Eu estava fraco, por que Damon e Caroline tiveram que me torturar para me trazer de volta, eu estava me esforçando para voltar, voltar para a minha Caroline, então consegui abrir meus olhos, e vi que eu estava no quarta da Caroline, ela não estava ali, mas eu escutava sua doce voz distante me chamando:

- Stefan, Stefan! - Eu não conseguia responder.  A escuridão me puxava novamente e eu dormi. 

Acordei e estava tudo escuro:

- Stefan, meu amigo. Você está péssimo hein! - era a voz da Lexi.

- Lexi? - apertei os olhos para enxergar melhor, mas não adiantou muito - o que esta fazendo aqui?

 - Vi você assim e achei que talvez estivesse precisando de uma amiga.

- Estou sentindo sua falta. Volta, por favor.

 -Sabe que não posso, Stefan. Mas pode ter certeza que se eu pudesse, esse cachorro que te mordeu já estaria manco das quatro patas e sem os dentes!

-Você é bem bruta para uma garota, Lex. - disse eu pela primeira vem em muitas horas sorrindo.

-Todos temos um lado meio bruto assim, ainda mais quando vemos um amigo nessa situação.

-Lex, viu como eu estou me dando bem com a Caroline?

-Sim, garotão! Ela sim é uma boa garota para você. Estou torcendo por vocês.

 -Obrigado, Lex. Já falei que estou com saudade?

 -Sim, Stefan. Eu também estou, mas agora tenho que ir, ok?

-Não, Lex! Não vá, por favor! Eu preciso de você comig.o

-Até mais, Stefan... Se cuida! Eu te amo.

Não aguentei e comecei a chorar. Precisava da Lexie, mesmo tendo Caroline do meu lado.

Meu ombro estava doendo, uma dor quase insuportável. Nunca pensei que mordida de lobisomem era assim, agora eu sei pelo que a Rose passou. As coisas não estão boas como eu achei que estariam, era para eu estar com a Caroline, sorrindo com ela, cuidando dela...

- Stefan, tão tolo.

- Calma, queridinho. Que foi? Esta doendo? Eu posso fazer a dor parar.

E fui para cima dela, estraçalhei seu pescoço com os meus dentes, mas ela só estava rindo.

- Você está tão fraco, Stefan! Sua tentativa de me machucar chega a ser patética. Vamos, tente de novo. A única coisa que sinto é cócegas.

Eu estava no meu limite de raiva, joguei-a contra a parede e a segurei com uma mão enquanto coma outra quebrava uma cadeira que estava ao meu lado. Enfiei a estaca na barriga dela, depois nas suas pernas, depois no seu ombro e por último bem perto do seu coração.

Então ela me empurrou na cama e tirou a estaca do seu peito e se jogando em cima de mim:

Fechei os olhos e quando abri estava deitado na cama todo suado e alguém estava amarrando meus pulsos na cabeceira da cama:

- Me solta! Eu preciso de sangue, estou com sede.

Damon era quem estava me amarrando e Caroline estava limpando o suor da minha testa com um pano gelado. Olhei para ela e ela sorriu para mim.

- Você vai ficar bem, meu querido. 

- Vou lá buscar sangue para ele, Barbie.

- Ele esta bem amarrado?

- Esta sim, pode sair de perto. Ele pode ter alucinações e falar coisas que você não gostaria de escutar. 

- Vou arrumar a bagunça lá da sala, mas volto logo tá, meu amor? – Eu iria responder, mas fui puxado novamente.

- Katherine? - vi uma moça com os mesmo cabelos cacheados e olhar sedutor que ela tinha.
Ela saiu correndo, e às vezes olhava para trás como se estivesse me chamando para ir atrás dela. 

Eu fui atrás sem pensar no que estava fazendo, apenas fui. Katherine ria alto e a risada dela me fazia rir também.

- Você me ama? - perguntou ela.

- Pois eu te amo com toda a certeza. - sem esperar para ver se eu queria, ela me beijou.

E então tudo aquilo sumiu.

Eu estava perdido, com dor e parecia estar com febre, estava com tanto frio que meus dentes estavam batendo, precisava de sangue e Damon chegou na hora certa. 

- Vamos voltar com sua dieta, maninho! Sangue de coelho. - disse ele meio que sorrindo.

- Obrigado, Damon. – Ele derramou o sangue num copo e entregou para mim, então falei:

- Lexi veio me ver. 

- É, com certeza veio.

- Obrigado por trazer o sangue, estava com sede.

Tomei alguns goles e vomitei tudo, o sangue estava queimando minha boca:

- Tem verbena nisso? 

- Não, Stefan. É por causa da mordida.

- Eu vou morrer? 

- Não, maninho. Eu não vou deixar. 

E eu dormi novamente. Acordei e a luz quase me cegou. Onde eu estava? Abri os olhos e vi Caroline deitada ao meu lado, automaticamente toquei seu rosto, então ela abriu os olhos que estavam vermelhos, provavelmente por chorar.

- O que foi, meu amor? – Perguntei vendo seus olhos cheios de lágrimas.

