Hit Me Like A Man And Love me Like a Woman escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 30
Capítulo 29 - Mona's Day


Notas iniciais do capítulo

Terráqueos! Demorou um pouco, eu sei kk. Mas é que fim de ano na escola é assim mesmo, correria 24hrs! Obrigadíssima pelos comentários, mas ainda acho que tem MUITO leitor fantasma. Poxa gente, comente nem que seja um básico "Ta dando pra ler", é paia se empenhar em um capítulo, pra ele ficar foda dai no máximo 8 pessoas comentam, tá complicado moçada.
Boa leitura



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POV Andy

Eram umas três da manhã quando Collins me mandou uma mensagem dizendo que tinha encontrado Eve e que estava a trazendo de volta pra casa. E quando eu digo “casa” digo aqui mesmo, na minha casa. Achei melhor não contar a Mona no meio da madrugada, quando ela acordasse, eu daria a notícia.

Até que enfim estávamos passando por “bons momentos”, digo: sem James sequestrando ninguém, nem ameaçando ninguém de morte, sem minha mãe dando pitaco na minha vida, sem novas ameaças a caminho, ainda. Depois da mensagem de Collins, não consegui dormir mais. Fiquei só abraçado em Mona, que dormia tranquilamente em meu peitoral, cochilava algumas vezes, mas não chegava a pegar no sono.

Demorou a amanhecer, e demorou ainda mais para Mona acordar. Quando ela, enfim, acordou, já eram quase nove. Fiquei com medo de que Collins e Eve chegassem antes de eu contar a Mona que ele tinha achado Eve e que os dois estavam voltando. Mona iria ficar putíssima. Mas, tecnicamente, a culpa não é minha, ela que demorou demais para acordar e assim receber a notícia.

—Bom dia—disse sorrindo, ela ainda estava grogue. Porém linda.

—Hm—só balbuciou alguma coisa não verbal e levantou da cama e andou até o banheiro, meio tonta. Ri fracamente.

Também me levantei, mas não para ir ao banheiro, mas sim para ir à janela, até agora não tinha carro nenhum chegando ao portão, muito menos estacionado junto com os outros. A barra ainda estava limpa. Dei um pulo de susto quando Mona chegou sorrateiramente atrás de mim, abraçando minhas costas e mordendo meu pescoço. Ela percebeu meu susto.

—Geralmente quem leva susto assim – ela disse no pé do meu ouvido e eu me virei para ficar de frente pra ela –, é porque tá fazendo coisa errada – ela terminou com um sorriso.

—Então – disse a puxando pra mais perto de mim –, me diz que coisa errada eu tava fazendo – falei com um sorriso maroto. Preciso ter mais atenção, Mona é silenciosa.

—Hmm, deixe-me ver… —ela disse pensando e fez uma careta fofa – Ah, já sei! – ela disse com um sorriso sapeca e se aproximou de mim ainda mais, deixando seu corpo completamente colado ao meu – Você levantou da nossa cama! – ela disse sorrindo.

Não aguentei.

Tirei Mona do chão e ela prontamente envolveu suas pernas em meu quadril. Beijei minha mulher com gosto.

POV Mona

[...]

Por volta das dez e meia eu decidir levantar da cama, Andy agora dormia. Estava cansada de ficar nessa casa, sem mais o que fazer. Tudo porque o idiota do meu irmão, pense num filho da puta, fica querendo me matar, daí não posso ir pra lugar nenhum! Mas to vontade de sair, pra qualquer lugar serve. Nem que fosse para uma voltinha no shopping! O desespero aqui tava grande.

Caminhei até a cozinha e fiz algumas panquecas. Lembrei-me do dia em que Eve e eu fizemos os cupcakes pra irritar Andy. Ri fraco com as minhas memórias. De volta naquele dia, D. Edith me jogou na piscina quando estava brigando com Andy, ambos caímos na água. Que saudade desses dias. Mesmo que tudo estivesse de ponta cabeça, com James louco atrás de mim, com o espião na casa, com tudo ao mesmo tempo, pelo menos éramos felizes. Agora só tem tédio nessa casa, sem Eve, sem diversão, sem nada que me faça parar de pensar que o que eu deveria fazer era ir atrás de James por conta própria e lidar com ele. Já que estamos vivendo esse inferno porque ele quer me matar. Andy não tem culpa, mas está arriscando a máfia dele por causa disso. E isso me revolta de um jeito inexplicável.

