“As vezes a vida nos faz passar por grandes provações. Acredito que é Deus quem testa nossa bondade e nossa fé. Então não tema as provações da vida. Pois é nas adversidades que Deus quer nos provar se somos ou não dignos.” Roosiwelt Andriel

    POV. Autor

    Era noite, quando Gustavo acordou de seu sono induzido. Meio confuso por estar em uma cama de hospital. Pois a ultima lembrança que tinha era de estar sendo espancado na escola e logo depois ser socorrido por outro garoto.

    Tudo estava confuso em sua mente, “Porque eu estou em uma cama de hospital?” Pensou. Sua cabeça doía. Sentiu uma leve tontura e deitou novamente. Quando em instante depois, Marcos, que soube que ele havia acordado, entrou no quarto da UTI. Gustavo reconheceu, era um garoto que sempre acenava para ele na escola, aceno que sempre Gustavo retribuía com um sorriso meio tímido. De alguma forma, Gustavo sentia-se feliz por isso. Pois era o único na escola que notava sua presença e não fazia dele um saco de pancadas.

    Marcos abraçou Gustavo, foi um abraço forte, como se fosse um reencontro depois de anos e anos separados. Gustavo estranhou o abraço, mais mesmo assim se sentiu satisfeito. Quando soltou, Marcos começou a contar tudo o que se passou. Desde o momento em que o socorreu, da tristeza que passou esperando a sua recuperação e até o episódio do garoto desconhecido que vez ou outra perguntava aos médicos se Gustavo estava bem. Quando terminou, lagrimas saiam do seu rosto e ele disse:

-- Tudo o que eu quero é sua amizade.

Gustavo, que estava com os olhos já marejados, enxugou as lágrimas de Marcos com o lençol da sua cama e disse:

-- Não precisa chorar, pois você a ganhou há muito tempo.  Desde o tempo que você acenava para mim, e eu retribuía timidamente, eu já guardava em meu peito uma vontade de lhe conhecer, de ser seu amigo. Mais a minha timidez, e como eu era uma pessoa reservada. Isso não era possível, agora ouvindo tudo o que você me falou, desde aquele triste episódio até agora. Preocupado com minha saúde, e querendo ser meu amigo. Somente reforça a certeza de que você seria uma pessoa muito importante pra mim, e te agradeço por isso. Amigo.

    E neste clima de emoção, reencontro e de amizade. Alguém bate na porta, a enfermeira abre, e quem surge é o garoto no qual Marcos havia falado. Marcos foi lá cumprimentar. Mais Gustavo ficou confuso: “Não era esse o garoto que estava com aquele trio que me bateu? O que ele faz aqui?”, mais no mesmo instante ele se lembrou: “Me lembro dele, foi aquele menino que saiu antes, não sei se me lembro bem, mais ele aparentava estar arrependido. Bom, vou ver o que ele tem a dizer, talvez queira se desculpar, e tirar todo esse fardo de suas costas.”  O garoto acenou timidamente, Gustavo olhou pra ele e disse alegremente:

-- Pode entrar!

Aquilo foi suficiente para trazer alegria para aquele coração que estava a procura de perdão...

Continua...

Prólogo do próximo capítulo

“—Eu não quis fazer aquilo, eu não quis! Quando eu vi o que eles iam fazer, eu recusei! Nunca segui Daniel, somente o acompanhava como obrigação. Como um acordo, mais para uma ameaça mesmo, pois ele também me batia!”