Como, o que, onde, que porra ta acontecendo?

Forma simples, a mulher do cara que você beijou ontem está do outro lado da porta esperando que você abra a porta.

Você acha que ela viu ontem a gente se beijando?

Qual seria a outra razão dela estar aqui caso ela não tivesse visto?!

O que a gente faz? Finge que não esta em casa?

Depois do barulho que fizemos?! Ela já deve saber que estamos em casa

O que a gente faz?

Ahhh, agora você quer falar comigo, né? Quando o galã estava dando em cima da gente você me ignorou

Tá, você tinha razão, é isso que você queria ouvir?

Sim

Tá, você tinha razão. Dá pra me ajudar agora?

Tá, faz o seguinte, abre a porta, não deixe ela falar, peça desculpa e fale que nunca mais vai se aproximar do marido dela e feche a porta antes que ela possa falar!

Você acha que vai funcionar?

Não, mas você tem um plano melhor?

Tá, vamos ficar com seu plano, mas eu quero que você saiba que eu vou te culpar se isso der merda!

Tá, tá, não é como se você assumisse a culpa de qualquer coisa mesmo.

Nicolas abriu a porta e encarou a mulher de Arthur que parecia entediada, fazia uma semana desde que Nick tinha beijado ele, uma semana que o professor estava evitando Arthur e agora a mulher dele que Nicolas nem sabia o nome estava parada em frente a ele.

- Tudo bem, acho que nunca fomos devidamente apresentados, meu nome é Eliza. - A morena esticou a mão esperando que o dono da casa a cumprimente-se. Nick demorou um tempo para reagir, mas logo apertou a mão estendida

- Prazer, Nicolas. Olha, sobre semana passada... - ele tentou começar a se explicar e ficar no plano.

- Então tá, vamos direto ao assunto pelo jeito... - A morena tentou interromper o professor que continuou falando.

- Não, deixa eu falar, eu queria pedir desculpas... - falou tentando impedir ela de falar qualquer coisa.

- Não, você não ta entendendo... - Eliza tentou de novo parar as desculpas do ruivo que não calava a boca.

- Não foi a intenção...

- Deixa eu explicar...

- Eu não vou voltar a me aproximar do Arthur...

- NÓS TEMOS UM CASAMENTO ABERTO! - Eliza já tinha perdido a paciência, tudo que ela queria era voltar logo para casa. Ela odiava ter que sair de casa. Se pudesse, entraria em prisão domiciliar. Nick parou de falar tentando processar a informação que tinha acabado de ser jogada nele.

- O que? Como assim? - A cara que Nicolas fazia era de um perfeito ponto de interrogação.

- Posso entrar para a gente não ter essa conversa na porta da sua casa? - Eliza gesticulou para mostrar que ambos estavam praticamente no corredor do andar que o professor vivia e que os vizinhos poderiam muito bem ouvir toda a conversa.

- Sim, sim, entra... - Nick deu passagem para Eliza entrar. O apartamento do ruivo era simples, tinha um quarto, um banheiro, uma sala razoavelmente grande com uma cozinha americana. A morena logo sentou no sofá de couro da sala e ele sentou na poltrona.

- Eu e o Arthur, nós temos um casamento aberto, é por isso que eu vim aqui...

- Você veio aqui explicar que está tudo bem eu ficar com o Arthur?

- Basicamente

- Por que?

- Por que eu vivo com ele, e ele não parava de me encher o saco.

- Ah, mas por que vocês tem um relacionamento aberto?

- Ah, isso. Eu e ele somos melhores amigos desde a infância e nós dois somos gays, e queríamos muito uma família, mas como nós dois somos muito chatos não encontramos ninguém com quem casar, por isso casamos um com o outro e constituímos uma família. Para evitar preconceitos, nós fingimos ser um casal normal, mas temos um casamento aberto, ele sai com homens e eu com mulheres - ela falou tudo isso como se isso fosse absolutamente óbvio e era idiotice de Nick não ter percebido.

- Ninguém quis casar com o Arthur? - de tudo o que tinha ouvido aquilo era o mais impressionante - mas ele é tão maravilhoso.

