O Submundo escrita por Lis Bloom


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Poderia ter ficado melhor, mas com todo esse projeto do jovem cientista, estou meio que ficando sem tempo. E mais uma vez, Girl Rock, muito obrigado por estar lendo, nunca imaginei que alguém além da minha prima ( que não conta fosse ler), então lá vai uma pergunta. O que te levou a ler a minha história?. Espero que gostem....



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_ Filha, por favor, abra essa porta, o que está acontecendo com você? – Essa já é a décima quinta vez que a minha mãe está tentando fazer com que eu abra a porta.

_ Mãe, por favor, eu estou cansada, pode me dar um pouco de espaço? – Digo, forçando o máximo a minha voz de despreocupada e cansada.

_ Eu sei que não está tudo bem com você, mas vou te dar um pouco de espaço, só não vai achando que vou te deixar em paz mais tarde porque não vou.

_ Mãe, eu só vou sair daqui amanhã, por obrigação de ir à escola. – Digo, selando a nossa conversa.

Aproveitando esse tempo que estou sozinha, e tentando esquecer o que eu tinha ouvido, começo a ler o livro que tinha escolhido, depois de duas horas, já estou quase na metade, ouço uma batida na porta e ouço a minha mãe dizendo:

_ Filha, uma pessoa veio aqui te ver, e quer muito falar com você.

_ Quem é? – Pergunto desconfiada que seja uma pegadinha apenas para eu sair do quarto.

_ Ele pediu que não quer que seja anunciado.

_ Então não vou falar com ele. – Digo com uma voz irredutível.

_ Joana, sou eu. – Diz a voz que eu reconheceria em qualquer lugar, David.

_ O que você quer aqui? – Pergunto começando a ficar com raiva dele.

_ Eu preciso muito conversar com você, é importante.

_ Tenho certeza que não é importante, já que você não pode ficar perto de mim, ou comigo não é? Se você soubesse o que eu sinto, não diria aquilo tudo.

_ Ei, que conversa é essa? – Pergunta a minha mãe, com a voz desconfiada.

_ Não é nada mãe. – Falo, abrindo a porta e acenando para que ele entre. – Mãe, eu posso conversar em particular com ele, é muito importante.

_ Tudo bem, mas qualquer coisa é só me chamar. – Diz a minha mãe já se afastando do quarto.

Fecho a porta atrás de mim, e olho bem no fundo dos olhos de David.

_ Pode começar a falar. – Digo me sentando na cama. Ele se aproxima de mim e se senta ao meu lado na cama.

_ Joana, é muito complicado, se eu te dissesse toda a verdade, você me mandaria embora da sua casa e nunca mais iria querer me ver. – Diz, desviando os seus olhos dos meus.

_ David, olhe para mim. – falo, tocando em seu queixo e o fazendo olhar para mim. – Você não pode saber qual será a minha reação se você disser, apenas diga a verdade. Você está mesmo apaixonado por mim?

_ Desde a primeira vez que a vi no shopping. – Fala, e percebo que está com as bochechas coradas levemente.

_ Então porque você não pode ficar comigo? Porque você não pode me beijar?- Falo, me aproximando um pouco mais dele e segurando em suas mãos extremamente macias.

_Existem várias coisas envolvidas, você nunca poderia imaginar. – Responde, apertando levemente minhas mãos. – Se eu escolher ficar com você, terá uma consequência, se não sei se conseguiria suportar.

_ Então você não me ama. – Falo, começando a ficar magoada com tudo isso.

_ É claro que eu... Espere um momento, você também me ama? – Pergunta com uma cara de surpresa que quase me fez rir, mas tive que me segurar.

_ David, desde a primeira vez que tive, eu me apaixonei por você, mas eu apenas não sabia, até agora. – Depois de um longo momento eu falo a frase que nunca pensei que falaria para homem nenhum, e essas sim eram verdadeiras. – David, eu te amo. – Depois de ter dito, sinto uma lágrima escorrendo por minha face. – Como nunca amei ninguém em minha vida, agora, por favor, me diga, porque você não pode ficar comigo?- Pergunto, limpando as minhas lágrimas.

_ Joana, eu te amo. – Diz me abraçando, depois de vários segundos assim nós nos afastamos, por um mísero segundo eu juraria que ele fosse me beijar, mas estava enganada. – Mas não posso te contar.

_ Não?- Digo surpresa com a sua declaração e com sua resposta. Porque ele não pode me contar? Eu não sou confiável para que alguém possa me contar um segredo?

_ Não. – Afirma ele, se levantando de minha cama e indo em direção a porta, se vira me dando uma última olhada e sai porta a fora.

Vou atrás dele, mas ele já tinha sumido de vista. Tento voltar para o meu quarto, mas a minha mãe, como sempre, barra o meu caminho e fala:

_ Nananinanão, pode ir parando aí e me contando tudo. – Diz, levantado uma sobrancelha.

_ Ok, mãe, eu estou apaixonada por David. – Respondo tentando subir as escadas.

_ Mais alguém sabe disso? – Pergunta, nem ao menos se abalando com a notícia.

_ Não mãe, você é a primeira, a saber. – Digo, tentando subir mais uma vez as escadas.

