Attracted By Darkness escrita por IS Maria


Capítulo 21
Kiss by Kiss




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( Obs : Só pra quebrar um pouco , gif do Ben *u* - Não me julguem u.u )

Fitei-a por alguns segundos a procura de uma reação , examinando seu rosto enquanto me encarava pasma . Eu havia de fato a surpreendido e de certo modo surpreendido a mim mesmo , eu não sabia o quanto ela significava para mim até perde-la , não sabia o quanto gostava dela até não poder me conter e então beija-la .

– Ben - disse ela em um sussurro . Em seus olhos vi surgir uma confusão que a deixou perdida . Aquilo fizera com que cada pedaço de mim se ascendesse ... havia confusão em seu olhar .

– Eu não pude suportar a ideia de perder você - disse levando minhas mãos ao seu rosto . - Mas está aqui , está aqui para que demos a nós ao menos uma chance . - disse . Aquela era apenas a minha teoria , mas estava disposto o suficiente para a tornar real .

– Ben ... - Pude ver que algo a prendia . Seus olhos aumentavam a medida que se mantinha calada , fitava o chão em nervosismo e aquilo me deixou maluco ... eu agora mais do que nunca desejava saber o que ela havia sentido . O garoto que vi ao alto da escada , eu jamais poderia não o reconhecer , não depois de tantos anos revivendo a tragédia que ele havia provocado . Me surpreendeu a raiva que eu vira em seus olhos , raiva por perceber que eu tocava Lucy , a não , por Deus , ele não poderia ser ... o Tate .

– Lucy - Chamou-a e naquele momento , desejei arrancar sua língua para que jamais tornasse a pronunciar o nome dela novamente . Acordou de seus pensamentos e se voltou para ele , onde pude ver em seu olhar o medo que ela tinha de o perder .

– Tate - Estava completamente alienada , porém ,agira rapidamente e se afastou de mim , machucando-me de certa maneira .

– Suponho que esse seja seu amigo Ben - abriu um sorriso enquanto termianava de descer as escadas e rapidamente assumir o lugar ao lado dela . - Um amigo cheio de mãos . - Mexi os dedos a sua frente , eu não o temia e a garota ao seu lado certamente não o pertencia como ele imaginava .

– Pois é ... - Ela mal sabia o que falar , e ali vi o quanto eu estava em desvantagem , assim que ela o abraçou e se aconchegou nos braços dele . - Iremos conversar por alguns segundos ... eu subo - suspirou enquanto olhava para os olhos deles , provavelmente esperando uma aprovação . - ... amor . - completou lhe dando um beijo e então me pedindo que a seguisse .

N/L

Não tinha como não ficar atordoada com o beijo . Uma pessoa normal teria apenas me tocado para saber se aquilo tudo era real , mas Ben havia me beijado , provando que de fato ele não me via apenas com os olhos de um amigo . Meu coração , se batesse , teria palpipado e minha respiração , se ainda fosse necessária , teria se tornado ofegante . Seu beijo , tinha sido profundo e desesperado , cheio de calor e energia , adrenalina e mais um misto de emoções que não pude identificar . A maneira como agarrara o meu corpo e então me puxara para aquele beijo , como se dependesse de mim , como se eu fosse o ar que preenche os seus pulmões , havia deixado minhas pernas bambas , provando-me que eu ainda sim poderia ser surpreendia .

Quando eu poderia imaginar que o meu único amigo , seria apaixonado por mim ? Isso presumindo que ele de fato seja ?! Pois é , nunquinha . Aquele beijo , não simplesmente me deixara confusa , como também completamente atordoada . Depois de longos segundos ali , presa ao corpo daquele que parecia me atrair profundamente , eu perdi complemante os sentidos , a noção e ... a razão . Pior ainda foi perceber que eu havia correspondido a aquela loucura , como se fosse a coisa mais natural do mundo . Minha boca simplesmente se movimentou a sua como se nunca tivessem sido separadas .

Quando vi Tate em pé naquela escada , olhando-me como se houvesse visto tudo ... desejei sumir de sua frente e ainda tive de pedir a ele que permitisse que eu o visse . Ben era tudo o que eu possuía com o mundo vivo , já que meu irmão não era louco o suficente para fazer o que eu preciso e não posso simplesmente deixa-lo ir , depois de me beijar e ocasionalmente descobrir que eu não estou morta .

– O que ...

– Desculpe . - dissera ele se sentando sobre o degrau de maneira . Era o lugar onde costumávamos ficar , mas agora era muito mais do que isso , era o meu limite , minha barreira entre o véu , a morte e a vida .

– O que ... tem feito ? - disse sorrindo por fim completando a frase que havia dado inicio e fora bruscamente interrompida .

– Não se importa com o ... ?

– Tenho certeza que essa doença tem nome , procurarei no google - disse o fazendo rir . A verdade é que não queria vedar nosso tempo a esse assunto , não gostaria de discutir sobre o que poderia criar um clima mais do que estranho .

– Certo - dissera ele por fim fitando o chão . - Diga-me como pode estar aqui ?

– Resumido a , todos que morrem na casa , permanecem ... - disse tentando resumir tudo aquilo que havia sido colocado em minha cabeça nos ultimos dias . - Mas ... não estou morta .

