Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Oin pessoas. Capítulo pequeno mas espero que gostem.
Queria lembrar pra vocês que acompanham UVD que eu fiz uma Short Fic especial pra vocês. Estou postando um capítulo todos os dias e amanhã postarei o último. As pessoas que acompanham lá estão decidindo se a fic vai ter ou não uma segunda temporada. Então convido vocês a lerem (afinal fiz pra vocês) e comentarem se querem a segunda temporada ou não.
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Capítulo 26

POV Draco Malfoy

Acordei na manhã seguinte me sentindo feliz como não me sentia há algum tempo. Tomei meu banho, troquei de roupa e fui pro salão comunal esperar o Blás. Assim que pus os olhos no salão percebi que não tinha sido boa ideia: Pansy me esperava sentada em uma poltrona e assim que me viu levantou correndo e veio dando passos rápidos e furiosos em minha direção.

– Será que dá pra gente conversar, Draco?

– Isso depende. Qual seria o assunto?

– Você sabe muito bem qual é.

– Então eu sinto muito, mas não. Tchauzinho, Pansy.

– Volte aqui, Malfoy. Não ouse dar mais um passo. Eu só quero conversar, não vou dar um chilique ou ter um ataque histérico. Podemos?

– Ok, Pansy, mas não aqui.

– Claro que não. Vem comigo, por favor?

– Claro.

Segui Pansy pra fora do salão e subindo as escadas, fomos andando e andando e muitos olhavam pra nós dois com curiosidade, mas continuavam a fazer suas coisas. Todos estavam muito agitados e percebi que o jogo de quadribol era bem mais importante e interessante do que meu namorico com Pansy. Aquilo me deixou até aliviado, afinal eu não teria que suportar a escola inteira no meu pé querendo saber porquê eu havia terminado. Era melhor até pra Pansy, que não seria tão ridicularizada pela rapidez na duração do nosso relacionamento.

Só paramos quando alcançamos o corredor do pátio de Transfiguração, como era fim de semana e ainda cedo o lugar estava deserto, chovia e todos estavam no grande salão pra tomar o desjejum. Eu também estava com fome, mas poderia ir comer depois, como era final de semana o café era servido até um pouco mais tarde. Pansy virou-se pra mim e começou o que pareceu um discurso muito bem ensaiado.

– Olha, Draco, eu não sei o que anda acontecendo com você. Você tem estado estranho desde o começo do ano e não conta pra ninguém o porquê. Se isolou com o Blás, mudou seu comportamento e até nas aulas você parece diferente. Quando você me pediu em namoro, pensei que toda essa sua estranheza fosse por causa disso, mas então há três dias você me vem com aquele papo de o nosso namoro ser só fachada e que você terminaria comigo a qualquer momento. Achei que você estava pirando, afinal, porque você iria querer ter um namoro de fachada? Eu sabia que alguma coisa estava muito errada com você e eu ainda não tenho a menor ideia do que seja. Só quero que você saiba que você pode ter terminado nosso namoro assim, do nada, mas eu ainda me considero sua amiga e, como tal, eu ainda vou tentar descobrir o que tem de errado com você e quando eu descobrir pode ter certeza que eu vou consertar e fazer tudo voltar ao que era antes desse ano maldito começar.

– Era só isso, Pansy?

– Sim. Pode ir, Draco, sei que você tá se coçando pra ir pra bem longe de mim.

– Eu não diria isso, mas ok. Até, Pansy.

Tinha algo errado nisso tudo, a Pansy que eu conheço jamais deixaria tudo isso barato desse jeito. Ela estava tramando alguma coisa, isso era mais do que certo.

Então, de repente, senti uma vontade imensa de ver Hermione. Voltei para o salão comunal para buscar o Blás. Se ela ainda estivesse tomando o café, talvez ele conseguisse fazer com que nos falássemos antes do jogo. O encontrei jogado numa das poltronas próximas da lareira.

– E aí, cara. Me disseram que você tinha saído com a Pansy, até me assustei. O que aconteceu?

– Nada importante. Ela só disse que sabe que tem algo errado e que vai descobrir e arrumar tudo. Sabe como é.

– É, agora vamos subir que eu tô mortinho de fome.

