The return

POV Eve

Hihi... Eu estava do paraíso, sem dúvidas. Nada melhor que o SHOPPING! Céus, fazia muito tempo que eu não entrava na minha segunda casa, era o melhor lugar do mundo, com certeza. OMG! Acabei de ver esse sapato lindíssimo, mas o idiota do Collins perguntou se eu estava fim de quebrá-lo e me arrastou para outra vitrine, droga! Qual é o maldito problema desse homens de hoje em dia? Mas que carinha pão duro!

— Eu simplesmente não consigo acreditar o porquê de você ter me arrastado igual fruta podre pelo shopping, se não pretende comprar o que eu quero!— resmunguei, cruzando os braços .

— E eu simplesmente não consigo imaginar o quanto você é chatinha e mimadinha, blá, blá...— Collins imitou ridiculamente minha voz, me fazendo ficar mais brava ainda.

— Mas que droga, por que você não pode me dar o seu cartão de crédito e vazar daqui? Seria ótimo— falei sarcasticamente.

— Ô mendiga que pede pão na padaria, tá reclamando do que, meu bem?

Ignorei, para o próprio bem de Collins. Eu estava quase...

Oh. My. God.

QUE VESTIDO MAIS LINDO!

Praticamente corri para vislumbrá-lo, abrindo e fechando a boca. Aquilo não era um simples vestido, era O vestido. Ah, o Collins iria com certeza comprar ele para mim, senão não me chamo Eve!

— Que perfeito, que perfeito— cantarolei. Seria muito vergonhoso se eu ficasse de joelhos e trouxesse algumas velinhas para fazer um ritual de adoração? Sim, acho que sim.— Collins!! Eu preciso desse vestido, ou eu vou parir um filho agora mesmo.

Ele me olhou chocado por alguns segundos, revirando os olhos logo em seguida.

— Eve, você está grávida. Ou seja, essa expressão não é muito interessante de se falar nesse momento— falou lentamente, como se eu tivesse problemas mentias sérios.

— Eeeei!! O baby tá bem, mas eu não tô ficando muito bem, e vou baixar espírito nesse exato momento se você não tirar dessa calça que cobre essa sua bunda branquela e me dá o cartão de crédito— ameacei, virando para novamente para a vitrine, apreciando o vestido.— Olha lá, já está...— recebi um cutucão que me fez praticamente voar para a China e voltar. Me virei, prestes a xingar qualquer ser humano que eu visse pela frente, mas paralisei.

Monaaaaaa?!

Céus, aquela era mesma a Mona? Ai, eu vou morrer. Gritei, sem poder me conter.

POV Mona

Paralisei. Eu estava com tanta.... saudades. Eu ainda não conseguia acreditar que aquela era a minha melhor amiga, depois de tanto tempo... Ela estava diferente, constatei em meu pensamento. Seus cabelos tinham mudado a tonalidade, ela estava muito estranha, mas ainda tinha uma áurea muito conhecida por mim, uma áurea inocente e alegre. Eu pensei nisso rapidamente, em segundos.

— Eve?— sussurrei para ninguém em especial, meus olhos lacrimejando. Disfarcei rapidamente, correndo em sua direção. Como uma câmera lenta., recebi seus braços finos me abraçando alegremente.

— Mona, Mona, Mona — cantarolou. — Oh, você está tão linda! Céus, que saudade! Que saudade!— exclamava, praticamente quicando.

— Ei, sua vaca — chamei, brava.— Como pôde, Eve? Pensei que fossemos amigas! Você é uma traíra— acusei, largando-a rapidamente e olhando-a, chateada. Eu vi rapidamente lágrimas jorrarem de seus olhos.

— Eu tive tanto, tanto medo, Mona. Eu... Sinto muito.

Suspirei, fitando-a.

— Eu sei, também tive muito medo— confessei em um murmúrio.

— Eu tenho TANTA coisa para te contar. Tanta...