- Você tem que ficar bem. Eu... Eu não posso te perder! – Falou ela e começou a chorar. Eu também estava com medo, mas eu estava feliz por saber que ela sentia por mim o mesmo que eu sentia por ela. Eu já estava fraco, e as alucinações haviam parado, ela se levantou e soltou as cordas que me amarravam e me abraçou. Eu estava sem camisa, olhei para mim mesmo e vi a ferida horrível pouco abaixo do meu ombro. Caroline então deitou-se em meu peito, e ficamos conversando sobre besteiras, e tudo estava bem, até o Tyler aparecer na porta e provocar:

- Nossa! Você ainda tá vivo? Pensei que já tinha ido dessa pra melhor. Ou pior...

- Nos deixa em paz, Tyler! – Falou Caroline, como se a qual quer minuto fosse arrancar o pescoço dele. Então Damon apareceu atrás dele e enfiou uma estaca em suas costas.

- Eu estava esperando por você. Para me divertir um pouquinho. – Disse Damon com um sorriso irônico, então tirou a estaca e o levou para fora do quarto, e dava para ver a luta do quarto, Damon deu uma bela surra em Tyler, e Caroline não saiu de perto de mim nem por um minuto, nem para impedir Damon de bater em Tyler, ela apenas se virou para não ver. Então ouvi a voz de Klaus:

- Olá Damon, quer ajuda para espaçar a little bitch?

- Não, Klaus! Eu quero que você salve o meu irmão. Que esse cachorro mordeu. – Falou Damon dando um último golpe em Tyler, que não conseguiu se defender.

[...]

Eu me diverti vendo Tyler apanhar, mas porque Caroline não impedira? Eu afastei esse pensamento e entrei no quarto onde Stefan estava. Stefan estava deitado, sem camisa com uma ferida enorme no ombro, fora outros sinais de luta (ou tortura), Caroline estava sentada ao lado dele com uma das mãos sobre seu peito nu, quando entrei ela virou-se, deu um leve sorriso e então sorriu para Stefan que estava quase sem reação. Quando percebi o que estava acontecendo entre os dois, tive vontade de ir embora e deixar que Stefan morresse ali. Como eu não percebi isso da última vez que estive com eles?

[...]

Klaus entrou e nos observou por alguns instantes, então Caroline se levantou e deu espaço para que ele se sentar dando um belo sorriso para ele, ele com o rosto sério, levantou a manga da camisa e estendeu o pulso para mim, eu cravei meus dentes em seu pulso e suguei o sangue até me sentir melhor, então soltei o seu pulso. Então Tyler entrou no quarto e provocou:

- Serio, Klaus? Você o salvou para ficar com sua amada... – Então lembrei-me dos sentimentos que Klaus tinha por Caroline. Ele se virou para Tyler com um sorriso imenso e respondeu:

- Sim, Tyler. Se fosse você eu deixaria morrer, mas é o meu amigo. – Caroline sorriu ao ouvir a resposta, e eu tive um pouco de ciúmes. Então Damon apareceu atrás de Tyler.

- Eu não já mandei você sair daqui? Se eu precisa lidar com você de novo não será apenas batendo em você.

- E o que você vai fazer? – provocou Tyler.

- Você vai ter que pagara para ver, mas depois você não vai poder reclamar. Vai estar morto! – Disse Damon ameaçadoramente, fazendo Klaus sorrir.

- E quer saber? Eu te ajudo, como o maior prazer, Damon. – Falou Klaus rindo.

Então Tyler saiu com raiva. Logo em seguida Damon saiu, e chamou Caroline:

- Barbie, me ajuda com essa bagunça aqui? – Caroline olhou para mim, e falou.

- Eu já volto. – E saiu.

- Klaus, obrigado por ter feito isso por mim. – Agradeci.

- Devo deixar claro que foi pela Caroline.

- Tem certeza? 

- Não, foi por você também. Você foi um grande amigo para mim, Stefan... Sabe que eu sou mal assim, fiz muitas coisas de ruim, mas meus amigos, as pessoas que eu gosto, eu não dou as costas.

- Eu sei que nossa amizade foi sincera, Klaus. Poderia ter feito tudo de novo, mas sem ser o Stefan Rippah, mas sim o Stefan que sou agora.

- Mas ai não teria tanta graça - disse ele sorrindo.

- Quem sabe se um dia eu aprender a ter controle...

- Você pode conseguir o que quiser, irmão. Basta ter alguém que te ajude e te apoie.

- Você já sabe, não é?! Caroline e eu?

- Sim, eu sei. Ela merece ser feliz e você também. 

- Mas você também gosta dela, não é? 

- Eu a amo Stefan. E o que eu fiz por você agora foi prova disso, eu a amo e por isso quero a felicidade dela, comigo ou com outro cara.

- Menos com o Tyler. – Disse brincando

- Isso, menos com o Tyler! - nós rimos juntos

- Vou cuidar dela, Klaus. Não se preocupe. 

- Confio em você e quando precisar pode me chamar.

- Com certeza.

Nós nos abraçamos, um abraço sincero de irmãos. Devo admitir que gosto do jeito do Klaus, ele ama a Caroline, mas eu também a amo e não vou desperdiçar um momento longe dela.

- Vou para Nova Orleans. Vejo vocês algum dia. – Disse Klaus e sumiu.