– Lucy ... morreu nos meus braços . - dissera ele segurando minha mão .

– Viu alguém preparando um funeral Ben ? Não sei por que minha família não tem comentado a respeito , mas sei que não estou morta . Claro que ninguém acredita em mim ... precisa ...

– Te ajudar ?

– Sim .

– Detalhes - disse ele fitando-me seriamente . Revirei os olhos e então iniciei o caminho longo da história .

Contei a ele tudo aquilo que haviam me dito , disse como foi que acabei estirada sobre a rua e o porque de achar que não estou morta . Nos cantas da casa eu podia ver minha mãe em seu silêncio indicando que sente uma dor profunda , pelos buracos vejo meu pai com um bloqueio criativo sem conseguir escrever uma palavra , todos em um luto extremo . Mas nada que me faça crer que de fato estou morta , sinto que algo grande ainda está por trás de tudo e apenas gostaria de saber porque tanto mistério envolve meu corpo . Ben , fitou-me como se eu fosse louca , claro que apenas pelo fato de estar falando comigo comprovava que eu não estava mentindo . Mesmo assim , eu podia compreender a sua confusão . Era quase como apresentar-lhe duendes e fadas .

Mas no fim , mesmo impossível de se acreditar , mesmo vendo com seus olhos , suspirou e concordou demonstrando que não apenas acreditava , como também confiava em mim . Havia sido uma mudança em tanto , mas ao menos encontrara alguém que acreditara apenas em minha palavra , não que reclame por ainda continuar aqui ... mas passar uma eternida presa a esta casa ? Nem todos os vídeos do youtube me ajudarão com o passar dos anos . Não sei se consiguiria ver todos aqueles que amo , aos poucos partirem naturalmente e eu ali , presa , como se houvesse feito algo de errado . Bem , eu havia nos entregado a aquela , o que era motivo suficiente para que eu fosse condenada .

Assim que retornei para casa , vi que Tate não havia ficado feliz , mas mesmo assim tinha me esperado , mesmo que fosse apenas para discutir . O fitei demonstrando que não gostaria de lhe contar o que havia acontecido a pouco , mesmo porque eu não saberia colocar em palavras ou até mesmo explicar . Não havia explicação , eu fui beijada ... e até o momento fora tudo o que conseguira compreender .

– Eu não gosto dele - disse Tate fitando a porta . Sorri , aquilo não era nada do que eu já não soubesse e também nada do que eu pudesse mudar .

– Eu sei - suspirei subindo as escadas . Passei a mão pela madeira , sentindo então o quão fria minha pele havia se tornado . Eu ainda era a mesma , mesmos contornos , podia ser tocada , ninguém poderia dizer que eu estava morta ... Mas , sentir que algo havia mudado , algo como o fato de parar de sentir , é ruim .

Sim , eu sempre detestei a vida que costumava levar . Reclamava pelos quantos com motivos suficientes para desistir de tudo , mas a minha ideia de desistir era algo parecido a ser engolida pelo chão em chamas ardentes como castigo por ter tirado minha própria vida ou até mesmo ir ao céu por ter conseguido suportar por tempo suficiente , não ficar presa em uma casa que trouxe a mim o pior de meus dias . Jamais esquecerei os pensamentos e momentos terríveis que tive ali , os atacas dos espiritos que não puderam ter salvação , a perseguição constante de Violet e o afastamente de meu irmão . A maneira como deixei de " viver " não estava exatamente em meus planos , afinal eu não pretendia virar presunto estirado na estrada .

– Por que não o deixa ? - O que me agoniava era a maneira como Tate tentava me controlar sem deixar a mostra o poder que ele desejava ter sobre mim , isso simplesmente me deixava nervosa .

– Porque é meu amigo - Ben havia sido um ombro direito desde sempre e jamais apresentara nenhum sinal de que sequer não fosse confiável .

– SOU SEU NAMORADO - suspirei enquanto analisava o seu aumento no tom de voz . Fitei minhas mãos e lembrei dos minutos antes a minha morte , o quanto estavam trêmulas , demonstrando meu desespero e medo . E por mais que não me recorde , assim como Ben dissera , eu podia sentir que meu corpo havia ficado em seus braços e não nos de Tate .

– Sim , mas não o meu dono ...- Suspirei enquanto levei minha mão ao seu resto . - Não importa o que viu ou que pensou a respeito ... Eu amo você - Disse o beijando e em seguida o puxando para o meu quarto . Tudo o que eu menos desejava era ficar sozinha naquela noite , onde todos os cantos , de repente haviam se enchido de pensamentos .

N/BEN

O que Lucy havia me dito não fora nada daquilo que eu já não tenha ouvido antes . Minha vó e todos da cidade relatam as experiências horríveis que tiveram na casa , mas nem por um segundo cogitei em acreditar . Como poderia agora me fazer de cego ? Sendo que a garota , cujo corpo segurei nos braços , eu havia acabado de beijar ? Meu único medo se encontra apenas na verdade , se de fato " A casa assombrosa " é real , o que dizem a meu respeito , também é ?


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Notas finais do capítulo

CoMeNtÁrIoS ?? *-*



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