— Olá, Eve— Andy a interrompeu, fazendo com que seu rosto ficasse corado de raiva.

— Mas que droga, hoje é o dia de '' interrompa a Eve''? Que saco! Homens... — balançou a cabeça negativamente. — Oi, Andrew.

Fechei a cara.

— Collins— cumprimentei secamente.

— Ramona— ele revidou formalmente.

— O papo tá ótimo, mas eu realmente preciso comprar aquele vestido ali. Já volto. Collins, dá a grana— ergueu as mãos, pedindo dinheiro.

Revirei os olhos. Tudo iria ficar bem, eu acho.

[...]

Depois que Eve finalmente comprou o maldito vestido, acabei por perceber que nem tinha tomado meu milkshake ainda e que já tinha derretido há muito tempo. Andy, aquele corno nem me avisou disso, só ficou lá, tomando seu milkshake com aquela cara de tacho que ele já nasceu tendo. Então, eu estava com uma fome infernal e com sede, e me sentia tonta de tanto que Eve falava. Talvez eu tivesse desacostumada com tanto barulho que minha amiga fazia... Andrew pareceu concordar comigo, o único que parecia sempre estar rindo do que Eve falava era Collins, que prestava atenção em suas palavras como se fosse o manual de sobrevivência. Era engraçado o jeito divertido e briguento que ele agia perto da minha amiga, parecia relaxado e tranquilo... Não que eu gostasse muito dele, mas ele era razoavelmente bom para a minha amiga.

— Querida, chegamos— Andy me chamou, me balançando levemente. Abri os olhos e lhe dei um leve sorriso, saindo do carro.Percebi vagamente que Collins e Eve já estavam lá dentro. — Hum... Você não parece estar muito feliz com a chegada de Eve.

— Não, não! Eu estou muito feliz em vê-la novamente. Mas não estou me sentindo bem, acho que é fome.

Andy revirou os olhos, rindo.

— É claro, como pude me esquecer da fominha aqui? Vem, vamos comer algo— me puxou para dentro e caminhamos lentamente pelo jardim. Eu até tentei ser mais rápida, odiava aquele jardim, era bizarro. Quando cheguei aqui, Andy disse que enterrava várias pessoas no jardim. Medo.

Quando estávamos já na sala, eu sentei no sofá, esperando que minha amiga desembuchasse.

— Bem— Collins pigarreou e por alguns segundos eu vi ele olhar para Eve apreensivamente, quase em pânico.— Acho que devemos explicações.

— É, deve— falei, voltando a ficar irritada.

— a Eve tá... tá... tá...

— GRÁVIDA!

Andy ao meu lado engasgou levemente, arregalando os olhos. E eu? Ficando parada olhando para o nada.

— Me dá um tapa— pedi em balbucios.

Gritei, quando senti minha face esquentar de dor. Tinham me dado um tapa?

— Porra! Tá louca, é?— esbravejei, alisando o local vermelho.

— O quê? Foi você que pediu um tapa, ué— Eve deu de ombros.

Esqueci novamente de tudo, e em gaguejos, consegui falar.

— Grávida?!

— Oh, sim, sim! Não é o máximo? Só espero que não nasça com a cara do Collins, seria muito castigo— reclamou na cara de pau, recebendo um rosnado bravo de Collins. Sorri inconscientemente, incrédula.

— Collins é o pai?— dessa vez quem falou foi Andy.

— É.

— Você tá grávida do Collins? Esse ser humano ao meu lado? - Andy estava para além de perplexo

— É.

— Tem certeza? - Estreitou os olhos, desconfiado

— Mas que viadagem, Andy. Humpf, qual é problema?— Eve irritou-se.

— Collins... Eu quero falar com o Collins... Agora.— murmurou.

Fiquei em alerta, o que será que tinha acontecido? Pelo tom de voz do Andy, coisa boa não é.