Corremos pro grande salão, mas pra minha decepção Hermione não estava lá. Enrolei um pouco pra terminar o café na esperança de que ela tivesse se atrasado, mas foi em vão. Ela já deveria estar no campo de quadribol a essa altura. Colocamos nossas capas de chuva e fui com Blás até a arquibancada da Sonserina. Consegui distinguir Hermione na arquibancada Grifinória, os cabelos molhados sendo castigados pelo vento. Eu não estava em melhores condições. Tomei meu lugar ao lado de Blás e esperamos a partida começar.

A princípio, tinha tudo pra ser uma partida na chuva como qualquer outra. Mas o tempo começou a piorar e logo nós nem conseguíamos mais enxergar nada, comecei a prestar atenção aos comentários do garoto grifinório que estava narrando o jogo pra ver se dava pra ter uma noção de como estavam as coisas. Lufa-Lufa perdia por cinquenta pontos já e o tal Diggory e o Potter não pareciam ter encontrado nem sinal do pomo ainda. Algum dos capitães pediu tempo e as duas equipes se reuniram nos cantos do campo. Quando o jogo recomeçou, Potter e Diggory voaram ambos na mesma direção, eles deviam ter avistado o pomo finalmente e subiram até desaparecerem entre as nuvens. Diggory não demorou a voltar, voando rapidamente na direção da pequena bolinha dourada. Ele estava quase pegando o pomo e não havia nem sinal do Potter. Será que finalmente ele ia perder? Comecei a gritar junto com os outros sonserinos “Diggory! Diggory!” e então ele pegou o pomo. No mesmo instante ouvimos barulhos sobressaltados vindos das outras arquibancadas e todos começaram a gritar. Potter estava caindo em direção ao campo, a vassoura perdida. Ele ia morrer.

Uma série de coisas começou a passar pela minha cabeça e eu não conseguia pensar direito. Me ouvi chamando o nome de Hermione e então Blás apertou meu braço apontando para o garoto que, milagrosamente, perdia velocidade. Quando ele finalmente caiu no chão foi como se não tivesse caído de mais de cinquenta metros e, sim, de cinquenta centímetros. Todos começaram a correr na direção do campo e Blás me puxou pra trás dos bancos.

– Merlin! Pensei que o Potter ia morrer, cara.

– Eu também.

– Porque chamou a Hermione?

– Ele é o melhor amigo dela. Como acha que ela se sente?

– Tem razão. Falaremos com ela depois.

– Não. Eu vou... eu vou... Quer saber? Espere por ela e mande ela me encontrar. Só diga que eu vou estar esperando por ela pra conversar. Ela vai saber onde me achar.

– Ih, quanto segredo, mas ok. Eu vou ficar perto da Ala Hospitalar e assim que ela aparecer, mando ela ir falar com você.

– Obrigado, cara.

– De nada. Até depois.

Blás desceu as arquibancadas e se meteu no meio da multidão que seguia rumo ao castelo. Fiquei parado ali mesmo. Como o Potter tinha sido salvo, eu nem fazia ideia, mas que ele tinha tido uma sorte incrível era indiscutível.

Esperei que o movimento diminuísse e então caminhei lentamente até a Torre de Astronomia. Sabia que Hermione me encontraria ali, afinal, fora ali na torre que nós finalmente admitimos nossos sentimentos pela primeira vez. Fora lá que nós praticamente começamos a namorar.

É, nós ainda não estávamos exatamente namorando, mas que importância tinha? Eu sabia que ela era minha assim como eu já era dela. Eu ainda não tinha descoberto exatamente quando comecei a sentir algo por ela, mas eu sabia que estava perdido assim que nos beijamos pela primeira vez, ver ela fugindo de mim tinha sido bem doloroso. Aliás, aqueles dois meses haviam sido um verdadeiro inferno. Agora tudo parecia que ia finalmente dar certo, apesar, é claro, de eu não poder leva-la ao baile de Halloween e também do fato de não poder dizer pra todos que ela era minha. Mesmo assim eu me sentia feliz.

Quando cheguei finalmente até o topo da torre foi que meus pensamentos se voltaram pro que havia acontecido durante o jogo. Eu havia ficado realmente assustado com a possibilidade de o Potter morrer. Eu podia pegar no pé dele e ter raiva e ciúmes por causa da Hermione mas também não queria ver o garoto morto. Ainda mais daquela maneira. No fundo eu sempre senti inveja do Potter por ter tudo que eu nunca tive.

