Kisashi Haruno, o homem mais respeitado e poderoso de todo o país. Sendo rico e tendo milhares de seguranças e empregados ao seu redor, Kisashi tinha o poder em suas mãos, já que era o presidente do Japão e mandava e desmandava em qualquer um que fosse abaixo dele.

Kisashi tinha uma maravilhosa esposa, que o ajudava em todos os momentos. Mebuki Haruno, era a primeira dama, tendo uma beleza rara e conquistando qualquer um, com um simples sorriso. Sua generosidade e bondade eram suas características principais. Os cidadãos japoneses e de outros países, a admiravam, como também, os outros presidentes que comandavam suas nações.

Mebuki e Kisashi eram o casal modelo. Aos olhos de todos, eles tinham uma vida perfeita cheia de luxos e regalias, geradas pelo dinheiro e pelo poder. Ambos eram bons e honestos. Por isso, Kisashi tinha conquistado o poder na última eleição, com praticamente noventa e cinco por cento de votos. Seus projetos e promessas para o país haviam interessado o povo japonês que resolveu dar seu voto de confiança para o Haruno, que desde então, lutava com “unhas e dentes” para colocar em ação cada um de seus projetos e promessas da eleição.

Kisashi tinha uma filha. Sakura Haruno, sua “flor de cerejeira”. A garota tinha 17 anos e dali dois meses, completaria a maior idade. Sakura tinha uma beleza rara, da mesma forma que a mãe. Seus cabelos eram róseos naturais e longos. Seus olhos eram verde esmeraldas e  sua pele era branca, como porcelana.

Sakura, ao contrário do que muitos pensavam, nunca se importou com o dinheiro ou com coisas fúteis, como roupas de grife ou jóias caras. Na sua opinião, aquilo tudo era perda de tempo.

Sakura preferia “perder o seu tempo” com coisas que realmente seriam úteis para o seu futuro profissional. Como por exemplo, ingressar em uma excelente faculdade e estudar medicina. O seu sonho, sempre foi salvar vidas.

Na opinião de sua mãe, Sakura tinha que ingressar na carreira de modelo, porque no final das contas, Mebuki fora uma excelente Top Model e conseguira riquezas, fama e reconhecimento profissional.

Mas Sakura não tinha o mesmo talento da mãe. Ela não se via em uma passarela, desfilando com roupas de grife (terrivelmente estranhas, na maioria das vezes) para que os outros se conhecessem o estilista e começassem a encomendar roupas.

Não. Sakura se via salvando pessoas, cuidando de doentes. Era isso que ela queria e era isso que ela iria ser.

No final, Mebuki teve que concordar com a decisão da filha. Já o pai, mal se importou. Como Kisashi mesmo dizia, ele não tinha tempo para perder com questões como aquela. Kisashi tinha o país em suas mãos.

Sakura já estava cansada de ouvir a mesma coisa, vinda do pai. Ele nunca estivera realmente presente. Sempre estava ocupado com questões de política. Ora vereador, ora prefeito, ora governador e enfim, o presidente do Japão.

Sakura tinha razão ao imaginar que o pai estaria desaparecendo de sua vida cada vez mais. Poucas vezes ele ficava em casa. Na maioria do tempo, estava viajando pelo mundo, indo até outros países e fechando acordos de paz ou coisas do gênero. Kisashi era muito ocupado. Ocupado ao ponto, de mal se importar com Sakura.

Mebuki era um consolo. Apesar de não apoiar totalmente a escolha da filha por “salvar vidas”, estava sempre presente. As duas eram muito unidas, eram como unha e carne. Foi com a mãe, que Sakura conversou quando queria falar sobre a escola, sobre os amigos e sobre namorados. Foi com a mãe, que Sakura buscou apoio quando seu primeiro relacionamento chegou ao fim. Foi com a mãe, que Sakura sempre conversou sobre o seu dia e sobre sua faculdade.

Mas havia vezes, que nem sempre Mebuki podia estar em casa. Havia vezes, que Mebuki viajava com o marido, para resolver negócios importantes, que envolviam o “futuro do país”.

E para ocasiões como essa Sakura contava com suas duas melhores amigas: Ino Yamanaka e Hinata Hyuuga. Era uma amizade que tinha surgido em uma situação improvável.

Ino e Hinata, eram duas garotas de famílias humildes, que tinham vindo do interior para cursar uma boa faculdade em Tóquio. Hinata cursava Letras, enquanto Ino, cursava Moda. As duas conheceram Sakura, na época em que estavam tendo mais dificuldade em pagar a faculdade. Foi aí, que Sakura ajudou-as, oferecendo um emprego na Mansão Haruno.

