A Universidade Konoha era um dos lugares de ensino mais requisitados pela população de Tóquio. Quem chegasse até ali, era de puro merecimento e dedicação.

Sakura era uma dessas pessoas, que recusou o dinheiro do pai para os seus estudos e preferiu estudar e se dedicar para poder ganhar a bolsa, na faculdade.

A Haruno fora criticada por muitos outros alunos, que diziam que Sakura “tinha dinheiro suficiente para pagar a universidade e pegara a bolsa que um aluno mais necessitado precisaria”.

Aquele fato tinha causado uma grande polemica e Sakura se lembrava muito bem, do que o pai havia lhe dito. Era óbvio que ele tinha reprovado completamente a idéia.

- Você está agindo como uma garota comum! Você é a filha do presidente do Japão e tem que aceitar, que não será como as outras garotas! – gritara Kisashi, enquanto Sakura o encarava, com raiva e indignação.

 Depois disso, Sakura decidiu (por livre e espontânea pressão), resolver a situação e fazer um comunicado que foi transmitido por todo país. Assim, ela acalmou o povo, explicando que era uma garota comum, que tinha nascido da mesma forma que qualquer outra. Não era diferente. Ela tinha os mesmos direitos de qualquer garota e preferia viver de forma humilde, a ter que viver no luxo e na mordomia. Ainda acrescentou, que todos eram capazes de ganhar uma bolsa na Universidade Konoha. Que bastava querer.

Após o seu comunicado, Sakura foi prestigiada pelo povo, que finalmente conheceu a verdadeira Haruno. Conheceram sua humildade e sua capacidade de resolver algumas questões. Muitos até disseram, que Sakura poderia ingressar na política, caso ela quisesse, futuramente.

Mas Sakura não queria a política. Não queria ter aquela responsabilidade. Sakura queria ser médica, mais especificamente, cirurgiã. Preferia assumir a responsabilidade de salvar vidas e não de cuidar delas.

Era manhã de segunda-feira e Sakura, Ino e Hinata seguiam pelo trânsito carregado de Tóquio, até a Universidade Konoha.

Ino e Hinata se falavam à medida do possível, entretanto, a mágoa atingia ainda existia com a Hyuuga, mesmo que a loira já tivesse pedido desculpas.

Sakura tentava amenizar a situação, mas era complicado quando suas amigas não faziam o esforço de ajudar. 

Ino acessava redes sociais e páginas de moda no seu tablet, enquanto Sakura lia As Vantagens de Ser Invísivel e Hinata prestava atenção no trânsito.

- Olhem, não dá! - Sakura fechou o livro.

- Claro que não - Ino mal ergueu os olhos do seu tablet. - Ler livros em carros nunca funcionou com você.

- Não é isso! - Sakura conteve um grito de raiva pelas amigas agirem de uma forma tão infantil. - Voltem a se falar como antes, pelo amor de Deus!

- Mas estamos nos falando - murmurou Hinata, pacientemente.

- Se a Hina não quis aceitar minhas desculpas, o problema é dela - Ino deu de ombros, aparentemente não dando tanta importância para a situação.

- Porque eu ainda estou um pouco magoada, Ino - Hinata olhava pelo retrovisor. - Só que não é com você.

Ino ergueu os olhos. Sakura encarou Hinata.

- Estou magoada, pelo fato de eu não ser como vocês - explicou Hinata.

As garotas se entreolharam e encararam Hinata, imaginando sobre o que ela estava falando.

- Hina, sexo não é tudo! Eu e você somos...Iguais nesse quesito - confessou a rosada, envergonhada.

Foi a vez de Ino e Hinata se entreolharem e encararem a amiga.

- Sakura, isso não é uma tentativa de me fazer se sentir melhor, é? - perguntou Hinata, surpresa.

Sakura sorriu, com sarcasmo.

- Eu e o Gaara nunca...Ficamos - falou a rosada, calmamente. - Porque eu não quis! Não queria estragar isso. Eu não sentia confiança e atração necessárias pelo Gaara, entendem? Para fazer algo assim.

Ino estava boquiaberta. Hinata batucou os dedos no volante.

- Isso é algo valioso - Sakura se dirigiu à Hinata. - Por isso, não estrague o momento. Tem que ser com a pessoa certa.

