O Submundo escrita por Lis Bloom


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Talvez esse seja o último capítulo que irei postar essa semana. Mas já estou planejando escrever vários capítulos no final de semana... Boa Leitura!!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/393281/chapter/11

Resolvo não bater na porta, pois eu já sei que Lucy já vai abrir, e é o que acontece.

_ Oi Joana, vejo que você realmente gostou daqui. – Diz ela com uma voz um pouco estranha, não consigo identificar o que é.

_ É que... David... Ele me convidou para vim aqui. – Digo meio hesitante.

_ É, ele me disse. – Responde. Será que ela está furiosa?

_ Então, eu posso entrar? – Pergunto. Meu Deus, o que está acontecendo com Lucy, ela sempre foi tão carinhosa comigo.

_ Claro, ele está lá no quarto, suponho que já saiba o caminho.

_ É, eu sei. – Digo, entrando na casa e me dirigindo a escada.

_ Não demore muito, estamos de saída.

_ Isso só depende dele. – Sussurro, sem que ela possa me ouvir.

Chego ao corredor, e fico parada em frente à porta do quarto de David, ansiosa em o que aconteceria se eu pisasse o pé na soleira da porta. Dou três batidas na porta, se passam 5 segundos e ele abre, como sempre, todo bagunçado, como se estivesse acabado de acordar.

_ Oi. – Diz abrindo o sorriso mais lindo do mundo.

_ Oi. – Digo, retribuindo o sorriso. – Me responda uma coisa, está tudo bem com a sua mãe?

_ Como assim? – Pergunta, com um olhar confuso.

_ É que ela me tratou um pouco diferente hoje do modo como ela me tratava antes.

_ Eu sabia que isso iria acontecer. – Diz meio decepcionado ou algo assim. – Você irá saber de tudo, infelizmente, não consigo mais viver assim, ela terá que entender.

_ Ela? – Pergunto confusa.

_ Esquece. – Diz, puxando-me para dentro de seu quarto.

_ Pelo jeito você não arrumou nada né? – Falo, olhando ao redor e percebendo que está do mesmo jeito desde a última vez que estive aqui.

_ Estou meio que sem tempo. – Responde ficando um pouco envergonhado, eu acho.

_ Sei. – Digo, me dirigindo a sua cama e me sentando. – Bom, então vamos logo para o assunto a ser tratado.

_ Você é meio apressadinha em. – Fala, se sentando ao meu lado na cama.

_ É sério David. – Digo.

_ Ok. – Pega em minhas mãos e olha em meus olhos. – Você pediu a verdade, mas eu vou entender se você sair daqui correndo, eu sei que vai ser um pouco pesado para você.

_ Ande logo. – Digo, já começando a suar em minhas mãos.

_ Tudo bem. – Diz, inspirando fundo e soltando tudo de uma vez. – Toda a minha família é sobrenatural, cada um pode vim com um poder diferente, ou de uma espécie diferente, alguns podem nascer vampiros, outros lobisomens, outros bruxos, ou até mesmo com dons, dependendo do seu destino, mas comigo e com Hiley aconteceu tudo ao contrário, fora do padrão normal para a nossa família.

Mal posso respirar, como assim sobrenatural, será que todas essas coisas que eu sonhava em um dia poder existir, realmente existe?

_ Ok, o que aconteceu com você e com o seu irmão?

_ Você não parece surpresa. – Diz, fitando minhas mãos.

_ Eu sempre sonhei em coisas sobrenaturais, e nunca pensei que um dia isso pudesse acontecer, principalmente comigo, eu... Acho... Que... - Sinto lágrimas escorrendo por minhas bochechas, sem motivo, com certeza. - Eu estou tão feliz. – Digo me aproximando um pouco mais de David.

_ Você não quer saber o que aconteceu comigo e com o meu irmão?

_ É claro, é claro, pode dizer.

_ Bom, eu não sei muito bem o porquê, pois os nossos pais não contaram tudo, só que eu e Hiley nascemos humanos, sem dom algum, pensamos que isso fosse um prêmio, toda a minha família, quer dizer, apenas os meus pais, ficaram felizes por a gente poder ter uma vida normal como todas as outras, só que daí apareceu uma senhora, em frente a nossa antiga casa dizendo que se um dia nós nos apaixonássemos por uma garota e se a beijássemos, iríamos nos tornar o que seria se tivéssemos nascido como manda a nossa família.

