This Strange Love escrita por Finholdt


Capítulo 7
Idiota ou não, eis a questão


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS. LEIAM AS NOTAS FINAIS. LEIAM AS NOTAS FINAIS.
Lambda, lambda, lambda shippers! Eu estou de volta, agora que finalmente sai do sufoco das provas :3
Eu estou dedicando esse capítulo a minha amiga, a Lissa, porque hoje é o aniversário dela :3 Feliz aniversário Lissa o/
Capítulo não-betado, maiores informações encontre nas NOTAS FINAIS.
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Sério, de todas as pessoas, tinham logo que espalhar boatos sobre mim com a MERIDA DUNBROCH?! A ruiva mais arrogante, metida e ridícula já testemunhada?! Minha expressão não devia estar muito boa, já que quanto Soluço me viu ao longe, começou a rir de forma descontrolada.

Eu não tenho muita certeza dos sentimentos que passou pela minha mente, primeiro choque, depois incredulidade, depois negação para no fim: fúria.

Então, se eu socar o Soluço, significa que eu quero voltar a ficar com Astrid? Que ridículo!

Rapunzel tampava a boca com uma das mãos e dava discretas risadinhas.

Vi Astrid correndo em minha direção, tinha os olhos arregalados e parecia apreensiva com algo. Eu abri a boca para dizer “Oi Astrid”, mas se tornou apenas “OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO”.

Eu não sei bem o que aconteceu. Num momento eu estava prestes a dizer olá para a loira trançada – usando uma belíssima saia, que, meu Deus, hein -, e no outro eu fui arremessado para quase do outro lado do pátio. Olhei desorientado para o meu agressor – sim, agressor, senti seus pés me atingindo nas costelas com força total – e só vi chamas, levei exatos 2 segundos para perceber que eram os cabelos descontrolados de Merida.

E por falar nela, não tinha uma expressão amigável. Se aproximou com passos rápidos e me deu um soco.

Você já levou um soco no estômago? Bem, evite levar de uma garota que faz mil e um esportes, que te odeia, e que esteja descontrolada de tanta raiva.

Quem diabos você pensa que é? — Ela berrou exasperada.

Hãn? — Balbuciei ainda vendo estrelas.

Com que direito você acha que pode socar o meu namorado apenas pra espalhar esse ridículo boato?!

Apertando os olhos e me levantando lentamente, a encarei frio.

Você realmente acha que eu queria que esse boato idiota fosse espalhado?! — Devo ter elevado uns tons já que algumas pessoas pararam pra olhar. — Fala sério! De todas as pessoas pra formarem um boato pra eu estar afim, pegaram a mais burra, idiota e sem sal que essa cidade já viu!

Comecei a reparar em Merida – que tremia de tanta raiva -, novamente, o dia estava fervendo, e novamente, ela estava usando moletom completo. O que diabos? Ela deveria estar suando! Tudo bem que ela está com o rosto vermelho, mas não acho que seja por causa do calor.

Então por que socou o meu namorado, seu babaca petulante e ridículo?

Me deu vontade. — Cuspi.

Vai pagar caro por essa “vontade”!

Talvez seja impressão, mas quando olhei nos olhos de Merida, não parecia que todo esse ódio vinha de mim, parecia que vinha de terceiro. Mas isso não faz sentido! Quer dizer, como poderia sentir ódio de terceiros sendo que fui eu quem socou Macintosh?

Merida deu um passo a frente, com os punhos cerrados. Avancei um passo também, mas não pra bater nela, apenas pra me defender caso ela me bata.

No fim, ela não fez nada, pois Macintosh entrou na frente. Ele olhou com desprezo pra mim – me fazendo sorrir cínico e encarou Merida, levantando a sobrancelha. Rapidamente ela abaixou a cabeça e apertou mais os punhos. Seu cabelo rebelde tampava a visão de seu rosto, então não sei sua expressão.

Logo, ela levantou a cabeça e sorriu dócil para Macintosh, enroscando seus braços no braço tatuado dele. Não sei, mas me pareceu meio falso o sorriso. Dei de ombros e olhei em volta, reparando quanta gente tinha em volta.

Bufei de frustração.

Não tem nada melhor pra fazerem, não?! — Berrei.

Rapidamente, os grupinhos se dispersaram.

Bufei e encarei os meus amigos.

O que foi?

Eles deram de ombros e cada um foi embora para sua respectiva sala. Minhas costelas ardiam e eu estava com muita, muita raiva.

Eu odeio Merida DunBroch com todas as minhas forças, sua mera presença me deixa de mal humor.

[…]

Nas aulas que se seguiram, eu não fiquei olhando pra Merida, tentando entender o motivo de suas roupas sendo que todo mundo estava suando. Acho que, ela também, mas vai saber? Vai ver tem um ventilador embutido no cabelo dela.

Na aula de literatura, estavamos numa boa e eu já tinha até esquecido da presença da ruiva ao meu lado, até que o professor Gobber a chamou pra ler.

Merida, leia o ato III, cena I. Ainda estamos em Hamlet.

Merida suspirou, provavelmente não estava com cabeça para protestar.