_ Eu e seu irmãozinho aqui, estamos muito honrados, além do mais, ele parece ser um bom garoto, e é muito gato.

_ Ele é um ótimo garoto. – Digo sarcasticamente, mas ela não percebe. – Agora eu posso subir.

_ Tudo bem. – Diz, liberando o caminho. – Só espero que ele não te magoe como Felipe fez.

Como se já não tivesse me magoado, digo apenas em minha mente. Subo para o meu quarto, e fico deitada em minha cama, olhando para o teto e vendo o rosto de David, e pensando no que poderia estar por trás disso tudo, a ponto dele não poder ficar com a pessoa que ama.

                                                              __**__

Depois de uma semana do ocorrido, David evitava ao máximo me encontrar na escola, apenas na sala de aula que não tinha jeito, e quando eu tentava me comunicar com ele, ele virava o rosto e continuava a rabiscar em seu caderno, qual era o problema dele?

Estava no recreio sentada com minhas amigas, sem fazer à mínima ideia do que elas estavam falando, eu apenas estava concentrada onde David estava sentado junto com o seu irmão na mesa dos populares, como sempre com a cabeça baixa, olhando para a sua comida, sem falar com ninguém. Ele levanta os olhos e olha direto para mim e acabo desviando o olhar. Luana percebe a minha expressão se aproxima do meu ouvido e sussurra:

_ Tudo bem com você?

_ Sim. – Respondo.

_ O que vocês estão cochichando aí? – Pergunta Megan desconfiada.

_ Não é nada. – Respondo tentando desviar o foco de mim.

_ Joana, fala sério, nessa última semana você andou muito afastada da gente, o que está acontecendo?

_ Eu já disse, não está acontecendo nada, que saco. – Me levanto nervosa, jogo o resto do meu lanche no lixo e vou em direção a sala de aula, precisava ficar um tempo sozinha para pensar, faltava apenas uma semana para o meu aniversário, a minha mãe estava louca querendo dar a maior festa, mas eu não estava com clima para isso, preferiria apenas chamar as minhas amigas e ter uma seção de filme lá em casa, ou melhor ainda, não fazer nada mesmo.

Sento-me em minha carteira, ainda bem que a sala está vazia, e abaixo a cabeça, mal se passam 5 minutos e alguém me cutuca, levanto a cabeça e vejo que é David.

_ O que você quer agora? Esfregar na minha cara mais uma vez que não pode ficar comigo? Dizer-me para esquecer a conversa que você teve com o seu pai? Ou pior, dizer que não me ama mais? Se é que você me ama, pois quando se ama alguém ficamos perto um do outro. – Paro de falar para tomar um pouco de ar.

_ Já terminou o seu discurso? – Pergunta ele dando um sorrisinho. – Eu nunca vou deixar de te amar.

_ Não é o que parece.

_ Eu não estou mais agüentando ficar longe de você.

_ Foi você que quis assim.

_ Eu sei, mas foi preciso, mas agora eu não sei se quero continuar assim. – Diz, pegando em minha mão.

_ Então não continue.

_ Não é tão simples assim. – Responde ele afastando um pouco a sua mão da minha.

_ O que não é tão simples? Por favor, me explique, a cada vez você me deixa mais e mais confusa. – Digo, apoiando a minha cabeça em minhas mãos.

Ele pega a minha mão novamente, mas agora com mais força, me olha com aquele olhar que apenas ele sabe fazer, suspira e fala:

_ Eu não vou suportar ficar mais longe de você, eu nunca amei ninguém assim, mas aqui não é o lugar apropriado para falar sobre isso, hoje a tarde na minha casa, pode ser? – Diz, tirando uma mecha de cabelo dos meus olhos. Fico feliz na mesma hora.

_ Tudo bem. – Respondo tocando as pontas dos dedos em sua bochecha.

Pessoas começam a chegarem e ele se afasta rapidamente ainda olhando para mim. Finalmente eu iria saber o motivo dele não poder ficar comigo.

                                          __**__

Mal bate o sino para a saída e já estou lá em casa. Chego correndo, troco de roupa, e vou para a cozinha almoçar.

_ Filha, come devagar, meu Deus. – Diz minha mãe rindo.

_ Já terminei mãe. – Digo, já correndo para o meu quarto. Escovo os meus dentes, olho para o espelho para saber como é que está a minha roupa, e desço escada a baixo.

_ Mãe, pai, vou dar uma saidinha rápida tá? – Digo indo novamente em direção a cozinha, já que eles ainda estavam almoçando. – Tchau mãe, tchau pai, tchau irmãozinho fofo.

_ Tchau filha, estou tão emocionada, é a primeira vez que você conversa com o seu irmão. – Diz, já limpando as lágrimas.

_ Tchau filha, juízo em. – Fala acenando para mim.

_ Pode deixar pai. – Respondo já indo em direção a porta. Eu estava muito ansiosa, tinha esperado dias por aquele momento, e finalmente tinha chegado. Vou em direção a casa de David.


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Notas finais do capítulo

O que será que ele irá dizer??? u.u segredo até o próximo capítulo. E se você estiver lendo isso Amanda, eu quero que comente pela sua conta viu???



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