Ino e Hinata aceitaram de imediato e desde então, se tornaram "Conselheiras da Filha do Presidente". Não era exatamente um trabalho pesado. Muito pelo contrário, era algo até que divertido.

Ino ajudava Sakura, escolhendo a melhor roupa para a amiga usar em cada ocasião. Fazia a maquiagem, arrumava os cabelos e cuidava para que a rosada estivesse impecável em qualquer situação.

Já Hinata, aconselhava Sakura em várias decisões importantes. Como quando a rosada precisou decidir entre continuar seu namoro com Gaara (herdeiro de uma famosa empresa automobílistica do país) ou viajar para os Estados Unidos, à fim de estudar em um ótimo colégio interno.

Sakura decidiu continuar com o namoro à distância, prometendo mandar cartas todos os dias e nunca perder contato. Graças à Hinata, a promessa foi cumprida. Sakura e Gaara não perderam contato e se falavam todos os dias, mesmo com a rosada estudando no colégio interno.

Infelizmente, algum tempo depois, Gaara deixou de responder as mensagens de Sakura e a garota descobriu, logo que voltou para Tóquio, que o ruivo tinha uma nova namorada, chamada Ten Ten.

Foi uma grande decepção, mas Sakura, com a ajuda das amigas, soube superar aquilo e seguir com sua vida parando de acreditar em um conto de fadas. Afinal, ela não era uma princesa e não vivia em um castelo.

Sakura passou a fazer vários cursos, sempre orquestrados pela mãe. Mebuki queria que a filha estivesse preparada para qualquer situação que a vida lhe proporcionasse.  Assim, Sakura teve que fazer milhares de cursos, entre eles de idiomas, dança, moda, gastronômia,  entre outros, até que a rosada finalmente decidiu o que queria fazer definitivamente.

Era uma bela manhã ensolarada, na mansão dos Haruno. Como sempre, Sakura, Ino e Hinata (que moravam com a amiga, na mesma mansão), foram para a piscina, tomar um banho de sol.

Aquele final de semana seria vago. Sakura não tinha nenhum compromisso para o "futuro do país". Não havia trabalhos da faculdade, nem festas da alta sociedade. Sakura pretendia ficar o dia inteiro no quarto, lendo um livro qualquer ou fazendo pesquisas.

- Florzinha - Ino estava deitada em uma das espreguiçadeiras, com um óculos de sol grande em seu rosto e um chápeu em sua cabeça.

Sakura tirou a atenção de seu livro e encarou a amiga, logo que foi chamada por seu apelido.

- Que tal uma balada hoje à noite? - sugeriu Ino.

- Nem pensar - respondeu Sakura, voltando sua atenção para o livro em suas mãos.

Ino bufou e tirou os óculos.

- Não me diga que vai entrar naquele quarto e passar o dia inteiro lá dentro?

- Era um dos meus planos principais, Porquinha. - enfatizou Sakura, chamando a loira pelo apelido.

- Sou sua conselheira e digo que não vai fazer isso! - Ino disse, autoritária. - Você vive trancada em casa! Quando não é isso, tem faculdade. Ou, tem que ir em uma reunião ou evento beneficente! Você nunca tem um tempo só para você.

Sakura encarou Ino, baixando os óculos ray ban, de grau.

- Nada que você diga vai me fazer mudar de idéia. Pensei que já me conhecesse, Porquinha.

Ino revirou os olhos.

- Hinata, me ajuda aqui! - gritou a loira, encarando a piscina.

Uma garota de cabelos negros azulados, olhos perolados e pele branca, surgiu da água e apoiou os braços na borda.

- Sakura, odeio admitir, mas Ino tem razão.

Sakura encarou Hinata, sem acreditar. A morena nunca sugeria uma balada para Sakura.

- Não gosto de baladas. Vocês já deveriam saber! - Sakura voltou a sua atenção para o livro novamente, sabendo que a sua concentração  não viria da mesma forma que antes.

- Vamos, Sakura. Por favor. - pediu Ino, fazendo sua melhor cara de inocente.

- Mas eu odeio baladas. - argumentou Sakura.

- Você nunca foi em uma! - exclamou Ino, revirando os olhos.

