Coração Gelado escrita por Jane Viesseli


Capítulo 1
O Intruso


Notas iniciais do capítulo

Olá, seja bem-vindo a mais uma fanfic ^-^
Quero lhes deixar apenas dois recadinhos:
1) Apesar de adorar os Volturis, não pretendo utilizar todos eles nessa história. Alguns vampiros do clã tem poderes extremamente apelativos, a tia Steph tentou criar um grupo que fosse realmente imbatível e temido, mas isso atrapalha na hora de criar uma fanfic. Então acabei não usando alguns vampiros citados no livro, e não abordei tanto o dom de outros, senão estragaria a história.
2) Fiz algumas pequenas alterações na composição dos vampiros da Saga Crepúsculo. Na saga eles são descritos como blocos de gelo, duros e frios, que se despedaçam quando são mortos, mas eu fiz pequenas mudanças para deixar a história mais real e mais envolvente. Espero que gostem!
No mais, desejo a todos uma ótima leitura e espero de coração que apreciem o enredo .



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O Sol brilhava de maneira especial em Volterra naquele fim de tarde, como se algo importante estivesse prestes a acontecer. O céu tingido de laranja prendia a atenção do rapaz, que esperava ansioso para fazer seu tour pelo castelo.

Os cabelos pretos brilhavam com a luz fraca do pôr do Sol e, depois de esfregá-lo uma ou duas vezes, o garoto de aparência jovem e gentil adentra a recepção do castelo, onde um grupo de pessoas também aguardava o passeio.

Algumas turistas soltaram risinhos em suas costas, entusiasmadas com seu porte elegante, sua barba por fazer e sua aparência de motoqueiro dos tempos rebeldes. Ele também era apenas um visitante naquelas terras e por isso lhes solta um sorriso maroto, acompanhado de uma piscada de seus olhos cor de chocolate.

― O tour pelo castelo já vai começar – diz a recepcionista, chamando a atenção dos turistas. – Por favor, mantenham-se sempre juntos.

A porta alta e pesada se abre de repente, revelando a imagem de dois homens imponentes, visualmente perfeitos e de vestes pretas, com um enorme "V" pendurado no pescoço por uma grossa corrente.

― Estes são Demetri e Felix, serão seus guias durante o passeio!

As mesmas mulheres soltaram mais risinhos, enviando descaradamente beijinhos e piscadelas para os dois homens, que não se deixavam abalar por suas belezas humanas.

Os dois vampiros dão um passo, cada um para um lado, abrindo passagem para que as pessoas começassem a seguir caminho. Assim que cruzavam a porta, ficava nítida a diferença de época na construção, na recepção reinava o aspecto moderno, com mesas, cadeiras de espera, quadros, vasos de plantas e um computador. Mas no corredor onde o grupo já se encontrava, o ambiente era antigo, rústico, com paredes de pedras frias, sinistras, e de iluminação baixa.

Conforme andavam, Felix puxava o ar profundamente, se deliciando com o aroma dos humanos que teriam para jantar. O grupo era realmente grande e talvez desse de dois à três humanos para cada integrante da Guarda Volturi... Aquilo sim é que era um banquete!

Os olhos vermelhos do vampiro pareceram se intensificar com seus pensamentos, mas nenhum mortal ali presente notara, estavam ocupados demais admirando o ambiente.

O final do percurso estava chegando, outra enorme porta já se tornava visível. Os turistas logo se entusiasmam e, quando estavam a um metro de distância, as portas se abrem como num passe de mágica.

― Incrível! Que coisa linda! Tem até personagens da época! – exclamavam os pobres humanos empolgados, achando que tudo não passava de uma peça teatral.

Felix e Demetri aceleram o passo, ultrapassando o grupo. Logo atrás vinham Renata e Alec, os responsáveis por abrirem e fecharem as estrondosas portas do salão, posicionando-se perto dos três tronos.

Os vampiros permaneciam em silêncio e Aro apenas aguardava a euforia humana terminar para começar a falar. Enquanto esperavam, o cheiro dos vivos se espalhou pelo grande salão, e com um cardápio tão cheiroso, eram impossíveis os vampiros não começarem a escolher seus "pratos prontos".

Jane, que estava ao lado direito dos três tronos, inalava profundamente, identificando os cheiros que gostava e selecionando suas possíveis presas. Ela sabia que Alec escolheria os mesmos humanos e um olhar divertido de desafio é trocado entre eles.

― Se eu pegar a morena de mechas loiras primeiro, você limpa o meu quarto! – sussurra ele, impondo a prenda do jogo que tanto gostavam.

A loira abre a boca para responder, mas trava quando um aroma tentador lhe invade as narinas, um cheiro adocicado de sangue com uma pitada de algo que não conseguia distinguir o que era. Jane sentia sua boca salivar com o pensamento daquele sangue descendo por sua garganta, seus olhos percorrem os turistas freneticamente, de onde vinha aquele cheiro tão maravilhoso? Os odores se misturavam e era difícil encontrar o dono daquele paraíso.

