This Strange Love escrita por Finholdt


Capítulo 8
Especial Hiccstrid


Notas iniciais do capítulo

Weee! Palmas para nossos adivinhões ♥ sim, no plural. Ainda bem que os dois escolheram Hiccstrid. Ia sobrar pra mim, depois.Isso aqui não tem nada haver com a fic, é apenas o ponto de vista do Soluço das coisas. Nada aqui, afeta nosso jarida nos capítulos normais =3Ah sim, eu misturei o livro com o filme, espero que não se importem >~o



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Playlist Hiccstrid

Ah, lá estava ela. Tão linda, com seus cabelos loiros esvoaçando e seus olhos azuis brilhando.

— Vai pai, deixa!

— Não, Simon! Senta aí e faça seu dever de casa. Você não quer passar naquele intercâmbio?

— Bem, sim, mas..!

— NÃO, SIMON!

Me calei, mordendo os lábios. Eu nunca posso participar dos jogos de luta.

O problema de se morar na menor cidade da Noruega, é que, você não tem muita coisa pra fazer. Berk, o nome da minha cidadezinha, é, praticamente, o lar das lutas.

O problema, na verdade, é que todos lutam, todos mesmo. Menos eu. E isso é extremamente deprimente. Principalmente pelo fato do meu pai ser o maior lutador em décadas.

O nome dele é Stoico, mas o pessoal de Berk carinhosamente o apelidou de “O Imenso”. Já eu? Sou Soluço.

Soluço. Quem diabos é apelidado de Soluço?!

O caso é: em Berk, todos ganham um apelido baseado em suas ações/aparência.

Mas, não acaba aí! Não, não. Não basta eu ser apelidado de Soluço, já que, supostamente, eu só sei chorar e soluçar. Não.

Tem que colocar exatamente assim: “Simon – Soluço, o Inútil”, ah, que agradável.

Bem, eu não posso exatamente culpá-los. Sou de uma cidade onde todos são brutamontes. Já eu? Sou extremamente magrelo e nerd. Eu não sei lutar, sei pensar. Em alguns lugares, isso é ótimo. Em Berk? Nem tanto.

Exatamente por isso, me inscrevi num intercâmbio para Michigan, Estados Unidos. Um lugar onde Mike – ou Melequento, tanto faz – não vai mais ficar me enchendo o saco por, mesmo sendo meu primo, ser o vici-campeão dos jogos de luta.

E o campeão é, quero dizer, campeã, é ninguém mais ninguém menos que Astrid Hofferson. Eu não tenho uma queda por ela, por mais que o Perna-de-Peixe (vulgo, Justin) diga o contrário. Eu tenho é uma admiração, por ela ser a mais forte dos campeonatos infanto-juvenil. Admiração! Admiração!

Mas eu quero provar para todos que me chamam de Inútil pelas costas, que eu posso sim, lutar usando a inteligência. Mas meu pai é muito superprotetor, então, ele não me deixa nem chegar perto das competições, usando a desculpa de que preciso estudar para passar no intercâmbio.

As vezes acho que ele está terrivelmente desesperado para se livrar de mim. A vergonha da família.

Tipo, até a minha mãe é uma grande lutadora, Valhalarama. Ei, não é um nome muito comum, mas, qual é, somos noruegueses!

— Soluço!!

— AAH! — Me virei assustado. Fiquei tanto tempo pensando na vida que esqueci completamente que meu pai estava falando comigo. — Sim, pai?

— Perna-de-Peixe está aqui. Mando entrar?

— Claro, pode ser.

— Oi Soluço, como você está? — Perguntou Perna-de-Peixe assim que entrou no meu quarto.

— Bem, por que não estaria? — Perguntei desconfiado.

— Ah, você sabe... A prova que é amanhã, e toda a pressão porque, se você não passar, você será considerado mais inútil ainda, e tem a Astrid que nunca vai olhar pra você e-

— JUSTIN! — Berrei. — Eu estou bem, okay? Não precisa me jogar pras cobras da pressão! E eu não quero que a Astrid fique me olhando!! Que coisa!

— Bem — Disse Perna-de-Peixe casualmente, o olhei desconfiado. —, eu só acho que você tem que passar. Já pensou? A Astrid passa e você não? Contrangedoor!

— Epaaa! Volta a fita, Astrid vai fazer a prova de intercâmbio para Michigan?

— Ah! Você não estava sabendo? Bafoca-de-Maluquício estava todo tristonho porque Astrid não vai mais bater no Melequento.

— Isso... É deprimente. Bafoca não tem nada melhor pra fazer, não?

— Bem, ele pode ficar ensinando Cabeçaquente e Cabeçadura matemática, mas, sinceramente? Não acho que eles vão sair do fundamental.

— Depois o meu pai pergunta porque quero cair fora de Berk. — Suspiro.

Perna-de-Peixe me olhou com aqueles grandes olhos azuis sob os óculos, piscando.

— Você vai me abandonar aqui com esses cabeças de bagre? Que cruel, Soluço. Que tipo de melhor amigo é você?

