível!

— Sabe que é! - sorriu docemente. Esse menino vai explodir minha cabeça. - Então...

— Você está falando com um espírito, então está praticamente falando sozinho. Sabe disso, né?

— Do que está falando?

— Olhe ao seu redor. - obedeceu, percebendo os olhares duvidosos para ele. - As pessoas acham que você é completamente louco; Na visão delas, está falando com essa estante velha aqui.

— Hah... Não, senhorita - voltei meu olhar para ele. O garoto era insistente! - As pessoas só nos olham pela dúvida de quem você é. Estranhamente, sua aparência me é muito familiar.

— Ah, garoto! - exclamei. - Como eu irei te provar isso... Isso, já sei!

Dei dois passos para trás e estendi meus braços em sua direção. Eu vou sumir com esse seu sorrisinho de deboche.

— Possuir! - joguei meu corpo em direção ao seu. Pude ver o súbito olhar assustado que ele me lançou quando o fiz, mas em questão de segundos... 

Este era o meu olhar.

Minhas mãos ardiam e um choque tomou a parte traseira completa do meu corpo. Ele me segurava entre seus braços e parecia ter tido a mesma sensação que eu, pois a expressão vagava sobre a minha.

Desfiz rapidamente aquele atrito, e ficando de pé na sua frente, não conseguia raciocinar. Levantei as mãos até meu olhar e elas estavam completamente vermelhas.

Eu mexia meus lábios tentando forçar as palavras para fora, mas parecia impossível naquele momento. As pessoas cochichavam e apontavam para nós dois. Elas podiam me ver. Elas olhavam fixamente para mim.

Finalmente as minhas palavras saíram.

— O... O que é você?

 

Eu fui para o quarto mais cedo. Não tinha como esperar Castiel, e mesmo que esperasse, ele ainda deveria estar chateado comigo, seja lá pelo que fosse.

Você vai demorar muito para perceber o que acontece ao seu redor, não é?

— Você... - aquela voz havia voltado. A morte estava se comunicando comigo outra vez. - Você está brincando comigo ou o quê?! - eu havia me exaltado. Dentro da minha cabeça eu ouvia apenas aquelas risadas pesadas e irônicas, como se fosse um desastre hilário.

Eu não vou ficar te ajudando em tudo, Haylie. Se esforce mais para entender algo antes que eu desista de você por ser tão burra quanto uma porta. Eu quero vê-la... Acabar.

— Acabar?

Uma nota de silêncio.

— Acabar tipo o que? Tipo morrer?! - ela não me respondia. - Morte, não seja uma covarde! Morte? Que merda! 

Depois do meu grito, tudo o que eu via eram destroços. Ah Haylie, de novo não...

— Se o Castiel não tinha mais motivos pra ficar com raiva de mim, agora ele tem.

Aquilo agora pouco importava. Eu precisava trabalhar comigo mesma assim como a Morte me orientou. Iria esfregar na cara dela quem era a burra como uma porta!

Tirei as chaves do cabelo de tinta de farmácia de dentro do sutiã e a encarei. 

Se as pessoas podem mesmo me ver, então elas não vão ver o espírito vagando por aí como se fosse a coisa mais normal do mundo. 

Joguei as chaves da moto em cima da cama e caminhei até o banheiro; enquanto tentava procurar a maldita tesoura, devo ter pisado em uns cinco pacotinhos de camisinha e em nove usadas. 

— Eu gostava tanto desse banheiro quando cheguei aqui. - revirei os olhos e continuei por minha procura.

Eu falo como se ele fosse pequeno; o banheiro dos meninos era majestoso: As paredes eram compridas e altas, e juntamente com os ladrilhos pretos com bordinhas brancas dava a sensação de profundidade. O box era uma ducha/banheira, toda de vidro e detalhes pretos também; O vaso era fosco, o que o tornava irritante de limpar (já que o Castiel sempre me colocava para lavá-lo contra a minha vontade. Eu não tenho culpa se esse menino-maldição sabe mais ou menos como funcionam seus poderes). A pia também era de vidro e em cima da mesma existia diversos tipos de barbeadores, géis e perfumes; A parede que segurava a pia e o vaso era toda feita apenas de um gigantesco espelho, e essa era a minha maior paixão ali.

Encontrei-a dentro do box e nem sequer pensei cinco vezes. 

Tudo bem, agora parece loucura. Meu lindo cabelo de quase um metro...

Sem me dar muita conta, a tesoura já deslizava por minhas madeixas negras perto do ombro. O cabelo parecia cair no chão em câmera lenta e as lágrimas também.

Depois de ter acabado o corte eu já estava praticamente irreconhecível, mas pra mim ainda não estava bom. Enfiei descolorante no cabelo todo, e, enquanto esperava, passei rapidamente no guarda-roupa de Castiel e puxei a maior blusa que ele poderia ter (e a favorita também); fechei as portas com um chute e pulei para o de Lysandre, pegando a primeira calça que não fosse tão larga e a cortei quase por completo. Voilá! Um short.

E eu espero que essa não seja a favorita dele também.

Depois do tempo, lavei toda a minha cabeça e agora ela parecia mais como um chocolate branco mesclado com castanho claro e umas pontas pretas que não haviam sido totalmente descoloridas. 

Olhei-me no espelho; eu não tinha ficado feia.

Muito pelo contrário, eu parecia uma garota totalmente diferente e muito bonita, mas também com o cabelo mais louco que eu mesma já vi, cortado pouco acima do ombro e bagunçado.

Eu acho que nem Castiel vai saber quem sou eu.

Agora que tudo estava terminado, peguei as chaves com pressa e corri pelos corredores o mais rápido possível. Chegando perto do estacionamento, desci até o laguinho do campo e tirei as folhas de árvore de cima da moto de Castiel que eu mesma havia escondido antes para ele não fugir para os braços daquela próstata (para não falar feio) novamente.

Olhei para o horizonte tentando ver se tinham olhares até mim; nada. Na verdade, estava tudo praticamente deserto já que os alunos ainda estavam em suas classes e faltava muito tempo para serem liberados.

Liguei a moto e, por uma última vez, pensei. 

Se eu sou ou não o único espírito aqui, me resta descobrir da pior forma. Nem que seja sua lápide para me explicar tudo isso.

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E..... Acabou este capítulo! Eu espero realmente que tenham gostado, eu estava com um leve bloqueio mas o fiz com todo o meu carinho. Espero que gostem, que amem! Deixeim reviews, obrigada



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