Hit Me Like A Man And Love me Like a Woman escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 8
Capítulo 7 – Stupid Spy


Notas iniciais do capítulo

Galeraaaa, agradeço imensamente pelos comentários!
Continuem assim! Gostaria de ver as leitoras fantasmas, ver a carinha de vocês lá nos comentários!
Então, não me crucifiquem depois desse capítulo, porque ele meio que mostra um outro lado da Mona....
Mas deboas :D
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/393048/chapter/8

POV Mona

Minha cabeça estava em um turbilhão. Raiva, tristeza, angústia, solidão, tudo isso junto. Saí do quarto, batendo a porta atrás de mim.

Como o Andy pode falar uma coisa daquelas? E eu aqui me martirizando, morrendo de chorar, porque pela primeira vez em muitos anos eu encontrei alguém igual a mim, alguém que sofreu, que apanhou pra caralho da vida, mas mesmo assim se manteve firme, não se deixou abalar. E o filho da mãe tem coragem de rir na minha cara.

Sinceramente, Andrew Sack, você perdeu POR COMPLETO o resquício de respeito que eu tinha por você, e também a minha credibilidade. Ele mesmo disso que isso aqui não é brincadeira, pois bem, não estou mais brincando. Minha responsabilidade agora é tirar Eve daqui, e vai por mim, vou fazer TUDO o que tiver de fazer pra conseguir.

Andrew queria frieza?! Pois bem, vou mostrar pra ele como é que Ramona faz nevar.

Saí andando corredor afora, sem direção. Abri a porta branca de madeira arranhada. Minha adorável sala de armas.

Analisei as prateleiras como se fossem parte de mim, como se as conhecesse a tanto tempo quanto sei meu nome. Achei a coisa que me interessa. Facas. Adagas.

Segurei uma adaga pontiaguda, pesada e cinza. Parecia que fazia muito tempo desde que eu segurei uma dessas. Coloquei a adaga de volta em seu lugar e saí da sala. Vaguei pela casa procurando o quarto de Eve.

Abri uma porta no final de um outro corredor e vi Eve arrumando os trem dela na gaveta.

- Eve! – tentei soar animada, sem sucesso.

Ela se virou pra mim, e sua expressão de felicidade fora embora, sendo agora substituída por uma interrogação

- Tudo bem? – Ela perguntou preocupada e sentou-se na cama. Caminhei até lá e me sentei ao seu lado

- Andy é um retardado e acéfalo – falei. Achei melhor não contar pra Eve da história do armário.

- O que ele fez agora? – ela perguntou curiosa

- Deixa pra lá, já me estressei demais com isso – falei vaga. Falar as coisas pessoais de Andy poderia não ser uma boa ideia.

No momento, Collins entra com sua cara carrancuda

- Mona, Andy quer te ver no escritório – ele bradou da porta

- Ah, agora o viado quer me ver né? – falei alto – Desgramado – me levantei.

Ah, mas é agora que essa praga do piercing vai ouvir tudo o que eu tiver pra falar

Collins me escoltou até o escritório, abriu a porta e saiu.

- Feche a porta – Andy disse, ele estava encostado em sua mesa

Fechei a porta com um empurrão tão forte que eu achei que ela se partiria ao meio.

- Educação mandou lembrança – Andy comentou

- O que você quer, Andrew? – falei curta e grossa – Sem joguinhos, sem rodeios, fala na lata – disse fria e olhando pros seus olhos azuis

- Pois bem. – ele disse e se sentou na cadeira atrás da mesa. Se achando o Poderoso Chefão – Collins conseguiu uma das escutas que você colocou no escritório do James – ele disse

- E daí? – falei como se não me importasse. Continuei imóvel na frente da porta.

- E descobrimos quem ele quer matar – ele disse vago

- Eu. Disse. Sem. Rodeios. Andrew – disse impaciente

- Olha só, não vou aturar essa sua atitudezinha de rebelde sem causa, ok? – ele disse elevando a voz

- Aé?! Então atira logo em mim! – gritei – Seu estúpido!