Comi as panquecas em silêncio e fiquei bolando um plano para que Andy me levasse para fora daqueles portões prateados. Sabia que eu teria de ser muito astuta, ele não arriscaria sair de casa por qualquer coisa, muito menos porque eu estava com tédio. Decidi que pelo menos teria de tentar. Levantei da cadeira, lavei a louça e caminhei até meu quarto.

Abri a porta e Andy ainda dormia. Ótimo! Vou acordá-lo e pedir pra sair com ele. Já que ele vai estar grogue, vai ficar mais vulnerável. Caminhei em micro passinhos, para não fazer barulho. Subi na cama com toda a pouca delicadeza que eu tinha. Ajoelhei-me ao lado de Andy e me preparei mentalmente para fazer birra que nem criancinha.

—Andy…—chamei devagar, cutucando seu ombro. Nada. – Andy…—tentei novamente, mas parece que ele pegou no sono mesmo.

Decidi fazer uma abordagem mais… como posso dizer?Agressiva.

Comecei com beijos no pescoço, mas ele só se mexeu, nem abriu os olhos. Tá, já ta me zuando. Passei minha perna para o outro lado de seu quadril e sentei em cima dele. Inclinei-me para frente e mordi sua orelha, duas, três vezes. Agora sim ele acordou!

Fiquei rindo da cara de susto dele.

—Acorda! – disse socando de leve seu ombro.

—Deixe-me dormir, mulher! – odeio quando ele me chama de “mulher” me sinto na época das cavernas, ele sabe que eu odeio

– Aé?! Tudo bem, já que você não quer acordar…—tinha um plano. – Nossa, como tá quente! – disse provocando Andy.

Tirei minha blusa e joguei na cara dele.

—Mas é uma pena que você queira dormir – tomei cuidado com o tom de voz. Estava pra sair de cima dele quando ele segura minha perna e abre um olho, e me vê sem blusa, apenas com o sutiã preto.

—Dormir? Quem quer dormir?! – ele se fez de desentendido.

—Ótimo! – sorri vitoriosa, mas peguei minha blusa de volta e a vesti. Ele fez cara de confuso.

—Mas que porra?

—Só queria sua atenção, mas agora que eu já tenho, posso me vestir de novo – disse rindo. Ele rolou os olhos.

—Você sempre me engana fazendo isso… —ele fez bico.

—Andy… - disse com tom de pidona, ele olhou pra mim.

—Quanto vai me custar? – ele foi direto.

—Custar? Ninguém falou em dinheiro aqui, filho!

—Sei que quando você faz essa cara, eu tenho que pagar algum tipo de preço, dinheiro ou tempo – ele disse se sentando direito, me ajeitei ainda sentada em seu quadril.

—Queria dar uma volta no shopping… —comecei tentando não rir, ele sorriu torto. – Só dar uma voltinha, uma hora no máximo! – disse com a cara de cachorrinho caído da mudança.

—Sabia que aí tinha alguma coisa…—ele disse bagunçando o cabelo

—Mas Andy! – já estava pronta para fazer birra – Estamos aprisionados aqui! Tô morrendo de tédio, não tem porra nenhuma pra fazer nessa casa! Nem Eve eu tenho aqui comigo para me ajudar a passar o tempo! – fui dando meus motivos.

Andy tirou os cabelos do meu rosto e ombro, jogando tudo para trás, e tocou meu maxilar.

—Você sabe que tá passando esse tédio pra sua segurança, certo? – ele disse calmamente.

—Sei, mas…—perdi a coragem de falar, droga!

—Você sabe que se eu te perder de novo eu vou, ó – ele fez movimento circular com os dedos na lateral dos olhos, do tipo “vou ficar lelé da cuca”.

—Sei, mas Andy…— Ele me interrompeu novamente.

—Você sabe que James tá te caçando feito bicho, e que dessa vez ele tá mais esperto porque sabe que cê ta comigo, você sabe, não sabe? – ele disse como se falasse com criancinha pequena.

