Capitulo 44

Bruce riu segurando meu rosto em suas mãos e me beijou, mas logo fomos interrompidos.

–Poppy?-chamou Natasha me fazendo virar para ela que ainda estava onde havia chegado junto a Clint.-Posso conversa com você um minuto?-sorriu calma.

–eu tenho que saber as novidades com Clint e descer para dar uma olhada nas pesquisas do Bruce... não e?-sorri olhando para Bruce.

–as minhas pesquisas pode deixar para depois e acho que Clint vai ainda tomar café da manha e tudo mais, e eu também vou, e você sabe que ninguém se sente muito confortável em comer perto de você... vai lá...-sorriu Bruce se afastado sobre meu olhar incrédulo. Engoli a seco antese de me voltar a Natasha.

Dei um pequeno sorriso, e apontei para que fossemos ate a varanda.

–eu sei que você não quer falar comigo, mas eu me sinto, mais que no dever de te agradecer...

–o motivo pelo qual eu a evitei fora exatos para não ouvir isso...-ri. -simplesmente cômico eu salvando vidas... na verdade, eu não salvei sua vida...

–eu sei, Alice, conversou comigo também... me explicou algumas coisas, sobre transformar alguém. No começo eu pensei achava que você deveria ter deixado, mas após conversar com ela, eu entendi o ponto de vista dela, e seu também...

–não e fácil se tornar um vampiro...-sorri vendo a paisagem.

–ela me disse... eu também queria pedir desculpas pelo meu comportamento. Eu... eu estava sendo controlada...-seu tom passou se a mais firme e com pontadas de um orgulho ferido.

–você estava sendo controlada quando, passou a mão, de maneira inapropriada, na coxa do Bruce?-questionei empinando o nariz ainda fitando o horizonte. Seu coração mudou de ritmo, o sol estava me incomodando mas ignorei o suportando.

Vi ela abaixar a cabeça e dar um sorriso sem graça.

–e -eu... em partes...-admitiu corando discretamente.-eu não posso negar que já tive uma... quedinha por ele, mas... eu... eu não me sinto “confortável” com o outro cara...então, não se preocupe, o encanto já passou...-mudei meus olhos de cor e me virei para ela que engoliu a seco brevemente.

–Acho bom mesmo...-sorri com as presas para fora, a deixando ainda mais sem graças e tenebrosa. Voltei ao normal a deixando mais relaxada. Dei um ultimo sorriso suave dando-lhe as costas.

–Poppy?-chamou. Me virei brevemente, ela me olhou demoradamente.-Me desculpe, e... obrigada...-sua sinceridade era visível. E ela pareceu se sentir melhor após isso.

Eu não pude deixar de rir, era estranho “salvar” uma vida!

Ri sem jeito entrando e indo ate a cozinha onde todos voltaram para mim me olhando com expectativa.

–eu não a matei ainda se isso que estão pensando...-resmunguei cruzando os braços na frente do corpo.

–ainda?-riu Clint. Revirei os olhos. Indo ate Bruce e me inclinei perto do seu ouvido.

–vou dormir, ok? Me acorda mais tarde para me mostrar essa tal pesquisa que você esta tão obcecado!-ri beijando sua bochecha já me afastando mas ele segurou minha mão me puxando novamente e pegando um dos morangos em seu prato. Eu ri corando enquanto me aproximava de seus dedos que me oferecia a fruta.

Mordi um pedaço enquanto ria do quanto os olhos dele brilhavam estupidamente com o momento.

–ai que nojo de vocês!-resmungou Tony fazendo uma voz engasgada junto a uma careta.-Pepper me protege, eu não vou conseguir dormir a noite com uma situação tão horrorosa como essa!-continuou se escondendo no ombro de Pepper que riu passando manteiga na torrada. Os demais apenas riram das gracinhas to Tony.

Caminhei tranquila ainda saboreando o gosto da fruta em meus lábios. Quando finalmente cheguei a meu quarto.

Eu me joguei na cama, retirando apenas a calça e o sutiã, assim ficando com roupa intima e a regata.

Fitei o teto pensando nesses últimos anos. Nesse ultimo ano... tudo havia mudado, não era questão apenas de um relacionamento que eu havia começado. Eu estava amadurecendo num nível que apenas ocorre a algumas pessoas, alguns sortudos... esse tal de amor, era como a sorte.-toquei o cordão em meu pescoço alcançando o medalhão de acrílico que mantinha com o meu veneno, o trevo ali presente, sempre intacto.-você tinha que procurar por quase uma eternidade para encontrá-lo... e assim, começar a aprender, se torna uma “pessoa” melhor.

Mas o que eu sentia por Bruce, a palavra “Amor” não parecia ser o suficiente para descrevê-la. Ele era meu amigo, meu companheiro, meu amante, meu medico, minha cura, minha redenção... e tantas outras coisas. Me sentia a um ponto doentio pelo meus sentimentos para com ele. Porem ainda sim, sabia que não era ruim, ou obsessivo, bom, talvez... um pouco, ou não.

Minha alma estava completa, agora.