Hit Me Like A Man And Love me Like a Woman escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 22
Capítulo 21 - His wicked smile


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Capítulo saiu rápido né?!
Obrigada demais pelos comentários, mas sinto que ainda podemos melhorar!
Espero que gostem do capítulo, qualquer crítica, elogio, dúvida, pedido, só comentar!
Até lá em baixo ♥
Boa leitura :D



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POV Andrew

Deixei Collins terminar o serviço e fui atrás de Elizabell.

—Acho que sei aonde a sua namoradinha pode estar – ela disse sarcasticamente.

Revirei os olhos, irritado. Seria muito ruim eu ter vontade de bater na minha mãe? É, acho que não.

— Onde?— perguntei.

— Bom, rastreei os cartões de crédito de James, e no dia em que Mona sumiu, ele pagou por um apartamento subterrâneo há três quarteirões do porto. Acho que ela pode estar lá— Elizabell deu de ombros, como se não importasse.

— Me dê o endereço – disse, pegando as chaves do carro rapidamente.

Dirigi por quase quatro horas pra chegar à cidade, Elizabell ficou na mansão pra por ordem na casa, e preferi não envolver Collins. Ele não é fã de Mona e tem que cuidar dos restos de Luke.

Estacionei na calçada do endereço indicado no papel. Parecia ser um prédio normal, nada suspeito. Antes de entrar no prédio, resolvi dar uma olhada pela rua, ver se tinha algo anormal. Desci a rua, que só tinha uma vã de uma pizzaria desconhecida, um carro vermelho com um adesivo “VENDE-SE” e uma bicicleta enferrujada. Dei de ombros e entrei no prédio.

Entrei no prédio cinza e azul com o coração batendo mais acelerado do que o usual. A recepção estava vazia, muita sorte a minha, então corri pra pequena telinha que tinha atrás do balcão para pesquisar o apartamento de James. Sub-G, apartamento 595, estava escrito ao que correspondia a pesquisa.

Chamei o elevador apressadamente e logo entrei. Apertei no botão Sub-G e respirei fundo. Meus músculos estavam tensos e eu sentia constante falta de ar. As portas do elevador se abriram e eu adentrei na escuridão do corredor. Achei a porta do apartamento 595. Encostei meu ouvido na porta, na tentativa de escutar algum barulho, ou vozes, de lá de dentro.

— O dono saiu —uma voz feminina, aparentemente de idade, disse atrás de mim. Me virei abruptamente e vi uma senhora fechando a porta do outro lado do corredor.

— A senhora o viu saindo?—perguntei como quem não quer nada.— É meu cunhado que mora aqui, minha namorada veio visitar ele porque nós brigamos. Quero fazer as pazes, desesperadamente — tentei soar menos estranho possível.

— Ah sim, o moço que mora aí saiu hoje cedo. Só ficou uma moça de cabelo castanho, que parece muito com ele, com um outro moço alto e forte – ela disse e apertou o botão do elevador. – Mas se o senhor estiver querendo mesmo fazer as pazes com a sua namorada, eu vi o dono guardando a chave debaixo do extintor de incêndio…— ela disse com um sorriso travesso.

Sorri abertamente. Era muito bom quando alguém era inocente demais para acreditar naquilo. Fala sério! Qualquer pessoa sã saberia que aquilo era o pior calote dos tempos. Hehe, bom para mim. Agradeci a senhora e ela entrou no elevador. Peguei a chave, mas antes de abrir a porta, tirei meu revólver das costas. Destranquei a porta tentando ser o mais silencioso possível.

A sala estava vazia e silenciosa. Respirei fundo e caminhei por todo o primeiro andar, tudo limpo. Estava prestes a subir as escadas quando ouvi um ruído vindo perto da cozinha. Carreguei a arma e caminhei com cuidado ate lá.

A cozinha estava vazia, mas tinha uma portinha branca perto da janela. Deveria ser a lavanderia, provavelmente. O ruído ficou um pouco maior e eu me aproximei da portinha branca. Encostei meu ouvido na porta:

— Seria bom você colaborar, docinho – uma voz masculina e abafada disse. Trinquei os dentes.