Ino parecia querer dizer algo, mas logo se calou. Hinata encarou Sakura e sorriu.

- Você tem razão.

- Sei que tenho - Sakura deu uma piscadela, sorrindo.

(...)

Sasuke, Itachi e Naruto encontraram-se no Saguão do Hotel. Saíram juntos, com um destino certo: a Universidade de Konoha.

Eles entraram no carro de Itachi e o mesmo, começou a guiar o carro pelas ruas de Tóquio.

- Ela está chegando na universidade - informou Naruto, analisando o mapa do rastreador, no tablet. 

- Imaginou a cara dela quando ver você - comentou Itachi, divertido, se dirigindo à Sasuke.

O Uchiha sorriu de lado, pensando em uma forma de passar pela barreira da rosada. Aquela era uma garota difícil, decididamente. Mas não impossível.

- Com certeza, vai pensar que é perseguição - supôs Naruto, pensativo.

- E isso será um problema - disse Itachi, distraído.

- Eu resolvo isso - falou Sasuke, de forma que encerrou o assunto.

Itachi dirigia rapidamente, pisando no acelerador com força e ultrapassando carros. Naruto analisava o tablet, parecendo não ver mais o mapa do rastreador e sim, outra coisa que lhe interessasse.

Sasuke tinha os pensamentos longe, imaginando o que aconteceria depois que ele completasse a missão. O respeito aumentaria e Sasuke se tornaria o herdeiro principal do negócio Uchiha. Aquilo, era muito para sua ambição acentuada.

Itachi estacionou o carro, em frente à Universidade Konoha. Os três saíram do veículo, pegando seus materiais, que o trio havia comprado naquele mesmo dia. 

A questão era a seguinte: Sasuke, Itachi e Naruto haviam mandado para o diretor da Universidade Konoha, os seus Históricos Escolares. Os três haviam sido ótimos alunos e tiravam notas excelentes, em algumas escolas que haviam frequentado na adolescência. Aquilo veio a calhar e o diretor consentiu que os Uchiha e o Uzumaki, iniciassem os cursos selecionados, na faculdade, naquele mesmo dia.

Era óbvio que Sasuke precisou mandar uma boa quantia em dinheiro para que o diretor, os aceitasse o mais rápido possível, mas esse fato não precisava ser mencionado para ninguém.

Sasuke iria estudar engenharia civil, Naruto medicina e Itachi, arquitetura. Os três, obviamente, tinham premeditado para que acabassem se encontrando com a Haruno, nos corredores ou até mesmo, na sala de aula (no caso de Naruto). Entretanto, os cursos escolhidos, tinham tudo a ver com as profissões que os três gostariam de exercer, caso tivessem uma vida normal.

Logo que adentraram o portão principal da faculdade, as garotas viraram a cabeça na direção deles, esquecendo completamente o que faziam antes. Murmúrios e risadinhas femininas, encheram o corredor pelos quais o trio passava.

- Uau, olhem só as gatinhas daqui - Naruto estava fascinado. Sasuke limitou-se a revirar os olhos com tudo aquilo. 

Estava acostumado a lidar com garotas bobas, que se apaixonavam pelo Uchiha com apenas uma palavra. Claro, Naruto achava aquilo o máximo, mas Sasuke queria alguém diferente.

- Bom, nos vemos mais tarde - Itachi se distanciou de Sasuke e Naruto, e seguiu os alunos que iam para o curso de Arquitetura. 

- Tenho que ir também, cara - Naruto indicou os alunos que iam para a aula de Medicina. - Nos vemos depois.

Sasuke assentiu, enquanto Naruto saia apressado, seguindo a turma de Medicina. O Uchiha suspirou cansado e seguiu os alunos que iam para o curso de Engenharia Civil, conversando animados, sobre o que haviam feito no final de semana. Sasuke limitou-se a ficar em silêncio.

(...)

Sakura caminhava com Temari, sua colega no curso de Medicina. As duas sempre foram grandes amigas e mesmo que a Haruno fosse extremamente famosa e cheia de fãs, Temari fazia o possível e o impossível, para tratar a amiga de uma forma normal, sem ficar deslumbrada com a vida de Sakura.

- Hoje teremos um exame complicado - observou Temari, enquanto Tsunade, a professora do curso, passava na lousa, o exame que haveria naquele dia.