- Você não conhece ele como eu - falou a mulher com um ar cansado.

- Então vocês não tem um relacionamento romântico? - perguntou Nick feliz.

- Olha, eu amo ele de todo coração, não neste exato momento porque ele me fez sair de casa no fim de semana, mas ainda assim eu amo ele. Mas ele ainda é um homem, então romanticamente não, nós não temos esse tipo de relacionamento. - Finalizou Eliza que reparou a cara de choque que Nick fazia - Por que todo mundo olha a gente com essa cara?

- Humm, desculpa...

- Tudo bem. Olha, eu e o Arthur vamos dar uma festa de halloween sábado que vem dia 2 de novembro, vai ser no salão de festas do nosso apartamento, nós estamos te convidando, e aqui, dá uma chance pra aquele idiota, você tem idéia do quanto eu estou ouvindo ele reclamando?

- Desculpa...

- Ai, acho que é coisa de homem gay de não ter atitude. De qualquer forma, eu já fiz o que eu queria. Foi um prazer falar com você Nicolas - falou ela indo em direção a porta, mas parando no meio do caminho e se virando para o professor - Você não é muito barulhento na cama não, é?

- O que? - perguntou ele surpreso pela pergunta e desconfortável.

- Deixa pra lá. Eu devo descobrir em pouco tempo. Te vejo depois. - Terminou abrindo a porta para sair do apartamento deixando um Nicolas ainda boquiaberto com a informação.

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Finalmente tinha chegado a festa de halloween de James e Mary estava animada. Tinha passado semanas procurando uma fantasia e tinha encontrado a perfeita. Ela iria de Rainha de Copas de Alice no País das Maravilhas. A fantasia era um vestido estilo realeza vermelho, branco e preto com o nipe copas, a roupa mostrava seu corpo de forma bonita, mas apropriado.

Ela adorava aquela festa. Os pais de James sempre organizavam aquela festa na qual sempre chamava toda a família e amigos. Considerando que Enliza e Arthur conhecem muita gente alternativa, sempre vem todos os tipos de pessoas para a festa, tornando esta muito interessante.

Quando ela chegou na festa a primeira coisa que viu foi James e Jean ficando no meio do salão de festas, o que acabou com seu bom-humor. Eles estavam fantasiados como um casal, de noivo e noiva cadáver, o que por algum motivo irritou a ruiva. Estava achando Jean extremamente irritante apesar de nunca ter conversado com ela. Os dois juntos pareciam aqueles casais de celebridades que ficavam só porque os seus personagens em um filme eram um casal. Mas, como sua raiva era um tanto injustificada, foi cumprimentá-los fingindo não se importar.

- Oi, James, oi Jean. Adorei as fantasias!

- Você gostou? Que bom, foi muito difícil a gente encontrar uma fantasia que nos dois gostássemos. – Comentou James com o braço ainda na cintura de Jean que sorriu para Mary.

- Onde é que tá o resto do povo? Thomas, Emely? – perguntou a ruiva. Não queria ficar de vela.

- Eles estão na mesa perto da saida para o jardim – respondeu o garoto.

- A Bia já chegou?

- Já, acho que ela está no bar – falou Jean meio acanhada. Mary não tinha sido exatamente simpática com ela recentemente, o que fez ela ficar tímida. A ruiva sabia que não deveria agir assim. Na verdade nem sabia explicar seu comportamento direito. Ela estava indignada com o relacionamento dos dois, apesar de nenhum dos dois estarem fazendoalgo realmente errado. Existia aquele negócio do contrato de amizade com James, mas não era algo realmente sério. Mesmo assim, continuava com a sensação de que aquele relacionamento estava errado.

- Tá, muito obrigada por ter convidado ela,falando nisso. Eu sei que você só fez isso por mim – falou a ruiva saindo em procura da garota.

Mary e Bia começaram a se falar na festa do Alex e se tornaram boas amigas. O única problema era que assim como Emely não gostava de Bia, Paul não gostava de Mary, e isso complicava que elas se falassem muito na escola. Então pediu a James para convidá-la para festa, onde no mínimo Paul não estaria lá para atrapalhar.