- É melhor você calar a boca enquanto pode – ele disse entre dentes. Dava pra ver sua veia no pescoço, que pulsava freneticamente

- Acho melhor você falar logo, que eu já to de saco cheio – falei copiando seu tom de voz.

- James quer te matar e ficar com Eve – ele disse em repulsa

Ao meu redor, as coisas começaram a girar. Não fazia o menor sentido.

- Nossa, Andrew. Não esperaria que você jogasse tão baixo – falei grossa

- Não ta acreditando mesmo? – ele perguntou incrédulo

- Não. James não me mataria. E quer saber do mais?! Não acredito mais em nenhuma palavra que saia dessa maldita boca sua, cada sílaba que você profere, cada palavra, cada frase, eu não acredito mais. Porque foi muito fácil pra você cuspir na minha cara daquele jeito, no quarto. – eu já tava exaltada e misturando as coisas – E quer saber do mais?! Eu não estava com pena de você. Eu me identifiquei com você. Mas quer saber de outra cosia? Agora sim eu sinto pena. – disse e abri a porta, mas Andy foi mais rápido no falar

- Já que não quer acreditar, deixa eu te mostrar a fita – ele disse. Minhas mãos vacilaram.

- E porque eu deveria confiar em você? Ou até mesmo na fita? – falei

- Porque, caso você não esteja percebendo, estou te fazendo um favor em te contar isso. Porque eu poderia simplesmente te entregar nas mãos do James e deixar que ele te matasse... – ele ia continuar, mas eu o interrompi

- Então o faça. – cuspi as palavras e saí do escritório.

Corri pra sala de armas, que eu já até sabia o caminho de cor! Entrei nela, peguei algumas adagas e me encaminhei para o segundo andar. Acho que eu ouvi Tony falando que no segundo andar tinha uma academia, ou coisa do tipo.

Subi rapidamente e achei a tal academia, deixei as adagas no chão e peguei uma luva de Box. Precisava socar alguma coisa, já que a cara de Andy não ta dando pra socar, vai ser o saco de pancadas mesmo.

Socar o saco vermelho estava fácil demais. Retirei as luvas e voltei a atacar o objeto com violência. Minhas mãos doíam, mas eu ainda suportava mais. Catei uma adaga e comecei a esfaquear o saco de pancadas. Imaginava o saco como Andy, e eu sorria macabramente ao estraçalhar o objeto. Rasguei tanto o saco, que ele se desprendeu do teto e caiu aos meus pés. Tinha espuma – ou seja lá o que fosse que tinha dentro do saco vermelho – por todo o piso.

Joguei a adaga no chão e resolvi que fosse doer mais se eu socasse a parede.

Um, dois, três, cinco, oito socos. Minhas mãos ardiam, meus braços doíam e minhas pernas ameaçavam ceder. Mas nenhuma dessas dores iriam me fazer sanar esse ódio que eu to sentindo. E eu não estou com tanto ódio do Andy, meu ódio maior é de mim mesma.

Porque eu me deixei levar pelos olhos azuis, deixei meu lado protetor e matadouro de lado, achei que nada assim poderia acontecer, achei que eu seria mais forte. Minha raiva aumentava na medida que eu me lembrava o quão fraca eu fui. Parei de esmurrar a parede quando vi as marcas de vermelho vivo que brotavam por onde eu socava.

Deixei minhas pernas cederem, caí no chão.

- Como você é fraca! – imitei a voz de meu pai. Exatamente como ele falava pra mim – Se deixou levar por um menino qualquer. Se esqueceu de todo o seu treinamento, de separar as emoções – a voz dele brotava nos meus pensamentos – Você chega a ser ridícula de tão fraca! – conseguia ouvir nitidamente a risada de deboche de meu pai.