— Nem nos seus sonhos mais selvagens – uma voz feminina que definitivamente pertencia à Mona, mas estava fraca e cansada

Houve um barulho e um grito do homem, seguido de uma série de xingamentos em russo.

— Doeu, docinho, mas chute de amor eu suporto – ele disse, soando bem nojento. Tive raiva. — Já volto, pra gente voltar a se divertir, docinho.

Saí de perto da porta e me escondi atrás da geladeira. A portinha se abriu, revelando um brutamontes que deve ter o dobro do meu tamanho, talvez até maior que o Collins. Louro, muito branco, porém tinha o supercílio machucado, assim como a boca sangrava e as mãos estavam esfoladas. Mona nunca teve medo de bater, mesmo se o cara for um Pé Grande das Montanhas.

Ele passou pela cozinha e ouvi seus passos subindo as escadas e atendendo um telefone no segundo andar.

Saí detrás da geladeira com rapidez e abri a portinha, que ainda bem estava destrancada. A seguinte cena cortou meu coração.

A sala, que eu achava que era uma lavanderia, não era. Era quase uma sala de tortura. Revestida de material anti-som, pintada toda de branco. Agora tinha algumas manchas vermelhas. Mona estava acorrentada pela perna na parede oposta a porta. Seus jeans rasgados revelavam escoriações pela perna. Seus braços eram uma exposição de cortes, hematomas e sangue ressecado. Seu tão frágil e rosado rosto, agora hospedava um olho roxo, supercílio sangrento, boca socada e bochechas arranhadas.

Perdi a voz ao vê-la, ela parecia surpresa, mas se manteve em silêncio.

— Mona…— eu disse fraco e fechei a porta atrás de mim.

Andrew – ela disse com dificuldade. — Corre — encostou a cabeça na parede, corri em sua direção.

— Não vou te deixar aqui — falei, arfando.

— Deveria – sua respiração era baixa, quase inexistente – James vai voltar, ele vai te matar – ela disse como se fosse novidade.

— Meu bem — disse afagando seu cabelo castanho —, ele quer me matar desde o dia em que eu instalei minha máfia na Itália.

— Agora é sério — ela disse com pouco fôlego.

— Então não vamos nos preocupar com isso. Vou te tirar daqui, lido com James depois – disse colocando o revólver no chão e peguei um martelo que tinha no canto da sala.

Não quero nem pensar que tipo de tortura que James teve a audácia de fazer em Mona. Tentei quebrar as correntes, mas eram fortes demais. Mona tocou gentilmente em meu braço, me fazendo parar de martelar as correntes.

— Está tudo bem – ela disse quase em sorriso, um sorriso sangrento. – Corre enquanto ainda tem tempo, vai Andy – ela disse cansada.

Afaguei seu rosto, tomando cuidado por causa dos machucados.

— Vou dar um jeito nisso, não se preocupe. Estou aqui agora…

Nem terminei a frase e a porta se abre.

— Ora, ora, se não é o Super Homem! Mais uma vez salvando a mocinha indefesa – James disse em tom sarcástico.

Como em uma onda de raiva, peguei o revólver no chão e carreguei apontando para ele.

— Mas quanta agressividade, Andrew! – James disse fechando a porta atrás dele. Droga! Aquele tom sarcástico dele era quase como um convite para eu perder a cabeça. – Vejo que você achou minha irmãzinha – ele disse zombando.

Voltei a arma pra minhas costas e parti pra cima de James. O soquei no queixo, em seguida um chute na barriga, o fazendo curvar de dor. Acertei-o com outro chute no estômago, o jogando no chão. Ele gritou de dor e fez um grunhido de raiva.

Me deu uma rasteira que imediatamente me levou pro chão, socando minha barriga em seguida. Doeu um inferno, aproveitei o embalo e dei uma joelhada em seu peito. Tentei me levantar, James se ergueu em seguida, me socando repetidas vezes no estômago. A dor era tanta que não conseguia me mexer, mas ao olhar pra Mona ferida no chão, brotou dentro de mim uma força sobrenatural. Soquei seu maxilar, não perdi tempo e acertei repetidas vezes suas costelas, acho que uma delas cedeu e quebrou.

