Fugaku Uchiha, temido por todos. Com sua frieza, arrogância e crueldade, ele atingiu o maior dos limites para a maldade. Matou muitos e passou por cima de famílias e destruiu-as, só para conseguir se tornar o que é hoje. O chefe do maior grupo de terrorismo de todos os tempos.

Fugaku constituiu uma família, tendo dois filhos e uma atenciosa esposa. Itachi, o herdeiro mais velho, desde cedo foi treinado e preparado para cumprir missões. Sendo o segundo melhor assassino do grupo, Itachi ganhou reconhecimento e se tornou respeitado, não só por ser um dos filhos do chefe, como por seu talento, crueldade e maldade.

Havia também o filho mais novo. Sasuke Uchiha, 20 anos. Como Itachi, fora treinado desde cedo. Se tornou arrogante e cruel como o pai, puxando seu talento e sua frieza para matar. Sasuke conquistou rapidamente o respeito de todos os outros agentes, que eram treinados e ensinados para cumprirem missões de baixo e alto nível.

Sasuke e Itachi eram a dupla perfeita. Orgulhavam o pai, que apesar de não demonstrar sentimentos, sempre recompensava os dois da melhor forma possível.

Mikoto Uchiha era amável e atenciosa, tanto com o marido, quanto com os filhos. Embora não aprovasse o trabalho deles, tinha que aceitar. Afinal, ela não poderia impedir, já que o negócio dos Uchiha, já se expandira pelo mundo do crime, se tornando o maior, mais respeitado e também, o mais temido de todos.

Claro, ninguém "de fora" poderia imaginar que a rica família Uchiha tinha como sustento algo como aquilo. Um verdadeiro grupo de terrorismo, que era o autor de vários atentados, tanto aos Estados Unidos, quanto à Coréia do Norte.

Fugaku tinha um sócio. Madara Uchiha, o seu irmão, negociava diretamente com mafiosos ricos e bem sucedidos, que queriam se aliar aos Uchiha. Eles já haviam conseguido milhões de filiais, que estavam espalhados por todo o mundo. Caso houvesse uma crise, imediatamente eles seriam avisados e ficariam à parte da situação.

O dia tinha amanhecido ensolarado. Os empregados da mansão Uchiha, logo começaram os seus afazeres. Limpar a piscina, lavar os carros, cuidar dos jardins, fazer o café da manhã, entre outras tarefas, que eram realizadas por empregados difersificados, que tinham suas próprias funções. Todos eles, faziam parte do grupo Uchiha e foram treinados e preparados para qualquer emergência. Enquanto nenhum possível ataque acontecesse, eles cumpriam ordens, sem reclamar. Afinal, ganhavam um bom salário, entre todos os direitos que um empregado normal poderia ter.

Sasuke levantou cedo naquela manhã. Seu pai tinha dito na noite anterior, logo que o Uchiha chegou de uma missão em Miami, que no dia seguinte iria anunciar uma missão que apenas ele poderia cumprir.

Uma missão, que seria a mais importante de sua vida. Era óbvio que Sasuke estava ansioso. Ele era uma máquina de matar, no final das contas. Gostava da adrenalina, da sensação que sua vida estava por um fio. Gostava de armas e de acertar o seu alvo.

Sasuke até poderia ser um agente do F.B.I, se não tivesse nascido na família Uchiha. Provavelmente, se não participasse do grupo,  arrumaria algo relacionado ao perigo, para poder ganhar a vida. Estava no seu sangue viver na adrenalina.

Após um banho rápido, Sasuke saiu do seu quarto e seguiu para a sala de jantar, onde o café da manhã estava sendo servido.

As empregadas saíram rapidamente, depois de encarar o jovem Uchiha. Sasuke pode ouvir suas risadinhas e cochichos, logo que elas deram as costas e se dirigiram para a cozinha. Qualquer mulher reagia daquela forma perto de Sasuke ou de Itachi. Ambos eram atraentes, com seus olhos negros ônix, seus cabelos escuros e rebeldes, e suas expressões indecifráveis.

Sasuke sentou-se à mesa, onde Mikoto, Itachi, Fugaku e Madara já estavam acomodados. Fugaku lia um jornal, enquanto tinha uma xícara de café na mão direita. Logo que Sasuke sentou-se, Mikoto tratou de servi-lhe frutas e suco, já que sabia do gosto do filho por coisas leves no café da manhã.

 Madara lustrava seu revólver. Itachi mexia no celular, parecendo interessado em alguma coisa. Sasuke tomou seu café em silêncio, como todos os dias. Os Uchiha costumavam apreciar o silêncio.

Depois que terminaram a refeição, as empregadas surgiram para retirar a mesa. Sasuke esperava para que o pai levantasse, como sempre fazia. Minutos depois, Fugaku largou o jornal em cima da mesa e levantou-se, dando a deixa para que Sasuke o seguisse, até o escritório.