Sakura deu de ombros e começou a copiar. Rapidamente, Tsunade ordenou que os alunos se concentrassem e fizessem silêncio. Ninguém ousava desobedecer a ordem da professora, já que está, era terrivelmente severa.

Entretanto, Sakura conhecia o lado bom de Tsunade, sendo que a mesma, a considerava a melhor aluna da turma e costumava elogiar os trabalhos da rosada quase o tempo todo. Ainda dizia, que em breve, Sakura estaria pronta para iniciar um bom estágio no hospital que Tsunade comandava à pulso firme, no centro de Tóquio. O melhor hospital da cidade, sendo elogiado pelo pai de Sakura, que havia investido em outras milhares de unidades que estavam espalhadas pelo país.

Tsunade era quase uma mãe para Sakura. A mulher apoiava sua aluna, se preocupava com a mesma e costumava fazer-lhe companhia na horas mais difíceis, sempre que Mebuki não estava presente. Como quando Sakura brigou com seu pai, por conta da polêmica da bolsa na Universidade Konoha, e Mebuki estava em Paris. 

Sakura terminou o exame, primeiro que os outros alunos, e entregou para Tsunade, que sorriu para a rosada, orgulhosa. Sakura sempre terminava os exames e trabalhos antes dos outros, respondendo as questões com grande calma, capricho e usando sua maior habilidade: inteligência. Na maioria das vezes, Sakura tirava as melhores notas, o que fazia a inveja e a implicância com a rosada, crescerem ao seu redor, deixando-a chateada muitas vezes. Mas felizmente, a turma finalmente aceitou que Sakura era inteligente e mesmo que ela tivesse nascido pobre, continuaria sendo a melhor aluna da turma. Por isso, não havia mais olhares desconfiados ou com raiva, sendo lancados para a garota.

- Está dispensada, Sakura - Tsunade guardou o exame da garota. - Pode ir.

- Até amanhã, Tsunade-sama - Sakura pegou sua bolsa e saiu da sala.

Geralmente, Tsunade dispensava os alunos que terminavam a tarefa passada. Como naquele dia, os pais de Sakura iriam chegar de viagem, a rosada ficou feliz pela professora ter dispensado-a mais cedo. 

A garota tinha que terminar alguns trabalhos para entregar ainda naquela semana, por isso resolveu ficar mais um tempo na universidade. Além disso, Ino e Hinata a acompanhavam em qualquer evento e o retorno do presidente do Japão, provavelmente reuniria pessoas importantes. Sakura não poderia ir sem suas conselheiras.

A rosada sentou-se à uma mesa,  no "refeitório" praticamente vazio. Apenas alguns estudantes conversavam ao canto, estudando ou lendo livros.

Sakura pegou o material da sua bolsa e se pôs a trabalhar. Queria terminar aquilo ainda naquele dia, pois já naquela semana teria dois grandes eventos, os quais não poderia faltar. 

Aos poucos, o tempo passava e os alunos começavam a ser dispensados de suas aulas, seguindo para o "refeitório" ou para a biblioteca.

Ino e Hinata se aproximaram de Sakura e sentaram-se à mesma mesa que a amiga.

- Já terminou os trabalhos? - perguntou Ino, notando Sakura guardar o material na bolsa, novamente.

- Sim - a rosada suspirou, cansada. - Aproveitei que tinha sido dispensada mais cedo e resolvi terminar. Afinal, essa semana eu vou estar bem ocupada.

- E nós, nem se fala - concordou Ino, pegando no cabelo de Sakura e fazendo uma careta. - Acho que a primeira que vou fazer é chamar a Fumiko.

Fumiko Nakamura, era a cabelereira particular dos Haruno. Era uma mulher de meia idade, que cuidava de cabelos, como ninguém, fazendo com que fios sem brilho e ressecados, em poucos dias, adquirissem brilho e maciez. Fumiko cuidava dos cabelos de Sakura, desde que a Haruno havia nascido. Apesar de ser fofoqueira e muitas vezes, fria com qualquer um, Fumiko e Sakura sempre se deram bem.

- Meu cabelo não está tão ruim, Porquinha - Sakura revirou os olhos. - Você que quer que eu mude o visual à cada dez minutos.