Ser ou não ser... Eis a questão. Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes? Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se. Morrer..., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis morosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha sob a máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas reflexões, e até o nome de ação perdem.

Naturalmente, todos começaram a gargalhar, eu mesmo já estava rindo. Resolvi olhar para Merida, para avaliar o quão constrangida ela estava quando estaquei no lugar, na hora. De repente, eu fiquei assustado.

Merida apertava tanto os punhos que os nós estavam brancos, ela mordia o lábio com tanta força que saia um filete de sangue, mas o que mais me assustou foi a expressão dela. Parecia de dor. Ela estava chorando. Eu nunca, nunca vi Merida DunBroch chorar em toda minha vida.

Ela jogou todo o seu material de qualquer jeito dentro da mochila e saiu correndo. Um silêncio mortal de instalou na sala, todos estavam chocados demais para falar alguma coisa. Eu podia ouvir os soluços de Merida vindo do corredor. Até o professor estava chocado demais para falar alguma coisa.

Rapunzel estava calada até aquele momento, mas, de repente, ela soltou um berro tão alto gritando “CORRA, JACK!” que eu me levantei na hora. Todos olharam para mim e eu senti minhas bochechas arderem.

Foi nesse momento que minha ficha caiu.

Como eu já disse, Rapunzel é minha consciência, portanto, ela me faz notar coisas e me arrepender de outras. Então, quando Merida saiu correndo e chorando, eu entendi todos aqueles berros que ela soltava no meio do nada. Era porque alguma coisa estava acontecendo com ela, alguma coisa ruim.

Hãn, Jack, você vai ficar em pé aí ou vai se sentar? A voz do professor me fez voltar a realidade.

Minhas bochechas estavam pegando fogo, mas ignorei isso. Pigarreei e arrumei minha mochila.

Na verdade, professor, eu estou com uma terrível dor de garganta, vou pra enfermaria tomar um remédio, acho que estou com inicio de febre. Então, pois é, tchau. O sr. Gobber nem teve tempo de protestar, já que eu fechei a porta na cara dele.

Com certeza eu levaria uma bronca do General mais tarde, mas resolvi não me preocupar com isso.

Estava subindo para o terceiro andar, que é onde fica as salas dos veteranos e a enfermaria, quando algo em chamas trombou em mim, quase me fazendo cair da escada. Arregalei os olhos ao notar que era Merida. Nos encaramos por um momento, até que ela piscou e desviou o olhar, me empurrando e saindo correndo.

Por curiosidade, resolvi desviar alguns corredores do meu caminho original e entrei na enfermaria.

A enfermeira era uma senhora bem velha, a qual eu quase nunca lembro o nome dela, mas gosto de chamá-la de “Boo”, já que ela sempre me assusta com aquele papo doido dela. Fica resmungando o quanto seria melhor se o outro emprego de carpinteira dela tivesse um salário maior. Na boa, eu acho que ela é bruxa nas horas vagas.

Hãn... Enfermeira? Balbuciei ao vê-la batucando o queixo com os dedos enquanto encarava a estante de remédios.

É carpinteira! Ela exclamou.

Depois se virou e me viu.

Ah, é você, Frost. O que aprontou dessa vez?

Revirei os olhos, Boo quase sempre cuida dos meus machucados, já que, digamos, eu não seja muito certinho.

Porque estava olhando para os remédios? Desviei do assunto.

Ela me olhou de forma desconfiada, mas depois deu de ombros.

A princesa apareceu aqui com uma desculpa esfarrapada de que estava com enxaqueca. Apesar de que, com aquelas roupas, não duvido nem um pouco de que ela esteja passando mal. De qualquer forma, dei um aviso para que ela possa sair mais cedo.

Princesa? Indaguei confuso.

Ah sim, desculpe, a DunBroch. A chamo de “princesa” porque... Bem deixa, pra lá. Digamos que ela tenha meio que um sangue real. Apesar de que ela não goste muito disso. De qualquer forma, em que posso ajudá-lo?

Eu, hum, estou passando muito mal. Sabe o quanto odeio o calor.

Boo me olhou de forma indagadora, mas logo deu de ombros.

Eu sei que você quer ir embora, não faço ideia do porque, mas vou fingir que acredito no seu “mal-estar”, agora, cai fora daqui.

Sorri agradecido e sai da enfermaria com o atestado. A ideia veio de última hora, mas veio bem a calhar. Cruzei mais alguns corredores, para o meu caminho original.

Logo estava batendo a porta na sala de Rapunzel.

Dei uma olhada em volta, notando quantos caras mal-encarados tinham. Tinha, praticamente, apenas Rapunzel com um rostinho angelical no meio de um bando de brutamontes e um duende alto espertinho. Vulgo, Flynn.

Professora, hãn, pode me emprestar a Rapunzel Corona por um momento?

A professora a qual não conheço, já que não faz parte da escalação do segundo ano, fez um aceno de impaciencia e logo Rapunzel veio em minha direção saltitando, fazendo seus cabelos castanhos curtos saltitarem levemente. Dei uma discreta olhada em suas pernas, mas logo fitei seus olhos verdes.