- Oi Bia, que bom que você veio. Adorei a fantasia, é aquela vilã de Batman, né? Qual que é o nome mesmo?

- É a Harley Quinn. Que bom que você gostou. Adorei a roupa de rainha de copas.Você tem mesmo cara de nobreza – falou a garota de cabelos prateados.

- Cara de governante poderosa?

- Não. Cara de mimada – falou com uma risada.

- Que absurdo – falou com falsa indignação dando um tapa no braço da amiga de brincadeira.

- Mas e ai? Alguma novidade? – perguntou Bia tentando puxar assunto.

- Nada fora do comum. Por que você ta aqui e não na mesa com o Thomas e a Emely? Você e o Thomas se dão bem, não? – comentou a ruiva. Apesar do drama dos dois quando tiveram que fazer um dueto, eles até se deram bem depois.

- Sim, nos damos, mas a Emely estava sendo tão grossa comigo que eu acabei saindo de lá. Ela me odeia por alguma razão em particular?

- Não, ela trata assim todo mundo que ela não ama de todo o coração. E ela não ama ninguém de todo coração. Só talvez o Thomas.

- Ah é? – falou rindo – Entendi. E como você está lidando com seu ciúmes do James?

- Eu não to com ciúmes dele! – falou a garota, surpresa com a idéia. De onde ela tirou isso? pensou.

- Claro que não, você só não gosta da idéia do James namorando alguém – falou Bia em tom sarcástico.

- Exatamente – falou Mary com ingenuidade

- Quem tá com ciumes de quem? – perguntou Danniel que tinha acabado de chegar na festa.

- Hey Dani! – cumprimentou Mary. Ele estava com uma fantasia de Han Solo de Star Wars.

- A Mary ta com ciúmes do James – falou a Harley Quinn em tom sarcástico.

- Eu achava que isso era conhecimento popular – comentou Danniel que arrancou uma risada da Bia e uma cara feia da Mary – eu até entendo. Ver o seu melhor amigo com outra pessoa enquanto você está solteira, dá um pouco de ciúmes mesmo.

- Vocês dois são muito chatos isso sim!

- Claro, mas você nos ama! – falou Danniel brincando – de qualquer forma, essa festa tá muito parada. Você quer dançar Mary?

-Deixa eu pensar – Mary parou para prestar atenção na música. Era uma música eletrônica animada e com um bom ritmo – claro. Vamos nos divertir.

Foram para a pista de dança e começaram a dançar. Danniel dançava muito bem, conseguia fazer movimentos muito legais de street dance e alguns ao estilo Michael Jackson, mas fazia alguns intencionalmente cômicos, o que levava Mary a gargalhadas. A garota não tinha bebido uma gota de álcool, mas se sentia embriagada com o amigo, bem alegre e desinibida. Depois de se divertirem por um tempo começou a tocar uma música lenta da Celine Dion. O pai de James amava ela. Mary pensou em voltar ao bar, mas Dan pegou sua mão e começou a guiá-la em um ritmo lento. Ficaram dançando por um tempo, a garota sabia que não devia ficar dançando musicas lentas, elas nunca acabavam bem A música parou e eles ficaram se encarando de frente bem perto por um tempo, o que deixou Mary nervosa. Danniel passou as mãos pelo pescoço dela e disse:

- Mary...

- Aquele é o Arthur ficando com o nosso professor? - falou a menina quebrando completamente o momento e fazendo o garoto se virar para onde estava apontando. O pai de James realmente estava beijando apaixonadamente o professor do Glee club.

- Meu deus é sim. Nossa, não que seja raro ele ficar com alguém em festas, mas com o nosso professor? Essa eu não esperava – falou Danniel um pouco desapontado com a ruiva – eu vou pegar uma bebida, depois eu te encontro – falou o garoto saindo.