- Para mim está ótimo, prefiro desse jeito - disse uma voz conhecida, próxima da Haruno.

Sakura se virou e encontrou um moreno, de olhos negros ônix e cabelos escuros e rebeldes, a encarando com um sorriso de lado.

Ino soltou um suspiro e Hinata sorriu.

- Ahn...Sakura, Ino e eu vamos pegar uns livros na biblioteca - sem esperar resposta, Hinata puxou Ino para longe dali.

Sakura encarava o rapaz, surpresa e indignada. Duas expressões que formavam perfeitamente, a Sakura firme e direta, boa para lidar com aquele Uchiha.

- Estou surpresa por estar aqui e ao mesmo tempo, indignada - falou Sakura, suavemente. 

- Eu também estou surpreso. Pensei que só a veria novamente na semana que vem - Sasuke sorria de lado.

- Estou começando a achar que você está me perseguindo - Sakura era sincera e direta. Não gostava de enrolações e preferia ir direto ao ponto, sem se preocupar com o que os outros iriam pensar. Essa era a Haruno.

- Você não acredita em coincidências? - perguntou Sasuke, com um "quê" de surpresa em sua voz. Aquela garota, era realmente complicada para ele.

- Não - respondeu Sakura, dando de ombros. - Não com você. O que faz aqui?

- Eu entrei na universidade hoje. Estou cursando Engenharia Civil.

- Se você estivesse cursando Medicina, ai sim eu teria certeza que é perseguição.

- Mas como você não tem certeza - Sasuke se aproximou de Sakura. - Então comece a acreditar que são simples coincidências.

Sakura arqueou uma das sobrancelhas, incrédula. Sasuke apenas sorriu de lado.

- Certo, Sasuke - Sakura suspirou. - Qual é o seu jogo?

- Meu jogo? Não estou...

- Eu conheço muito bem o seu tipo - Sakura cruzou os braços, adquirindo uma postura tempestuosa e firme. - Já lidei com muitos rapazes como você, que por "coincidências" vivem surgindo nos lugares que eu estou. Uma pessoa como eu, não acredita em destino e muito menos em coincidências dele. Então, comece a falar o que você realmente quer, para que eu possa planejar um ataque que o dispense do meu caminho, de uma vez só.

Sasuke arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços.

- Você foi mais legal no dia da boate.

- Eu estava acreditando que te veria apenas uma vez. Por isso, decidi ser gentil e legal. 

- Bom, eu não estou te perseguindo.

- Sério mesmo? - Sakura sorriu, com sarcasmo. - Então, é coincidência eu ter falado que estudava na Universidade Konoha e hoje, você estar estudando aqui?

- A Universidade Konoha é a melhor faculdade de Tóquio - respondeu Sasuke, dando de ombros. - E com você ou sem você, continuaria sendo.

Sakura o encarou com indignação. Nenhum rapaz jamais havia falado com a rosada daquela forma.

Sasuke mantinha uma expressão séria e um sorriso frio. Aquela garota estava tirando-o do sério, decididamente. A rosada seria um grande desafio, mas claro, nada impossível. Apenas uma pedra no seu sapato. Mais uma.

- Tudo bem, Uchiha - Sakura olhou no visor do seu celular, que começara a vibrar em seu bolso. - Estou atrasada. Você me faz perder um tempo que eu já não tenho.

- Imagine o que os seus fãs diriam caso soubessem como você me trata - ironizou Sasuke.

- Eles sabem que eu sou uma garota comum, e como uma garota comum, eu tenho meus obstáculos irritantes - Sakura arrumou a bolsa no ombro e encarou Sasuke. - Ainda vou descobrir seu verdadeiro objetivo, Sasuke. Você verá.

A rosada deu-lhe as costas, atendendo o celular. Sasuke a encarava, com uma sobrancelha arqueada. Sakura sumiu no corredor.

- Vai sonhando, Sakura - Sasuke sorriu de lado, friamente.

(...)

Ino e Hinata estavam sentadas na escadaria da faculdade, conversando animadas. Muitos alunos deixavam o local, outros, ficavam conversando no portão. 

- Aquele Uchiha é um gato - comentou Ino, sonhadora.

