O Submundo escrita por Lis Bloom


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que as minhas fanfics não estão fazendo sucesso, mas espero que seja por pouco tempo. Mas ainda sim, tenho uma leitora fiel, que acompanha essa história louca.



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Deparo-me com David no chão, com as mãos cheias de sangue, aparentemente devido os cacos de vidro do espelho, seus olhos estão extremamente vermelhos, imediatamente pergunto:

_ O que houve aqui? O que você fez?

_ Fora daqui. – Responde ele – Saia daqui, eu nunca devia ter me mudado para essa cidade, a culpa é toda sua, se não fosse esse seu sorvete, nada disso teria acontecido.

Fico assustada e saio correndo, pego o meu celular e tento ligar para a minha mãe, mas os meus dedos não me obedecem, respiro fundo, e aperto a tecla verde, depois de 3 toques ela atende.

_ Mãe, venha me buscar agora, por favor!

_ Calma filha o que houve? – Pergunta ela ficando assustada com o meu tom de voz.

_ Nada mãe, apenas venha me buscar.

_ Em um minuto chego aí.

Desligo o telefone, volto para o banheiro feminino e me tranco em uma das cabines, desmanchando-me em lágrimas, porque tudo de errado sempre acontece só comigo?

                                    __**__

Depois de ter esvaziado por completo as minhas lágrimas o meu celular apita, vejo que é a minha mãe e atendo na hora.

_ Mãe, cadê você?

_ Eu é que te pergunto, estou a mais de meia hora te procurando aqui no shopping e não estou te achando, onde está você?

_ Aqui no banheiro! – Digo, tentando disfarçar a minha voz embargada.

_ Ok, estou indo para aí agora.

Depois de alguns minutos, ouço a voz da minha mãe ecoando pelo banheiro

_ Filha, você está aí?

Pego um pedaço de papel higiênico, limpo o meu rosto freneticamente para tentar acabar com os vestígios de que eu tinha chorado, ela não poderia saber de nada do que tinha acontecido, essa seria uma coisa que eu deveria lidar sozinha, tentar descobrir o que tinha de errado com aquele garoto.

_ Aqui mãe. – Tento responder normalmente. Saio da cabine e ela vem correndo em minha direção.

_ Ah filha, que bom que te encontrei, estava tão preocupada com o seu tom de voz no telefone, o que aconteceu para você ter ligado daquele jeito?

_ Que jeito mãe? Eu estava super bem, só te liguei porque as garotas já tinham ido embora, só isso, nada mais. – Tento disfarçar o meu nervosismo, mas é difícil.

_ Sei. – Responde ela com um tom desconfiado. – Sé é assim, então tudo bem, vamos para a casa!

_ É o que eu mais quero. – Sussurro sem que ela possa ouvir.

                                            __**__

Abro a porta do meu quarto rapidamente e me jogo na cama, meu Deus, o que aconteceu hoje. Ligo o meu computador e vejo que as minhas três amigas estão online, resolvo colocar as três no mesmo bate-papo.

Bate-papo on:

Joana: Valeu gente, muito obrigada por ter me deixado “plantada” em frente ao cinema.

Megan: Espera um momento, foi você que nos deixou.

Luana: É verdade Joana, ficamos esperando mais de meia hora e nada de você, daí resolvemos ir para a casa porque cada uma de nós tínhamos marcado com a nossa dupla de literatura para começarmos a fazer aquele trabalho sobre o “Mundo Imaginário”.

Laura: Falando em trabalho, eu nem comecei a fazer, na boa que trabalho idiota é esse.

Joana: Eu não acho, aliás, se vocês ficaram lá esperando, já que é isso que disseram a culpa não é minha, porque foi a minha mãe que ficou enrolando o tempo todo.

Megan: Como assim “já que é isso que disseram”, está duvidando da nossa palavra?

Joana: É claro que não.

Laura: Cara, vocês ficaram sabendo, a Patrícia disse que os novos alunos são lindos de morrer, parece que são dois irmãos, um que está no terceiro ano, e o outro é da nossa sala.

Luana: É só que os caras que a Patrícia acha lindos, são todos do tipo dela ou pior.

Megan: Concordo.

Joana: Eu também.

Laura: Pode até ser, mas estão dizendo que esses são totalmente diferentes do tipo que ela gostava.

Megan: E quem é o mais bonito?

Laura: A Patrícia se apaixonou pelo mais velho, ela está dizendo que eles foram feito um para o outro.

Megan: Ela fala isso de todos os caras que ela se apaixonada, ô guria metida.

Luana: Com certeza!

Joana: Galera, estou amando a nossa conversa, mas eu tenho que sair agora, eu esqueci totalmente do trabalho, vou ter que marcar amanhã com o Felipe o dia para a gente começar  a fazer.

Luana: Tudo bem Jô, até amanhã.

Laura: Tchau, até amanhã

Megan: Tchau, vê se não dá furo na gente de novo.

Joana: Não foi culpa minha, mas eu prometo que não vou, até amanhã.

Desligo o telefone, decidi não contar do ocorrido para as minhas amigas, até que tudo tenha se resolvido, e mesmo se tivesse se resolvido, não sei se seria uma boa ideia. Vou até a minha prateleira e escolho o livro que eu estava querendo ler algum tempo “O Demônio e a Srta. Prym” de Paulo Coelho, começo a ler a história “ Há quase 15 anos, a velha Berta sentava-se todos os dias diante de sua porta”, mergulho-me na história e esqueço do ocorrido e de todos ao meu redor.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha(m) gostado(s).!!!



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