Fico por alguns minutos em silêncio, refletindo em tudo o que ele disse.

_Isso significa que você nunca poderá me beijar, pois poderá se tornar até mesmo um monstro? – Pergunto assustada, mas no fundo ainda muito feliz por saber que coisas sobrenaturais existem.

_ Sim. – Diz ele, baixando o olhar. – É por isso que a minha mãe está meio estranha com você, porque ela sabe que eu me apaixonei por você, e ela não quer que eu me torne como alguém de nossa família. – Depois de tudo isso, ele ainda continua segurando a minha mão.

_ Entendo, mas e o que aconteceu com o seu irmão, o Hiley?

_ A um ano atrás, quando ainda morávamos na outra cidade, ele conheceu uma garota e se apaixonou perdidamente por ela, ela era o amor da vida dele, e sem medir as conseqüências ele a beijou.

_ Ele se tornou em quê?- Pergunto curiosa.

_ Eu não acredito que você não tenha percebido, ele tem o poder de seduzir as pessoas, principalmente as garotas é claro.

_ Mas e a garota que ele amava?

_ Depois que ele ganhou esse poder, o seu comportamento mudou, ele largou da garota, e resolveu aproveitar o poder seduzindo todas as garotas que via pela frente.

_ Entendo porque as gurias são loucas por ele agora.

_ Menos você. – Diz ele, acariciando a minha pele com o seu polegar.

_ É, menos eu. – Digo, dando um sorriso. – E os seus pais, o que eles são?

_ Bom, a minha mãe é vidente, por favor, não confunda com bruxa, são coisas totalmente diferentes.

_ Ok, e o seu pai?

_Acho que você provavelmente já deve ter adivinhado.

_Deixa eu pensar, também tem o poder de seduzir as pessoas?

_ Muito bem.

Fico alguns minutos o olhando, logo em seguida, levanto-me da cama e me dirijo ao seu piano, sentando-me em seu banquinho. Começo a tocar algumas notas que eu ainda sei em seu piano e bem baixinho falo, ainda de costas para ele:

_David, agora que eu já sei de tudo, me diz. – Viro-me para ele e continuo. – O que vai ser de nós?

Começamos a nos encarar, e então finalmente ele diz:

_ Joana, eu já conversei com meus pais sobre tudo, a minha mãe não aceitou muito bem, o meu pai diz que independente da minha decisão ele irá me apoiar.

_ E qual é a sua decisão? – Pergunto ansiosa pela resposta. Ele levanta da cama, se aproxima de mim, se agacha, ficando do meu tamanho, olha no fundo dos meus olhos como se quisesse entrar fundo em minha mente e diz:

_ Eu estou disposto a tudo por você Joana. Eu. Te. Amo. Não importa as consequências que eu tenha que sofrer, eu irei enfrentar, não agüento nem ao menos por um segundo ficar longe de você.

Nunca na minha vida eu pensei que isso poderia acontecer comigo, eu estava completamente enganada, naquele momento eu tinha percebido apenas uma coisa, que ele era o cara da minha vida, tinha valido a pena ter sofrido um pouco pois no final o bem sempre vence, era assim que eu esperava.

David se aproxima de mim e começa a dizer:

_ Joana, eu...

_ Por favor, não fale mais nada. – Digo, colocando um dedo em sua boca, o impedindo de falar. Coloco as minhas mãos em suas bochechas e o aproximo mais, fazendo assim com que nossas testas se tocam e falo. – David, eu te amo não define o que eu realmente sinto por você. – E dito isso, nós nos aproximamos ainda mais fazendo assim com que nossos lábios se toquem delicadamente, aquele sim, eu considerei como o meu primeiro beijo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei que talvez tudo isso entre Joana e David pode ter ocorrido rápido demais, mas eu estava muito ansiosa pelos dois e acabei adiantando as coisas, mas não me arrependo nem um pouco, por enquanto, depende da opinião de vocês leitoras. Espero que tenha ficado bom, se não corresponderam as suas expectativas deem a sua opinião nos comentários por favor.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Submundo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.