Oi Jack, do que precisa?

Punz, você tinha razão. Tem algo seriamente errado com a DunBroch.

Rapunzel fez uma expressão séria.

O que aconteceu?

Ela... Ela começou a chorar, Punz, eu nunca vi a ruiva chorar em toda minha vida, nem quando empurravam ela na lama. Ela batia neles, isso sim, não chorava.

Entendo. Fez um barulho com a língua. Jack, depois da aula, preciso da sua ajuda. Vamos na casa de Merida falar com a Elinor.

O quê?! Por que você vai me incluir nisso?

Rapunzel deu um sorrisinho.

Porque você parece preocupado com ela, Jack. Quem sabe vocês não viram amigos?

Eu?! Amigo daquela... coisa ruiva? Sem chance, morena, sem chance.

Rapunzel deu de ombros.

Tanto faz, Jack. Eu vou entrar, te vejo na minha casa.

[…]

Estou me amaldiçoando por estar na porta da casa dos DunBroch. O plano de Rapunzel é tão horrível que estou pensando seriamente em sacudila até a razão voltar a sua cabeça.

Basicamente, Rapunzel vai sair com a Merida e eu – logo eu, caramba – vou interrogar Elinor.

O que diabos aquela guria tem na cabeça?

Ah droga, elas estão saindo. Me escondo em um arbusto e fico observando Rapunzel praticamente arrastar Merida pra fora de casa. Encaro a roupa moletom de Merida. Caraca, até uma bermuda é aceitável, o que ela tem para se recusar tanto a deixar uma partezinha do corpo dela respirar?!

Punz... Pra quê isso? Não tô afim de sair.

Por favor, Merida! Por favorzinho!

Mas, Macintosh... Fecho a cara ao ouvir Merida falar nele. Ah... Quer saber? Tanto faz. Pra onde vai nos arrastar?

Foi a ultima coisa que ouvi, antes delas virar a esquina. Respiro fundo e amaldiçoou Rapunzel por me enfiar nessa. Bato na porta, que rapidamente é escancarada por três anões de jardim ruivos.

Não sabia que Merida tinha irmãos.

Pareciam ter no máximo 7 anos. Os trigêmeos me olharam de forma acusatória.

Quem é você? Perguntou o do meio.

Eu, hãn, sou um amigo da sua irmã. Preciso falar com a mãe de vocês, ela está aí?

Não acredito em você. Disse o da esquerda.

Você parece ser encrenqueiro. Mamãe não está. Ela tá na prefeitura. Disse o da direita.

Tá, hãn, eu volto depois. Quem são vocês?

Eu sou Hamish. Disse o do meio.

E eu sou Harrys. Disse o da direita.

E eu, sou o mais bonito: Hubert.

Mentira, eu sou o mais bonito! Berrou Harrys.

Que mentira, vocês dois sabem que eu sou o mais bonito! Pirraçou Hamish.

Garotos, garotos, vocês são gêmeos! E, na boa, todos sabem que eu sou o mais bonito dessa cidade.

Os pirralhos me olharam de cima a baixo, me avaliando, por fim trocaram olhares entre si e acenaram com a cabeça. E foi assim que fui convidado para entrar.


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Notas finais do capítulo

Gente, perceberam que coloquei o nome da bruxa de "Boo"? É porque, como estava sem nome, peguei a teoria da Pixar e.e se não conhecem, eu recomendo! É bem interessante.
Eu simplesmente não podia colocar "Meu nome é Carpinteira. Bruxa Carpinteira" '-'
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Oi gente :3 Então, eu quero começar a seguinte "brincadeira", é um desafio, okay?
Se chama Qual É A Sua Teoria?, basicamente, eu vou mandar uma pergunta e cada um manda sua teoria em relação a pergunta! A pessoa que chegar mais perto da verdade, ganha um capítulo dedicado ao shipp que escolher :3 agora, ATENÇÃO! Temos que levar em conta o enredo. Digamos que a pessoa que ganhou, peça Jackunzel, o máximo que posso fazer, é um relacionamento de irmãos. Digamos que alguém aí curta yaoi, e peça JackxSoluço, o máximo que faria, seria como é um dia comum entre esses dois amigos etc e tal, ah, e se fosse algo como hiccstrid, eu usaria outra pessoa pra narrar (sim! eu NÃO vou escrever em terceira pessoa nem uma vez nessa fic [pra variar, terceira pessoa, só HS]). Ah sim, se pedir jarida, eu vou ter que colocar tudo em duplo sentido.
O prazo é até eu postar o próximo capítulo, o que, nos leva a outro tópico: TSL agora vai ser semanal :3 antes não tinha uma data prévia, mas agora eu me decidi: Vou postar TSL toda terça [e HS toda quinta, mas isso é outra história], okay?
Enquanto a Toth - minha beta linda e diva - está enrolada com suas tretas e paranauês, vou seguir esse cronograma sem ela, é, pois é. Quando ela voltar, eu pretendo continuar com o cronograma, quais quer alterações eu aviso.
Ah sim! A pergunta dessa semana de Qual É A Sua Teoria é:
#1 - Porque Jack odeia Merida?