Por um segundo, abri a guarda para conseguir olhar pra Mona, estávamos chegando perto dela. Nesse segundo, James fechou-me em uma chave de braço e apertou meu pescoço, o que me fez tossir sangue.

Então James tirou o revólver de dentro do paletó com a mão livre e o carregou.

POV Mona

Era o fim. Foi o que inicialmente passou pela minha cabeça. Ver James e Andy quase em um MMA e não poder ajudar Andy a espancar meu gêmeo foi frustrante. Não conseguia me mexer, nem tanto pela corrente, mas tinha total certeza de que tinha fraturado algumas costelas, e sentia algo sangrando dentro de mim. E isso é a melhor parte, a parte ruim são as escoriações por todo o meu corpo, que não me deixavam me movimentar.

James carregou seu revólver, e eu achei que ele fosse apontar pra cabeça de Andy, mas não foi pra cabeça dele que James apontou. Sim, foi pra minha.

James é completamente desequilibrado, desde pequeno, sempre fora o que tinha alguns parafusos soltos. Nossos pais achavam que era porque ele sempre fora hiperativo, mas lá no fundo eu sabia que James tinha que ter um problema mental. Agora tá comprovado. Alguém que aponta uma arma pra cabeça de sua irmã gêmea certamente não é saudável, mentalmente falando.

Comecei a suar frio. Meu irmão já provou ser capaz de tudo, medo se alastrou pelo meu corpo. Era a primeira vez que eu sentia medo. Não fui criada pra ter medo. Não é irônico quando sua vida está prestes a acabar e você se pega pensando no modo como foi criada? No início de tudo, quando achava que nada poderia te parar porque você é corajosa e aprendeu a se virar dentro da máfia. Anos depois você se pega na situação em que sua única família se vira contra você, e tudo o que passa pela sua cabeça é como tudo pôde dar errado, quando você foi criada tão bem, para ser a melhor. Não é irônico como na hora da morte você se pega pensando na vida?!

— Seu problema não é com ela — Andy disse quase sem ar. Sua boca agora era um misto de sangue fresco e ressecado.

— Ah, vai por mim, Piercing Boy, meu problema é com ela – James disse mirando exatamente pra minha testa. – A pior coisa que Mona fez, foi ter sobrevivido no mundo da máfia, no meu mundo.

James soltou Andy, não o deixou ficar perto de mim. Se colocou na frente de Andrew, um pouco mais afastado de mim. Vi Andy sacando sutilmente seu revólver das cosas. James pareceu não perceber.

—Vá em frente — Andy disse.— Atire em sua própria irmã, já que isso irá te fazer sentir mais homem, certo? — dava pra sentir a ironia e raiva em sua voz, gemi no chão de dor. A dor, interna e externa, era latente e torturadora.

Minha boca sangrava, meus braços doíam e ainda tinha um revólver apontado exatamente pra minha cabeça.

— Mas se eu fosse você —Andy continuou —,pensaria direito antes de fazer qualquer besteira, porque no minuto em que você der um passo na direção dela, esquecerei do pedido de Mona para não te matar, porque é exatamente isso que eu vou fazer — Andy grunhiu de raiva e carregou sua arma.

James olhou pra ele incerto, como se não pudesse acreditar no que ouvira. No mesmo instante, um dos capangas de James, o nojento que me chama de docinho, adentrou o local e caminhou diretamente pra mim.

— Não. Encoste. Na. Garota. - Andy rugiu.

O cara se aproximou de mim e me acertou no rosto, gritei de dor. Os olhos de Andy brilharam de ódio, ele deu seu sorriso macabro. E puxou o gatilho.


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Notas finais do capítulo

E aí gente, o que acharam?!
Comentem, recomendem, façam algo!
Até o próximo cap!
XX da Effy ♥