- Só que, pelo jeito, a Sakura não gostou muito dele - Hinata indicou a amiga, que descia as escadas, transmitindo uma áurea de poder, tempestuosa ao seu redor. Sakura falava ao telefone e apenas indicou para que Hinata e Ino a seguissem. 

- Não - Sakura bufou, enquanto falava ao celular. - Não! Pai, por favor! Certo. Tudo bem. Não! É pelo seu bem maior?

Hinata, distraidamente, olhava ao redor. Sakura, com toda certeza, ficaria discutindo com o pai por minutos sem fim. 

Então, um loiro de belos olhos azuis, entrou no seu campo de visão. Hinata não conseguiu conter a surpresa. O que ele estava fazendo ali?

Hinata deixou Ino para trás e caminhou na direção do rapaz, que estava encostado no corrimão da escadaria, com um livro em mãos.

- N-Naruto-kun? - chamou Hinata.

O loiro a encarou e sorriu.

- Hina-chan! - Naruto caminhou até a morena. 

- O que você está fazendo aqui? - perguntou Hinata, confusa e surpresa.

- Eu estou estudando aqui agora - respondeu Naruto, sorrindo. - Medicina.

- Letras - falou Hinata, distraída. - O curso.

- Ah - Naruto olhou ao redor, parecendo buscar algo ou alguém.

Hinata permaneceu em silêncio, pensando em algo bom para dizer.

- Bom - começaram os dois, ao mesmo tempo. Sorriram um para o outro. 

- Primeiro as damas - Naruto fez uma reverência e Hinata riu.

- É que...Você conhece o Sasuke-kun? - perguntou a morena.

Naruto a encarou, com certa desconfiança.

- Ele é meu melhor amigo. Por quê? Você o conhece?

- Ah, não - Hinata tratou de dizer, rapidamente. - É que minha melhor amiga, a Sakura, ela encontrou com ele em uma boate e hoje, ele apareceu por aqui. Eu sei que é ridículo, mas gostaria de saber se Sasuke é uma boa pessoa. Sabe, eu me preocupo com a minha amiga.

- Entendi - Naruto ficou pensativo. Hinata se balançava nos próprios pés, nervosa por estar falando com o loiro. Aquele rapaz, causava um grande efeito na garota. - Sasuke é...Frio, arrogante, chato e idiota. Mas, ele não é mal.

- Você só citou os defeitos - observou Hinata, sorrindo, timidamente.

- Ah, é - Naruto levou a mão à nuca. - Ele é legal...hm...Quer se Engenheiro e...hm...Bom, ele tem muitas qualidades, só que eu ainda não conheço.

Hinata riu. Naruto sorriu, nervoso.

- Tudo bem, Naruto. Se ele é seu amigo, acho que posso confiar.

Naruto encarou os próprios pés, mas logo, sorriu para a morena.

- É. Pode confiar.

- Hinata! - Sakura e Ino encaravam Hinata, esperando que a garota fosse até elas. Pelo jeito, a discussão entre os Haruno, já havia terminado.

- Tenho que ir. Sakura tem uma festa importante amanhã e eu tenho muito trabalho - Hinata suspirou e sorriu para Naruto.

O loiro concordou.

- Tudo bem. Ainda vou ficar mais um pouco. Meu primeiro dia na faculdade e eu já recebi uma tonelada de trabalhos.

- Boa sorte. Bom, a gente se vê amanhã - Hinata sorriu e saiu, caminhando a paços lentos.

- Hina-chan! - Naruto a chamou.

Hinata se virou. O rapaz a encarava, sorrindo, com certa timidez.

- Você...Hm...Me dá seu telefone?

- Hinata! - chamou, dessa vez, Sakura, acenando com impaciência.

A morena puxou uma caneta do bolso e anotou o seu número, na mão do loiro. Ao terminar, Hinata sorriu para ele. Ela não disse nada, simplesmente correu até as amigas, que a esperavam, ao lado do carro da jovem Hyuuga.

Naruto continuou parado, observando o carro sair e sumir entre os outros veículos. Aquela não era uma coincidência. Ter encontrado a jovem Hyuuga na Universidade Konoha era prevísivel, mas Naruto não esperava que fosse daquela forma. 

Será que, afinal, o coração do Uzumaki estaria batendo no mesmo ritmo que o da herdeira Hyuuga?