Mary se sentiu um pouco mal. Sabia que tinha interrompido algo que não deveria, mas foi quase que um reflexo involuntário. Uma fuga daquela situação surgiu e ela aproveitou sem nem pensar direito. Começou a refletir sobre o que ele provavelmente teria dito até que James apareceu e a convidou para dançar. Foi só ele chamar que ela se esqueceu sobre o que estava pensando e foi se divertir na pista de dança.

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Angel tinha feito algo que nunca pensou que faria. Ela concordou com Paul em alguma coisa! Quando o garoto tinha chegado sexta-feira na hora do almoço com essa ideia ninguem tinha concordado, porque, ca entre nos?! Qual popular iria querer entrar na festa de um loser? E ainda por cima de penetra? Paul achava que ninguem fosse concordar, então imagina a sua supresa quando Angel topou a ideia.

- Ok, eu vou na festa com você. – Quando Angel concordou Alex e Paul ficaram encarando ela com cara de espanto como quem dizia “o que te possuiu?”

- Você topa? – Alex perguntou ainda esperando o “É claro que não, idiota”.

- Aham, é festa a fantasia, você já pensou o que vai usar Paul? – A garota tentou mudar de assunto. A razão dela ter concordado foi que ela queria tentar arrumar jeitos de se aproximar da Jean, e ela tinha pouco tempo até que Alex percebesse isso. O namoro dela com o James tinha começado muito do nada e sempre quando Angel perguntava sobre o namoro para sua amiga ela respondia com respostas vagas e sem muita animação, o que levou Angel a crer que aquele namoro não iria para a frente. Ela se sentia mal por estar tentando acabar com o namoro dos dois, mas como dizem, no amor e na guerra, vale tudo.

Alex acabou concordando em ir só para não ficar de fora. Odiava quando o grupo comentava de um evento em que ele não estava presente. E foi assim que os três acabaram no salão de festas da casa do James. Não foi tão difícil entrar na festa, na verdade tinha sido até fácil, eles só precisaram chegar no porteiro e falar que tinha sido convidados.

Alex foi fantasiado de polícal, uma fantasia que ele tinha ainda guardada da festa de halloween do ano passado, Paul foi fantasiado de fantasma da ópera, uma fantasia que ele tinha de quando interpretou o personagem em um musical da sua escola de música. A fantasia de Angel era de pirata e envolvia uma mascara que cobria boa parte do seu rosto, em uma blusa branca no estilo de filme de pirata com uma calça preta o casaco e o chapeu tipico de pirata. A fantasia na verdade era masculina, mas era a única que não tinha sexy no meio, e ela viraria homem antes de virar uma vadia.

O trio ficou junto por um bom tempo, até porque eles não reconheciam quase ninguém, a maioria das pessoas tinham entre 20 a 40 anos. Paul foi o primeiro a desaparecer, ele logo saiu de perto quando viu Nicolas. Angel se perguntou o que o professor estaria fazendo ali, mas perdeu rapidamente o interesse. Depois Alex saiu para pegar uma bebida e desapareceu.

Angel começou a procurar por Jean. Ela viu James dançando com Mary, o que significava que Charlotte provavelmente estaria sozinha. Procurou por toda a festa até que finalmene a encontrou no bar. Ela estava com uma ótima fantasia de noiva cadáver, com um vestido de casamento e toda a maquiagem. Ela está tão linda pensou Angel.

- Gostaria de dançar? – Angel perguntou se aproximando e assuntando Jean. A garota demorou um tempo para responder, ela parecia um pouco tonta, mas no final aceitou a mão que Angel tinha esticado como oferta.

Ela arrastou Jean para um canto da festa onde nem elas pudessem ver James e nem o garoto pudesse ver elas. Estava tocando A Little Respect no fundo, não era uma música excelente para criar um clima, mas era pelo menos não era sertanejo.

Começaram a dançar e a se divertir, era óbvio que Jean estava bêbada, mas mesmo assim, ela ainda dançava com um mínimo de dignidade, a garota não parava de sorrir para Angel. Mesmo com todas as complicações, elas ainda tinham muita química. Angel se lembrava de quando cantaram Accidentaly in Love juntas. Depois de um tempo a loira perguntou:

- Quem é você?