Me levantei com ódio, peguei as adagas e as finquei na parede, e com a última, procurei o alvo. Tinha uma grande janela de vidro perto das esteiras. Joguei a adaga com força e a janela se estraçalhou, fazendo um barulho absurdo.

Desci com raiva, ignorando a dor latente nas mãos. Não percebi para onde estava indo até abrir a porta do escritório do capeta.

Andy estava encostado na janela, acho que ele estava tão perdido em seus pensamentos que não ouviu o estrondar da janela.

- Você tem três minutos pra me convencer – grunhi da porta.

Ele se virou abruptamente e escancarou os olhos ao ver meu estado

- Mas que porra é essa? – ele perguntou absorto

- Seu tempo está passando – disse friamente

Andy pegou um controle remoto que estava em cima da mesa e apertou o botão de ligar.

Logo as imagens na televisão ganharam vida.

Vi James e uns caras.

– Não vou repetir. Eu quero Ramona morta e Eve para mim. – James sorriu. – O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! ANDE!ANDE! O QUE ESTÃO ESPERANDO?! 

Foi tudo o que eu consegui absorver, depois de dito isso, não ouvi mais nada. Parecia que um zumbido tinha invadido meu ouvido e me deixado surda. Nada mais fez sentido. Me senti atônita e absorta.

- Mona? – Andy perguntou calmamente e veio pra perto de mim.

Sem perceber direito, eu o segurei pela blusa e o joguei contra a parede. Ele me olhava surpreso.

- Sei que não é o que você queria ouvir – ele começou – E sinto muito que foi desse jeito. Mas precisamos de um plano

- Então hoje é o seu dia de sorte, porque eu já tenho um – as palavras saíram de minha boca, mas não as processei corretamente – Uma parceria temporária, apenas pra acabar com o James. Depois que os objetivos de cada um forem alcançados, cada um pro teu lado – falei fria – Sem gracinhas, Sack.

- E o que você pretende fazer? – ele perguntou quase um tanto quanto surpreso

- Matar esse desgraçado – falei as palavras com cada gota de ódio que eu tinha em meu corpo.

Soltei a gola de Andy e caminhei furiosa pra fora do escritório.

James me paga.

POV Andy

Ok, não foi bem assim que eu imaginei contar pra ela, mas até que deu tudo certo. Pelo menos a gente ta em “parceria”.

Mas meu problema no momento não é exatamente esse. Preciso descobrir quem é o espião do James. Ah, e quando eu pegar esse filho da puta, pode ter certeza que nem vai ter corpo pra enterrar no jardim.

Minha cabeça latejava de dor. O que significava que eu precisava dormir. Muito complicado com a Mona puta comigo. Mas também eu mereci. Fui um idiota, mas é mais que OBVIO que eu não vou admitir isso.

Sentei novamente em minha cadeira e respirei fundo. Meu celular vibrou em cima da mesa. Era mensagem da minha vó.

“Andy, meu querido. Vou precisar passar uns dias aí contigo, peguei um espertinho me espiando ontem e uma escuta em minha cozinha. Não é mais seguro ficar aqui, preciso passar pelo menos uma semana com você pra encontrar outro lugar fora do mapa pra eu me esconder. Chegarei ao amanhecer. Beijos da vovó.”

Ótimo, agora ainda tem a minha vó. Não me levem a mal, amo a minha vó, ela cuidou de mim como mãe. Mas agora não é exatamente o melhor momento pra ela vir. Mas percebo que não tenho alternativa.

Nunca fui um garoto que reza. Mas agora rezaria pra que pelo menos essa semana nada de ruim e errado aconteça. Ainda mais com a minha vó aqui, mais uma pra eu proteger, e a Mona puta comigo, a Eve sem saber o que ta acontecendo, o Collins todo estranho e o pior UM MALDITO ESPIÃO NA MINHA MANSÃO!

Já vi que semana que vem vai ser uma semana e tanto...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem! Próximo capítulo é com a Vitory!
Inté mais!
XX da Effy ♥