— Já disse que você pode muito bem fazer a prova e vir comigo.

— Eu não acho uma boa idéia... Talvez o meu corpo esquelético não possa se acostumar com o clima de Michigan.

— As garotas de lá são bonitas. — Tentei persuadi-lo.

— E daí? O amor da sua vida é a C-a-m-i-c-a-z-i.

— Perna-de-Peixe, você acabou de me chamar de Camicazi?

Eu devo ter pulado tão alto que minha cueca deve ter ficado para trás.

— A-A-Astrid! — Balbuciei. — O-o quê? Camicazi? Claro que não! Justin quis dizer... Hãn...

Astrid me olhou de forma desconfiada. Aqueles olhos azul tempestade estavam me matando. Ela estava na porta do meu quarto, cruzando os braços enquanto se encostava na porta.

— Ótimo. Porque, se alguém me chamar de Camicazi, a Ladra do Pântano mais uma vez... — E pegou um taco de beisebol que estava por perto atirando perto o suficiente para arrancar minha cabeça.

— Ah, não é simplesmente magnífico que seu nome seja em homenagem a uma flor? Você é tão meiga!

— Não enche, Simon. Perna-de-Peixe me contou que você vai fazer aquela prova para o intercâmbio. É verdade?

Olhei irritado para Perna-de-Peixe. Típico.

— Sim, é verdade.

— Ótimo! Me ajude em matemática, eu odeeeeeio números.

— Claro, Astrid. Sem problemas. A prova é amanhã, você vai fazer também?

— É claro! Não agüento mais esse pessoal de Berk. Tudo bem que eu adoro lutar, mas...

— Tá, ta. Eu entendo.

Perna-de-Peixe me lançou um olhar malicioso, o que resultou numa estranha queimação nas minhas bochechas. Olhei irritado para ele, e tirei minha franja do rumo dos meus olhos.

— Argh. Vou cortar esse cabelo assim que terminar a prova.

— Por quê? —Perguntou Astrid me encarando. — Seu cabelo fica bem melhor assim, grande.

Olha só! A queimação aumentou.

— C-certo. Vamos aos números.

[...]

— Vamos Perna-de-Peixe, me solte. Qual é. Me larga. Eu vou perder o avião. — Não quero ser grosso com o coitado do Justin que vai ser obrigado a ficar aqui com aqueles brutamontes, mas eu preciso do espaço pessoal.

— LARGA ELE, JUSTIN! — Berrou meu pai, mas o tom não era irritado, era mais como... Aviso.

Essa não.

— AAAH! MEU FILHO! VOCÊ VAI DEIXAR A MAMÃE! — É, minha mãe. Ela praticamente arremessou o coitado do Perna-de-Peixe para fora do aeroporto.

— Não se preocupe, Valhalarama, eu vou cuidar bem do Simon.

— Heh... Só vai morar você e o Soluço no apartamento, Astrid? — Perguntou meu avô, também conhecido como Velho Enrugado.

Imediatamente, eu corei. Perna-de-Peixe e Melequento ficaram me enchendo o saco o dia inteiro por eu e Astrid termos passado na prova, e consequentemente, fadados a dividir um apartamento.

Aquelas mentes poluídas...

— Vovô, já discutimos sobre isso. Astrid vai ficar no seu canto da casa, e eu no meu canto da casa. Pare de colocar esse tom malicioso!

— É. Pare com isso, é constrangedor! — Exclamou Astrid. Ei, ela está corando?

[...]

— SIMON HADDOCK! — Berrou Astrid de algum lugar do apartamento.

Imediatamente, senti um calafrio. Faz mais ou menos uns dois meses desde que ela e o tal do Frost terminaram, apesar de que eu não falo com ele. Só o vejo de longe.

Na verdade, desde que Astrid e eu nos mudamos, a única pessoa a qual eu converso é ela. Bem, ela e a tal da Merida, mas eu e a ruiva nos falamos muito pouco.

— O que foi? — Perguntei num tom mais alto para que ela possa escutar.

— Minha toalha! Onde está minha maldita toalha?!

— E eu vou saber?

— Pega pra mim, Soluço!

— E a palavra mágica? —Debochei.

— OU EU ARRANCO SUAS BOLAS!

— Tudo bem, sem magia.

Bati na porta do banheiro e esperei que Astrid a abrisse. Assim que ela o fez, estendi a toalha para longe dela, no alto, para que ela não possa alcançar. Astrid estava escondida atrás da porta e seu cabelo estava molhado.

Prefiro não pensar muito nisso.

— Vamos, vamos. As duas palavrinhas mágicas.

Astrid estendeu a mão.

— Me dá.

— Não essas.

— Eu te mato.

— Já são três, e ainda por cima estão erradas.

— Soluço...

— Sim?

— Pensa rápido!

E antes que eu tenha qualquer outra reação, a porta é aberta de uma vez, fazendo com que eu me assuste e afrouxe um pouco a distancia da toalha. A próxima coisa que eu registrei foi que eu fui jogado, com Astrid em cima de mim, e a bendita toalha ainda estava bem presa na minha mão. Arregalei os olhos.