Aquilo era verdade. Sakura nunca tinha ido em uma balada, mas não foi por falta de tentativas da loira. A mesma, gostava de curtir a vida, com festas e "pegações" sem compromisso.

Sakura viu que não conseguiria vencer aquela discussão e prevendo a derrota, suspirou.

- Tudo bem. Vamos para a balada!

- Isso! - Ino deu um soco no ar.

Hinata balançou a cabeça, negativamente, mas riu.

- Precisamos de um pouco de diversão na nossa vida, meninas.

- Ino sorriu, animada. - E não se preocupem com o "look". Eu cuido disso!

Sakura revirou os olhos e balançou a cabeça. Mas no final das contas, não haveria nenhum problema em ir para uma balada. O que poderia acontecer?

(...)

O aeroporto de Tóquio estava movimentado, com pessoas apressadas, prontas para pegar um vôo ou outras, desembarcando e fazendo ligações.

Sasuke, Itachi e Naruto haviam acabado de desembarcar do avião e tomavam um lanche.

- Então, onde que a pirralha vai normalmente? - perguntou Itachi, se dirigindo à Sasuke, que analisava as informações que haviam sido entregues à ele, copiadas no celular.

- Faculdade, eventos beneficentes, festas da alta sociedade... - Sasuke passava o dedo pela tela do aparelho, analisando as informações.

- Resumindo, a vida dela é um saco - brincou Naruto, terminando seu hambúguer.

- Talvez estaremos fazendo um favor quando acabarmos com ela - concordou Itachi.

Sasuke guardou o celular e encarou os companheiros de equipe.

- Vamos para o hotel alugado?

- Claro. - Naruto concordou, imediatamente. - Estou precisando de um bom banho!

- Pelo que Madara disse  - falou Itachi, pensativo. - Iremos ficar em quartos separados, para não levantar suspeitas.

- Ah, isso é bom. - disse Naruto, rapidamente. - Sabem, não quero ser questionado pela minha masculinade pelas gatinhas daqui. - Naruto observava as mulheres e garotas que transitavam pelo aeroporto.

- Então, vamos logo. - Sasuke levantou. - Quero começar com isso logo.

Itachi e Naruto concordaram e seguiram-no. Os três localizaram o carro preto da equipe Uchiha, que já os esperava na entrada.

O trio embarcou e o carro seguiu em alta velocidade, pelas ruas movimentadas de Tóquio. O motorista, era um empregado particular dos Uchiha, que exercia seu trabalho, em silêncio, como era orientado. Os Uchiha apreciavam o silêncio, na maioria das ocasiões.

- Que tal sairmos para conhecer o território? - sugeriu Naruto, depois de um tempo, observando a rua pela janela.

Sasuke o encarou, com uma sobrancelha arqueada. Itachi não se deu ao trabalho de erguer os olhos do seu tablet.

- O que quer dizer, Dobe?

- Ah, tipo, sairmos hoje. - Naruto sorriu, animado. - Pegarmos uma balada ou algo do gênero.

- Estamos cumprindo uma missão, Naruto - disse Itachi, calmamente.

- Eu sei! Mas vai que conseguimos localizar a garota?

- Em uma balada? - Sasuke já havia analisado completamente as informações sobre a filha do presidente. Sabia os lugares que ela costumava ir, seus principais passatempos, romances, família, amigos e outras tantas informações. E uma das coisas que Sasuke já sabia, era que a Haruno não era fã de baladas e saídas nos finais de semana. Ela preferia ficar em casa, lendo um bom livro.

- Ok, foi só uma idéia. - Naruto voltou seu olhar para a janela.
Itachi analisou o tablet por mais um tempo, até sorrir de lado.

- Acho que a balada virá a calhar, Naruto.

- Do que você está falando? - perguntou o loiro, curioso.

Itachi mostrou o tablet para os dois. Lá, havia uma notícia em destaque, em uma revista de fofoca muito conhecida.

"CONSELHEIRA DA FILHA DO PRESIDENTE, ANUNCIA QUE A HARUNO ESTARÁ EM UMA BOATE RECÉM-INAUGURADA DE TÓQUIO"

Abaixo, estava a foto de Sakura, com duas outras garotas acompanhando-a. Uma loira e uma morena.

- Agora, só nos resta descobrir que boate é essa. - Sasuke sorriu de lado.

- Não será difícil - falou Itachi, calmamente.

Naruto deu um soco no ar, comemorando a própria conquista.

Sasuke sentia a adrenalina começar a percorrer seu corpo, lentamente. Finalmente, a missão teria início.