Ah, meu deus, ela não me reconheceu

Nossa, ela tá retardada de bêbada. Tipo, a fantasia nem é tão boa assim

O que a gente faz? Fala pra ela?

Eu não sei. A gente ta tendo um momento tão legal

Mas ela não sabe que é a gente. Ainda conta como um momento?

Claro que conta

É, tem razão. Ah meu deus, ela ta falando, presta atenção

- Você não vai me falar não pirata? Já devo te falar que eu já tenho um homem na minha vida – falou a garota com o halito cheirando a bebida

Ela acha que a gente é um homem!

Bem, a fantasia é masculina...

Mesmo assim

Eu já disse, ela ta retardada de bêbada

Bem, acho que temos de falar a verdade

- Bem, eu não acho que vou roubar o posto de seu homem, porque eu precisaria ser um em primeiro lugar – Angel comentou esperando uma reação de Jean que arregalou os olhos e riu.

- Angel?

- Demorou! – Ambas riram.

- O que você tá fazendo aqui? Não que eu não esteja contente em te ver, mas você e o James não são exatamente proximos e...

- O Paul me arrastou para cá, é segredo, mas eu estou de penetra – Angel se aproximou de Jean e sussurou isso no ouvido dela o que fez Charlotte errubecer.

- Tudo bem, seu segredo está a salvo comigo. Ta gostando da festa?

-Eu estou adorando dançar com você, então acho que estou gostando da festa – falou tentando parecer romântica de forma bem sutil – e você? Antes de eu te chamar você parecia meio sozinha. O James te largou pra dançar com a Mary?

- Na verdade eu que insisti que ele fosse – falou Charlie soltando uma risadinha – ele queria era dançar comigo, mas eu não tava afim de dançar.

- Você não tava afim de dançar com seu namorado, mas tava afim de dançar com um estranho? – perguntou Angel percebendo o que aquilo significava.

- Bem, sim – falou com uma certa simplicidade.

- O namoro de vocês ta indo bem? – perguntou a morena esperando que o fato da garota estar bêbada fizesse que respondesse com sinceridade.

- Ah, não muito bem na verdade. É que tipo, o James é fofo, legal, simpático, bonito, romântico... ele é realmente incrível e eu deveria amar ele por tudo isso, mas eu não sinto aquele sentimento que é escrito em romances, sabe? Aquele amor ardente, aquela necessidade de ver a pessoa o tempo inteiro... – falou a garota de forma triste – eu me sinto horrível, mas eu até tenho um pouco de preguiça de passar tempo com ele.

- Então por que você ainda tá com ele? – falou a morena.

- Por que eu deveria me apaixonar por ele. Ele é perfeito comigo, mas eu não sinto diferente. O que tem de errado comigo pra eu não gostar de um cara tão perfeito comigo? – falou a garota com uma cara de tristeza.

- Jean, não tem nada de errado com você só porque você não está apaixonada. Você é ótima. Você é perfeita – Angel falou levantando o rosto de Charlie e olhando-a nos olhos. Ambas estavam dançando bem próximas. Angel estava aproximando seu rosto do da Jean bem devagar para ver a reação da garota que não fez nenhum movimento para afastar ou se aproximar. A distância entre as duas foi diminuindo, e diminuindo, ficando cada vez menor ... até que aumentou de repente.

James estava chamando pela namorada e indo na direção delas. Quando Angie o ouviu chamando, se afastou e saiu de fininho. Ela estava de penetra, e logo não poderia ser vista pelo dono da festa. Se afastou bastante e se virou a tempo de ver o casal se beijando, o que foi como uma agulha no coração. Só então percebeu que a fantasia deles era em casal, eram o noivo e noiva cadáver, o que foi outra agulha no coração.

A morena saiu procurando por Paul e Alex e achou Alex sentado conversando com duas garotas e rindo. Quando o garoto viu a cara de sua amiga sabia que não vinha coisa boa.

- Eu vi você e a Jean dançando no maior clima – falou ele tentando animá-la.

- É, mas ela ainda tá namorando o James. E eu estou sozinha.