—Sei, mas… deixa-me falar agora, porra! – disse quase brava – Você sabe que se eu ficar aqui nessa casa sem fazer nada, vou perder a sanidade! Vou ficar maluca, sou ativa, preciso de movimentação, sair por aí, ficar trancada dentro de quatro paredes não funciona comigo – ele me ouvia atentamente, pena que eu não sabia mais o que falar – E James só me sequestrou porque eu fui sozinha até o porto, hoje quero ir com você até o shopping! James não vai tentar nada lá! É cheio de gente, ele não é nem louco. Fora que você vai estar comigo a cada segundo! – terminei respirando fundo, esperando o esporro que ia levar de Andy

Mas ele não disse nada. Ficou me olhando e pensando. Sei que é extremamente difícil pra ele, fazer meus caprichos, porque no final só acaba dando merda. Ele pensou, mexeu no maldito piercing, que eu já tava mais do que acostumada com o diabo, mexeu no cabelo e brincou com meus dedos. Fechei os olhos com medo de que se eu os abrisse, iria chorar mais do que o usual.

—Mona… —ele disse quase firme, eu sabia que tinha de abrir os olhos.

Respirei fundo, limpei a garganta e abri os olhos.

—Fala – disse rouca.

—Você tem uma hora comigo naquele shopping – ele disse firme, faltei pular de alegria. – Mas é uma hora contadinha no relógio! Quando der os sessenta minutos, não quero nem saber, a gente vai voltar pro carro e vir pra casa – ele disse olhando diretamente pra mim, balancei a cabeça afirmativamente, feliz da vida. – Entendeu, mocinha?

—Sim, senhor! – disse feliz e me joguei pra frente para abraçá-lo.

Abracei Andy com força, agradecendo milhões de vezes e dizendo que eu iria me comportar direitinho, sua resposta foi apenas um revirar de olhos.

[...]

O shopping não estava lotado... Eu estava estilo Eve, quase saí quicando por aí, mas lembrei que ia passar mais mico do que já passo. Coloquei uma calça jeans azul escura, uma regata preta que tinha em letreiros brancos a frase''Fuck You'' e um All Star preto simples. Penteei meus cabelos e coloquei em um coque, o que o deixava muito bonita, mas normal. Hoje não era dia de chamar a atenção, não mesmo.

— Podemos tomar milkshake? — puxei a mão de Andy, que riu da minha animação.

— Tudo bem, é você que decide. Hoje vai ser o dia ''Quebre o Andy, ele tem dinheiro!''.— Ignorei sua piadinha, revirando os olhos e dando o meu dedo médio para ele.— Nossa, que revolta.

— Andy, vá se lascar! — comentei, sorrindo quando observei ele revirar os olhos. Às vezes parecia que seus olhos iriam saltar das órbitas, de tanto ele revirar aqueles malditos olhos azuis.

Caminhamos para uma ''barraquinha'', onde vendia sorvete, milkshake e outros. A atendente era uma garota, parecia ter mais ou menos quinze anos de idade. Não fui muito com a cara dela; parecia disposta a abrir as pernas a qualquer momento para qualquer pessoa do sexo masculino.

Entramos na fila, e recebemos alguns olhares de outras pessoas que faziam a mesma coisa. Estavam nos observando, tentando encaixar as peças do quebra-cabeça ali. Revirei os olhos, resmungando algo inteligível. Quase saltitei de alegria quando chegou a nossa vez, percebi mais alguns traços na atendente loira: seus olhos eram azuis falsificados, cabelos loiros amarrados em um coque, sardas no rosto pálido e um sorriso malicioso quando avistou o meu Andy.

—Posso aiutarla?*— perguntou, no que eu apostei ser italiano. Andy pediu dois milkshakes, acho. Acabei perdendo a conversa por segundos, meus olhos quase saltam de minhas órbitas quando vi cabelos loiros e reluzentes, e ao seu lado, ouvi um gritinho empolgado, e não era apenas um gritinho, era o gritinho da Eve.

Oh meu Deus.

*Posso ajudá-lo?


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam que o "Tá dando pra ler" tá valendo viu, mas eu e a Vitory AMAMOS grandes e lindos comentários! Então vai lá, meu povo.
XX da Effy