― Sejam bem-vindos – começa Aro estendendo os braços como se esperasse um abraço, os humanos finalmente estavam calados. – Chegaram bem na hora da ceia!

― Onde está o banquete? – pergunta um homem bonito de cabelos grisalhos, com a testa franzida em confusão.

― Ora, está bem aqui – diz calmamente, com seu costumeiro sorriso alucinado e apontando os braços aos visitantes.

"Bon appetite" foram as últimas palavras de Aro, antes da Guarda se posicionar ao redor do banquete em sua alta velocidade e sorrir maliciosamente com os caninos à mostra. Pobres humanos, corriam como coelhos assustados e gritavam como gralhas.

Jane ainda podia sentir o cheiro que a encantara, mas parecia estar mais fraco com toda aquela movimentação. Será que Alec o havia pegado primeiro? Se fosse isso, o puniria com toda a certeza.

― O que faz ainda parada? – pergunta o irmão, não entendendo porque ela ainda permanecia inerte. – Não quer jogar hoje?

― Não! – responde secamente, ainda procurando sua vítima ideal, ao se dar conta de que Alec não havia caçado ninguém. – Pode ficar com a garota, eu encontrei outra presa, só o perdi de vista por alguns instantes.

Alec dá de ombros, nunca entenderia totalmente a irmã que tinha. Já a vampira sentia a raiva crescer em seu peito, o odor simplesmente desaparecera e seu "coelhinho" havia fugido, se não fosse rápida acabaria sem jantar algum.

Ela foca o primeiro humano que passara em sua frente, o homem de cabelos grisalhos que perguntara sobre o banquete. Seu tronco vibra com o rosnado feroz, suas pernas correm em direção a ele e, em questão de segundos, Jane já afundava seus caninos naquela pele branca.

O sangue fresco explodia saborosamente em sua boca, enquanto a sinfonia dos gritos de sua vítima ecoava em seus ouvidos, aumentando o prazer daquela refeição. Má, era assim que a vampira loira gostava de ser reconhecida.

Com a mente absorta, a Volturi nem sequer notara o par de olhos vermelhos que cintilavam em sua direção, achando seus movimentos de predadora sedutores e sua ferocidade algo muito sexy.

Os gritos humanos finalmente cessam e, somente quando toda a Guarda estava devidamente alimentada e o frenesi da caçada se extinguiu, é que Alec percebeu a presença do vampiro intruso.

― Quem é você? – pergunta com voz alta e forte, chamando a atenção de todos para o visitante inesperado.

A Guarda Volturi se posiciona à frente de seus mestres protetoramente, prontos para qualquer ato ofensivo, e Jane, com os lábios ainda manchados pelo sangue que tomara, o ataca com suas ilusões de dor.

O corpo do intruso se contorce em agonia e o grito que rasga sua garganta faz um calafrio subir a espinha da atacante. Vampiros deviam sentir arrepios? Ela nunca saberia ao certo, mas tinha certeza do que havia sentido, um suspeito e sinistro arrepio.

O rapaz mira seus olhos sofredores em direção a vampira loira e com um leve movimento de mão suas feições relaxam como se o ataque tivesse cessado.

― Jane – chama Aro com voz aveludada –, por que cessou sua brincadeira?

― Não cessei – responde surpresa –, não está mais funcionando.

Jane estende a mão em direção ao vampiro, aumentando a concentração de seu ataque, mas tudo o que conseguiu foi um sorriso presunçoso nos lábios do intruso. Alec rosna furioso, como ele ousava fazer chacota de sua irmã? Ele se ajeita, também estendendo as mãos em direção ao desconhecido e ativando seu dom especial, mas era como se não estivesse fazendo esforço algum para atacá-lo, pois seu poder simplesmente não saía.

― Curioso – diz Aro sorrindo. – O que se passa aqui?

― Qual o seu nome, rapaz? – pergunta Marcus. – E o que faz aqui?

― Meu nome é Maximilian, senhor – responde calmamente, tentando tratá-lo com respeito, mas não sabendo exatamente que termo usar. – E vim cobrar uma promessa!

― Promessa? – questiona Caius. – Nunca o vimos antes, nunca lhe fizemos promessa alguma.

― Os Volturis nunca esquecem um compromisso – rosna Demetri, como se o intruso realmente tivesse insinuado tal coisa.

Aro levanta a mão direita levemente, o impedindo de qualquer acesso de raiva. Jane ainda encarava o visitante ferozmente, desejando que o mestre lhe desse a ordem para matá-lo, já que ela liderava e mandava em todos os outros vampiros da Guarda.

― Se não foi Marcus, nem Caius e nem eu – continua Aro com um tom meio irritadiço –, quem de minha Guarda ousou prometer-lhe algo? Ainda mais sem meu consentimento?

― Jane... Jane Volturi me fez uma promessa!

 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem da história que irão ler a partir de hoje!
A aparência de Maximilian foi inspirada no ator Jeremy Irvine: https://photos.app.goo.gl/Qweu7MsqeVRE6TuK9

Para mais informações:
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Blog: janeviesseli.blogspot.com.br