Minha mãe era a única que parecia se preocupar comigo, mas mesmo assim sempre foi muito distante, meu pai, bem... Ele era frio. Quando eu era mais novo, via Lúcio como um verdadeiro héroi, sempre seguro de si, cheio de poder e influência. Eu queria ser como ele. Hoje, eu me pergunto porque eu pensava daquele jeito. Potter podia não ter a família dele, mas tinha os Weasleys, sempre carinhosos e atenciosos com ele, sempre o consideraram como mais um membro da família. Já a minha família era só eu e Blás, que também era meu único amigo verdadeiro. O único que eu tenho certeza que correria qualquer tipo de risco comigo. Todos os Weasleys e até Hermione morreriam pra proteger o cicatriz. E isso me irritava bastante.

Mesmo assim, eu jamais quis ver o garoto morto. Quando vi ele caindo, fiquei preocupado e apreensivo, claro que em grande parte pelo que aconteceria com Hermione se ele realmente morresse. De qualquer forma, ninguém podia me acusar de ser insensível pelo menos.

Eu sabia que Hermione demoraria a chegar, mas sentia como se séculos tivessem passado e nada dela aparecer. Já estava desistindo e indo atrás dela na enfermaria quando ouvi passos subindo as escadas. Assim que ela apareceu na torre eu corri pra abraçá-la, ela enterrou o rosto em meu peito e começou a chorar. Eu apenas a segurei mais forte e comecei a tranquilizá-la.

– Calma. Ele tá vivo, isso que importa. Ele tá bem, não tá? – ela assentiu, sem se afastar – Então, calma. Ele tá bem, não aconteceu nada e logo ele tá pronto pra outra.

Hermione continuou chorando por pelo menos dez minutos e então finalmente pareceu se acalmar. Se afastou devagar e usou as mãos pra secar o rosto. Eu deixei que ela se afastasse um pouco pra respirar, mas mesmo assim não a soltei.

– Sabe, o Harry é mesmo um idiota. Não foi culpa dele, mas ele não devia ter subido tão alto.

– O que aconteceu, afinal? E como em nome de Merlin ele conseguiu sobreviver?

– Dumbledore. Ele fez alguma espécie de feitiço e conseguiu salvar o Harry. Ele estava voando atrás do pomo, sabe? O Harry. E o Diggory não saía de perto dele, os dois estavam disputando o pomo e então Harry perdeu a bolinha de vista. Cedrico a encontrou e desceu, mas Harry não viu e de repente foi cercado por dementadores. Eles atacaram o Harry e derrubaram ele da vassoura.

– Que coisa horrível.

– É, mas graças a deus ele está bem. Isso que importa.

– Sim. Isso que importa.

Abracei ela de novo e ficamos assim por bastante tempo. Comecei a me cansar e pelo visto ela também, então fomos até a amurada e nos encostamos sentando no chão. Hermione encostou a cabeça no meu ombro e eu encostei minha cabeça sobre a dela.

– Não vi você durante o café da manhã.

– Eu sei. Procurei você, sabia? Mas você já tinha ido para o campo.

– Porque não subiu mais cedo?

– Acredite, eu ia chegar cedo. Pansy me parou.

– Ah, é. Ouvi que vocês terminaram.

– Engraçadinha. Sabe porquê fiz isso.

– O que ela queria com você?

– O que você acha? Reclamar. Ela disse que não ia falar nada sobre esse nosso rompimento. Mas disse que sabia que tinha algo errado acontecendo comigo e afirmou que descobriria o quê.

– Ah, jura?

– Sim. E ainda disse que quando descobrir me põe na linha de novo. Mal ela sabe.

– Sabe o que?

– Que eu estou irremediavelmente perdido.

Levantei minha cabeça e levantei o rosto de Hermione na direção do meu. Afastei uma mecha de cabelo pra trás e encostei meu nariz no dela.

– Perdido, é?

– Sim. Ninguém jamais vai ser capaz de me fazer voltar ao que era antes.

– Porque não?

– Porque eu me perdi em você e sei que jamais vou achar meu caminho de volta. Nem se eu quisesse. Eu sou seu, Hermione. Eu amo você.


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Notas finais do capítulo

É isso pessoinhas até logo eu espero. o/
Leiam a Short Fic!! E comentem também.
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