Madara, obviamente, foi junto, levando seu revólver. Mikoto e Itachi se entreolharam e o último, seguiu para a escadaria principal, provavelmente, para ir até o seu quarto.

O escritório era totalmente decorado com cores escuras, entre preto e vermelho. As cortinas permaneciam fechadas, como sempre. As únicas partes mais claras do cômodo, eram as paredes, que tinham cores acinzentadas. Estas, sempre repletas de quadros de famosos pintores como Picasso e Da Vinci. O piso era de madeira, lustroso. Os móveis eram organizados e limpos, perfeitamente, havendo ao canto uma prateleira com livros e mais à frente, duas poltronas e uma mesinha de centro. A escrivaninha ficava de frente para a porta. Continha um computador de última linha, milhares de papéis perfeitamente organizados, canetas, livros e outros materiais de trabalho. A única coisa que Sasuke sempre parava para observar, era a foto da família, que Fugaku mantinha na prateleira, em um porta-retrato.

Na foto, estavam Sasuke aos seus cinco anos de idade, Itachi aos seus nove anos e atrás, Fugaku e Mikoto, lado a lado, como um belo casal. Mais ao canto, estava Madara, com um sorriso frio.

- Sente-se - Fugaku indicou a cadeira aveludada, de frente para a escrivaninha.

Sasuke obedeceu e esperou, em silêncio. Fugaku pegou alguns papéis na gaveta da escrivaninha e encarou Sasuke.

- Tenho uma missão muito importante para você. - disse Fugaku, sem rodeios.

- Que missão?

- Antes de mais nada, tenho que lhe explicar os termos - Fugaku analisou os papéis. - O presidente do Japão, como você sabe, recentemente reforçou a segurança contra atentados de terrorismo, realizados por nosso grupo. Essa medida, resultou na morte de um dos nossos agentes, que cumpria uma missão nível alto e foi pêgo em uma armadilha. Você sabe as normas daqui à muito tempo, não sabe?

- Sei. - respondeu Sasuke, com os dedos no queixo, pensativo.

Quando um agente do grupo Uchiha era morto, Fugaku determinava uma missão para um outro agente, mais qualificado, que pudesse vingar e memoriar corretamente o falecido agente.

- No momento, o agente mais qualificado da equipe é você - disse Fugaku, com um sorriso de canto no rosto. - Seu tio e eu determinamos que, para vingar o falecido agente, nada melhor que um ataque ao nosso querido presidente.

- Matá-lo? - perguntou Sasuke, naturalmente. Aquilo seria difícil, mas para Sasuke Uchiha, matar o presidente do Japão seria uma diversão.

- Não, querido sobrinho. - Madara, que até então estava em silêncio, lustrando seu revólver, ergueu os olhos para Sasuke. - Algo que possa abalar o presidente, emocionalmente. Além do mais, matá-lo poderia colocar nosso grupo em risco.

- Exatamente - concordou Fugaku, encarando Sasuke. - É uma missão importante e perigosa, que apenas você poderá fazer.

- O quê? - perguntou Sasuke, com certa impaciência.

- Matar a filha do presidente do Japão - Fugaku colocou na frente de Sasuke, os papéis que até então, ele estava lendo. - Aqui estão as informações que você vai precisar. Itachi conseguiu-as, pessoalmente.

- Ele vai me acompanhar na missão? - perguntou Sasuke, encarando Fugaku.

- Vai. Itachi e Naruto irão acompanhá-lo e auxiliá-lo - explicou Fugaku.

Naruto Uzumaki, era o melhor amigo de Sasuke. Eles se conheciam desde o jardim de infância e se davam bem, à medida do possível. Naruto era um agente do grupo e estava em terceiro lugar na colocação da equipe, perdendo apenas para Itachi e Sasuke.

- Quanto tempo nós temos? - perguntou Sasuke, encarando Fugaku.

- No máximo, seis meses. - respondeu Fugaku.

- Certo. - Sasuke fez menção de se levantar, mas Fugaku o impediu.

- Se você cumprir essa missão corretamente, se tornará o herdeiro principal de toda a equipe Uchiha.

Sasuke notou Madara se mover no canto da sala.

- Sabe que vou conseguir - Sasuke deu um sorriso de canto.

- Você começa amanhã. Arrume suas coisas. A viagem de vocês três será hoje à tarde. Boa sorte. - Fugaku lia alguns papéis e não encarou o filho.

Sasuke saiu do escritório, pronto para iniciar aquela missão.

Com certeza, aquela seria a missão mais complicada de sua vida. Chegar na herdeira do presidente do Japão e matá-la, não seria assim, tão fácil. Mas Sasuke estava decidido a não falhar.