Acredito que cada um de nós temos um par... ou como prefiro dizer alma gêmea.

Quem não sonha em encontrar a sua outra metade da laranja? 

Aquela pessoa que lhe ame e compreenda quaisquer seja a situação.

Olhei ao meu redor e casais compartilhando seu amor ao seu companheiro.

Sim, hoje era o dia dos namorados. 

Valentine's Day.

Día de San Valentín.

Ou como você queira dizer.

Era um dia meio que solitário para mim.

Porque além de me sentir solitária, sozinha.

Minhas amigas tem os seus namorados e consequentemente querem passar esse dia especial com seus namorados.

Até, entendo.

Eu se estivesse no lugar delas também iria passar o dia com o meu namorado.

Por mais que seja um vampiro ou lobisomem.

Decidi alugar uns filmes de romance para me deixar mais depressiva que estou.

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Vesti minha jaqueta vinho de couro, calça jeans, camiseta cinza e meu all star azul marinho.

Tranquei a casa e decidi ir apé.

A locadora não era tão longe assim de minha casa.

Dava mais ou menos duas quadras antes.

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Assim que entrei dentro da locadora tocou a campainha, aquelas autômaticas.

Que tocam assim que entra e sai uma pessoa.

A locadora era de tamanho médio, dividida entre gêneros de filmes.

XXX: Posso ajudar em algo?

O recepcionista perguntou atencioso.

Ele era moreno, a cor dos seus olhos era castanho claro, magro e parecia ter estrutura média. Ou seja, nem alto demais e nem baixo demais.

E devo dizer que não é de ser jogar fora não, viu?! E além de tudo parece ser uma boa pessoa, educador, e antencioso.

Bonn: Estou apenas procurando algum filme, nada demais.

XXX: Prazer, me chamo Karl Lyon. Tem algum gênero expecífico?

Bonn: Prazer, me chamo Bonnie Bennett. Não, quer dizer, romance seria bom.

Karl: Bom, não sou muito de dar palpites, mas como percebi que está indecisa. Posso recomendar alguns filmes desse gênero que realmente são bons.

Hum. Ele também é prestativo. Interessante.

Engraçado que nunca havia visto ele aqui na cidade. Talvez, seja novo.

Bonn: Realmente estou indecisa. Claro, seria ótimo se não fosse um incomodo.

Karl: Não seria incomodo nenhum. Já ouviu falar no filme Querido John de Nicholas Sparks?

Bonn: Não.

Karl: Dizem que é muito bom, e eu como já assistir recomendo. Se quiser pode ver a contra- capa que conta um pouco da história.

Bonn: Sim, gostaria.

Peguei o DVD que ele continha na mão e li a signopse. Era mais ou menos, assim.

John Tyree (Channing Tatum) é um jovem soldado que está em casa, licenciado. Um dia ele conhece Savannah Curtis (Amanda Seyfried), uma universitária idealista em férias, por quem se apaixona. Eles iniciam um relacionamento, só que logo John precisará retornar ao trabalho. Dentro de um ano ele terminará o serviço militar, quando poderão enfim ficar juntos. Neste período eles trocam diversas cartas, onde cada um conta o que lhe acontece a cada dia.

Bonn: Parece ser legal.

Karl: Parece como é. Uma linda história de amor.

Bonn: É apreciador de histórias rômanticas?

Karl: Confesso que sim, sou um pouco. E acredito nelas. Até porque nossa vida seria sem cor e sem graça.

Bonn: Pensando bem, concordo com você.

Karl: E você também é apreciadora de romances?

Bonn: Não que eu não aprecie, mas ultimamente desacredito. 

Karl: Já deve ter pensado que o futuro reserva algo. E que esse "algo" mude esse seu modo de ver, agora. Ser não, pense nisso a partir de agora.

No fim levei três filmes: Querido John, Uma linda mulher e Como se fosse a primeira vez.

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Já tudo preparado para minha sessão de choro.

Agasalhada o mais quente possível: Calça, blusa moletom, pantufas joaninha.

Pipoca e brigadeiro pronto.

Coberta no sofá.

Só falta apertar o play.

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Meia hora depois estava puxando os meus cabelos de desespero e ás lágrimas caiam livremente pelo meu rosto.

Na hora que vi o John lendo a carta.

É muito triste a cena.

Se eu tivesse á sorte que a Savannah teve, meu deus agarrava aquele gato do John.

Mas nem sempre temos o que queremos, não é mesmo?!