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Paul se sentia no paraíso apesar de ter falhado miseravelmente em ficar com seu professor que agora estava ficando com um Sr. Adans muito sexy, mas felizmente quatro caras lindos já tinham dado em cima dele, três ele conseguiu dispensar, mas o outro, ah! O outro! Ele estava fantasiado de cowboy com seus cabelos loiros, e preparem! Olhos violetas! Quando Paul viu os olhos daquele cara ele não conseguiu dizer não.

Eles ficaram conversando e Paul perguntou se aquele era mesmo o tom de cor dos olhos do cowboy e o cara explicou que era uma doença que tinha haver com o fato dele ser albino. Paul ficou com ele por tanto tempo que acabou esquecendo qual era o propósito dele ter vindo na festa. Não era culpa dele. O cara era simpático, bonito, beijava bem, e tinha olhos violetas. Mas, para sua sorte ou azar, depende do ponto de vista, sua irmã achou ele e o arrastou para longe do lindo cowboy de olhos violetas.

- O que você está fazendo aqui? - Bia perguntou arrastando seu irmão para fora do salão de festas. Paul podia ver que ela estava brava com ele.

- Me divertindo? - falou ele com o gosto do beijo na boca.

- Você não foi chamado para essa festa Paul! - falou a garota irritada. Paul demorou um segundo para lembrar o que estava fazendo ali, até que se lembrou que estava com ciúmes de Bia.

- Lógico que fui! Se chamam você está subentendido que eu vou aparecer também! Nós somos gêmeos, unidos no nascimento.

- Paul, você nem é amigo desse povo.

- Nem você! - ele não conseguia entender o que a irmã fazia com eles. Ele tinha medo dela estar se afastando dele de propósito.

- Lógico que eu sou! - falou ela meio indignada

- Desde quando? Desde quando você começou a se interessar por esse povo? O que? Você ta afim da Mary por acaso e por isso que você tá toda amiguinha dela?!

- Diferente de você Paul, eu não só penso em ficar com as pessoas!

- Desde quando?! - perguntou Paul surpreso. A irmã já tinha feito esquemas ridiculamente complicados para ficar com quem queria, e agora vinha com esse papo.

- Por mais que você goste de pensar, nós não somos idênticos Paul! Só porque somos gêmeos não quer dizer que devemos fazer tudo igual!

- Mas nós sempre fizemos!

- Já passou pela sua cabeça que eu não quisesse fazer todas aquelas coisas que você me arrastou para fazer?! - Paul se calou com isso. Não, nunca tinha passado pela cabeça dele. Ele admitia ser um pouco egocêntrico.

- O que você quer de mim?

- Que você vá embora, por favor. Vai pra casa e depois a gente conversa sobre isso - falou ela com uma calma que irritou Paul.

Ele virou as costas para Bia com raiva e começou a procurar a saída. Tinha achado aquela salão de festas absurdamente confusa, e acabou esbarrando no cara de olhos violeta.

- Você já está indo embora? Eu queria passar mais tempo com você - falou o albino. Paul olhou para a irmã do outro lado do salão e só para irritá-la resolveu ficar.

- Eu ia sair, mas por você, eu fico - falou se inclinando para beijar o homem.

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- Cara, a festa até que tá legal! - Danniel comentou se aproximando de James que estava sentado em uma das mesas esperando que Bia, Thomas, Mary ou Jean aparecessem.

- É, bem legal. - James não estava muito animado, ele não gostou muito de ter visto Jean dançando com aquele cara fantasiado de pirata, se bem que James ficou em duvida se era um cara ou uma garota, ele não conseguiu ter uma boa visão. Sem contar com o fato de que a Mary estava agindo de forma estranha com ele.

- Eu vi você e a Mary dançando. A Jean não ficou com ciúmes não?

- Não na verdade, por que? - Danniel as vezes se perguntava como seu amigo era tão tapado, mas preferiu deixar o assunto quieto.

- Sei lá, só perguntando. - Falou se fazendo de desentendido.

- Aqui, você não acha que a Mary esta agindo um pouco estranho ultimamente? - James estava preocupado com a amiga, ele tinha até perguntado para ela, mas Mary simplesmente falou que não era nada.