O que não deve ter sido uma boa idéia, já que a próxima coisa que eu vi foi Astrid ficando completamente vermelhada e me dando um tapa na direção dos olhos, assim, me fazendo ver mais nada.

— V-viu o que você fez?

— D-droga Camicazi! Era só pedir por favor!

— Você me chamou de quê?

Senti o corpo molhado de Astrid em cima do meu se remexer, indignada. Como se não fosse possível, corei ainda mais.

— N-não se mexa, caramba! Fique parada!

Senti ela se remexendo ainda mais e tentando tirar a toalha da minha mão. Apertei a toalha ainda mais.

— Hã-hã! Vamos lá, peça por favor, gentilmente. E eu vou pensar se te entrego a toalha ou não.

— Seu...

— Você está encharcando toda minha roupa, Srta. Hofferson.

— I-idiota! Me dá a droga da toalha.

— Astrid Hofferson, Camicazi, a Ladra do Pântano. Simplesmente orgulhosa demais para pedir por favor.

Senti ela se remexendo ainda mais.

— S-sério, Camicazi, não se mexa tanto assim. Isso é tortura. — Murmurei.

— Me entregue a toalha, e pare de me chamar de Camicazi.

— Peça por favor!

— Nunca!

Eu não consigo enxergar nada, droga. Que desperdício. Será que ela pode, por favor, parar de se mexer?

Abri a boca para tentar arrancar um “por favor” dela, mas ela, rapidamente, foi selada. Pelos lábios de Astrid.

Ai, meu bondoso Thor.

Eu já estava pensando que o meu cérebro tinha derretido quando senti a toalha ser tirada da minha mão – que, pela surpresa, eu tinha afrouxado o aperto. Recebi um tapa na minha testa, provavelmente se certificando de que eu não vá olhar. Assim, seguido pelo corpo de Astrid que saiu de cima do meu. A próxima coisa que registrei foi o barulho da porta batendo.

Então, aqui estou eu: molhado, corado e decepcionado que não tenha conseguido mais do que um selinho.

[...]

Então, essas ultimas semanas estão sendo meio constrangedoras. Dividir o apartamento com Astrid nunca foi tão difícil. Não que eu ou ela fazemos alguma coisa, ou discutimos. Estamos normais. Ou pelo menos, fingimos que estamos normais.

Só que... Toda vez que eu faço alguma coisa como, fazer o prato favorito de Astrid no meu dia de cozinhar, ou, ajudar ela com a lição de matemática... Eu meio que... Ganho um beijo. Na boca.

Não que eu esteja reclamando! Mas... É meio constrangedor. Eu nem sei do que posso chamar Astrid. Ficante? Amiga colorida? Namorada?

Aaargh, fico estressando minha cabeça com isso a toa. Vou ver TV.

Ou pelo menos, era o plano original.

Eu só pisquei... Não deveria estar de noite, muito menos um cobertor se materializar em mim.

— Ei, Soluço. Acordou? — Escutei a voz de Astrid no meu ouvido.

Contive um grito. Consigo ouvir meu coração daqui. Me pergunto se ela não está ouvindo também, de tão perto que está.

— Bem, a menos que eu tenha virado um novo tipo de sonâmbulo que fala e fica de olhos abertos, acho que estou acordado.

— Hum. Bom saber.

E se afastou, indo em direção a cozinha.

Ei!

— Epa, volta aqui! Por quanto tempo eu dormi?

— Ah, sei lá. Umas quatro horas. Talvez mais.

— Q-quatro horas?! Minha lição! Eu não fiz nada! Eu to ferrado, eu...

— Você, Soluço, devia calar a boca de vez em quando. Eu fiz seu dever de casa. Me agradeça depois.

— Você... — Me levantei do sofá e corri em direção a Astrid. — Você fez minha lição?

— Preciso repetir?

— Ah! Muito obrigado, Camicazi!

— Tsk, não me chame de Camicazi!

Dei uma risadinha e beijei a testa da loira.

— Sério, muito obrigado.

Notei as bochechas de Astrid ficarem levemente rosadas. As minhas, provavelmente, devem estar assim, também.

— Sabe o seu agradecimento?

— O que tem?

— Vou cobrar.

— O que você quer?

— Isso.

E sem aviso prévio, me puxou pela gola da camisa e pressionou seus lábios nos meus. Fechei os olhos e fiz algo que nunca tinha feito antes: segurei a cintura de Astrid, a prendendo junto a mim.

Pela primeira vez, nosso beijo não foi só um selinho.


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Notas finais do capítulo

Na verdade, eu faria mais um "Qual É A Sua Teoria", mas, um certo espertinho (no bom sentido, meu bem) já adivinhou umas coisas, então, o próximo especial vai ser o shipp que ele escolheu, que foi ~tananananã~ AsterxAna! =3Anyway, aqui está o especial, e mais tarde (ainda hoje, terça, é terça) eu posto o capítulo normal =3Beijos, e até daqui algumas horas.Agora, eu vou dormir ~desmaia na frente do computador~