- Ah, é porque ela está brava com você. - Danniel falou com naturalidade como se fosse óbvio.

- Por que? - James estava chocado, o que ele tinha feito daquela vez? Normalmente Mary era bem explícita quando estava com raiva.

- Ela tá brava por você ter decidido namorar do nada sem falar com ela, alguma coisa envolvendo um contrato de 37 paginas sobre a amizade de vocês.

- Droga, é mesmo, isso tá tipo na pagina 14 no artigo 37, eu acho - Ele sempre se esquecia daquela pagina! Sua falta de memória ainda traria problemas para ele.

- Sério que vocês tem um contrato? - Danniel não sabia porque ainda se surpreendia com seus amigos.

- Bom, a gente meio que foi criando umas regras ao longo do tempo e teve umas férias que nós escrevemos ele, mas ai a gente perdeu. - James se lembrava, foi nas ferias de dois anos atrás - Você não imagina o que eu sou capaz de fazer quando acaba a internet.

- Vocês tem problema...

- Tá, tanto faz, vem comigo que eu quero pegar algo para beber.

Os garotos se dirigiram para o bar, James estava pegando sua bebida quando reparou na pessoa vestido de pirata, parecia a mesma pessoa, mas James não podia dizer nada alem do fato de que olhando de perto parecia ser uma mulher. Mas o que chamou a atenção dele foi o cara fantasiado de policial que estava conversando com duas outras garotas, uma fantasiada de Anjo e outra de Diabo.

- Mas ai a gente tava na minha festa, tendo um ótimo tempo sabe? Se divertindo e etc e o cara tava bêbado, mas eu fui completamente óbvio, eu ainda arrastei ele para um canto da festa que ninguém iria ver a gente ficar já que eu achava que ele ainda estava meio que no armário, eu perguntei se eu podia beijar ele antes de fazer qualquer coisa e ele concordou, mas o que acontece? Eu beijo ele e ele me empurra, eu pensei que talvez ele estivesse se fazendo de difícil, ai eu tentei beijar ele de novo e o garoto me da uma cabeçada. - Quando James começou a ouvir ele achou a cena meio familiar, até que ele notou que aquilo tinha acontecido com ele, o garoto se focou no policial para finalmente notar que aquele na verdade era o Alex!

- O que você está fazendo aqui?! - James estava irado, não só por causa do fato de que o Alex estava contando para outras pessoas o que tinha acontecido, mas também porque ele teve a cara de pau de aparecer na sua festa! - Você não foi convidado para essa festa!

- Hey, calma cara! - Alex falou levantando as mãos, porque querendo ou não era ele o penetra.

- Você veio aqui fazer o que? - perguntou James com impaciência - jogar uma bebida na minha cara? Me embebedar e me envergonhar na frente de todo mundo? Ou alguma outra idéia que você e seu grupo de idiotas tiveram para me humilhar?

- Cara, relaxa, ok? Eu não sou do tipo que faz isso. Foi a Gabi a Celina que aprontaram tudo isso ta? - falou tentando acalmar o garoto.

- É, não foi você, só o seu grupo de amigos, que assim como você, não foram convidados.

- Cara, uma pessoa a mais não vai fazer toda a diferença! Não precisa vir e fazer todo esse drama, não é como se você não tivesse sido um idiota também! - Reclamou Alex que estava perdendo a paciencia.

- SAI DA MINHA CASA AGORA! - Gritou James chamando a atenção de varias pessoas envolta deles.

- Tá, to indo. - Alex foi em direção a saída acompanhado da garota vestida de pirata, provavelmente outro penetra.

- Não acredito que ele teve a cara de pau de vir na festa.

- Ãh, você sabe que ele não é o único penetra, né? - Falou Danniel surpresou por ver seu amigo explodir daquela forma.

- Como assim?

- O Paul entrou de penetra também. - Quando as palavras saíram da sua boca ele se arrependeu por ver os olhos do seu amigo queimarem de ódio.

- O que? Vem que você vai me ajudar a achar ele para expulsar ele também.